“BONNIE
&
CLYDE”
(MAIS QUE UMA
RAJADA DE BALAS,
UM GRANDE MUSICAL.)
(NOTA: Em função da grande quantidade de
críticas a serem escritas, entre espetáculos que fizeram parte do “31º FESTIVAL
DE CURITIBA” e outros, assistidos no Rio de Janeiro e em São Paulo, por algum
tempo, fugirei à minha característica principal, como crítico, de
mergulhar, “abissalmente”, nos espetáculos, e vou me propor a ser o
mais objetivo e sucinto possível, numa abordagem mais “na superfície”,
até que seja atingido o fluxo normal de espetáculos a serem analisados.)
Não me sinto atraído, nem por uma “fração
de milímetro”, por histórias de amor bandido, gângsteres e máfia. Se
fosse um filme, certamente, eu não teria ido ao cinema, como, de fato,
aconteceu, quando “Bonnie & Clyde: uma Rajada de Balas”
chegou às telas brasileiras. Havia, porém, três fortes razões para que eu me
dispusesse a ir ao "033 Rooftop" do Teatro Santander,
em São Paulo, a fim de assistir a uma peça: 1º) era TEATRO;
2º) era TEATRO MUSICAL; 3º) havia gente querida e muito talentosa, na FICHA
TÉCNICA, o que não pesou, em nada, nesta análise crítica sobre o
espetáculo, que inicio agora.
“BONNIE & CLYDE” é mais uma
superprodução da Broadway, que aportou no Brasil, o primeiro país da América
Latina a realizar uma montagem do musical, protagonizado
por ELINE PORTO (Bonnie) e BETO SARGENTELLI (Clyde),
contando, ainda, com ADRIANA DEL CLARO (Blanche), CLAUDIO
LINS (Buck) e grande elenco, com produção da “DEL
CLARO PRODUÇÕES” e “H PRODUÇÕES CULTURAIS”, direção
assinada por JOÃO FONSECA, direção musical de THIAGO
GIMENES e coreografias de KEILA BUENO, sem falar nos
outros renomados e premiados criativos.
Fui conferir a montagem,
numa segunda sessão de domingo (23 de abril de 2023), com a melhor das
expectativas, ultrapassada, diante do que, num trabalho coletivo, me foi dado
ver. É muito gratificante a experiência: achar que vai ser bom, e constatar que
isso é pouco; é ótimo.
SINOPSE:
Movidos por paixão, ambição e adrenalina, as vidas
de Bonnie Parker (ELINE PORTO) e Clyde Barrow (BETO
SARGENTELLI) se cruzam, pela primeira vez, em uma lanchonete, onde ela, uma
garçonete, conhece o “delinquente de carteirinha”, por quem se vê
seduzida a embarcar em um mundo de viagens e crimes, entre fugas e prisões,
carros roubados, armas e charutos, assaltos a postos de gasolina, pequenos
comerciantes e grandes bancos, sem imaginar que, pouco tempo depois, se
tornariam um retrato histórico da “Grande Depressão”, período
marcado pela crise econômica e social americana, que levou muitas pessoas a
cometerem delitos em função do desespero e revolta, e a enxergar a dupla como
figuras heroicas.
Desafiando as autoridades, após dois anos de
aventuras na contramão da polícia, o banditismo romântico só chega ao fim no
dia 23 de maio de 1934, após serem delatados por um infiltrado na
gangue.
O casal fora da lei, que nunca demonstrou receio de
apertar gatilhos e disparar contra quem cruzasse seu caminho, acaba capturado,
em uma emboscada armada, numa estrada de Louisiana, sul dos EUA, e executado com
dezenas de tiros.
O mesmo acontece com o carro, atingido por mais de 100 balas de diversos calibres, em uma operação comandada pelo capitão Frank Hamer, um “Texas Ranger” (RENATO CAETANO).
A
famigerada dupla aterrorizou os Estados Unidos, na década de 1930,
com suas ações condenadas, ética e moralmente, como assaltos e assassinatos. A
título de ilustração, gostaria de justificar o emprego do adjetivo grifado, “famigerada”,
no lugar de “famosa”. Este dever ser empregado, quando alguém se
notabiliza por conta de gestos e procedimentos nobres e, consequentemente,
louváveis, merecedores de aplausos e elogios. Já o que empreguei, em referência
ao casal de bandidos, carrega uma forte carga de conotação pejorativa,
negativa, quando o “notável” se destaca por suas ações
subversivas, ou seja, que vão contra a ordem estabelecida; atitudes ilegais, em
suma.
O "show", com músicas de FRANK WILDHORN, letras de
DON BLACK e libreto de IVAN MENCHELL, é inspirado num filme, de 1967,
que mostrava quão audaciosa era a dupla, quando planejavam suas condenáveis
ações. Coragem, ousadia e determinação jamais faltaram aos dois gângsteres.
Depois
do enorme sucesso, de público e de crítica, na Broadway, onde estreou em 2011,
o espetáculo chegou ao Brasil, trazendo duas indicações ao “Tony Awards”,
além de três ao “Outer Critics Circle Awards” e cinco ao “Drama
Desk Awards”, nos dois últimos, incluindo Melhor Novo Musical, o
que, não se pode negar, são excelentes credenciais, depois de uma recente
temporada de sucesso, em 2022, no West End, de Londres, com
ingressos esgotados, onde voltou ao cartaz, quase que simultaneamente com a
montagem brasileira, em março deste ano.
Como seu grande objetivo, Bonnie
desejava alcançar o sucesso, como artista e poetisa. Clyde,
fissurado por carros, sonhava viver sem se preocupar com dinheiro, ganho “facilmente”.
Juntos, eles somam forças, em uma luta declarada contra o sistema e, instigados
por um desejo de vingança, caem na estrada sem rumo, mas mantendo sempre o
contato com parte da Gangue Barrow, formada, também, pelo irmão
bandoleiro de Clyde, Buck (CLAUDIO LINS), e a
cunhada Blanche (ADRIANA DEL CLARO).
Há quem consiga estabelecer um paralelo entre o casal norte-americano Bonnie/Clyde com o brasileiro Lampião/Maria Bonita. Acho bastante viável a comparação, quando nos fixamos apenas na questão do desejo de ambos, por vingança, pelas injustiças da vida para com o quarteto. Além disso, percebo que, em todas as obras que giram em torno de Virgulino Ferreira da Silva (Lampião) e Maria Gomes de Oliveira (Maria Bonita), sempre há um tratamento romanceado, da mesma forma como enxergo o que os autores deste musical atribuem a seus protagonistas, sem que isso possa ser considerado algo que deponha contra a peça, uma OBRA DE ARTE, que, como tal, comporta "licenças poéticas".
A grande maioria das informações que constam
nestes escritos me chegou às mãos pela assessora de imprensa da peça, GRAZY PISACANE (GPress Comunicação), a quem
agradeço.
Sinto uma considerável aversão por espaços como o 033 Rooftop do Teatro Santander, que não é, propriamente, um Teatro, mas, sim, uma casa de “shows”. É desconfortável, principalmente para quem vai assistir a um espetáculo de média ou longa duração, como nos musicais, entretanto esse incômodo acaba ficando em segundo plano, compensado pelo prazer de se assistir a uma montagem de tão alta qualidade, como a merecedora desta crítica.
Pela terceira vez, tive a oportunidade de assistir a musicais
ali. Na primeira, vi “Sweeney Todd - O Cruel Barbeiro da Rua Fleet”,
e a configuração – mesas e cadeiras – era a mesma que a de agora. Na segunda, o
espetáculo foi “Ney Matogrosso – Homem com H”, quando os lugares
eram as mesmas cadeiras de agora, mas sem a presença das mesas, na formatação
de um auditório.
Como não assisti ao filme, baseado no livro de Paul Schneider, não me sinto à vontade para avaliar o trabalho de transposição de uma OBRA DE ARTE, da tela para o palco, contudo, voltando minha lente de aumento para o aspecto dramatúrgico, fiquei bastante satisfeito com a arquitetura dramática, assim como os ótimos diálogos e a qualidade das canções, que entram, no espetáculo, como as peças necessárias para a construção de um quebra-cabeças, pelo que congratulo os autores do original e quem foi responsável pela tradução do texto e versão das letras, RAFAEL OLIVEIRA. Agradáveis são as melodias, voltadas para os ritmos que fizeram sucesso, naquela época, principalmente o “swing”, uma vertente do “jazz”. A trilha sonora original vem com 22 canções, repletas de elementos do “country”, “western”, “blues” e “pop”, da Broadway. Creio que, já aqui, cabem elogios à excelente direção musical, de THIAGO GIMENEZ, e à banda que toca ao vivo, a cujos nomes dos musicistas que a formam não tive acesso.
JOÃO FONSECA, com larga experiência como diretor e,
especificamente, na direção de musicais (“Tim Maia Vale Tudo – O Musical”,
“Cazuza – Pro Dia Nascer Feliz – O Musical”, “Cássia Eller
– O Musical”, “O Grande Circo Místico”, “Bilac Vê
Estrelas” e “O Beijo no Asfalto – O Musical”, apenas para
citar alguns.), foi felicíssimo, com a sua proposta de trabalho, explorando o
talento individual de cada um do elenco e, tirando partido do espaço de que
dispunha, estabelecendo marcações certeiras e criando um espetáculo bastante
dinâmico, com muitas entradas e saídas por diversos locais do espaço cênico,
sempre surpreendendo a plateia. Em determinados momentos, numa atitude
acertada, a direção optou por fazer com que alguns atores interajam com o
público, dizendo-lhes algumas coisas, geralmente engraçadas, bem próximos às
mesas e, até mesmo subtraindo algum petisco “dando sopa” na mesa.
Os espetáculos de TEATRO, quando encenados no 033 Rooftop
do Teatro Santander, sempre são um grande e salutar desafio para os
cenógrafos, pelo fato de não haver um palco italiano. Nos dois musicais que lá
eu havia assistido, anteriormente mencionados, notei um total e excelente
aproveitamento do espaço e, agora, CÉSAR COSTA não agiu de forma
diferente. É ótima a cenografia criada, quer naquilo que dela há de explícito,
quer nas cenas em que apenas alguns elementos cênicos nos sugerem o lugar em
que elas se dão, um criativo e profícuo exercício de imaginação, para o espectador.
Fiquei muitíssimo bem impressionado com os figurinos, desenhados
pelo premiado JOÃO PIMENTA, um dos meus favoritos nesse ofício. São
todos, ou quase todos, confeccionados nas cores preto e cinza, muito fiéis,
como deveria mesmo ser, às características da moda da década de 1930.
Acrescente-se a isso o belo acabamento e o exato caimento das peças em quem as
usa. O figurino contribui, e muito, assim como a cenografia, em se tratando da
paleta de cores utilizada, para que seja atingido o tom “noir” do
espetáculo.
Para a criação desse universo, dialogando com os dois elementos de
criação citados ao final do parágrafo anterior, chegou um carioca, PAULO
CESAR MEDEIROS, um “craque da luz”. Aplaudo, de pé, seu
trabalho, nesta obra, como já o fiz tantas vezes, e guardo belas imagens
criadas pelo “triálogo” cenário / figurino / iluminação.
Sempre que assisto a musicais, preocupo-me com a qualidade do som, principalmente na hora da execução das canções, uma vez que as letras destas fazem parte do texto, ajudam a contar a história, e é necessário que o público não perca nada daquilo que é para ser ouvido. O som dos instrumentos musicais não pode abafar a voz de quem canta. Se não houver uma perfeita equalização, sempre haverá um risco de reclamações, justas, por sinal. Disso, TOCKO MICHELLAZZO entende, e bastante, a ponto de criar um desenho de som favorável a que se perceba qualquer ruído emitido durante o espetáculo, quando se fala ou quando se canta. Além disso, TOCKO nos brinda com uma fantástica sonoplastia, com fortes registros do barulho de tiros e outros sons, durante as cenas de fuga e perseguição, o que as enriquece, efetivamente, além de ajudar na criação de um ambiente de grande agitação e perigo.
Não existe musical sem coreografia, um dos mais importantes
elementos de criação, no escaninho dos “criativos”. KEILA
BUENO é a responsável por excelentes números de dança, eximiamente
executados pelo elenco.
Por se tratar de uma peça de época, o visagismo, elemento ao qual,
infelizmente, a crítica, via de regra, não atribui muito valor, tem, aqui, uma
importância cabal. Além do “aporte” dos corretos figurinos, cada
personagem se aproxima bastante da realidade, por conta do ótimo trabalho de MARCOS
PADILHA.
E o que dizer do elenco da peça? Todos os adjetivos elogiosos, do
léxico da língua portuguesa, talvez não fossem suficientemente adequados, para
qualificar o trabalho em equipe e os individuais. O coletivo é excelente e destaques
vão para alguns artistas, como os protagonistas, ELINE PORTO e
BETO SARGENTELLI. Ambos, além de terem assimilado, totalmente, as características
de seus personagens, guardam, entre si, uma enorme cumplicidade cênica, além de
se colocarem, no palco como duas belas figuras humanas. O casal domina a
técnica de interpretação, assim como se movimentam muito bem, leves e soltos,
nas coreografias, e esbanjam talento quando cantam.
Numa posição entre os protagonistas e os demais membros do elenco,
vejo dois coadjuvantes “de luxo”, representados por ADRIANA
DEL CLARO e CLAUDIO LINS, que, por interpretarem personagens muito
próximos à dupla dos principais actantes, têm mais chance de mostrar seu ótimo
trabalho, não tivessem os dois larga experiência de placo.
Faço, porém, questão de registrar que todos os atores e atrizes do
elenco, num total de 17 artistas, se apresentam da forma mais correta
possível, “cada um no seu quadrado”, mesmo os que que interpretam
personagens não tão importantes na trama. Fiquei “hipnotizado”
pela voz do ator GUI GIANNETTO, que interpreta o Pastor,
principalmente no número de abertura do segundo ato, o mesmo ocorrendo quando ALINE
CUNHA (Eleonore) cantava. Que vozes abençoadas! Mais uma vez, volto
a direcionar meus aplausos para THIAGO GIMENEZ, por conta do arranjo
vocal, quando o coral da igreja se apresenta, “a capella”, interpretando
uma canção que quase me levou às lágrimas, certamente,
um dos pontos altos do espetáculo.
Ainda quero registrar que sempre aprecio muito o trabalho do ator PEDRO
NAVARRO, o qual, na grande maioria das vezes, vejo em personagens
engraçados e caricatos. Aqui, conheci uma outra faceta de interpretação de PEDRO,
e a aprovo.
FICHA TÉCNICA:
Libreto: Ivan Menchell
Letras: Don Black
Músicas: Frank Wildhorn
Versões (Texto e Letras): Rafael Oliveira
Direção: João Fonseca
Assistência de Direção: Pedro Pedruzzi
Direção Musical: Thiago Gimenez
Assistência de Direção Musical: Leo Córdoba
Elenco: Eline Porto (Bonnie Parker), Beto
Sargentelli (Clyde Barrow), Adriana Del Claro (Blanche), Claudio Lins (Buck), Aline Cunha (Eleanore), Aurora Dias (Cumie Barrow),
Bruna Estevam (Jovem Bonnie), Davi Novaes (John), Elá Marinho (Governadora
Ferguson), Gui Giannetto (Pastor), Lara Suleiman (Mary), Mariana Gallindo (Emma
Parker), Oscar Fabião (Xerife Schmidt), Pedro Navarro (Ted), Rafael de Castro
(Henry Barrow), Thiago Perticarrari (Delegado Johnson) e Yudchi Taniguti (Jovem
Clyde)
Cenografia: César Costa
Figurinos: João Pimenta
“Design” de Luz: Paulo Cesar Medeiros
“Design” de Som: Tocko Michelazzo
Coreografia: Keila Bueno
Visagismo: Marcos Padilha
Direção de Arte: Gus Perrella
Assessoria de Imprensa: Grazy Pisacane (GRPress Comunicação)
Fotos: Stephan Solon
Produção: Del Claro Produções e H Produções Culturais
Patrocínio: Esfera e Santander Seguros e Previdência
SERVIÇO:
Temporada: De 10 de março a 14 de maio de 2023.
Local: 033 “Rooftop” do Teatro Santander
(cobertura).
Endereço: Avenida Presidente Juscelino, 2041 – Vila
Olímpia – São Paulo.
Capacidade: 380 lugares.
Dias e Horários: Sextas-feiras, às 20h; sábados e
domingos, às 15h30min e às 20h.
Valor dos Ingressos: Setor VIP = R$250,00, Setor 1
= 220,00 e Setor 2 = 75,00 (Todos com valores de meia-entrada, para quem,
legalmente, fizer jus ao benefício.).
CANAIS DE VENDAS OFICIAIS: Internet (com taxa de
serviço): https://www.sympla.com.br/
Bilheteria Física (sem taxa de serviço): Atendimento
Presencial: Todos os dias 12h às 18h. Em dias de espetáculos, a bilheteria
permanece aberta até o início da apresentação. Não é possível o parcelamento em
ingressos adquiridos na bilheteria.
Autoatendimento: A bilheteria do Teatro Santander
possui um totem de autoatendimento, para compras de ingressos, sem taxa de
conveniência, 24 horas por dia.
Formas de pagamento: Dinheiro, Cartão de Débito e Cartão de Crédito.
Classificação Etária:16 anos.
Duração: 145 minutos, contando com um intervalo de
15 minutos.
Gênero: Musical.
ATENÇÃO! Clientes Santander ganham 15% de desconto, nas compras no bar do 033 Rooftop.
Apresentado por MINISTÉRIO DA CULTURA, com patrocínio de ESFERA E SANTANDER SEGUROS E PREVIDÊNCIA
Não
resta a menor dúvida de que “BONNIE & CLYDE” é uma superprodução
impecável, digna de orgulho para os brasileiros, a ponto de, com o
objetivo de proporcionar uma experiência ainda mais completa, para além do
palco, em 2022, o trio de produtores, ADRIANA DEL CANTO, BETO
SARGENTELLI e ELINE PORTO ter viajado até Curitiba, em busca da
carcaça original de um Ford V8, igual aos utilizados pelos personagens
reais da história. O carro foi restaurado, para ficar idêntico ao modelo
original - em situação de pós captura -, hoje exposto em Las Vegas. O V8
é uma réplica exclusiva, recriada, especialmente, para o espetáculo, e está
exposto, de forma acessível ao público, para que as pessoas possam se sentar ao
volante e tirar suas fotos.
Seria redundante dizer que RECOMENDO, COM O MAIOR EMPENHO, o espetáculo,
que eu gostaria de poder rever.
FOTOS: STEPHAN SOLON
GALERIA PARTICULAR:
Com Beto Sargentelli.
Com Eline Porto e Claudio Lins.
VAMOS AO TEATRO,
COM TODOS OS CUIDADOS!!!
OCUPEMOS TODAS AS SALAS DE ESPETÁCULO
DO BRASIL,
COM TODOS OS CUIDADOS!!!
A ARTE EDUCA E CONSTRÓI, SEMPRE!!!
RESISTAMOS, SEMPRE MAIS!!!
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PARA QUE, JUNTOS,
POSSAMOS DIVULGAR
O QUE HÁ DE MELHOR NO
TEATRO BRASILEIRO!!!
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