terça-feira, 31 de janeiro de 2017


O PÃO

E A

PEDRA


(O TEATRO SE PRESTANDO
A UMA AULA DE
POLÍTICA APARTIDÁRIA
E CIDADANIA.)



 
 

 

            A COMPANHIA DO LATÃO, sediada em São Paulo, fundada em 1997, por SÉRGIO DE CARVALHO, é, sem dúvida, uma das mais representativas do TEATRO BRASILEIRO, de reconhecimento internacional, e tornou-se uma referência para o TEATRO paulista, no que se refere à pesquisa estética avançada e à politização da cena.

Fã, incondicional, do seu trabalho, sempre saí de um espetáculo montado por eles, com vontade de revê-lo. Assim foi, por exemplo, com “O Círculo de Giz Caucasiano”, “Ópera dos Vivos”, “O Patrão Cordial” e “Os Que Ficam”.

Não aconteceu, porém, desta vez, depois de ter assistido, na semana passada (dia 25 de janeiro / 2017), à mais recente produção da COMPANHIA, “O PÃO E A PEDRA”, que fica em cartaz, no Teatro III, do CCBB do Rio de Janeiro, até o dia 13 de fevereiro (2017), a despeito de eu ter gostado bastante da peça, que não é, a meu juízo (gosto pessoal, apenas), o carro-chefe do grupo.

A COMPANHIA DO LATÃO é muito mais que um grupo de TEATRO. Trata-se de uma reunião de pessoas, as quais se propõem a incentivar a reflexão crítica sobre a sociedade atual, incluindo, em suas propostas, além dos espetáculos teatrais, atividades pedagógicas, edições de livros, CDs e DVDs, bem como uma série de experimentos artísticos, palestras e seminários.













A peça em questão é muito oportuna, apesar de retratar um fato do final da década de 70, que, porém, existe, e continuará existindo, que é a eterna luta do proletariado por uma ascensão social, que nada mais é do que uma luta pelos direitos de cidadania, num país em que poucos têm muito e muitos têm pouco. Não se trata apenas de uma luta por melhores salários, por mais dinheiro, por bens materiais; é, antes de tudo, uma exigência da condição humana, cidadã.

Um dos desejos do grupo, com este projeto era estudar e mapear os “aspectos do pensamento religioso no Brasil, sua força de coesão social e sua adesão à tendência geral de mercantilização das formas culturais”.

Nesta peça, observa-se a atuação da ala da Igreja Católica, chamada “progressista”, assistindo, com maior presença, entre os anos de 1968 e 1978, quando ocorre um grande ciclo de politização da igreja católica na América Latina, os mais pobres, os desassistidos, procurando dar um basta à desigualdade social.

É o momento em que entram em cena mais dois fortes elementos engajados nessa luta pelo direito à cidadania, representados pelo chamado “novo sindicalismo” e os movimentos estudantis, todos convergentes, porém por vias diversas.

A ação se passa na cidade de São Bernardo do Campo, em 1979, durante o efervescente momento que marcou uma grande greve dos metalúrgicos, que durou 60 dias: 15 de máquinas paradas e 45 de “trégua”, com mobilização, dentro e fora das fábricas.


   
 
 
 

 
SINOPSE:
 
A montagem acompanha as dificuldades de várias personagens do mundo do trabalho, durante a greve dos metalúrgicos, de 1979, no ABC. Histórias de aprendizados políticos e de luta pela sobrevivência se desenvolvem em torno do caso central de uma mulher operária, que se disfarça de homem, para melhorar de vida, questionando a situação feminina num ambiente fabril.
 
            Misturando elementos realistas, fantásticos e documentais, a encenação contrasta a prática política de uma greve histórica, cujas assembleias, no Estádio da Vila Euclides, contavam com mais de 70 mil trabalhadores, com expectativas ideológicas, alimentadas pelo imaginário de três grupos: o novo sindicalismo, a Igreja progressista e o movimento estudantil de esquerda.
 
            Em meio à campanha salarial e ao enfrentamento da polícia, os operários de “O PÃO E A PEDRA” travam um embate com a própria vida coisificada.
 

 
 
 









 



Com este espetáculo, a COMPANHIA DO LATÃO acompanha várias personagens do mundo trabalho - em especial uma mulher operária, que se disfarça de homem, para melhorar de vida -  em meio à greve dos metalúrgicos de 1979 no ABC.

            A concepção do projeto, assim como a dramaturgia e a excelente direção do espetáculo levam a assinatura de SÉRGIO DE CARVALHO, embora seja uma criação coletiva, que contou com a colaboração de uma equipe de pesquisadores, entre os quais JULIAN BOAL, filho do inesquecível mestre Augusto Boal.

A direção musical e a execução, ao vivo, estão a cargo de LINCOLN ANTÔNIO, do grupo musical A Barca, que volta a colaborar com a COMPANHIA depois de 15 anos. No elenco, 10 atores dão vida a 24 personagens, já que quase todos fazem mais de um papel.

            O espetáculo chega ao Rio de Janeiro, depois de ter estreado em São Paulo, em maio de 2016, sempre com lotação esgotada, sucesso absoluto de público e carregado e excelentes críticas.













            Dois pontos de apoio importantes, no espetáculo, residem no fato de ele ser político, porém apartidário, e não ter a pretensão de ser panfletário, limitando-se – e isso já é muito – a abordar um fato real e usá-lo como ferramenta para uma reflexão do público. É pena que a ignorância, o fanatismo político partidário ou, mesmo, uma paixão popular levem algumas pessoas da plateia a não entender a proposta do grupo, o que as faz gritar palavras de ordem, do tipo “Fora.....!”, chegando a atrapalhar a interpretação dos atores, como ocorreu no dia em que assisti ao espetáculo e me deixou bastante incomodado.      

            Agradaram-me os elementos criativos do cenário e dos figurinos de CÁSSIO BRASIL, assim como todos os demais elementos técnicos do espetáculo.

            O elenco, referência em interpretação, segundo o método brechtiano, se apresenta com um trabalho irretocável, no qual seria difícil citar destaques, embora eu arrisque um toque de maior mérito às atuações de HELENA ALBERGARIA, JOÃO FILHO, NEY PIACENTINI, ROGÉRIO BANDEIRA e TIAGO FRANÇA.

            Recomendo o espetáculo e já, de antemão, aviso, aos que pensarem que 2 horas e 50 minutos podem cansar, que abandonem tal pensamento, uma vez que se trata de um espetáculo vivo, dinâmico, capaz de prender a atenção do espectador, ávido por um TEATRO de qualidade.


 







 



 
FICHA TÉCNICA:
 
Dramaturgia e Direção: Sérgio de Carvalho
Dramaturgo Assistente: Julian Boal
Colaboração na Dramaturgia: Helena Albergaria
Equipe de Pesquisa: Julian Boal, Marcelo Berg, Maria Lívia Nobre, Natália
Belasalma, Olívia Tamie e Sérgio de Carvalho.
Assistência de Direção: Maria Lívia Nobre
 
Elenco: Beatriz Bittencourt (Míriam, uma operária)
Beto Matos (feitor Mariano; ambulante; instalador de antena; policial; bilheteiro)
Érika Rocha (Irene, uma operária)
Helena Albergaria (Joana Paixão, uma operária; João Batista)
João Filho (Isaías, o filho; Jaílton, o sindicalista)
Ney Piacentini (Arantes, o veterano; Espectro do marido de Joana)
Rogério Bandeira (Lucílio, o Fúria Santa)
Sol Faganello (Luísa, a militante; menina Greice)
Thiago França (Padre Carlino; operário; guarda da fábrica; fura-greve; contramestre; Pedro, o namorado da militante
 
Direção Musical, Composição e Execução: Lincoln Antônio
Cenário e Figurinos: Cássio Brasil
Assistente de Figurino: Patrícia Sayuri Sato
Iluminação: Melissa Guimarães e Silviane Ticher
Operação: Melissa Guimarães
Cenotécnico: Valdeniro Pais
Registro Videográfico: Natália Belasalma
Fotografias do Cartaz: Cristiano Mascaro
Fotos: Lenise Pinheiro
Arte do Programa e Cartaz: Marcelo Berg
Assistência de Produção: Olívia Tamie
Produção: João Pissarra
Assessoria de Imprensa: Mônica Riani
 

 

 

 
 



 




 
SERVIÇO:
 
Temporada: De 19 de janeiro até 13 de fevereiro
Local: Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) – Rio de Janeiro
Endereço: Rua Primeiro de Março, 66 - Centro – Rio de Janeiro.
Telefone para informações: (21) 3808.2020.
Dias e Horários: De quarta-feira a domingo, às 19h30
Duração: 170 minutos, assim distribuídos: dois atos - Ato I: 1h35min; Intervalo de 15 min; Ato II: 1h.
Classificação Etária: 16 anos
Valor do Ingresso: R$20,00 (inteira) e R$10,00 (meia-entrada).
 



 


 





 

 

(FOTOS: LENISE PINHEIRO.)


segunda-feira, 30 de janeiro de 2017


PRÊMIO CESGRANRIO 
DE TEATRO

– 4ª EDIÇÃO

(SOBRA TALENTO,

SOBRA ALEGRIA,

SOBRA GLAMOUR!!!

ou

O TEATRO EM NOITE
DE GRANDE GALA!!!


(Foto de Beto Carramanhos.)


            Mais uma vez, estive presente à grandiosa festa de premiação dos melhores do TEATRO BRASILEIRO, na 4ª edição do PRÊMIO CESGRANRIO DE TEATRO, referente ao ano teatral de 2016, criado e organizado pela FUNDAÇÃO CESGRANRIO, na figura de seu fundador, presidente e grande mecenas das artes no Brasil, principalmente do TEATROProfessor CARLOS ALBERTO SERPA.

            O júri do PRÊMIO, que conta com sete nomes intimamente ligados ao TEATRO e de notório conhecimento e bom gosto, formado por CAROLINA VIRGÜEZ, DANIEL SCHENKER, JACQUELINE LAURENCE, LIONEL FISCHER, MACKSEN LUIZ, RAFAEL TEIXEIRA e TÂNIA BRANDÃO, escolheu o melhor em cada uma das doze categorias previstas.

            Como sempre, o evento aconteceu nas dependências do emblemático Golden Room do Copacabana Palace Hotel, no Rio de Janeiro, a primeira casa de espetáculos da América Latina, e espaços adjacentes, já que os convidados, em grande número, não caberiam naquele salão, que conta, na sua história, de quase noventa anos, com a honra de já ter sido palco para apresentações de alguns dos maiores nomes do “show business” mundial, como Marlene Dietrich, Maurice ChevalierRay Charles, Edith Piaf , Ella Fitzgerald, Nat King Cole, entre outros. 




 
Visão da plateia do Golden Room.



            A festa teve como apresentadores, IRENE RAVACHE, uma das divas do TEATRO BRASILEIRO, e o grande ator ERIBERTO LEÃO, os quais conduziram a premiação com alegria, leveza e competência, como dois grandes artistas que são.




Eriberto Leão e Irene Ravache.



            A cada ano, o PRÊMIO homenageia um grande nome do TEATRO. Já foram alvo de homenagens Glória Menezes e Tarcísio Meira (2012, ano de lançamento do PRÊMIO), Mílton Gonçalves (2013), Ney Latorraca (2014) e Nathália Thimberg (2015).

Nesta 4ª edição, a honraria coube a uma as maiores damas dos palcos, a atriz NICETTE BRUNO, que fez um belíssimo e comovente discurso de agradecimento, uma verdadeira aula, principalmente para os que se iniciam no ofício de representar, tendo sido ovacionada, de pé, durante alguns minutos, por todos os presentes, e recebeu uma condecoração, das mãos do Professor SERPA.



Nicette Bruno é condecorada pelo Professor Carlos Alberto Serpa.



Na ocasião, BETH GOULART, filha de NICETTE e do saudoso Paulo Goulart, muito emocionada, e não sem motivos para estar, fez menção a um momento da brilhante carreira de NICETTE, que, por si, basta, para a avaliação de seu invejável caráter e amor pelo TEATRO, além de respeito a seu público. Disse IRENE: “O teatro estava vazio, havia apenas dez pessoas na plateia, sendo nove convidados. O produtor se aproximou de NICETTE e avisou da possibilidade de cancelarem aquela sessão. Ela, então, reuniu todo o elenco e disse:

NICETTE: “Olha, nós temos apenas um pagante na plateia. Nós podemos não fazer o espetáculo de hoje, ou podemos fazer o melhor espetáculo de nossa vida, para essa pessoa que saiu de casa e pagou para nos ver”.

E assim aconteceu.

Eu já vi, estando na plateia do Teatro dos Quatro, no Rio de Janeiro, atitude semelhante, por parte do saudoso Sérgio Britto, outro que pode ser comparado a NICETTE, em tudo.




A homenageada Nicette Bruno.



            Nos últimos cinco anos, a FUNDAÇÃO CESGRANRIO priorizou a cultura, como uma das suas atividades mais destacadas, como disse o Professor SERPA, no programa do evento. E continua: “Já ressaltamos nossa convicção de que o TEATRO é o ‘locus’ preferencial de vivenciar emoções memoráveis, que transformam as pessoas e as preparam para o cotidiano da vida”.

Para comemorar esses cinco últimos anos de atividades que apoiam a cultura e, em especial, o TEATRO, a FUNDAÇÃO editou um belo livro de memórias recentes. Cada um dos convidados presentes, àquela noite, recebeu, um exemplar, ao deixar a festa.

            Em seu discurso, o Professor SERPA anunciou o mais novo presente que ele oferece à nossa cidade, tão carente de espaços culturais. Trata-e de um teatro, com capacidade para cerca de seiscentas pessoas, a ser inaugurado, até o final deste ano ou, no máximo, nos dois primeiros meses de 2018, num local onde funcionou uma grande e conhecida casa de festas, no Rio Comprido, vizinho ao já existente Teatro Cesgranrio, inaugurado no ano passado.

            A organização do prêmio fica a cargo do competente Secretário Executivo De Cultura da FUNDAÇÃO CESGRANRIO, LEANDRO BELLINI, o qual, no programa da festa, diz que, ao chegar à 4ª edição do PRÊMIO, ainda que jovem, ele já “conquistou o respeito de toda a classe artística”, sobre o que não paira a menor dúvida.

E continua: “A credibilidade conquistada, em tão pouco tempo, aconteceu, graças ao significativo investimento da FUNDAÇÃO CESGRANRIO, condizente com o reconhecimento que o TEATRO merece, inclusive por se manter de pé, apesar dos pesares. Em um cenário cheio de revezes, o TEATRO persiste e resiste, como não poderia deixar de ser. E nós, do CENTRO CULTURAL DA CESGRANRIO, damos as mãos a ele, a cada um de vocês e caminhamos, juntos, na contramão das circunstâncias do país, valorizando os diferentes ofícios que o permitirem existir. Sim, acreditamos que o TEATRO seja um espelho, no qual a sociedade pode ser ver, se criticar e se reconstruir, de forma constante, e, por isso, insistimos e insistiremos, sempre, em trabalhá-lo, com primazia, seja através deste PRÊMIO, seja através do nosso projeto “Teatro Itinerante nas Escolas”, seja através da inauguração de mais um  teatro na cidade ou de tantos outros apoios dados. Temos orgulho de sermos, hoje, no Brasil, a instituição que mais investe em TEATRO sem fazer uso de leis de incentivo, através da renúncia fiscal. Em nossa vocação, a cada dia que passa, está se tornando mais sólido”.

É preciso dizer mais alguma coisa?

LEANDRO também é o responsável pelos textos lidos pelos apresentadores, ou seja, o roteiro.





 
Nicette Bruno e uma as indicadas ao
Prêmio de Melhor Atriz, Fabíula Nascimento.



Segue a relação dos indicados e o destaque para os vencedores, na ordem em que foram conhecidos:

MELHOR FIGURINO (prêmio entregue pela atriz Fernanda Vasconcellos):

Cássio Brasil, por “5 X COMÉDIA”

Kika Lopes, por “GOTA D’ÁGUA [A SECO]”

Kika Lopes, por “AUÊ”

LUIZA FARDIN, por “SE EU FOSSE IRACEMA”

Marcelo Olinto, por “A INVENÇÃO DO AMOR”

Paula Ströher, por “TRAN_SE”

  
MELHOR CENOGRAFIA (prêmio entregue pelo ator Klebber Toledo):

André Cortez, por “GOTA D’ÁGUA [A SECO]”

ANDRÉ CURTI e ARTUR LUANDA RIBEIRO, por “GRITOS”

Aurora dos Campos, por “OS SONHADORES”

Bel Lobo e Bruce Gomlevsky, por “DEMÔNIOS”

Daniela Thomas e Camila Schimidt, por “OS REALISTAS”

José Dias, por “BOA NOITE, PROFESSOR”

MELHOR ILUMINAÇÃO (prêmio entregue pelo ator Oscar Magrini):

ARTUR LUANDA RIBEIRO e HUGO MERCIER, por “GRITOS”

Maneco Quinderé, por “O COMO E O PORQUÊ”

Nadja Naira, por “VAGA CARNE”

Paulo César Medeiros, por “IMAGINA ESSE PALCO QUE SE MEXE”

Rodrigo Belay, por “OS SONHADORES”

Tomás Ribas, por “FATAL”

MELHOR ATOR (prêmio entregue pela atriz Lilia Cabral):

Álamo Facó, por “MAMÃE”

Bruno Mazzeo, por “5 X COMÉDIA”

Emílio de Mello, por “OS REALISTAS”

MARCOS CARUSO, por “O ESCÂNDALO PHILIPPE DUSSAERT”

Matheus Narchtergaele, por “PROCESSO DE CONCERTO DO DESEJO”

Otto Jr., por “AMOR EM DOIS ATOS”



Marcos Caruso.



MELHOR ATOR EM TEATRO MUSICAL (prêmio entregue pelo ator Marcelo Melo Júnior):

ALEXANDE ROSA MORENO, por “A CUÍCA DO LAURINDO”

Hugo Bonemer, por “ORDNARY DAYS”

Hugo Germano, por “A CUÍCA DO LAURINDO”


 
Alexandre Rosa Moreno recebe o Prêmio de
Melhor Ator em Teatro Musical,
das mãos de Marcelo Melo Júnior.



CATEGORIA ESPECIAL (prêmio entregue pelo ator Stênio Garcia):

César Augusto, pela curadoria do GALPÃO GAMBOA

Eduardo Rieche, pela autoria do livro “YARA AMARAL – A OPERÁRIA DO TEATRO”

Elenco do espetáculo “AUÊ”

Nós do Morro, pelos 30 ANOS DE ATIVIDADE

Tato Taborda, pela criação musical, nos espetáculos “CÉUS”, “BOA NOITE, PROFESSOR” e “IMAGINA ESSE PALCO QUE SE MEXE”

WOLF MAYA, pela CONSTRUÇÃO DO TEATRO NATHÁLIA THIMBERG



 
Wolf Maya, que venceu a Categoria Especial.



MELHOR ATRIZ (prêmio entregue pela atriz Glória Menezes):

Cláudia Mauro, por “A VIDA PASSOU POR AQUI”

DÉBORA BLOCH, por “OS REALISTAS”

Fabíula Nascimento, por “5 X COMÉDIA”

Grace Passô, por “VAGA CARNE”

Helena Varvaki, por “A OUTRA CASA”

Suzana Faini, por “O COMO E O PORQUÊ”


 
                                       Glória Menezes.



  Glória Menezes entrega o Prêmio de Melhor atriz a Débora Bloch.



MELHOR ATRIZ EM TEATRO MUSICAL (prêmio entregue por Letícia Birkheuer);

LAILA GARIN, por “GOTA D’ÁGUA [A SECO]”

Vilma Mello, por “CHICA DA SILVA - O MUSICAL”



                   Letícia Birkheuer.



                                                 Laila Garin, a Melhor Atriz em Teatro Musical.




MELHOR DIREÇÃO (prêmio entregue pela atriz Maria Zilda Bethlem):

Ana Teixeira e Stephane Brodt, por “OS CADERNOS DE KINDZU”

André Curti e Artur Luanda Ribeiro, por “GRITOS”

DUDA MAIA, por “AUÊ”

Guilherme Weber, por “OS REALISTAS”

Luiz Felipe Reis, por “AMOR EM DOIS ATOS”

Márcio Abreu, por “NÓS”


Maria Zilda Bethlem.



MELHOR DIREÇÃO MUSICAL (prêmio entregue pela atriz Eva Wilma):

Alexandre Elias, por “CHICA DA SILVA – O MUSICAL”

ALDREDO DEL-PENHO e BETO LEMOS, por “AUÊ”

Luciano Moreira e Felipe Vidal, por “CABEÇA (UM DOCUMENTÁRIO CÊNICO)”

Luís Barcelos, por “A CUÍCA DO LAURINDO”

Pedro Luís, por “GOTA D’ÁGUA [A SECO]”



 
                       Eva Wilma.



                                                                    Beto Lemos e Alfredo Del-Penho.


MELHOR TEXTO NACIONAL INÉDITO (prêmio entregue pelo ator José Loreto):

Álamo Facó, por “MAMÃE”

Cláudia Mauro, por “A VIDA PASSOU POR AQUI”

Diogo Liberano e Dominique Arantes, por “OS SONHADORES”

Felipe Vidal, por “CABEÇA (UM DOCUMENTÁRIO CÊNICO)

GRACE PASSÔ, por “VAGA CARNE”

Rodrigo Portella, por “ALICE MANDOU UM BEIJO”



 
José Loreto.



MELHOR ESPETÁCULO (prêmio entregue pelo ator Paulo José):

“AUÊ”

“Gritos”

“Mamãe”

“Nós”

“Os Cadernos de Kindzu”

“Vaga Carne”



                           Paulo José.



Paulo José é ovacionado pelo público.



                                                  O elenco e parte da equipe de "AUÊ".




FICHA TÉCNICA:

Um projeto idealizado por Carlos Alberto Serpa

Roteiro: Leandro Bellini
Coordenação de Produção Audiovisual: Alexandre Machafer
Coordenação de Produção Técnica e Cenográfica: Marisa Monteiro
Produção: Anton Vasconcellos, Bruno Barreto, Hellen Oliveira, Raphael Maciel, Roberto Padula e Welton Moraes
Produção Audiovisual: Alberto de Moraes, Carlos Augusto Rodrigues, Carlos Alberto Santa Rita e Ricardo Soares
Produção Cenográfica: Rogério Madruga e Michel Sant’anna
Arranjos e Sonorização: Jorge Niny
Arte Gráfica: Welton Moares
Decoração do Ambiente: Eugênia Guerra
Assessoria Administrativa: Urbano Lopes
Assessoria de Imprensa e Convidados; Liège Monteiro e Luiz Fernando Coutinho
Direção de Produção: Leandro Bellini
Realização: Centro Cultural Fundação Cesgranrio
Agradecimentos: Dulce Pirajá, Aline Santos, Paulo Sérgio Rocha e Ana Carla de Mendonça.





Como uma "família", "AUÊ" e "GOTA D'ÁGUA [A SECO]
- Andréa Alves, Laila Garin, Alfredo Del-Penho e Duda Maia.




            O PRÊMIO CESGRANRIO DE TEATRO é, sem dúvida, um evento aguardado, com ansiedade, pela classe artística e por todos os amantes do TEATRO, e, mal termina uma premiação, já começam os preparativos para a próxima e a curiosidade de todos.

                Esperamos que se perpetue este evento.

                A unanimidade é difícil de ser atingida, todos sabemos. IRENE RAVACHE e ERIBERTO LEÃO, durante a apresentação da solenidade, fizeram brincadeiras, utilizando dois adjetivos, que seriam aplicados aos vencedores e aos indicados. Estes, por não serem os vencedores, sairiam do PRÊMIO “contentes”, apenas pela indicação, enquanto cada um ganhador da bela estatueta se sentiria “exultante”, sinônimos, porém em graus diferentes.

Não me agradaram algumas premiações, o que é bem democrático, diga-se de passagem; o meu voto seria para outros concorrentes, em algumas categorias. Digamos que deixei o Copacabana Palace, depois das três horas da manhã, no seguinte estado: “contentexultante”, concordando com sete dos resultados.

Um fato que me deixou constrangido e ligeiramente aborrecido foi terem sido nomeados apenas três atores e duas atrizes, na categoria TEATRO MUSICAL. A minha decodificação, como a de todos os que falavam do mesmo assunto, foi de que os jurados não reconheceram outros nomes que merecessem uma indicação, com o que não concordo, de jeito nenhum, ainda que 2016 não tivesse sido um ano tão rico em espetáculos musicais, porém, alguns outros poderiam, e deveriam, ter fornecido nomes para as listas. Enfim... O resultado tem de ser aceito e respeitado.

            Mas o mais importante é que todos nos sentimos vitoriosos, após o balanço final da festa, que, a cada ano, se aprimora.



(FOTOS: JOSÉ RENATO – ASSESSOR DE IMPRENSA DA CESGRANRIO (a maioria) 
e
outras, de arquivos particulares, extraídas de redes sociais, com ou sem créditos.)



O grande vencedor da noite.



(GALERIA PARTICULAR -
FOTOS DE ALEXANDRE POMAZALI.)