“LOS HERMANOS –
MUSICAL
PRÉ-FABRICADO”
ou
Na
última 2ª feira (20 de março de 2023), atendendo a um convite de Barata
Comunicação (Assessoria de imprensa), fui ao Teatro Casa Grande
(VER SERVIÇO.), para assistir, em sessão especial para convidados, ao
espetáculo “LOS HERMANOS – MUSICAL PRÉ-FABRICADO”. Tenho evitado essas
sessões, chamadas de “VIP”, por vários motivos, porém, movido por
grande curiosidade e vontade de ver, num palco, um “musical totalmente
diferente de tudo o que já se fez, no gênero, no Brasil”, como a
montagem vinha sendo “vendida”, pela mídia, e continua sendo, aceitei o convite e
parti para o Teatro, devidamente orientado por um querido amigo
do elenco. Dissera-me ele que eu deveria esquecer tudo o que sei sobre musicais
- sem falsa modéstia, não é pouco -, incluindo as fórmulas e padrões importados
da Broadway, a “Meca dos musicais”, que, diga-se de
passagem, são admiráveis, em termos de estrutura e estética.
E
assim fiz, acedendo às recomendações do meu amigo. Fui ao Teatro Casa
Grande preparado para tudo; esperando tudo. E constatei que ele estava
totalmente certo. Acrescento eu: acho que este espetáculo pode ser considerado
um “divisor de águas”, na história dos musicais, no Brasil, e é
daqueles que a pessoa “ama ou odeia”. EU
AMEI!!! Tanto que voltei, no último sábado (25 de março),
mais para não deixar escapar nada, nenhum detalhe importante, nestes meus
escritos. Explico: tinha o hábito de sempre carregar comigo, para o Teatro,
uma cadernetinha e uma caneta, a fim de fazer anotações, praxe que abandonei
nos últimos anos. Ocorre que “LOS HERMANOS...” reúne tantas cenas e
detalhes, num “tsunâmi” de informações, que, certamente, eu
deixaria de registrar algumas sobre cenas importantes – são muitas -,
visto que a minha já desgastada memória caminha, infelizmente, para uma “vaga
lembrança”, por conta da idade, ainda que eu trave uma luta ferrenha
para que tal situação não se estabeleça.
Fui
disposto a gostar do espetáculo, como sempre faço, muito embora, confesso, sem nenhum pudor, jamais
ter apreciado qualquer trabalho anterior de MICHEL MELAMED, autor do
texto e diretor da peça. Digo isso sem o menor constrangimento, uma vez que já
tenho bem formada a ideia de que nossos gostos, meu e dele, são incompatíveis,
motivo pelo qual não escrevi críticas a seus trabalhos anteriores, visto que,
como estão fartos de saber os que me leem, só escrevo sobre uma peça quando
gosto dela. Nunca, porém, deixei de pensar que a “culpa” (Não
existe “culpa”, na verdade.) poderia ser minha, já que tanta
gente, cujos gostos e opiniões respeito bastante, admirava seus trabalhos. Não
é um “defeito” meu, nem de ninguém, não gostar de uma coisa. Os
gostos não existem para serem discutidos e todos merecem ser respeitados. MICHEL é um artista performático, isso
é inegável, e esse tipo de arte não me agrada muito. O que fazer? Tenho minhas preferências.
Eu amei “LOS HERMANOS – MUSICAL PRÉ-FABRICADO”. Eu
gostei do espetáculo? Sim, eu gostei do espetáculo.
Eu entendi o que vi? Não, eu não entendi o que vi.
Se me perguntarem qual é o enredo da peça, minha resposta será: NÃO SEI;
porque não existe. No “release” que recebi, de GUILHERME
SCARPA (Barata Comunicação), não há, como é habitual, uma SINOPSE
da peça. Chamei de “SINOPSE” um trecho extraído do referido “release”,
com algum acréscimo, que penso poder condensar o que nos é mostrado no palco. Não
sei se é o retrato fiel do que é encenado, mas podem levá-la em consideração e
se preparar para gostar do que verão.
SINOPSE:
O espetáculo revisita, reinventa
e realoca a obra da cultuada banda carioca “LOS HERMANOS”, formada por MARCELO
CAMELO, RODRIGO AMARANTE, BRUNO MEDINA e RODRIGO BARBA,
que estourou nas rádios, com o “hit” “Anna Júlia”,
em 1999.
Episódico e surpreendente, a
peça não remonta o grupo em cena de forma convencional, o que significa dizer
que não se trata de um espetáculo biográfico. Foge ao clichê. Vai além: revela histórias
curiosas por trás das músicas de “LOS HERMANOS”, que nunca antes foram
contadas.
Canções como “Sentimental”, “Morena”, “Casa Pré-Fabricada”, “Veja Bem Meu Bem”, “A Flor” e “Conversa de Bota Batidas”, entre outras, ocupam o palco e dialogam com outras épocas e obras da cultura “pop”, apresentando desde o nascimento dessas canções à sua execução, passando por situações cotidianas e inimagináveis.
E
como se pode gostar de algo que não se entende? Mistério que nem os DEUSES
DO TEATRO são capazes de explicar? Talvez. Vi, no palco, durante cerca de
duas horas e meia, sem contar o tempo do intervalo entre os dois atos, uma
sucessão de muitas cenas, sem ligação de umas com as outras, como se fossem
capítulos de uma novela; não a da televisão, que pertence ao gênero dramático,
mas como gênero literário, intermediário entre um conto e um romance, quando há
uma série de “capítulos” que apresentam princípio, meio e fim,
independentes uns dos outros, porém ligados por um aspecto comum a todos. Um bom
exemplo disso seria o clássico da literatura universal “Dom Quixote”, de Miguel de
Cervantes, que reúne várias aventuras, totalmente independentes,
entretanto tendo, como elemento comum, o personagem, que é uma das minhas
grandes paixões, e seus devaneios. Não há uma dramaturgia, propriamente dita.
Neste trabalho, eu não chamaria MICHEL MELAMED de “dramaturgo”,
mas, sim, de “roteirista”, que criou cenas em forma de esquetes independentes, ligados às letras ou situações
reais, em interessantíssimas e criatvas releituras feitas pelo autor/diretor,
misturando, de forma fantástica, o elemento dramático com o cômico.
Não me
sinto à vontade para falar de texto, porque ele “não existe”, na
prática. Posso, isso sim, me reportar ao roteiro, indiscutivelmente, bastante
interessante. MELAMED escreveu cenas que, depois de montadas, revelaram
o talento de um diretor (Estou me referindo ao espetáculo em tela. Não mudo
minha opinião acerca dos seus espetáculos anteriores e espero que ela seja
respeitada, como respeito aqueles que os aplaudem.).
Se,
como dramaturgo, não enxergo, em MICHEL, nada de extraordinário (Falando
de “LOS HERMANOS...”, repito.), como diretor, o bolador e montador de
cada cena, cada quadro, como numa exposição de um pintor, aplaudo, com bastante empenho, seu trabalho, por conta de
muita ousadia e criatividade de sua parte.
Quado
fiz referência a “amar ou detestar” o espetáculo, penso que os
que são fãs da banda e conhecem detalhes da vida pessoal de seus elementos,
assim como momentos ou fatos que marcaram a trajetória do grupo, são os que têm
tudo para amar a peça, porque conseguem reconhecer, em cada esquete, uma canção
ou um fato marcante. Já os que nada, ou muito pouco, sabem sobre os músicos e a
banda, como eu, podem chegar a odiar a montagem. Penso que, para estes, é
extremamente difícil, quase impossível, perceber alguma relação entre os signos pensados pelo encenador e as letras
das canções e os fatos abordados nas cenas.
Assim foi
construída a “estrutura dramatúrgica” deste musical. Não há, repito,
um enredo, mas várias cenas, que têm como elemento pertinente a todas o fato de
serem baseadas nas letras das canções ou em fatos ligados à trajetória do grupo
de “rock alternativo”, misturando “rock” com a
chamada MPB, “LOS HERMANOS”, criado em 1997,
formado por rapazes estudantes, no qual se destacam MARCELO CAMELO e RODRIGO AMARANTE.
No dia seguinte ao da sessão para convidados, um querido amigo me ligou, para saber o que eu achara da peça. Não lhe disse, logo, a minha opinião, até que ele deu a sua: havia gostado muito. E justificou: é um fã declarado da banda, conhece todas as letras e detalhes da sua carreira. Eu, ao contrário, não sou fã de "LOS HERMANOS", apesar de adorar o bom “rock” brasileiro. Não conheço uma letra inteira da banda; na verdade, nada além do refrão de “Ana Júlia”, o grande “hit” da carreira do grupo, o que não é nenhum prodígio (“Ô, Ana Júlia”! Ô Ana Júlia!”). Não sabia os nomes de todos os seus componentes, a não ser os de CAMELO e AMARANTE. E não conhecia, absolutamente, nada sobre os bastidores das canções e das vivências da banda. Essa é a justificativa principal para eu não entender o que estava sendo encenado.
A quarta cena, salvo engano, por exemplo, que me deixou, na
primeira vez em que vi a peça, com “cara de tacho”, arrancava
gargalhadas de muitos da plateia, porque era uma “reprodução” de
uma cena real, envolvendo um repórter entrevistando RODRIGO AMARANTE, da
forma mais ridícula e incompetente possível, amadora, o que lhe fez merecer um deboche e críticas do
entrevistado. Meu amigo, fã de “LOS HERMANOS”, me enviou o vídeo da
entrevista, que, segundo ele, viralizou, pela plataforma YouTube.
Gostei muito do vídeo. Quando assisti à peça, pela segunda vez, minha reação
foi outra, completamente diferente da primeira. É lógico: eu tinha uma informação; e outras, que procurei depois ou que me foram passadas por outras pessoas, as
quais me permitiam entender o que estava vendo. Resultado: ri bastante.
E me emocionei também.
Tão
logo encerrei a conversa com o amigo, ao telefone, parti para o “Spotfy”, o que ainda estou fazendo neste momento, a fim de ouvir tudo o que havia do repertório da banda. Não faço outra coisa,
desde então, quando me sobra tempo ou estou trabalhando ao computador. Ainda
não me considero um fã dos rapazes, e acho que nunca o serei, mas reconheço grande valor,
mais nas letras que nas melodias, embora algumas destas sejam lindíssimas
também. Daí, a minha segunda vez com “LOS HERMANOS – MUSICAL PRÉ-FABRICADO” ter sido bem diferente, e bem melhor que a primeira, quando eu já havia gostado - é
importante repetir.
Mas,
se você “joga no meu time”, com relação a uma falta de “intimidade”
com o "universo 'LOS HERMANOS'", se não faz parte daquela bolha, isso jamais deverá ser um motivo para não
assistir ao musical. Deve ir, sim, e se fixar no TEATRO que existe naquele
palco. Deixa para lá SINOPSE, enredo e tudo o mais e se concentre,
apenas, nos detalhes de uma genial, desafiadora e
corajosa encenação teatral.
Todos
os elementos que entram na montagem de uma peça teatral, aqui, no caso, estão
em perfeita sintonia com as ideias do autor/diretor. Gostei bastante da
cenografia, de MARIETA SPADA e MICHEL MELAMED; dos figurinos, de LUIZA
MARCIER; da iluminação, de ADRIANA ORTIZ; e do visagismo, de RUBENS
LIBÓRIO. Todos os elementos “conversam, entre si, sobre o mesmo
assunto”.
Com relação à cenografia, a montagem se desenrola em quatro grandes cubos brancos no palco, e à frente destes. Essas quatro estruturas lembram “contêiners”, vazados ao fundo, com molduras de “led” (díodo emissor de luz), "com cada cor tendo um significado". (Um doce para quem conseguiu perceber isso.) Atrás dos cubos, totens com os mais diversos refletores. A luz é um objeto cênico, escultórico, não existe apenas para iluminar o ator, assim como acontece nos shows de música.".
Há muitos figurinos, por exigência das cenas,
todos muito interessantes e alguns bem extravagantes.
ADRIANA ORTIZ assina um desenho de luz que, além de estar bastante
integrado aos demais elementos de criação e à exigência de cada situação, forma
imagens belíssimas.
O visagismo, elemento nem sempre valorizado
nas críticas e, de uma forma geral, não merecedor de muita atenção, por parte
dos espectadores, tem, nesta montagem, uma importância capital, uma vez que
contribui, em muito, para complementar a caracterização dos personagens.
Enalteço
bastante os trabalhos de FELIPE
PACHECO VENTURA e PEDRO
COELHO, na direção musical, e de CLAUDIA ELIZEU, nos arranjos vocais
e na preparação vocal. Tudo o que se refere a arranjos, musicais e vocais, é
extremamente impecável, assim como toda a direção musical. Esses trabalhos são
dois grandes desafios para quem os executou. Já aqui, aproveito para, também,
destinar aplausos à excelente banda que acompanha os atores/cantores em todas
as canções: BIANCA SANTOS, ESTEVAN “CÍPRI” BARBOSA, EVELYNE
GARCIA, FELIPE PACHECO VENTURA, MARCELO CEBUKIN, PEDRO
COELHO e YURI VILLAR, os quais, em algumas cenas, são utilizados,
também, como actantes. Adorei a sonoridade da banda, que, em certas canções, quando os metais alam mais alto, lembra a banda "Barcas dos Corações Partidos", o que considero uma grande referência.
O que há de coreografias passa bem ao largo do que estamos acostumados a ver em musicais, mas as que existem são muito bem desenhadas, trabalho criado por DANIELLA VISCO, também responsável pela preparação corporal. Penso que a ela, também, posso creditar tudo o que se refere ao trabalho de direção de movimento.
Se eu tivesse de apontar a grande “cereja
do bolo” deste espetáculo, não pensaria duas vezes: o elenco. Que
elenco fantástico! Dos seus oito membros, conheço (e sou amigo de) quatro,
pelos quais tenho o maior apreço e admiração, como pessoas e profissionais.
Reservo-me o direito de dizer que enxergo, no elenco, muito mais do que a competência
para representar, excelentes cantores, donos de vozes marcantes e vigorosas.
São eles: ARIANE SOUZA, ESTRELA
BLANCO, LEANDRO MELO, MATHEUS MACENA, YASMIN GOMLEVSKY, FELIPE
ADETOKUNBO, MATTILLA e PAULA FAGUNDES. Um
elenco plural e diversificado, com gente branca, negra, LGBTQIAP+... Não
importa em que “caixinha” são colocados. São, acima de tudo, MAGNÍFICOS
ARTISTAS. E é o que basta! Todos detêm um incomensurável talento! E o
melhor de tudo: o diretor proporciona, a cada um, várias oportunidades de
demonstração desses talentos individuais. E mais ainda: Todos sabem aproveitar seus
momentos de protagonismo (Na verdade, protagonistas são todos.”) e, em
cenas em que não tenham grande destaque, todos, sem exceção, sabem ser “escada”,
para o colega de cena, e reconhecem a importância dessa função.
Pensei muito se deveria fazer este registro, mas não me perdoaria, se não o fizesse: todos, absolutamente todos, estão magníficos, em suas cenas, mas vou reservar um foco a mais para MATHEUS MACENA, o qual, embora de estatura baixa e compleição física frágil, é um “gigante” em cena e faz de seu corpo o possível e o impossível. #prontofalei!
Matheus Macena.,
Policiando-me,
ao máximo, para não “dar spoiler”, quero registrar algumas das
dezenas de “punhados de ouro em pó” desta montagem, anotados por
mim. Atentem para eles:
-
Cortina aberta, o palco se mostra numa penumbra, por um bom tempo, podendo
gerar um certo mal-estar em algumas pessoas. O que pensei ser o resultado de
alguma falha técnica, é, na verdade, intencional, para que o público
retardatário se acomode, faça silêncio e se prepara para o que o espera; há, ainda, uma outra “justificativa”,
dentro da concepção do espetáculo, sobre a qual não falarei. Descubram-na!
-
Prestem atenção a um solo sensacional e indescritível, feito pelo guitarrista
da banda, FELIPE PACHECO, logo nas primeiras cenas.
-
É excelente a ideia de deixar as coxias à mostra, permitindo, ao público se deixar transportar para os batidores do espetáculo, assim como as intervenções dos
contrarregras, à mostra de todos, com relação a movimentos com os elementos cenográficos. Acredito
que isso tenha sido pensado por MICHEL MELAMED para desmitificar o “glamour”
que envolve a montagem de um musical.
-
Muitas cenas são de um “non sense” total, beirando o TEATRO do
Absurdo. Um bom exemplo disso é aquela em que um ator, vestido de apicultor,
“rege”, tal um maestro, no ar, uma “sinfonia”, provocada pelos ruídos que vêm de um enxame invisível. O que será que o autor/diretor
quis dizer, ou mostrar, com isso?
- É extremamente válida a ideia de não
estabelecer distinção entre músicos e atores, fazendo com que aqueles se
misturem a estes e se movimentem bastante no palco. Adeus, monotonia!
- Uma das cenas mais emblemáticas da peça é a
que abre o segundo ato: um cortejo fúnebre seguido de um velório. Poderia
dizer muita coisa sobre ela, mas prefiro não lhes roubar a gratíssima surpresa
que ela reserva aos espectadores. Não fiquem preocupados, se não entenderem o
porquê de ela existir. Levem em consideração, apenas, seu aspecto teatral e que
ela está, simplesmente, restrita à ideia de uma despedida.
- Assaz engraçada é a crítica feita ao “merchandising”
que há nas novelas de televisão, quando, do nada, sem a menor necessidade,
gratuitamente, sem qualquer justificativa plausível, surgem no meio de uma
cena.
-
Fiquem atentos à beleza da cena, quase ao final, em que um dos cubos é içado.
Observem todos os elementos relacionados a ela! Há um significado nela, que não
me atrevo a dizer qual é (Outro doce a quem o descobrir!) (Se eu ficar oferecendo
doces a cada “descoberta”, poderei estar criando um exército de
diabéticos. – Momento descontração.).
- Muitas trocas de figurinos são feitas em
tempo muito curto, o que exige atenção e destreza dos atores, camareiros e
contrarregras.
- Um dos detalhes que mais me chamaram a atenção,
no sentido de me deixar bastante intrigado, são as lâmpadas fluorescentes (Foi
o que me pareceu serem.) que alguns atores têm em mãos, em algumas cenas. O que
é aquilo? Foi a pergunta que me fiz, nas duas vezes em que assisti à peça, e
que foi respondida pelo amigo do elenco, a quem já me referi. Nem ouso colocar, aqui, o que ele me disse, pois é uma verdadeira “viagem”, impossível de ser
decodificada por um “espectador mortal”. Seriam as famosas “galharufas”?
(Deem trabalho ao “Tio GOOGLE”!) (Aqui, vai o último doce oferecido!).
FICHA TÉCNICA:
Idealização: Felipe Argollo e Paula Rollo
Dramaturgia: Michel Melamed
Direção Artística: Michel Melamed
Assistência de Direção: Luisa Espindula
Elenco (por ordem alfabética): Ariane Souza,
Estrela Blanco, Felipe Adetokunbo, Leandro Melo, Matheus Macena, Mattilla,
Paula Fagundes e Yasmin Gomlevsky
Músicos: Bianca Santos, Estevan “Cípri” Barbosa,
Evelyne Garcia, Felipe Pacheco Ventura, Marcelo Cebukin, Pedro Coelho e Yuri
Villar
Direção Musical: Felipe Pacheco Ventura e Pedro
Coelho
Arranjos Vocais e Preparação Vocal: Claudia Elizeu
Cenografia: Marieta Spada e Michel Melamed
Cenotécnico: André Salles
Figurinista: Luiza Marcier
Iluminação: Adriana Ortiz
Adereços e Produção de Objetos: José Cohen e Lucila
Belcic
Visagismo: Rubens Libório
Coreografias e Preparação Corporal: Daniella Visco
“Design” de Som: Gabriel D’Angelo e Rodrigo Oliveira
Produção de Elenco: Felipe Ventura
Projeto Gráfico: Olivia Ferreira e Pedro Garavaglia
/ Estúdio Radiográfico
Fotografia: André Mantelli
Assessoria de Imprensa: Barata Comunicação
Coordenação de Comunicação: Marcelo Mucida
Produção Técnica: Fred Tolipan
Produção Executiva – Temporada RJ: Monna Carneiro
Assistência de Produção: Mariana Teixeira
Produção Geral: Felipe Argollo e Paula Rollo
Idealização e Produção: "Sapo Produções Artísticas e Culturais" e "Plano Criativa"
SERVIÇO:
Temporada: De 17 de março a 07 de maio
de 2023.
Local: Teatro Casa Grande.
Endereço: Avenida Afrânio de Melo Franco, nº 290-A
- Leblon, Rio de Janeiro.
Dias e Horários: De quinta-feira a sábado, às 20h;
domingo, às 18h.
Valor dos Ingressos: R$75,00 (balcão), R$200,00
(plateia) e R$220,00 (plateia vip). Meia entrada para os que fazem jus a ela,
de acordo com a legislação em vigor.
Vendas "on-line" de Ingressos: https://www.eventim.com.br/artist/los-hermanos-musical/
Funcionamento da Bilheteria - Teatro Casa Grande:
Às terças e quartas-feiras, das 12h às 18h; de quinta-feira a domingo, das 15h
até 30 minutos após o início da última sessão.
Abertura da casa: 1 hora antes do início do
espetáculo.
Capacidade: 926 lugares.
Duração: 140 minutos (com intervalo de 15 minutos).
Classificação Indicativa: 14 anos (Menores de 18
anos devem estar acompanhados dos pais ou responsáveis).
Gênero: Musical (“Pré-fabricado”).
A
impressão que me ficou foi a de que MICHEL MELAMED, de forma
intencional, desejou “estabelecer o caos”, não numa conotação negativa,
e criou um extraordinário espetáculo que é um “surto coletivo”,
tirando os espectadores, sem exceção, mesmo que não o desejam, de suas zonas de
conforto, levando-os, digo “levando-nos”, a uma grande catarse.
Acrescento, ainda, que, no palco do Teatro Casa Grande, foi
construída uma “imensa instalação de arte multidisciplinar”,
envolvendo TEATRO, música, dança, mímica e artes plásticas.
O que levou a dupla FELIPE ARGOLLO (“Sapo
Produções”) e PAULA ROLLO (Plano Criativa) a produzir
este musical foi um grande desejo de homenagear a banda e os fãs; “uma
montagem de fã para fã”. A eles, em primeiro lugar, a MICHEL MELAMED
e a todos os que fazem parte deste lindo projeto, agradeço muito,
por terem me apresentado a “LOS HERMANOS” e sua espetacular música.
Quando um espetáculo estreia, é de se crer que
ele já esteja pronto para cumprir uma carreia, no entanto é comum que sejam
feitos cortes, modificações ou acréscimos, após as primeiras apresentações, de
acordo com a resposta do público e, mesmo, a percepção do diretor de como sua
obra está chegando às pessoas. Quando assisti ao musical pela segunda vez,
haviam sido cortadas duas, das 28 canções originais da excelente trilha
sonora, e quatro ou cinco cenas, o que é responsável por um espetáculo,
agora, mais “enxuto”, "azeitado" e dinâmico. Acho que ele estava muito longo mesmo e, se dependesse de mim, ainda faria o corte de três ou quatro cenas. Mas não sou o diretor. Deixa quieto!
Não tenham a menor dúvida: já estou me
programando para a minha terceira vez. Não doeu nada; pelo contrário, foi muito
prazeroso!
Antes que eu me esqueça, se não se enjoaram de tantos doces, ainda há um para quem conseguir decodificar o sentido do "pré fabricado", contido no título. Essa é mais fácil!
FOTOS:
ANDRÉ MANTELLI
(Pena que as fotos foram feitas de longa distância.)
VAMOS AO TEATRO,
COM TODOS OS CUIDADOS!!!
OCUPEMOS TODAS AS SALAS DE ESPETÁCULO
DO BRASIL,
COM TODOS OS CUIDADOS!!!
A ARTE EDUCA E CONSTRÓI, SEMPRE!!!
RESISTAMOS, SEMPRE MAIS!!!
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PARA QUE, JUNTOS,
POSSAMOS DIVULGAR
O QUE HÁ DE MELHOR NO
TEATRO BRASILEIRO!!!