Maria Clara Machado
Um
pouco da história de CLARA e O TABLADO (texto extraído – e adaptado - do site de O TABLADO):
Em outubro de 1951, com um grupo de
amigos, reunidos na casa de seu pai, o escritor ANÍBAL MACHADO, criou o TEATRO AMADOR O TABLADO, que passou a
funcionar no Patronato Operário da Gávea, na avenida Lineu de Paula
Machado, onde se encontra até hoje. Com
o tempo, O TABLADO passou a ser
referência na formação de atores, figurinistas, cenógrafos, diretores,
iluminadores, sendo considerado um celeiro de talentos hoje famosos.
Em
1956, preocupada em dar apoio aos novos grupos que se formavam, principalmente
no interior do país, criou os CADERNOS
DE TEATRO, cujo lema era “Remember
Amapá”. O objetivo dessa publicação
era ensinar o bê-á-bá da técnica, como fabricar um refletor, noções de direção,
interpretação etc..
De 1959 a 1974, foi professora
de improvisação no antigo CONSERVATÓRIO
NACIONAL DE TEATRO, atual ESCOLA DE
TEATRO da UNIRIO, passando a dirigir o mesmo durante o ano 1963.
Convidada, em 1961, pelo Governo do Estado da Guanabara, passou a dirigir o SERVIÇO DE TEATRO E DIVERSÕES DO ESTADO,
ocupando, ao mesmo tempo, o cargo de SECRETÁRIA
GERAL DO TEATRO MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO, onde ficou até início de 1963.
Em
1965, MARIA CLARA foi a Paris,
representando o Brasil no CONGRESSO DE
TEATRO PARA A JUVENTUDE, tendo, na ocasião, tido a oportunidade de
assistir, naquela cidade, à montagem de sua peça O CAVALINHO AZUL, que
representou o Brasil no CONGRESSO DA
UNESCO, em Tel-Aviv.
A
partir de 1964, passou a dar um curso de improvisação n’O TABLADO.
Na década
de 1990, começou a dividir a direção de suas peças com sua sobrinha, CACÁ MOURTHÉ, que frequentou O TABLADO desde criança e foi aluna e
assistente de direção, absorvendo o espírito e a liderança de MARIA CLARA.
No ano de 2000, MARIA CLARA escreveu, em parceria com CACÁ, a peça JONAS E A
BALEIA, fazendo da sobrinha sua herdeira à frente d’O TABLADO.
Apesar de mais conhecida como autora e diretora de TEATRO, MARIA CLARA
também atuou como atriz, em várias peças do TEATRO O TABLADO e em outros grupos. Foi assim que, em 1981, foi convidada a atuar
na peça ENSINA-ME A VIVER, de COLIN HIGGINS, substituindo HENRIETTE MORINEAU, com direção de DOMINGOS DE OLIVEIRA.
MARIA CLARA escreveu 27 peças infanto-juvenis
e algumas para adultos. Suas peças foram
traduzidas para vários idiomas e montadas (ainda o são), diversas vezes, fora
do Brasil. Recebeu, por mais de uma vez,
os prêmios MOLIÈRE, MAMBEMBE e COCA-COLA, SHELL,
SACY, GOLFINHO DE OURO e o da ACADEMIA
BRASILEIRA DE LETRAS, dentre outros.
Tendo
dedicado toda a sua vida ao TEATRO, é comparada a autores como MARK TWAIN, HANS CHRISTIAN ANDERSEN e os irmãos
GRIMM. Sua obra é considerada, hoje,
tão importante, para a dramaturgia infantil, quanto a obra de NÉLSON RODRIGUES o foi para a
modernização da dramaturgia brasileira.
Como
disse CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE: “Em Maria Clara, a escritora e a diretora coincidem
com uma riquíssima organização humana, onde o fantástico janta na mesa do real
e se comunicam naturalmente… o fantástico fica plausível, é um dado cotidiano,
até corriqueiro. E o real surge,
desligado de seu peso, tantas vezes incomodo”.
MARIA CLARA MACHADO faleceu no dia 30
de abril de 2001, mas deixou, a todos os seus admiradores e amigos, um valioso
legado, especialmente voltado para o público infanto-juvenil.
Criador e criatura
Eis
algumas de suas peças infanto-juvenis, várias, felizmente, publicadas por
editoras brasileiras, algumas traduzidas para outros idiomas: 1953 - O BOI E O BURRO NO CAMINHO DE BELÉM;
1954 - O RAPTO DAS CEBOLINHAS; 1955 - PLUFT, O FANTASMINHA; 1957 - O EMBARQUE DE NOÉ; 1958
- A BRUXINHA QUE ERA BOA; 1960 - O
CAVALINHO AZUL; 1961 - MAROQUINHAS
FRU-FRU; 1963- A MENINA E O VENTO; 1965 - A VOLTA DO CAMALEÃO ALFACE; 1967 - O DIAMANTE DO GRÃO-MOGOL; 1968 - MARIA MINHOCA; 1969 - CAMALEÃO NA LUA; 1971 - TRIBOBÓ CITY; 1976- CAMALEÃO E AS BATATAS MÁGICAS; 1979 - QUEM MATOU O LEÃO?; 1981 - OS CIGARRAS E OS FORMIGAS; 1984 - O DRAGÃO VERDE; 1985 - APRENDIZ DE FEITICEIRO; 1992 - PASSO A PASSO NO PAÇO; 1994 - A CORUJA SOFIA; 1994 - TUDO POR UM FIO; 2000 - JONAS E A BALEIA (em parceria com CACÁ MOURTHÉ); 2004 - O ALFAIATE DO REI.
Peças Adultas: 1951 - A MOÇA DA CIDADE; 1963-
REFERÊNCIA 345; 1966- AS INTERFERÊNCIAS;
1970- OS EMBRULHOS; 1970- MISS, APESAR DE TUDO, BRASIL; 1972- UM TANGO ARGENTINO.
Mas o foco do nosso refletor, nesta
matéria, incide sobre CACÁ MOURTHÉ.
Vamos à entrevista:
Fachada de O TABLADO
O TEATRO ME REPRESENTA - MERDA! (OTMRM) - Quem foi MARIA CLARA MACHADO e quem é MARIA
CLARA MACHADO MOURTHÉ (CACÁ MOURTHÉ), sua sobrinha?
CACÁ MOURTHÉ (CM) - MCM foi a mais importante dramaturga de
TEATRO INFANTIL de sua época. Podemos, tranquilamente,
compará-la a NÉLSON RODRIGUES.
Fundou o GRUPO AMADOR DE TEATRO O
TABLADO e a escola de improvisação teatral O TABLADO. Já ia me esquecendo de mim... (risos). MCMMM é sua sobrinha e herdeira, de
fato e de direito, e dá continuidade à sua obra.
OTMRM - É impossível
falar de TEATRO INFANTIL, no Brasil, sem que o nome de MARIA CLARA MACHADO seja o primeiro a
ser lembrado. O que o TEATRO INFANTIL deve, de verdade, à CLARA?
MC - MCM trouxe ao TEATRO
INFANTIL dignidade. Nas décadas de 50/60, o teatro para crianças era
"infantiloide", menosprezava a inteligência da criança. MCM trouxe, ao TEATRO INFANTIL, carpintaria teatral, poesia e humor; enfim,
trouxe uma boa dramaturgia.
OTMRM - Na década de 70,
protagonizei um grande musical infantil, uma superprodução para a época, junto
com REGINA DUARTE: DOM
CHICOTE-MULA-MANCA E SEU FIEL ESCUDEIRO ZÉ CHUPANÇA, baseado no clássico de
CERVANTES, escrita por OSCAR VON PFULL, cujo diretor, PAULO LARA, de São Paulo, tinha como
lema uma frase: “TEATRO INFANTIL NÃO É IMBECIL.”. Isso justificava
a visão do grupo dirigido por ele, com relação a buscar a melhor qualidade
possível, em todos os sentidos, na montagem de espetáculos para crianças.
Com exceção d’O TABLADO, onde
isso sempre foi uma constante, você acha que esse lema e essa preocupação estão
presentes, ainda hoje, na maioria das montagens de TEATRO INFANTIL?
CM – Infelizmente,
não. Em PLUFT, O FANTASMINHA, quando ele diz que "gente é uma gracinha", sua
mãe lhe responde: "Nem sempre, meu
filho, nem sempre". O TEATRO
INFANTIL melhorou, mas, “nem sempre”,
vemos essa preocupação nas produções.
Cacá, Maria Clara Gueiros e Cláudia Abreu (ensaio de PLUFT-2013)
OTMRM - De péssima,
razoável, média, boa ou excelente qualidade, existem, simultaneamente, muitas
montagens infantis no Rio de Janeiro. E as crianças, levadas, em geral,
pelos pais, mal ou bem, vão ao TEATRO, até atingirem uma idade em que os
temas não lhes são mais de interesse. Passam, então, a trocá-lo por
outras atividades lúdicas, principalmente as ligadas ao mundo virtual, e só
voltam a ser plateia alguns anos depois, em número reduzido. Fica uma
lacuna, já que quase não há peças para adolescentes. Você não acha que os
produtores e diretores deveriam investir mais no público dessa faixa etária,
para garantir as plateias do futuro?
CM - Acho sim, e isso me
faz lembrar o meu amigo CARLOS WILSON DA SILVEIRA (DAMIÃO), que, na
década de 80, fez várias peças para jovens, com muito sucesso.
Dentre elas: OS DOZE TRABALHOS DE HÉRCULES, OS TRÊS
MOSQUETEIROS e OS MENINOS DA RUA PAULO. Eram produções
grandes, nem sempre com patrocínio, mas sempre com muita criatividade.
OTMRM - Você é aquela profissional de TEATRO que se pode
dizer que “bate o escanteio e corre para cabecear e marcar o gol”. Ou
seja, atua em várias atividades, como atriz, diretora, professora,
dramaturga... Em qual desses trabalhos você sente mais prazer e
realização?
CM - Jogo em todas as posições... (risos). Depende da época. Já me senti bem atuando, gosto muito de dar
aulas e dirigir, mas, no momento, estou adorando escrever. Estou trabalhando no
roteiro do filme PLUFT, O FANTASMINHA.
PLUFT-2013
OTMRM -
Qual a diferença básica, mais marcante, entre o
público infantil e o adulto?
CM - O adulto, quando não gosta da peça, sorri e dá os parabéns,
e a criança não.
OTMRM - De quem, da nova geração de dramaturgos infantis, você
acha que a CLARA, tia, se orgulharia?
CM - De mim (risos). Tem muita gente boa: DANIEL
HERZ, CARLOS CARDOSO, KAREN ACIOLY, BERNARDES, AS MARIAS DA
GRAÇA, MÔNICA BIEL e sei lá... Melhorou muito.
OTMRM - Com a sua vida centrada n’O TABLADO, sobra tempo para assistir a espetáculos de outros
colegas? O que a impressionou mais nos últimos tempos, nos palcos, com
relação a TEATRO INFANTIL?
CM – Sinceramente, não sobra
muito tempo para ver.
OTMRM - A atual montagem
de PLUFT, O FANTASMINHA conta, no elenco, com grandes nomes do TEATRO, posteriormente tornados conhecidos pela TV.
São todos “crias” d’O TABLADO?
De quem foi essa genial ideia e por que ela surgiu?
PLUFT-2013
CM - São todos crias d’O TABLADO.
Essa é uma estória antiga, entre LOUISE CARDOSO, CLÁUDIA ABREU e eu. Passamos
anos, dizendo que faríamos uma montagem com essa configuração, até que, em 2003,
desencantou e montamos PLUFT. Esta montagem, agora em 2013, é comemorativa
dos dez anos da última.
OTMRM - Você tem uma larga experiência, prática, de
psicanálise, como paciente. Como isso lhe serviu, ou ainda serve, no exercício do seu trabalho, em qualquer que seja a área de atuação?
CM - Pesquisar a si mesmo, para se conhecer melhor e se compreender,
é também compreender melhor o mundo que nos cerca. Quanto mais me descubro, mais liberdade e
intimidade tenho para criar.
OTMRM - Que “ingredientes” são necessários para se criar um bom
texto infantil?
CM - Vou te responder, não te
respondendo. Os mesmos “ingredientes”
para fazer um bom texto adulto.
OTMRM - O TEATRO INFANTIL deve ser mais para
entretenimento ou didático?
CM - Deve ser lúdico.
OTMRM - Existem temas com os quais as crianças mais se
identificam ou aceitam? Quais seriam eles?
Pluft-2013
CM - Não sei, depende. Isso
é sempre uma surpresa. Em A VIAGEM DE CLARINHA, texto que adaptei e que teve muito sucesso, neste verão
de 2013, no Teatro Tom Jobim, tinha
de tudo, desde falar que devemos escovar os dentes até questões mais
existenciais, como a Clarinha (personagem central) ser representada por duas
atrizes muito diferentes e que, no final, se harmonizam. A estória da peça fala da viagem
solitária dessa menina pelo mar, de seus aprendizados e de seu crescimento
até chegar, novamente, a casa. Era uma peça itinerante, em que as
crianças participavam, entrando pelo cano, junto com a personagem, passeando
pela floresta etc.. Deu certo, mas não
sei te dizer por quê.
OTMRM - Desde sua infância, O TABLADO é uma espécie de quintal da sua casa. Você
sempre soube que a CLARA tinha em mente transferir para você a enorme
responsabilidade de dar continuidade ao trabalho dela. No momento em que
isso teve de acontecer, como você reagiu e como se sente hoje, à frente desse
celeiro de grandes profissionais, dessa fábrica de sonhos, dessa referência
para o TEATRO INFANTIL?
CM - Já sofri muito; agora me sinto em casa!
OTMRM - O TABLADO forma, basicamente, atores, embora
alguns, depois, se revelem em outras áreas do TEATRO, como diretores,
produtores... Há alguma ideia de criar cursos para cenógrafos,
figurinistas, iluminadores, por exemplo?
CM – N’O TABLADO, o
aluno que se interessa e aproveita as ocasiões pode ser assistente de grandes
nomes no teatro. Por exemplo, o menino
que tem interesse por luz tem a possibilidade de virar várias noites, montando
luz com o JORGINHO DE CARVALHO (grande
iluminador, outra cria d’O TABLADO).
A KALMA MURTINHO formou vários
figurinistas, que, hoje, estão trabalhando por aí.
Pluft-2013
OTMRM - Lembro-me de filas imensas, na calçada do prédio do
teatro, já no dia anterior ao das inscrições para novos alunos d’O TABLADO. Esse fenômeno
ainda existe?
CM – Não. Mesmo antes de a CLARA falecer, já tínhamos acabado com
isso. Não gosto dessa ideia de “quem chega primeiro e vira a noite na
fila consegue entrar”. Hoje, a procura continua grande e, talvez, até maior que
antes, porém fazemos as inscrições durante uma semana. O aluno preenche um questionário, que passa
por uma seleção. Se o número de vagas,
ainda assim, for menor que o de selecionados, fazemos um sorteio. Acho esse formato menos espetaculoso, mas é
mais justo .
OTMRM - Antigamente, os pais torciam o nariz, quando os filhos
manifestavam o desejo de trabalhar em TEATRO. Hoje, ao contrário,
são seus maiores incentivadores. O que mudou de antes para agora?
Por que houve essa “inversão de valores”?
CM - Virou moda, sei lá. Conforme disse ANDY WARHOL, “ No
futuro, toda gente será famosa durante quinze minutos”.
OTMRM - Há limite de idade para se ingressar n'O TABLADO?
CM - Não há limite de idade. No ano retrasado, dei aula para adultos e tive
um aluno com 93 anos.
OTMRM - Desde que comecei a frequentar O TABLADO, há umas três décadas, levando meus filhos (hoje,
levo os netos e isso, para mim, é muito lindo e comovente), já assisti, lá,
a espetáculos excelentes, não direcionados ao público infantil, e que,
posteriormente, encenados em outros palcos, fizeram boa carreira. O PLUFT
tem tudo para ser um desses. Há projetos de uma “viagem” dele para outros
teatros do Rio?
CM - Estamos querendo, mas precisamos de patrocínio. Você acredita que não tivemos patrocínio para
essa montagem?
OTMRM - O TABLADO
jamais poderá ser transformado num “tabladão”, que pudesse receber um
maior número de alunos (procura é o que não falta), em função das limitações de
espaço físico. Por outro lado, a sua transferência para outro local, de
maiores proporções, seria considerada uma heresia, um atentado à saudosa e
inesquecível memória da CLARA. Há algum projeto de um “anexo” do TABLADO
ou de parcerias com outros espaços, para que pudessem ser ampliadas as
atividades desse ícone do TEATRO INFANTIL brasileiro?
CM - Já fizemos uma parceria com
o SESC há uns anos atrás, e foi bom!
PLUFT-2013, saboreando pastéis de vento.
OTMRM - Você pode dizer quantos alunos frequentam, hoje, as aulas
d’O TABLADO e como funciona o
curso, em termos de horários, disciplinas, níveis...?
CM - Como diria a Vânia, amiga
da CLARA, e que ficou anos na
recepção d’O TABLADO, “É um curso livre”. Hoje, com três anos consecutivos de
curso, o aluno pode se sindicalizar. Quem
tiver interessado em saber dos horários é só entrar no nosso site: www.otablado.com.br
OTMRM - PLUFT é o seu “primo” preferido, já que é
filho de sua tia, aquele “primo-irmão”, ou qual seria o texto da CLARA
de que você mais gosta?
CM - PLUFT, A MENINA E O VENTO, O CAVALINHO AZUL e TRIBOBÓ CITY.
OTMRM
- Além de dirigir O TABLADO,
o que já é uma tarefa hercúlea, você ainda consegue tempo para dar aulas nos
cursos?
CM - Tenho duas turmas.
OTMRM - É
fácil encontrar patrocínios e apoios para montagens de TEATRO INFANTIL,
não especificamente para as produções d’O
TABLADO, mas para todas, de uma forma geral?
CM - Não, é difícil. Não
conseguimos patrocínio para o PLUFT.
Patrocínio é difícil para todos,
principalmente em época de Copa do Mundo.
OTMRM - O TABLADO
consegue sobreviver só com a sua receita ou recebe verbas e/ou patrocínios fixos?
CM - Passei anos colocando dinheiro do bolso. Agora, fazemos assim: quando conseguimos
juntar um dinheirinho ou quando ganhamos um patrocínio, montamos uma peça; senão
deixamos para o próximo ano.
OTMRM - É preciso formar as futuras plateias de TEATRO.
Você não acha que os governos, municipal e estadual, deveriam investir na área
do TEATRO INFANTO-JUVENIL, ajudando nas produções e patrocinando
montagens em teatros das redes municipal e estadual, para que as escolas
públicas pudessem proporcionar a seus alunos essa grande experiência? A
maioria das crianças que estudam nessas escolas jamais foi a um TEATRO.
Já existe alguma coisa nesse sentido?
CM - Não sei se tem. Isso
depende muito da orientação das Secretarias de Educação do país. A ideia é ótima.
OTMRM - O
que mais você gostaria de dizer aos adultos, com relação ao TEATRO INFANTIL
e a suas crianças?
CM - Gostaria de dizer aos adultos que TEATRO INFANTIL e EDUCAÇÃO são assuntos muito sérios... (risos)
O Boi e o Burro no Caminho de Belém
A Bruxinha Que Era Boa
O Cavalinho Azul
PLUFT (montagem antiga)
A Menina e o Vento
Maroquinhas Fru-Fru
Quem Matou o Leão?
Tribobó City
Jonas e a Baleia
(Fotos extraídas do site do Teatro O TABLADO)
No momento em que fechávamos esta matéria, ficamos sabendo que PLUFT, O FANTASMINHA, que encerrou, recentemente, uma brilhante e concorrida temporada n'O TABLADO, recebeu as seguintes indicações para o PRÊMIO ZILKA SALABERRY, para TEATRO INFANTIL:
MELHOR ESPETÁCULO;
MELHOR ATRIZ (CLÁUDIA ABREU);
MELHOR CENÁRIO (RONALD TEIXEIRA e FLÁVIO GRAFF);
MELHOR FIGURINO (RONALD TEIXEIRA);
MELHOR ILUMINAÇÃO (JORGINHO DE CARVALHO); e
MELHOR PRODUÇÃO (O TABLADO).
CACÁ MOURTHÉ e SYMONE STROBEL ainda foram indicadas para o prêmio de DIREÇÃO, por A VIAGEM DE CLARINHA.