“CANDEIA”
ou
(UM AFAGO
NO CORAÇÃO.)
ou
(UMA LIÇÃO DE
BRASILIDADE.)
ou
(É “UMA DILIÇA”
QUE SE DIZ?)
Está
em cartaz, no SESC Tijuca, num espaço alternativo, ao ar livre, sob
quatro árvores, o espetáculo “CANDEIA”, chegado de Natal, Rio
Grande do Norte, pelo “GRUPO ESTAÇÃO DE TEATRO”. (VER SERVIÇO.)
Quando
me falaram desse espetáculo, antes de sua estreia, fiquei intrigado,
pensando em como e por que um grupo de TEATRO do nordeste brasileiro,
uma das paixões da minha vida, encenaria um musical sobre a vida do falecido
compositor Candeia, Antônio Candeia Filho, falecido
em 1978, que nos legou muitos “sambas de meio de ano”,
como eram conhecidos, em sua época, os que não eram lançados para o carnaval,
bem como alguns sambas-enredo. Apreciava o seu trabalho e o que me levara
àquela confusão foi o fato de eu ter me lembrado de que, em 2009, no Teatro
OI Casa Grande, havia sido encenado um musical sobre a vida do
compositor, já antes, em 2007, tendo passado por um dos palcos do CCBB
– Rio de Janeiro. Foi um grande sucesso, de público e de crítica, na
época, cujo título, na verdade era “É Samba na Veia, É Candeia”.
Não havia nada a ver uma coisa com a outra, e, logo, a confusão foi desfeita, assim que recebi o material de divulgação da peça, junto com o convite para sua estreia. Fiquei, então, sabendo que a “candeia” em questão era outra: “CANDEIA”: “pequena peça de iluminação, abastecida com óleo ou gás inflamável e provido de mecha; usa-se, geralmente, no alto, pendente de um prego”, como dizem os dicionários. Sim, o título da peça fazia referência a um objeto encontrado nas regiões do interior, principalmente aquelas em que a luz elétrica ainda não chegou, mormente no nordeste brasileiro. Era assistir à peça, para entender o sentido do seu título, sobre o que falarei adiante.
É preciso que eu me esforce muito, para me livrar da emoção, que me acompanha desde aquele início de noite de um domingo, 10 de abril passado (2022), para conseguir escrever sobre esta montagem, que considero uma das coisas mais simples, poéticas e, consequentemente, belas que já tive a oportunidade de ver encenada, em um pouco mais de meio século de “rato de TEATRO”.
Não
poderia ser mais simples, não poderia ser mais puro, não poderia
ser mais lindo, não poderia ser mais ingênuo, não poderia ser
mais natural, não poderia ser mais doce, não poderia ser mais “família”,
não poderia ser mais poético, não poderia ser mais verdade, não
poderia ser mais “Brasil”, um Brasil que, infelizmente,
muita gente ainda não conhece, mas precisa, urgentemente, conhecer.
Não
acho que vou escrever muito sobre a peça, porque me faltam palavras que
a definam, ou a descrevam, e porque ainda não domino o dificílimo ato de
codificar, em palavras, os sentimentos. Eu os demonstro, como lá fiz, sorrindo,
de tanta felicidade, e chorando, de tanta emoção, sentindo-me tão etéreo,
como se os meus quase 90kg de peso perdessem um zero e eu pudesse, a qualquer
momento, ser levado pela leve e gostosa brisa, que aliviava o calor carioca,
naquele momento, mesmo ao ar livre. A noite acabava de “assinar seu
ponto, para cumprir mais uma jornada de trabalho”. Vem, Lua,
para espiar o que eu também estou vendo, e sentindo! E eu lutava contra a
vontade de me levantar e voltar para casa, quando a função terminou. Queria ter
ficado ali para o resto da minha vida.
Não
sou um admirador do TEATRO interativo; vou além: não gosto dele,
porque penso que cabe ao artista atuar e, ao público, admirar e avaliar seu trabalho.
E, de preferência, que dele se agrade e traduza isso em aplausos. Mas não sou
radical e só me aborreço, mesmo, quando essa interatividade existe para ofender
e humilhar a pessoa que pagou seu ingresso, a fim de assistir a uma peça.
Podem alguns, não tão “habitués” do TEATRO, perguntar: Mas
isso existe? Sim, infelizmente, e já me aborreci, umas três vezes por conta de
ter sido o alvo da gozação e o deleite dos demais da plateia, que só riam
porque não estavam sendo expostos ao ridículo e à humilhação. Empatia passou
bem longe. E abandonei o Teatro, em pleno decorrer da “peça”,
em todas as vezes. MAS ISSO NÃO É, NEM EM PENSAMENTO, O CASO DA
INTERATIVIDADE NO ESPETÁCULO “CANDEIA”. É EXATAMENTE O CONTRÁRIO. “CANDEIA” NOS ACOLHE E AFAGA NOSSOS CORAÇÕES. E direi mais: sem ela, a interatividade, por meio da participação do
público, praticamente, não haveria a peça.
Comparo essa maravilha de espetáculo a outro, nos mesmos moldes, um solo, já em cartaz há anos e sempre com casa cheia, a cada nova montagem: “Calango Deu! Os Causos de Dona Zaninha”, uma fantástica obra da dramaturga, escritora e atriz Suzana Nascimento. É que, em ambos os espetáculos, o público é convidado a ir à casa das personagens. Neste, a plateia, tradicional, de um Teatro, seria a grande sala/cozinha da personagem Dona Zaninha. Em “CANDEIA”, os convidados são reunidos no quintal; ou melhor, no terreiro. E são quatro excelentes anfitriãs, quatro irmãs: três de sangue e uma de coração. De coração, também, passamos a ser todos nós, daquelas quatro.
A
dinâmica do espetáculo se dá quando um público reduzido, de cinquenta
pessoas, por aí, vai chegando e se acomodando em cadeiras de plástico,
distribuídas em forma de semiarena. O lugar onde deveria haver um palco,
ao rés do chão, uma bancada, sobre a qual falarei na parte destinada à cenografia.
As quatro já estão reunidas, andando de um lado para outro, conversando
baixinho, entre si (Isso vai criando curiosidade no “povo”.), até
que se reúnem, para a tradicional “rodinha” e dão início ao espetáculo,
propriamente dito, quebrando, por completo, a quarta parede e conversando
com a plateia.
Elas
discutem, “brigam”, entre si, e vão fazendo com que um assunto
puxe outro, seguindo a tradição oral do Cordel – acho que cabe a
comparação – passando adiante, para nós, no caso, “causos”,
histórias de familiares e conhecidos, ensinando rezas e, simpatias, para tudo o
que se deseja e o de que se carece.
A dramaturgia
leva a assinatura de CLÉO ARAÚJO, a quem tive o prazer de
conhecer e para a qual dei um depoimento, gravado, para fazer parte do material
de sua tese de doutorado, do que muito me orgulho. E CLÉO, com bastante
propriedade, diz: “CANDEIA é luz, guia e caminho. É um sublime feminino
que se expande, pedindo licença para lhe benzer com as forças da mata, das
ervas e da fé. Esse pulsar de corações nos acende antigas chamas, porque somos
levados a acessar nosso sagrado”. Apesar da beleza, da autenticidade,
da pureza e da singeleza da linguagem, o que deve ser bastante familiar
à dramaturga, pelo fato de ser nordestina também, de qualquer forma, CLÉO
deve ter feito uma profunda pesquisa, para descobrir termos e “formas regionais
de se dizer”, para traduzir os pensamentos das personagens e
enriquecê-los. Todos os aplausos do mundo para a dramaturgia, tão
simples quanto tão profunda, ao mesmo tempo.
Dirige o espetáculo, a também atriz,
TITINA MEDEIROS, cujo objetivo, totalmente atingido, era promover “uma experiência teatral que coloca o
espectador em uma vivência acolhedora em cena”. Não há como não se sentir acolhido pelo quarteto
de atrizes. Na verdade, acho que eu não vi nem me comuniquei (com),
durante o tempo todo da peça, uma hora, as atrizes, por ordem
alfabética, ANANDA K, MANU AZEVEDO, MUCIA TEIXEIRA e NARA KELLY. Foi
com CARMELITA, FORMOSA, ARLINDA e QUEILIANE,
respectivamente, que dividi minhas intimidades, minhas alegrias, minhas dores,
meus desejos, minhas esperanças, minha fé...
A fim de que os que me leem possam
entender melhor o porquê da minha enorme empolgação e prazer em escrever sobre
esta peça, digo-lhes, valendo-me de trechos de um “release”,
que me chegou, via CATHARINA ROCHA (ASSESSORIA DE IMPRENSA): “‘CANDEIA’ é
uma experiência teatral em que o espectador se torna coadjuvante da peça.”.
Sim, protagonistas são as quatro, em cena, porém, muito humildemente e,
ao mesmo tempo, com uma convicção inabalável, eu trocaria o meu “coadjuvante”
por “coprotagonista”. Afinal de contas, ninguém apareceu para “cortar
os nossos cordões umbilicais”.
SINOPSE:
Em cena, quatro
velhas senhoras recebem o público para um chá aromático e muita conversa em seu
quintal.
São benzedeiras,
irmãs e amigas, que adoram uma prosa, uma troca de receitas e histórias.
De longe, é
possível sentir o cheiro das ervas frescas, do incenso, do café coado, do bolo
de vó e do escalda-pés, que convidam os presentes a SE conectarem com suas
memórias mais singelas, num mergulho interno.
Uma experiência
teatral única e acolhedora.
É
só isso mesmo. Parece pouco, não é mesmo? Mas não o é. É que o “só”
está sobrando na frase. Ledo engano! É muito! É demais! É
“overdose” de coisa maravilhosa! Não existe tempo cronológico
neste espetáculo. “Dizem” que dura 60 minutos, mas,
para o espectador, o tempo “voa” e a vontade do “quero
mais” demora muito a ir embora, insiste em se instalar em todos os que
acabaram de viver aquela maravilhosa, e tão necessária, experiência.
De
acordo com as palavras de NARA KELLY, a idealizadora do espetáculo,
aquela que teve essa maravilhosa e inspiradora ideia, “‘Candeia’ tem como
premissa maior acender a chama peculiar de cada espectador, levando-o a
experienciar um encontro teatral, por meio de uma vivência acolhedora,
receptiva, que o faça ser e pertencer a toda a natureza que o rodeia. (...) é
uma peça que aguça os sentidos e a memória. Quatro mulheres se presentificam,
fazendo o público acessar uma força outrora esquecida, por meio de afeto,
carinho, proteção e amor. Encontrar o público e dividir esse cuidado tem se
mostrado uma experiência rica e intensa. É um espetáculo de aconchego que nos
permite olhar para o nosso interior e, por isso, tem muita potência”.
Lá em
cima, no terceiro parágrafo, eu disse que, num determinado momento,
explicaria o porquê do título do espetáculo, entretanto NARA KELLY
já o fez por mim. A “CANDEIA”, da peça, não existe em cena, mas
nos “ilumina”, para uma visão, bem clara, de um Brasil
esquecido. A “CANDEIA” da peça clareia o espaço, para que
possamos “viajar” nele, seguindo o convite e as orientações das quatro
protagonistas. A “CANDEIA” da peça abre caminho para uma integração
do ser humano com a Natureza e com o que há de mais puro e belo, na alma do
homem simples, aquele que ajuda a construir uma nação e é tão pouco valorizado.
Um
detalhe importantíssimo, na equipe que, “tijolo a tijolo”,
construiu “CANDEIA” é que ela é, predominantemente, feminina (E VIVA
A MULHERADA!!!), uma vez que se juntam aos nomes da dramaturga, da diretora
e das quatro atrizes, outros, como GIOVANNA ARAÚJO, assistente
de direção e preparadora corporal); TALITA YOHANA, coordenadora
de produção; RITA MACHADO, a “designer” e “videomaker”;
e Ártemis, a produtora local. Mas também há espaço para os homens,
nessa competentíssima equipe: JOÃO MARCELINO, o diretor de
arte, e JANIELSON SILVA, o técnico e assistente de
produção. A atriz ANANDA K é responsável, também, pelas músicas
e pela preparação vocal.
Já
falei do excelente texto e da correta e afinada direção; preciso
fazer alusão aos demais elementos da peça, como a preparação corporal,
a direção de arte, a iluminação, o figurino e o rendimento
das atrizes; apenas “por alto”, que o melhor mesmo é conferir
com seus próprios olhos.
Levando-se
em conta que ANANDA, MANU, MUCIA e NARA não são
velhas, pessoas de idade avançada, era preciso entrar em campo um bom
trabalho de preparação corporal, que as fizesse andar arrastando os pés,
sentar-se e levantar-se com dificuldade, manter-se curvadas, comportar-se,
enfim, como quase anciãs. E é, exatamente, aí, que entra a ótima colaboração de
GIOVANNA ARAÚJO, que também acumula a assistência de direção.
Caracterizadas, para aparentar mais idade, e com uma correta "postura etária", o
público se vê diante de quatro “velhas”.
Quando,
também lá em cima, prometi que falaria sobre o cenário, este, na ficha
técnica, aparece com a rubrica direção de arte, sob a
responsabilidade de JOÃO MARCELINO, cujo trabalho, excelente, por sinal,
eu já conhecia, de “Meu Seridó”. Poderíamos dizer que o cenário
se resume a duas peças: uma bancada, decorada com enfeites regionais e
sobre a qual podem ser vistos copos, canecas, garrafa termina, bules,
chaleiras, garrafas, material para o preparo de chás, bolos e outras
guloseimas, que são oferecidas ao público. A outra peça é um enorme panelão,
que fica afastado da bancada, onde está sendo esquentada água, para um escalda-pés.
E para que mais do que isso?
Não
há, na ficha técnica, o nome de alguém que assina a iluminação,
que se resume à luz do local, à volta do espaço cênico, e uma gambiarra,
com muitas lâmpadas, pata “alumiar” o terreiro. Mas o espetáculo também pode ser realizado durante o dia, com a luz natural, como já ocorreu em vários outros lugares. É possível que essa iluminação esta incluída na direção de arte.
Também não sei a quem atribuir
o trabalho de criação e confecção dos figurinos, também por ausência, na
ficha técnica, porém posso assegurar que são todos totalmente adequados
às personagens, simples, rústicos, “comme il faut”, e
bastante originais.
Quanto ao trabalho do quarteto de atrizes, cada uma interpretando uma personagem bem distinta da outra, nada mais posso acrescentar a não ser que muito me agradou, no particular e no conjunto. Já conhecia, em cena, a atuação de MANU AZEVEDO e NARA KELLY, desde “Meu Seridó”, quando as duas se saíram brilhantemente bem. Não esperava menos, em “CANDEIA”. Mas nem sabia da existência de ANANDA K e MUCIA TEIXEIRA e fiquei extremamente satisfeito com a atuação das duas. Todas “dançam a mesma música, no mesmo compasso”. São quatro excelentes intérpretes.
FICHA TÉCNICA:
Dramaturgia: Cléo Araújo
Direção: Titina Medeiros
Assistente de Direção: Giovana Araújo
Preparação Corporal: Giovanna
Araújo
Composições Musicais e Preparação Vocal: Ananda
K
Direção de Arte: João Marcelino
Elenco (por ordem alfabética): Ananda K, Manu Azevedo, Múcia Teixeira e Nara Kelly
Coordenação de Produção: Talita
Yohana
Produtora Local: Ártemis
Assessoria de Imprensa: Catharina
Rocha
Fotos: Bruno Martins
Identidade Visual e Vídeos: Rita
Machado
Registros Fotográficos para Divulgação: Brunno
Martins
Técnico e Assistência de Produção: Janielson
Silva
SERVIÇO:
Temporada: de
31 de março a 1º de maio de 2022
Local: Sesc
Tijuca – Pátio das Acácias – Rua Barão de Mesquita, 539, Tijuca – Rio de
Janeiro
Dias e
Horários: de 5ª deira a sábado, às 19h; domingo, às 18h
OBSERVAÇÕES:
1)Não haverá espetáculo
entre 18 e 27 de abril.
2) Em caso de chuva, o
espetáculo será realizado no Teatro 2.
Valor dos Ingressos: Grátis (associados
PCG), R$7,50 (credencial plena), R$15,00 (meia entrada) e
R$30,00 (inteira)
Funcionamento
da bilheteria: de 3ª feira a domingo, das 9h às 19h
Classificação Indicativa: Livre
Duração: 60
min
Lotação: 44
lugares.
Gênero:
Comédia Dramática
Tenho
o grato prazer de conhecer o trabalho de alguns Grupos de TEATRO sediados em Natal,
Rio Grande do Norte, uns, por terem feito uma passagem pelo Rio,
e outros, “in loco”, quando lá estive, em 2019, a convite
do SESC, para a abertura da 22ª edição do projeto “Palco
Giratório”, e afirmo que aquele lugar é um grande manancial, um
verdadeiro celeiro de talentos, atuando, mostrando seu estupendo potencial
artístico, em grupos como o “Casa de Zoé”, o “Grupo Carmim”,
o “Grupo Clowns de Shakespeare” e outros, e, agora, o “Grupo
Estação de Teatro”, além do privilégio e o orgulho de ter estabelecido
uma relação de amizade com Titina Medeiros, César Ferrario,
Filipe Miguez, Nara Kelly, Caio Padilha,
Manu Azevedo, Marcílio Amorim, Igor Fortunato,
Quitéria Kelly, Henrique Fontes, Pablo
Capistrano, Mateus Cardoso, Robson Medeiros,
Mucia Teixeira, Ananda K, Giovanna Araújo
e tantos outros.
Pensei
muito se deveria falar sobre o final da peça, se valeria a pena dar um “spoiler”
ou deixar a surpresa para os que forem assistir a ela, mas se trata de algo tão
inusitado, ao mesmo tempo que “gostoso, prazeroso”, que acabei me
rendendo à tentação de revelar o que ocorre, para encerrar a encenação.
Mas não vou me deter em detalhes. Você já imaginou fazer um escalda-pés,
no Teatro, todos da plateia – os que o desejam, é claro; não é
compulsório, mas 99% das pessoas topam a experiência – relaxante,
confortável, de olhos fechados, concentrados nas sugestões que uma das atrizes
vai fazendo, com uma musiquinha ao fundo, firmando uma conexão com bons
pensamentos e desejos? Quase entrei em transe! É indescritível, em palavras!!!
Tenho a certeza de que todos os envolvidos neste projeto sabem de sua importância, num momento em que tanto se faz necessária a prática do acolhimento, do respeito às diferenças, da aceitação do próximo, como ele é, e da empatia. "CANDEIA" é uma aula de brasilidade, na qual o sincretismo religioso está presente, sob a bandeira única da fé.
Pois, então, não perca tempo e vá viver essa fantástica experiência, com a maior urgência, visto que a temporada é curta!
FOTOS: BRUNO MARTINS
GALERIA PARTICULAR:
E VAMOS AO TEATRO,
COM TODOS OS
CUIDADOS!!!
OCUPEMOS TODAS AS SALAS
DE ESPETÁCULO
DO BRASIL,
COM TODOS OS
CUIDADOS!!!
A ARTE EDUCA E
CONSTRÓI, SEMPRE!!!
RESISTAMOS, SEMPRE
MAIS!!!
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TEXTO,
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