“32º FESTIVAL DE CURITIBA”
“SAGRAÇÃO”
ou
(NÃO TINHA
NEM ROUPA
PARA ASSISTIR
A
ESTE
ESPETÁCULO,
MAS FUI E ME
SENTI
“CON‘SAGRADO’”.)
Sou um amante de dança, em qualquer de suas
manifestações - clássica, popular, folclórica... -, mas um zero à esquerda no
que diz respeito a entender do assunto. Quando assisto a um espetáculo
coreográfico, só me deixo emocionar pelo que vejo no geral, pela beleza
estética, que enchem meus olhos e os tornam encharcados, quando se trata de uma
“OBRA-PRIMA”,
sem querer nem tentar saber se tal técnica foi executada “comme il fault” ou não, se
tal detalhe está correto ou não; nem entendo, às vezes, uma narrativa, ou parte
dela, que é contada apenas por movimentos; a história pode até passar ao largo,
porém as imagens ficam, indeléveis. Terminada, todavia, a apresentação,
curiosamente, expresso meu sentimento por meio do meu corpo. O exterior reflete
o que me vai na alma. Quanto mais leve me sinto, “flutuando nas nuvens”, é
sinal de que mais me deixei tocar pelo me foi oferecido. Deixo o local onde o
espetáculo foi apresentado em estado eufórico, via de regra, com a sensação de
ter perdido alguns quilos. Raríssimas vezes deixei de gostar de algum
espetáculo de dança. E, em algumas ocasiões, a alegria é tamanha, que, como diz
a letra de Zeca Baleiro, na canção “Telegrama”, de 2002, sinto “...uma
vontade danada de mandar flores ao delegado, de bater na porta do vizinho e
desejar ‘bom dia’, de beijar o português da padaria.”.
Foi assim que cumpri o pequeno percurso do Teatro
Guaíra ao meu hotel, naquela noite de 07 de abril passado (2024),
último dia do “32º Festival de Curitiba”. Poderia até chover, naquele
momento, que baixaria em mim o espírito de Gene Kelly e eu dançaria, ao som de “Singin’
in the Rain”. Mas não dancei, de verdade, por falta de condições físicas;
por fora, porque, por dentro, fui saltitando para o meu quarto. E tive que
esperar, pacientemente, o nível de adrenalina ganhar proporções normais, para
conseguir dormir. O espetáculo que eu acabara de aplaudir, até ficar com as
palmas das mãos vermelhas e doloridas, havia estreado dias antes, no Rio
de Janeiro, mas apenas com meia dúzia de apresentações, no Theatro
Municipal, uma espécie de “esquenta” (A partir da próxima semana, estará em cartaz em São
Paulo, no Teatro Santander.), mas eu estava viajando, se não me engano.
Alguma coisa me impediu de assistir à montagem logo na sua estreia carioca.
Não tenho o hábito de escrever sobre
espetáculos de dança, como um crítico, que não sou, entretanto, como um
espectador privilegiado, não perco nada de bom, em se tratando de dança e,
sendo assim, jamais poderia deixar de assistir – e escrever sobre (a) - à mais
recente obra da “COMPANHIA DE DANÇA
DEBORAH COLKER”, “SAGRAÇÃO”,
criada a partir do clássico “Sagração da Primavera” (“Le
Sacre du Printemps”, no original francês), a bela partitura escrita pelo
compositor, pianista, e maestro russo Igor Stravinsky, considerado, por muitos, um dos compositores mais
importantes e influentes do século XX. O balé foi coreografado,
pela primeira vez, por Vaslav Nijinsk, para a companhia "Ballets Russes", tendo estreado Théâtre
Champs- Elysées, de Paris, em 29 de maio de 1913. Feitas
essas considerações, peço-lhes que não tomem por uma “crítica” estes escritos,
mas, sim, espero que os recebam como uma apreciação de alguém que se encantou
pelo balé. O espetáculo encerra uma trilogia, iniciada por “Cão sem Plumas” (2017),
seguida de “Cura” (2021).
O balé nos chega para comemorar os 30
anos de atividades ininterruptas, apenas com o hiato compulsório,
imposto pela pandemia de COVID-19, da consagrada “COMPANHIA DE DANÇA DEBORAH COLKER” e
traz, como importante inovação, um desafio muito grande e uma estupenda ideia
de mesclar a música clássica de Stravinski com ritmos brasileiros,
inspirados por visões ancestrais sobre a origem do mundo. Esse amálgama é
fascinante.
SINOPSE:
O enredo nos conduz por um caminho sinuoso,
entrelaçando mitos antigos com eventos históricos significativos.
Criado a partir do clássico “A Sagração
da Primavera”, o espetáculo adiciona sons e ritmos brasileiros à
partitura de Igor Stravinsky e conta, com a energia, vigor e originalidade
da linguagem que DEBORAH COLKER
desenvolve desde o início da companhia (1994).
Em único ato, “SAGRAÇÃO” mergulha numa reflexão sobre nossa origem, evolução e
continuidade no planeta Terra.
A encenação tem início com a evocação da “avó
do mundo”, figura venerada em algumas culturas indígenas.
Logo em seguida, a proposta do espetáculo mergulha
em um universo microscópico, passando por bactérias e criaturas primitivas, até
alcançar a descoberta do fogo.
No meio dessa linha do tempo complexa, surge Abraão,
em um barco, não apenas como um viajante comum, mas como um símbolo de fé e
coragem.
No entanto, em vez de seguir uma narrativa
convencional sobre as origens, somos confrontados com a representação de uma Eva
negra, uma provocação intelectual proposta pelo rabino Nilton Bonder, dramaturgo,
que desafia as convenções estabelecidas.
Por achar que Stravinsky pensou (na) e escreveu
“A
Sagração da Primavera” como “uma obra para ser dançada”, montar
o balé era um sonho antigo, acalentado pela consagrada bailarina e coreógrafa,
responsável por uma das melhores companhias de dança do Brasil, não ficando, a
meu juízo, nada a dever às grandes companhias internacionais. DEBORAH viu chegar o momento de
concretizar seu desejo, depois de uma viagem ao Xingu, durante o ritual do Kuarup, que
ocorre sempre um ano após a
morte dos parentes indígenas. Nele, troncos de madeira representam cada
homenageado e são colocados no centro do pátio da aldeia, ornamentados, como
ponto principal de todo o ritual. Em torno deles, a família faz uma homenagem
aos mortos, uma “sagração”. Foi na presença da cultura das aldeias
indígenas Kalapalo e Kuikuro,
que COLKER teve contato direto com
músicas, danças, lutas, pinturas e histórias indígenas, elementos que foram
fundamentais para a criação deste balé, cujo desenvolvimento se deu em dois
anos e meio de um árduo trabalho de pesquisa e dedicação.
Além
do Xingu,
a coreógrafa também esteve no Maranhão e, nesses dois lugares,
buscou referências
nos elementos da floresta e na nossa ancestralidade. DEBORAH estudou, a fundo, a obra do artista russo, para realizar a
sua, a qual ela idealizava ser “uma ‘SAGRAÇÃO’ do ponto de vista do Brasil,
da nossa floresta, da nossa sonoridade”, como ela mesma disse, durante
uma entrevista coletiva, concedida a profissionais da imprensa que cobriam o “32º
Festival de Curitiba”, na manhã do dia 06 de abril (2024). Eu
estava lá. E, quando lhe perguntaram o que o público do “Festival” poderia esperar
do seu trabalho, ela respondeu: “Uma composição incrível do Stravinsky com
bordados da nossa sonoridade brasileira.”. E cumpriu a promessa.
Tudo, ABSOLUTAMENTE TUDO, é
destaque nesta obra, a começar pela ideia de realização do balé, que
conta com uma instigante dramaturgia do rabino e escritor NILTON BONDER, originalíssima, a qual,
dentro da concepção da coreógrafa, traz mitos e teorias “que refletem sobre a existência
da vida no planeta”. Nela, cabe um espaço para a “avó do mundo”,
personagem importante para os povos originários, que traz a luz para a Terra,
representando, também, o mito da origem do fogo, não faltando um lugar para mitos
bíblicos, como Abraão e Eva, esta totalmente subvertendo a
ordem estabelecida, por ser negra e “transgressora”. Mas o a
essência e o espírito irrequietos de DEBORAH
não param aí, e ela põe em cena referências científicas, representadas por bactérias,
herbívoros e quadrúpedes. Tudo cabe neste balé.
A música, em “SAGRAÇÃO”, é, simplesmente, fascinante, criada pelo diretor
musical ALEXANDRE ELIAS, que acrescentou, à
partitura original, ritmos brasileiros, sons das florestas e sonoridades,
criando timbres genuinamente em tons verde-amarelos, como o Boi Bumbá,
o coco,
o afoxé
e o samba.
À sonoridade dos instrumentos utilizados no todo original, ELIAS agregou, à parte musical, instrumentos artesanais e acústicos, como flauta
de madeira, maracá, caxixi e tambores, tão utilizados
na “música
dos primitivos povos brasileiros”, assim como os “paus de chuva”, estes executados,
ao vivo, pelos próprios bailarinos. Além dos elementos musicais, ALEXANDRE também utiliza, em sua trilha
sonora, sons de animais,
trechos unicamente com percussão e, até mesmo, uma curta fala numa língua
indígena.
Amigo e fiel colaborador de DEBORAH COLKER, GRINGO CARDIA, que sempre faz parte da FICHA TÉCNICA dos
trabalhos da “COMPANHIA”, criou um
cenário que nos leva ao delírio. Talvez inspirada pelo troncos de árvores
utilizados na cerimônia do Kuarup, DEBORAH, que pensa alto e para quem não há desafios que ela não
tope enfrentar, imaginou utilizar bambus, uma planta de origem asiática, mas também presente na flora brasileira. E eles estão em cena, cerca de 170, com 4m de altura cada. O cenário de GRINGO, que também assina a direção de arte do espetáculo, pode,
facilmente, estar ligado à ideia das florestas brasileiras. É extremamente
interessante perceber que o conjunto dos bambus, habilmente manuseados pelos
bailarinos, se metamorfoseiam em vários elementos, como barcos, ocas,
florestas, lanças, chão e céu, aguçando, sobremaneira, a imaginação do público.
Outra parte que ganha relevo nesta obra são os figurinos,
criados por CLAUDIA KOPKE, em seu terceiro
trabalho na trilogia “Cão sem Plumas”/“Cura”/“Sagração”.
As ideias para o desenho das vestimentas utilizadas pelo elenco surgiram
durante as frequentes visitas da figurinista à sala de ensaios do
balé e foram surgindo em consequência de observações, pesquisa e várias
conversas com a coreógrafa. Segundo um depoimento
de CLAUDIA, suas peças são “bastante
orgânicas e a execução do figurino de ‘SAGRAÇÃO’ foi feita artesanalmente, sendo grande parte
confeccionada a mão”, o que, na minha compreensão, valoriza muito mais
seu trabalho criativo. Peças são somadas às “segundas peles” que os
bailarinos usam em todas as cenas, diferentes umas das outras, com pinturas que
têm a ver com cada situação.
E o que dizer da iluminação do espetáculo?
Faltam-me palavras para descrever a exuberância deste trabalho, pensado e
criado pelo “mestre dos mestres”, o premiadíssimo, BETO BRUEL. Como uma rica embalagem para um presente muito valioso,
BETO “embrulha”, com sua luz
mágica e estupendamente linda, tudo o que há no palco. Por sugestão do próprio,
a mim feita, pessoalmente, alguns dias antes, fiz questão de assistir ao
espetáculo de um dos balcões do gigantesco Teatro Guaíra (2167 lugares), para
poder observar melhor os desenhos que a luz faz no piso do palco. É, simplesmente,
deslumbrante!!! Quem assiste da plateia só “saboreia o prato principal”, em
termos de iluminação, o que já é um “manjar dos deuses”, entretanto que
tem, como eu tive, a oportunidade de ver de cima vai “degustar entrada, prato
principal e sobremesa, com direito a um bom vinho, para harmonizar o banquete”.
(Debora Colker e Beto Bruel.)
Como não entendo do
assunto, considero-me incompetente e incapaz, para avaliar, tecnicamente, o
trabalho de DEBORAH. Basta, porém,
dizer que tudo em que ela pensou, em se tratando de desenho coreográfico, é
lindo, original, criativo, surpreendente, misturando movimentos e posições que, ora remetem a acrobacias circenses, ora a números de ginástica rítmica. Alguns
deslocamentos dos seus bailarinos, pelo palco, lembram, um pouco, o dos povos
originários na execução do Kuarup. DEBORAH COLKER não é, simplesmente uma magnífica bailarina e
coreógrafa; ELA É UM “ACONTECIMENTO”, NO
MUNDO DA DANÇA, PARA SER “SAGRADA” NÃO NUM ALTAR, MAS, SIM, EM QUALQUER PALCO
DESTE PLANETA. DÉBORA É PARA SER CONTEMPLADA!!! Como costumam dizer os amigos baianos, “Ela não nasceu; estreou.”.
A coreógrafa nos conta a
trajetória humana por meio de 14 passos, 14 cenas, a saber: “Avó do Mundo”; “Bactérias”; “Herbívoros”; “Quadrúpedes”; “Caça
e Origem do Fogo”; “Abraão, O Viajante”; “Serpentes e Parto”; “Eva e Serpentes”; “Reconhecimento do Corpo”; “Agricultura”; “Conflito”; “Avó do Mundo”; “Destruição”; e “Sonho”. Tudo isso é
dançado por 15 exímios bailarinos (Em ordem alfabética.): Alexsander Costa, Ana Livia Costta,
Ana Silva, Angélica Bueno, Diego Endrigo, Jáde, Jean Valber, Jey Santos, Luan
Batista, Marta Batista, Olivia Pureza, Paulo Wesley, Phelipe Alves e
Yasmin Mattos, além da estagiária SOFIA CAMARGO. O trabalho corporal
deles desafia, até mesmo, as leis da Física. Além de terem que dançar, tiveram
que aprender a manusear bambus e circular no meio deles, dando a impressão, em
certos momentos, de se confundirem com estes. Na execução do que foi proposto
por DEBORAH, em conjunto ou individualmente,
eles nos hipnotizam de tal forma, que não conseguimos piscar, desviar os olhos
de seus movimentos.
FICHA
TÉCNICA (Completa):
Criação, Coreografia e Direção
Artística: Deborah Colker
Direção Executiva: João Elias
Elenco (Bailarinos) (Em ordem
alfabética.): Alexsander Costa, Ana Livia Costta, Ana Silva, Angélica
Bueno, Diego Endrigo, Jáde, Jean Valber, Jey Santos, Luan Batista, Marta
Batista, Olivia Pureza, Paulo Wesley, Phelipe Alves e Yasmin Mattos
Estagiária: Sofia Camargo
Dramaturgia: Nilton Bonder
Direção Musical: Alexandre Elias
Direção de Arte e Cenografia: Gringo Cardia
Figurinos: Claudia Kopke
Desenho de Luz: Beto Bruel
Assistente de Direção e
Coreografia: Mozart Mizuyama e Karina Mendes
Consultoria: Takumã Kuikuro e Angela
Pappiani
“Design” e Comunicação: Peu Fulgêncio
Fotografia: Flávio Colker (Fotógrafo
Oficial da Companhia) e Humberto Araújo (Fotógrafo Oficial do Festival de
Curitiba.)
Vídeos: Paulo Severo
Direção de Produção: Henrique
Botkay
Gestão de Projetos: Carolina
Tavares
Produção Internacional: Maria
Rita Stumpf
Financeiro e Administrativo: Miriam
Furtado
Direção de Palco: Thiago Merij
Operador de Luz: Rodrigo Maciel
Cenógrafa Assistente: Renata
Pittigliani
Figurinista Assistente: Julia
Murakami
Camareiro: José Alexandre
Damasceno
“Social Media”: Julia Pareto
Produção de Textos: Ventuna Digital + Rafael
Ventuna + Bianca Damacena
“Sound Designer”: Rossini Maltoni
Assistente de Produção: Stephanie Miranda
Assistente de Iluminação: Rodrigo
Maciel
Assistente de Figurino: Bernardo
Gomes
Maquinista: Gilmar Rodrigues
Assistente Administrativo: Romário
Souza
Arquivo e Enquadramentos de
Projetos: Israel Oliveira
Manutenção: Isaías Lago Bastos
Consultoria Jurídica: Felipe
Santa Cruz Advogados, Ernesto Paulozzi Jr. Advogados Associados
Cenotecnia: Wilker Barros e Gilmar Rodrigues
Confecção e Modelagem: Ateliê Fátima Leo
Crocheteira: Adriana Senna (“Dandi Crochê”)
Adereços: Arassari Patxon Pataxó
Maquinária Rede: Movecargas Equipamentos
Industriais
Consultoria Bambus: Mario Seixas – “Bambutec Design”
Confecção Bambus: Bambu Neves
Costura Rede: Nice Tramontin
Pintura de Arte: Equipe Clécio Régis Pintura de
Arte
Bambu Iluminado: Equipe Leandro Assis, Le Arte
Cenografia
Suportes Bambus: Camuflagem Cenografia
Assessoria de Comunicação: Vanessa
Cardoso - Factoria Comunicação
Assessoria de Imprensa: Daniella
Cavalcanti
Realização: Je Produções Ltda
Um “batalhão” de profissionais (artistas e técnicos) se esmeraram, dando o melhor de si, para criar uma OBRA-PRIMA, uma verdadeira apoteose cênica, da primeira à última cena, um “canto de louvor” às nossas ancestralidades, por meio de rituais puramente brasileiros. Se me fosse perguntado o que mais me impactou neste balé, a resposta não poderia ser outra: TUDO, ABSOLUTAMENTE TUDO!!!.
No léxico da língua portuguesa, “sagração”
significa “ato ou efeito de sagrar rei, bispo etc.,
em cerimônia religiosa; a própria cerimônia”. O substantivo feminino é formado, por processo de
derivação sufixal, do verbo “sagrar”, o mesmo que “dedicar(se),
consagrar(se)”. Nesta obra, ouso ampliar seu sentido para “tornar
sagrado”. Na concretização de seu sonho, DEBORA COLKER levou o que há
de mais “sagrado” da nossa cultura para um palco, valorizou o indígena
brasileiro e “lacrou” (A escolha do verbo “lacrar” faz com que eu
me sinta mais jovem, aos 74 anos de idade. Momento descontração.).
De tão “formidável”
–
adjetivo do qual me aproprio, para homenagear duas figuras de ponta do TEATRO BRASILEIRO,
uma que fazia e outra que, felizmente, ainda faz uso abundantemente dele,
Nelson Rodrigues e Dona Fernanda Montenegro -, o espetáculo dura justos
70
minutos, os quais passam, como se fossem 7 e que, se durasse 7
horas, passariam como se fossem 70 minutos.
Depois de tudo quanto
escrevi, saído do fundo do meu coração, ninguém ousaria me perguntar se gostei
do balé e se o recomendo. Para quem tiver essa coragem, a minha resposta será: Julgue você mesmo! Já espero, ansioso, por uma temporada
anunciada no Rio de janeiro, a ser levada em cartaz de 19 de julho a 10 de
agosto (curta, a meu ver), na Cidade das Artes.
FOTOS: FLÁVIO
COLKER (oficial)
e
HUMBERTO ARAÚJO
(Festival de Curitiba).
VAMOS AO TEATRO!
OCUPEMOS TODAS AS SALAS DE
ESPETÁCULO DO BRASIL!
A ARTE EDUCA E CONSTRÓI, SEMPRE; E
SALVA!
RESISTAMOS SEMPRE MAIS!
COMPARTILHEM ESTA CRÍTICA, PARA
QUE, JUNTOS, POSSAMOS DIVULGAR O QUE HÁ DE MELHOR NO TEATRO BRASILEIRO!
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