terça-feira, 16 de agosto de 2022

 

ELAS BRILHAM.

VOZES QUE ILUMINAM

E TRANSFORMAM

O MUNDO -

DOC.MUSICAL”

ou

(TAMANHO

É DOCUMENTO, SIM!)





          Quem foi que inventou essa história de que “tamanho não é documento”? É, sim!!! É só assistir aos espetáculos teatrais, de FREDERICO REDER e MARCOS NAUER, os quais, juntos, criaram um novo formato de TEATRO, o “DOC. MUSICAL”, ideia e projeto inaugurados com “60! Década de Arromba – Doc.Musical”, em 2016, seguido de “70? Década do Divino Maravilhoso - Doc.Musical”, de 2019, ambos espetáculos de grande sucesso, de público e de crítica, que ficaram, por muito tempo, em cartaz, mais de um ano, cada um, no Rio de Janeiro, em São Paulo e em muitas outras cidades brasileiras. A dupla de artistas criadores já está com o “80” (?) pronto, para ter sua produção iniciada, entretanto, resolveram, não satisfeitos com tanto sucesso e aceitação das duas montagens anteriores, continuar investindo na linha do “DOC.MUSICAL”, indo, porém, por outro viés: em vez da abordagem de uma década, partiram para uma proposta de focar o trabalho nas MULHERES, as quais, desta ou daquela forma, em qualquer setor ou atividade, foram, ou ainda são, importantíssimas para a história e a evolução deste planeta, REDONDO, chamado Terra. Não abrindo mão de uma cronologia histórica, o excelente roteiro, de MARCOS NAUER, num momento em que a mulher precisa, mais do que nunca, ser respeitada e valorizada, joga luzes sobre as lutas e conquistas delas, para a ocupação do lugar que lhes é de direito, partindo do mito de Lilith, que teria sido a primeira esposa de Adão, passando por um sem-número de outras mulheres, em todas as partes do mundo, chegando a um ícone moderno, que, mais do que uma cantora que já conquistou o mundo, com sua ARTE, que eu não aprecio, mas respeito os que pensam diferente de mim; “tiro, porém, o meu chapéu” para a pessoa, pois é uma jovem mulher "guerreira", que sabe como e onde pisa, em qualquer lugar, e fincar suas raízes: Anitta.



Frederico Reder e Marcos Nauer.

(Foto: autor desconhecido.)


   Como em “60” e “70”, o espetáculo é um misto de sucessão de números musicais e informações, de todos os tipos, cantados, aqueles, e ditas, estas, por sete magníficas “cantrizes”, ou em “off”, ou, ainda, projetadas em telões, apresentando dados históricos, trechos de reportagens e gravações, em som e/ou vídeo, de uma determinada época. O espetáculo foi pensado para “dar voz e lugar de fala à mulher”, porém apurei que já “está no forno” o “ELES BRILHAM...”. Que venha logo, mas que o espetáculo aqui analisado percorra os mesmos caminhos dos dois anteriores, da genial dupla de criadores! Todos os nomes femininos homenageados, neste “DOC.MUSICAL” tiveram, ou ainda têm, maior ou menor relevância, em suas épocas; nenhuma delas está ali por acaso e suas presenças representam o fruto de uma profunda e irrepreensível pesquisa do roteirista, MARCOS NAUER, o qual executou essa “hercúlea, mas deliciosa”, segundo ele mesmo, tarefa sozinho, durante meses e meses. O resultado não poderia ter sido melhor, com relação a esse aspecto. Tentei fazer um esforço, como “advogado do diabo”, para pensar em algum nome de mulher que merecia estar ali, no palco do Theatro Claro Rio, homenageada, e que tenha ficado de fora. Parei de remexer a minha memória, quando me cansei e desisti, depois de encontrar um ou outro, apenas, a meu juízo; mas seria impossível contemplar todas. Ok, MARCOS NAUER! Você venceu, mais uma vez!







             As críticas que escrevi sobre “60” e “70” foram as mais longas, das quase 700 que já publiquei, porque os espetáculos eram muito longos – e isso não é uma crítica negativa; muito pelo contrário – e o material exposto era de tal ordem, detalhado, minucioso, que demorei alguns dias, para escrever cada uma delas e tive de levar, para o Theatro, da segunda vez em diante, uma cadernetinha, para anotações, porque “o meu HD é muito limitado”. Perdi a conta de quantas vezes assisti àqueles dois espetáculos. Agora, não foi diferente. Convidado para a estreia, dita “VIP”, coisa que não me agrada (“VIP” - "very important people" = pessoas muito importantes - é toda a Humanidade que merece ser chamada de, e age como, SER HUMANO.), lá fui eu, sem a “muleta”, para as anotações. Resultado: ADOREI O ESPETÁCULO, mas minha cabeça era uma “salada” só. Voltei ao Theatro Claro Rio(E ainda quero voltar mais.) pouquíssimos dias depois, munido da minha “arma” e anotei, à farta, para tentar não me esquecer de destacar nada que merecesse um realce, por conta de uma visibilidade maior. Isso, entretanto não me valeu de muita coisa, já que confesso que registrei, em garranchos, no escuro, quase tudo o que vi, no palco, algumas vezes me beliscando, para ter a certeza de que não estava sonhando. Ocorre que, quando me sentei, para começar a escrever esta crítica, para a qual precisei de três dias, porque não faço só isto na vida, e peguei os papéis nos quais fiz minhas anotações, nem eu consegui decifrar minhas “garatujas”, que estavam neles, por conta da escuridão, na plateia, como já disse, e, também, porque as mãos tremiam um pouco, de tamanha emoção e orgulho, pelo que aquelas sete mulheres estavam me oferecendo. Elas são “feiticeiras” e nos “enfeitiçam” com a maior facilidade. Muito cuidado com elas!!!


O elenco.





          Sendo assim, resolvi confiar na minha memória, orientar-me pelo rico “release”, que me foi enviado pela Agência TAGA (Assessoria de Imprensa), e rogar aos DEUSES DO TEATRO que me orientem nestes comentários. Qualquer nome de mulher que tenha "deixado suas digitais" nas artes, na política, nos grandes feitos históricos ou que tenha lutado por uma boa causa, não só como conquista para elas, mas também para a Humanidade, desfila naquele palco ou nas telas, dispostas no centro do espaço cênico e nas laterais superiores.






           E já que falei de um “release”, a fim de que possam ter uma ideia da potência e da qualidade deste espetáculo, passo a transcrever um importante trecho nele contido:Em cena, sete atrizes do TEATRO MUSICAL BRASILEIRO cantam do ‘soul’ de Aretha Franklin, ao ‘rock’ de Rita Lee e Tina Turner; do talento de Elis Regina, às composições autorais de Dona Ivone Lara; da voz eterna de Whitney Houston ao ‘pop’ da Madonna; do ‘feminejo’ de Marília Mendonça às novas vozes que continuam a iluminar o mundo. ELAS são cantoras, escritoras, cientistas, atrizes, pintoras, professoras, donas de casa. São vozes que brilham, transformam o mundo e estão representadas, pela música, neste espetáculo.”.






            Desta vez, não vou me deter em todos os detalhes do musical, por total falta de tempo. Minha proposta, então, é a de tecer comentários sobre o trabalho dos artistas de criação e, finalizar esta crítica com uma análise da atuação do elenco e pinçar alguns momentos que mais me marcaram, nesta montagem.






          Acerca do roteiro, sobre o qual se debruça todo o trabalho, nada mais é necessário dizer, uma vez que MARCOS NAUER não poupa esforços para dar um mergulho “abissal” em suas pesquisas e, depois, organizar o vasto material “garimpado”. O resultado do texto / roteiro final é sempre, como este, da melhor qualidade.






            FREDERICO REDER, “ousado que é”, no melhor sentido da palavra, não teve medo – ou, se o teve, não o demonstrou -, quando se propôs a dirigir “60” e “70”. Tudo deu muito certo. Seu modo de trabalhar e suas ótimas ideias, postas em prática, agradaram bastante, e ele não teria como fazer diferente em “ELAS BRILHAM...”. É tudo muto cuidadosamente feito, com extremo bom gosto da direção. Não é para parar mesmo; é para continuar dirigindo todas as próximas montagens.






            Seguindo a máxima de que “não se deve mexer em time que está ganhando”, REDER e NAUER, praticamente, mantiveram a equipe que trabalhou nas duas montagens anteriores, no que fizeram muito bem. Os que viram “60” e “70” devem, até hoje, se lembrar da magnífica cenografia, criada por NATÁLIA LANA. Pois é ela quem, mais uma vez, dá a sua valorosa contribuição, ao criar o cenário de agora, um pouco menos rebuscado que os anteriores, não por outro motivo, que não seja a exigência da peça. Ela só precisou das suas telas, de “LED”, para as projeções; duas escadas bem altas; algumas cadeiras; umas bolas espelhadas, deslizando sobre rodas, provocando um belíssmo efeito plástico; e uns poucos praticáveis, tudo entrando em cena e sendo retirado na hora certa, para servir às exigências das cenas, pensadas pelo diretor. Mais um perfeito trabalho de NATÁLIA, considerada uma das melhores profissionais no ramo. Aqui, aproveito para, também, elogiar o lindo trabalho de direção de arte, criado por sua irmã, BÁRBARA LANA. DNA "poderoso"!!!






        É um ponto determinante e imperativo, para num musical, o trabalho da direção musical, para a qual foi escolhido um dos mais competentes e requisitados artistas da música, mormente para o TEATRO, em composições, arranjos – musicais e vocais -, como instrumentista e na regência: JULES VANDYSTADT. Ele é o profissional dos sonhos de todos os diretores e produtores de musicais, no Rio de Janeiro, e tem tudo para ocupar todos os espaços deste país, de dimensões continentais. São lindos e criativos todos os arranjos musicais compostos para este espetáculo, fugindo dos que já assimilamos, pelo tempo. Da mesma forma, ele sabe a que voz melhor seria destinada a interpretação de uma determinada canção, assim como trabalha, com enorme maestria, os coros e os arranjos vocais para duplas, trios, quartetos... O que eu considero de imenso bom gosto, e sua marca registrada, em todos os trabalhos a que seu nome está atrelado, o “mushup”“mescla musical, quando uma canção é criada, a partir da mistura de duas ou mais canções pré-existentes, normalmente, pela transposição do vocal de uma canção em cima do instrumental de outra, de forma a se combinarem” – também tem seu lugar de destaque, em “ELAS BRILHAM...”. E eu adoro esse dificílimo trabalho, na minha visão de leigo no assunto.


(Foto: Gilberto Bartholo.)


            Assim como em “60” e “70”, um dos grandes pontos altos, de total destaque, se concentra no vasto, rico, criativo e belíssimo conjunto de figurinos, desenhados por BRUNO PERLATTO. São deslumbrantes, a grande maioria, e, desta vez, a concentração de matizes recai muito sobre a combinação do preto com a prata, cores ligadas ao luxo e elegância dos trajes de gala, com muitos brilhos e decotes generosos, que geram muita sensualidade, sem vulgaridade. Ressalto um especial destaque para todos os adereços de cabeça e as “joias”. Um grande presente para os olhos dos espectadores. E tudo confeccionado com caimentos e acabamentos perfeitos, fruto do trabalho de uma grande equipe de seus competentes colaboradores. É incalculável o número de trajes vestidos pelas “cantrizes”, e as trocas são feitas em tempo muito rápido.






           Para coreografar o espetáculo, lá está o talento de VICTOR MAIA, o qual, de acordo com a linha do musical, não ousou em coreografias eletrizantes, como nas vezes anteriores, mas, sim, “bateu mais na tecla” de passos e movimentos mais “suaves”, dando margem a que se destacasse a beleza e o “glamour” daquelas sete “divas”, no palco. O conjunto das coreografias está totalmente aprovado, não por quem entende nada do assunto, tecnicamente falando, como eu, mas que muito admira essa ARTE e a aplaude. Adorei ver, mais uma vez – fazia tempo que não tinha essa oportunidade -, SABRINA KORGUT num número, ainda que breve, de sapateado, que ela executa muito bem.






              Como é bela e bem ajustada às cenas a iluminação, criada por MARIANA PITTA!!! Suas cores e intensidades valorizam, sobremaneira, tudo o que está no palco: as “cantrizes”, o cenário, os figurinos... Tudo ganha mais destaque, sob os focos coloridos, projetados, num belo desenho de luz, milimetricamente pensado por MARIANA. Até as sombras, quando necessárias, “brilham”.






           TALITA KURODA se encarrega de fazer com que todos os ouvidos, dos mais sensíveis e ativos aos menos “aguçados”, possam ouvir tudo o que dito e cantado em cena, graças ao seu correto “design” de som.



       



           Para que um espetáculo, como “ELAS BRILHAM...”, possa ser erguido, um batalhão de profissionais “anônimos” está por trás, nos bastidores, contribuindo, com seu imprescindível trabalho, para a garantia de sucesso do empreendimento. São pessoas como técnicos, camareiros(as), gente ligada à produção, divulgação e tantas outras searas, aos quais rendo minhas homenagens e a quem estendo meus aplausos.






           E chegou a vez do elenco. A hora da verdade, de “a onça beber água”. A parte mais difícil e, ao mesmo tempo, fácil, para um crítico, em se tratando deste espetáculo. Creio não ter havido audição, para a escolha do elenco. Aliás, tenho quase certeza absoluta – o pleonasmo, aqui, é mais que intencional – de que os sete nomes foram lembrados, pela direção, e os convites, feitos. A despeito de podermos contar, no TEATRO MUSICAL BRASILEIRO, com uma plêiade de grandes “cantrizes”, considero acertadíssima a participação das sete, sem conseguir destacar nenhum nome. Quando pensava em um deles, por conta de um determinado número ou cena, logo me vinham à memória, os nomes das outras seis, também por participações solo ou de maior destaque aqui ou ali, em determinadas cenas. Não há como dizer que A esteja melhor, em cena, que B, C, D, E, F ou G. Este cerca de um quarto do “alfabeto” consegue arrancar calorosos e demorados aplausos, com muito merecimento, até em cena aberta, muitas vezes, lembrando QUE TODAS TÊM SEU MOMENTO DE SOLO E “BRILHO PRÓPRIO”. O difícil, ou impossível, é apontar o melhor deles. Posso citar alguns, como IVANNA DOMENYCO, cantando Ângela Maria; DÉBORA PINHEIRO, cantando Aretha Franklin; DIVA MENNER, cantando Tina Turner; SABRINA KORGUT, sensualíssima, cantando Madonna; LUDMILLAH ANJOS, cantando Beyoncé; JULLIE, cantando Elis Regina; e THALITA PERTUZATTI, cantando Whitney Houston. As divisões do que é cantado, entre as sete magníficas “cantrizes”, é bem dosada, apropriada e todas executam seus vários solos com total correção, para deleite dos nossos ouvidos. Resumindo, é um elenco de causar inveja, e eu arrisco dizer, sob pena das críticas negativas que possa receber (Que cada um fique com a sua opinião!), que não é preciso gastar milhares de dólares, para ouvir vozes como aquelas em cassinos de Las Vegas, por exemplo; elas estão num Theatro, dentro de um antigo “shopping”, especializado em antiguidades, em Copacabana, Rio de Janeiro, Brasil.






        Algumas cenas me impactaram ao extremo, como a do momento em que cada uma das sete se apresenta, como para “justificar” sua presença naquele espetáculo. Falam de suas origens e de como fizeram, de seus sofrimentos, do que tiveram de passar, para a conquista de cada metro quadrado daquele palco. É muito lindo e comovente o relato de cada uma. A cena mexe com a nossa emoção, provoca a empatia do público, sem o menor pieguismo (ou pieguice), sem apelações “baratas”, para ganhar a comiseração das pessoas. É um momento de grande catarse, para elas e para nós.






        Para os fãs e “habitués” dos musicais, seria desnecessário apresentar as sete “cantrizes”, no entanto, para os que não as conhecem, ainda, ou “não estão ligando os nomes às pessoas”, acho bom falar um pouco sobre o trabalho de cada uma delas, em ordem alfabética:






         DÉBORA PINHEIRO foi a vencedora da primeira temporada de “Canta Comigo”, apresentada por Gugu Liberato, na Rede Record. Atualmente, compõe o time de jurados da nova temporada do programa e coleciona trabalhos musicais que primam pela excelência. No TEATRO MUSICAL, já foi protagonista em montagens de sucesso, como “O Som da Motown”, relembrando 50 sucessos da famosa gravadora que revelou artistas negros, como Michael Jackson, The Supremes, Marvin Gaye e Stevie Wonder, entre outros. DÉBORA também compôs o elenco do musical “Liza por Elas – in Concert”, com sucessos de Liza Minelli; participou do musical “Como Eliminar seu Chefe” e, mais recentemente, de “70? Década do Divino Maravilhoso – Doc.Musical”, quando, ao lado de Baby do Brasil e As Frenéticas, resgatou uma década de história das músicas dos anos 70.


DéboraPinheiro.



        DIVA MENNER é natural de Recife, mulher trans, preta e iniciou-se, na noite, cantando no renomado grupo vocal ‘Garçons Cantores’, participando de vários concertos e ‘shows’. Estudou Canto no “Conservatório Pernambucano de Música” quando, em 2015, gravou um CD, homenageando grandes sambistas do Brasil e, no mesmo trabalho, também incluiu músicas autorais. Nos anos de 2018 e 2019, foi solista no concerto “Musicais”, com Orquestra e Coro do Conservatório Pernambucano de Música, no “Festival de Inverno de Garanhuns” e no Teatro de Santa Isabel. Foi semifinalista do “reality show” “The Voice Brasil” (Rede Globo) em 2020, tendo sido a participante mais votada pelo público,em todas as vezes que se apresentou. Versatilidade, técnica e riqueza vocal fazem parte do repertório de DIVA, que, a cada dia, vem conquistando espaço significativo no cenário musical e artístico, pelo Brasil. No TEATRO, em 2021, atuou no musical “Barnum – O Rei do Show”, junto com Murilo Rosa e grande elenco, espetáculo que fez turnê por todo o país.


Diva Menner.



 IVANNA DOMENYCO participou de grandes musicais, como “Cole Porter, Ele Nunca Disse que me Amava”, “A Ópera do Malandro”, “Cristal Bacharach”, “Lado a Lado, com Sondheim”, “Hairspray”, “A Madrinha Embriagada”, “O Homem de La Mancha”, “Beatles num Céu de Diamantes”, “Sassaricando”, “Um Violinista no Telhado”, “As Bruxas de Eastwick”, “Milton Nascimento – Nada Será Como Antes” e “Cinderella, de Rodgers and Hammerstein”. Também fez a minissérie “Chiquinha Gonzaga”, as novelas “Kubanacan” e "Carrossel" e o programa “Você Decide”.


Ivanna Domenyco.



   JULLIE  é cantora, compositora e atriz. A artista tem dois álbuns e um EP autorais lançados, sendo “Até o Sol” o mais recente deles. Participou da segunda edição do programa “The Voice Brasil”, tendo sido aprovada para integrar o time de Claudia Leitte, com sua canção autoral “Gasolina”. Em 2022, esteve em cartaz com o musical infantil “Pimentinha – Elis Regina para Crianças”, dentro do projeto “Grandes Músicos para Pequenos”. Foi indicada como melhor atriz, na sétima edição do “Prêmio Bibi Ferreira”, por seu trabalho no musical “Nelson Gonçalves – O Amor e o Tempo”, e na primeira edição do “Prêmio Reverência”, por “Constellation – Uma Viagem Musical Pelos Anos 50”. Para além dos espetáculos já citados, participou de “Palavras de Mulheres” (peça "online"), da turnê de “Bibi – Uma Vida em Musical”, da temporada carioca de “A Noviça Rebelde” (“sub” de Maria Von Trapp), “O Musical da Bossa Nova”, “Se Meu Apartamento Falasse”, “Chacrinha – O Musical”, “60! Década de Arromba – Doc.Musical” e “Tudo Por um Popstar”. Trabalha como dubladora, desde 2007.


Jullie.



  LUDMILLAH ANJOS é cantora e atriz, no auge dos seus 30 anos. Natural de Salvador, Bahia. Começou sua trajetória artística aos seis anos de idade, participando de concursos musicais, em Salvador. Na juventude, ingressou no grupo étnico musical “Vozes Reveladas”, sob comando do maestro Sérgio Souto, quando teve a oportunidade de fazer ecoar seu canto por vários países. O Brasil se rendeu ao seu talento, em 2012, quando se tornou uma das grandes revelações do “The Voice Brasil”, sendo uma das finalistas, representando o time do conterrâneo Carlinhos Brown. Participou de musicais renomados, em paralelo à sua carreira musical, vivendo, no TEATRO, a irreverente Oda Mae Brown, personagem que, no cinema, foi interpretado por Whoopi Goldberg, no filme “Ghost”. Dona de um sorriso expressivo, que derrete qualquer coração. Uma artista que respeita a diversidade cultural brasileira, inserindo, assim, em sua ARTE, uma autenticidade e irreverência que não se descreve; sente-se.


Ludmillah Anjos.



  SABRINA KORGUT é atriz, cantora, bailarina e arte-educadora, formada em Licenciatura Teatral, pela UNIRIO. Tem especialização em “Jazz” e “Tap Dance”, pela “Starlight School of Dance” (USA). Fez diversos cursos de atuação, dentre os quais se destacam nomes como Herval Rossano, Domingos de Oliveira e a Oficina de Atores da Rede Globo. Com mais de 40 espetáculos no currículo, participou dos musicais americanos montados no Brasil: “Como Eliminar Seu Chefe”, “As Noviças Rebeldes”, “Xanadu”, “As Bruxas de Eastwick”, “Baby – o Musical”, “Miss Saigon”, “Company”, “Lado a Lado, com Sondheim”, “O Curioso Caso do Cachorro Morto” (Este não era musical.) e “Meu Amigo Charlie Brown”, além dos nacionais “Ópera do Malandro”, “Sassaricando”, “Beatles num Céu de Diamantes”, “Fascinante Gershwin”, “Para Sempre Abba”, “Chão de Estrelas”, “Cauby Cauby”, “Quatro Faces do Amor”, entre outros. Foi indicada aos prêmios Shell e APTR, pelo musical “Avenida Q”; atriz Revelação de TV, pela “Revista Quem Acontece”; “Qualidade Brasil”, por “Miss Saigon”; “Prêmio Contigo de TEATRO”, por “Fascinante Gershwin”, seu primeiro projeto independente. Seus trabalhos mais recentes, na TV, foram a novela “O Sétimo Guardião”, o humorístico “Pé na Cova”, na Rede Globo, com a personagem “Adenoide”, e “220 Volts”, ao lado de Paulo Gustavo, no quadro “Guto e Rita”, além de partições em novelas da Rede Globo. Na música, trabalhou com nomes como Evandro Mesquita e a banda “The Fabulous”, Mart’nália e, como “backing vocal”, de Carlinhos Brown, participou da turnê EUA, Europa e Japão. Também é dubladora. No cinema, participou dos longas “Ninguém Entra, Ninguém Sai” e “GLS – Gostosas, Lindas e Sexys”. Recentemente, lançou seu primeiro “show”, como cantora solo, chamado “Femminile”, com as mais belas canções italianas, participou da ópera instalação “Bem no Meio”, de Karen Acioly, e foi protagonista, ao lado de Murilo Rosa, do musical “Barnum – o Rei do Show”.


Sabrina Korgut.



 THALITA PERTUZATTI é atriz e cantora profissional, participou dos musicais “Donna Summer” (2022), “Madagascar” (2021), “Diamond Hotel” (2019), “Whitney Houston Forever” (2017) e “The Sound of Motown” (2009 e 2010). Também foi a cantora principal do “Reder Circus” (2018, 2021 e 2022). Na televisão, participou dos programas “Dancing Brasil” (2017), foi finalista do “The Voice” (2012) e ganhou no “Programa Raul Gil”.


Thalita Pertuzatti.



        A estrutura do espetáculo é um pouco complexa, no papel (Recebi o roteiro completo, via MARCOS NAUER.), entretanto como aquela “confusão” de letras, escritas, cenas, rubricas se tornaram concretas, num palco, é algo divino, fruto de muita inteligência, competência e garra, da direção, do elenco e de todos os demais que fazem parte da “quilométrica” ficha técnica.


(Foto: Jules Vandystadt.)





        Algumas “gotas”, pinçadas do já citado “release”, com alguns cortes e alterações:






1)  Nos anos 30 e 40, na “Era de Ouro da Rádio”, no Brasil, Ângela Maria, Carmem Miranda e as cantoras da rádio enfrentaram o preconceito por serem artistas, quando a profissão não era considerada decente. E brilharam. Vozes modernistas, como a de Bertha Lutz, foram importantes, na conquista de direitos básicos, como o direito ao voto feminino.






2)  O “Soul / Jazz / Blues”, com Aretha Franklin, Ella Fitzgerald, Nina Simone, Etta James e Sarah Vaughan, apresenta os movimentos de mulheres negras na conquista de direitos civis no mundo.






3)  A mulher que deu origem ao “rock and roll”, Sister Rosetta, Janis Joplin, Wanderléa, Rita Lee, Marina Lima, Cássia Eller, Annie Lenox, Tina Turner desconstroem padrões do papel feminino e enfrentam as mais diversas tentativas de domar, castrar e padronizar o comportamento das mulheres.






4)  No samba, Elza Soares, Dona Ivone Lara, Clementina de Jesus, Alcione, Clara Nunes, Beth Carvalho e Jovelina Pérola Negra resgataram o poder ancestral da força divina das mulheres e dominaram o gênero musical, que, antes, era exclusivo dos homens.






5)  Na MPB, Elis Regina, Gal Costa, Maria Bethânia, Baby do Brasil, Fafá de Belém, Sandra de Sá e muitas outras artistas provam que, com sua voz, ser mulher, no Brasil, já é um ato político. Conquistas, como a pílula anticoncepcional, o divórcio e a delegacia da mulher possibilitaram um avanço nos direitos femininos.






6)  O movimento da "Disco Music", com Donna Summer, Glória Gaynor e Frenéticas, a “Era do Brilho”, época em que as mulheres se autoafirmaram, frente à sociedade machista, e utilizaram-se de figurinos “sexy” e luxuosos, para demonstrar, também, a sua importância e seu esplendor, para todos que as discriminavam.






7)  No “Pop Music” e no “R&B”, Madonna, Beyoncé e muitas outras conquistam o topo da indústria musical, com salários milionários, vendas estratosféricas e mostram, ao mundo, que mulheres podem, e devem, ser poderosas, chefes, líderes, livres e escreverem suas próprias histórias.




(Foto: Marcelo Castelo Branco.)



8)  Os gêneros forró, com Elba Ramalho; o axé, com Margareth Menezes, Ivete Sangalo e Cláudia Leitte; o “funk”, com Fernanda Abreu, Tati Quebra Barraco, Luísa Sonza, Anitta; o “feminejo”, com Simone e Simaria, Maiara e Maraísa, Naiara Azevedo e Marília Mendonça provam que as mulheres conquistaram o sucesso e dominam as paradas de sucesso, em gêneros musicais que, antes, eram, exclusivamente, masculinos. Mulheres devem ocupar todos os espaços.






9)  Outras mulheres incríveis, que mudaram o mundo e que são homenageadas em “ELAS BRILHAM...”: Dandara, Chiquinha Gonzaga, Nísia Floresta, Angela Davis, Rosa Parks, Simone de Beauvoir, Lélia Gonzalez, Tia Ciata, Bibi Ferreira, Leila Diniz, Dorina Nowill, Dercy Gonçalves, Maria Da Penha, Malala, Michelle Obama, Preta Gil, Fernanda Montenegro e muitas outras.







  Confesso que nunca, antes, havia demonstrado o menor interesse por Marília Mendonça, pelo seu trabalho, entretanto a cena em que a recém-falecida, tragicamente, cantora e compositora é homenageada, pelas sete “cantrizes”, não só me emocionou muito, como também me fez enxergar seu alento de ser popular, sem ser vulgar, de falar ao coração do povo, com letras de canções simples e criativas, abordando o cotidiano do ser humano, “de forma nua e crua”.










 

FICHA TÉCNICA:

Roteiro: Marcos Nauer

Direção: Frederico Reder

Assistência de Direção / Direção Residente: Rosana Chayin

Direção Musical: Jules Vandystadt

 

Elenco (por ordem alfabética): Débora Pinheiro, Diva Menner, Jullie, Ludmillah Anjos, Sabrina Korgut, Thalita Pertuzatti e Yvanna Domenyco

 

Direção de Comunicação / Marketing: Maurício Tavares

Direção de Arte: Bárbara Lana

Cenografia: Natália Lana

Figurinos: Bruno Perlatto

Coreografia: Victor Maia

Iluminação: Mariana Pitta

“Design” de Som: Talita Kuroda

Produção Geral: Frederico Reder

Produção Executiva: Alex Felippe e Luana Simões

Assistência de Produção: Dalila Tardell

Fotos: Robert Schwenck, Fabíola Loureiro, Roberto Filho e Clarissa Ribeiro (As fotos desta última profissional não são oficiais).

Assessoria de Imprensa: Agência TAGA – Assessoria de Imprensa 

 








SERVIÇO:

Temporada (Rio de Janeiro): De 29 de julho a 22 de agosto de 2022.

Local: Teatro Claro Rio - Shopping Cidade Copacabana.

Endereço: Rua Siqueira Campos, nº 143 – 2º Piso – Copacabana, Rio de Janeiro – RJ.

Telefone: (21)21475204. https://teatroclarorio.com.br/

Dias e Horários: 6ª feira, às 17h; sábado, às 17h; domingo, às 20h30min; segunda-feira, às 17h e às 20h30min.

Capacidade: 659 lugares.

Classificação Etária: Livre.

Duração: 100 minutos.

Valor dos Ingressos: Público em geral: De R$37,50 a R$ 180,00; Clientes Brasilprev: De R$37,50 a R$90,00.

Observação: Confira a legislação vigente para meia-entrada.

Canais de Vendas Oficiais: sympla.com.br (com taxa de serviço). Bilheteria Física (sem taxa de serviço):
Teatro Claro (Shopping Cidade Copacabana), de segunda-feira a domingo, das 10h às 22h, exceto feriados.

Mais informações em https://teatroclarorio.com.br/bilheteria/

Descontos: 50% de desconto, destinados a cliente e colaborador Brasilprev; desconto para compras de ingressos,
cliente Claro Clube, limitado a 4 ingressos por sessão. É necessário informar o número do CPF do titular, no ato da compra, e a apresentação da fatura, na entrada do evento, válido nas compras realizadas na bilheteria do Theatro e “site” da Sympla.

Meia-entrada: Confira as regras da lei de meia entrada, em www.bileto.sympla.com.br/meia

Observação: É necessário apresentar documento que comprove o direito ao desconto, na entrada do espetáculo. O benefício prevê a reserva para idosos, estudantes, jovens de baixa renda e pessoas com deficiência de, pelo menos, 40% dos ingressos de meia entrada, por espetáculo. Consulte, também: www.documentodoestudante.com.br

Descontos sobre o valor inteiro dos ingressos e não cumulativos.

Informações importantes:

1) Não é permitida a entrada, no Theatro, após o início do espetáculo. Em caso de atraso, não haverá devolução do valor dos ingressos nem a troca para outro dia ou sessão. Caso haja liberação no Theatro, o assento, automaticamente, se tornará livre.

2) Assento para obesos: Informamos que este assento é duplo e se destina ao conforto do cliente obeso.


Seguimos todos os protocolos sanitários, recomendados pelas autoridades competentes de saúde.

Observação: Mais informações sobre as outras cidades serão divulgadas em breve.

 

Lei Federal de Incentivo à Cultura.

Apresentado por Ministério do Turismo, Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria do Estado de Cultura e Economia Criativa, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, Secretaria de Cultura e BRASILPREV.


Patrocínio: Momenta Farmacêutica e Lorenzetti.

Apoio: Enesa, Teleperformance, Tenda Atacado, Grupo TBE/Alupar, Claro e Estapar.


Realização: Quarta Dimensão Entretenimento, Brain+, Secretaria Especial da Cultura e Ministério do Turismo. 

 







           Gostaria de poder ter escrito mais, esmiuçar todos os detalhes contidos nesta encenação, mas teria de ficar muito mais tempo escrevendo, o texto ficaria extremamente mais longo, cansando os que me leem e tirando-lhes o prazer das muitas surpresas que esperam por eles, no palco do Theatro Claro Rio, infelizmente, numa temporada muito curta e em horários especiais, para os quais chamo a sua atenção.









   Se eu recomendo o espetáculo?! Se tem dúvidas, é porque não leu, atentamente, tudo o que escrevi sobre “ELAS BRILHAM. VOZES QUE ILUMINAM E TRANSFORMAM O MUNDO - DOC.MUSICAL”.

 

 








 


(FOTOS: ROBERT SCHWENCK, FABÍOLA LOUREIRO, ROBERTO FILHO e CLARISSE RIBEIRO - As fotos desta última profissional não são oficiais.)

 

 

GALERIA PARTICULAR

(FOTOS: PAULO MENEZES)



Com Jules Vandystadt.


Com Sabrina Korgut e Ivanna Domenyco.)


Com Thalita Pertuzatti.


Com Ludmillah Anjos.


Com Jullie.

 

E VAMOS AO TEATRO,

COM TODOS OS CUIDADOS!!!

 

OCUPEMOS TODAS AS SALAS DE ESPETÁCULO

 DO BRASIL,

COM TODOS OS CUIDADOS!!!

 

A ARTE EDUCA E CONSTRÓI, SEMPRE!!!

 

RESISTAMOS, SEMPRE MAIS!!!

 

COMPARTILHEM ESTE TEXTO,

PARA QUE, JUNTOS,

POSSAMOS DIVULGAR

O QUE HÁ DE MELHOR NO

TEATRO BRASILEIRO!!!






























































































































































































































































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