“ELAS BRILHAM.
VOZES QUE
ILUMINAM
E
TRANSFORMAM
O MUNDO -
DOC.MUSICAL”
ou
(TAMANHO
É DOCUMENTO, SIM!)
Quem foi que inventou essa
história de que “tamanho não é documento”? É, sim!!! É só assistir aos espetáculos
teatrais, de FREDERICO REDER e MARCOS NAUER, os quais, juntos, criaram um novo
formato de TEATRO, o “DOC. MUSICAL”, ideia e projeto inaugurados com “60!
Década de Arromba – Doc.Musical”, em 2016, seguido de “70? Década do Divino
Maravilhoso - Doc.Musical”, de 2019, ambos espetáculos de grande sucesso, de
público e de crítica, que ficaram, por muito tempo, em cartaz, mais de um ano,
cada um, no Rio de Janeiro, em São Paulo e em muitas outras cidades brasileiras. A dupla
de artistas criadores já está com o “80” (?) pronto, para ter sua produção
iniciada, entretanto, resolveram, não satisfeitos com tanto sucesso e aceitação
das duas montagens anteriores, continuar investindo na linha do “DOC.MUSICAL”,
indo, porém, por outro viés: em vez da abordagem de uma década, partiram para
uma proposta de focar o trabalho nas MULHERES, as quais, desta ou daquela forma, em qualquer setor ou atividade,
foram, ou ainda são, importantíssimas para a história e a evolução deste
planeta, REDONDO, chamado Terra. Não abrindo mão
de uma cronologia histórica, o excelente roteiro, de MARCOS NAUER, num momento em que
a mulher precisa, mais do que nunca, ser respeitada e valorizada, joga
luzes sobre as lutas e conquistas delas, para a ocupação do lugar que lhes é
de direito, partindo do mito de Lilith, que teria sido a
primeira esposa de Adão, passando por um sem-número de outras mulheres,
em todas as partes do mundo, chegando a um ícone moderno, que, mais do que uma cantora
que já conquistou o mundo, com sua ARTE, que eu não aprecio, mas respeito os
que pensam diferente de mim; “tiro, porém, o meu chapéu” para a pessoa,
pois é uma jovem mulher "guerreira", que sabe como e onde pisa, em qualquer
lugar, e fincar suas raízes: Anitta.
(Foto: autor desconhecido.)
Como em “60” e “70”, o espetáculo é
um misto de sucessão de números musicais e informações, de todos
os tipos, cantados, aqueles, e ditas, estas, por sete magníficas “cantrizes”,
ou em “off”, ou, ainda, projetadas em telões, apresentando dados
históricos, trechos de reportagens e gravações, em som e/ou
vídeo, de uma determinada época. O espetáculo foi pensado para “dar
voz e lugar de fala à mulher”, porém apurei que já “está no
forno” o “ELES BRILHAM...”. Que venha logo, mas que o espetáculo
aqui analisado percorra os mesmos caminhos dos dois anteriores, da genial
dupla de criadores! Todos os nomes femininos homenageados, neste “DOC.MUSICAL”
tiveram, ou ainda têm, maior ou menor relevância, em suas épocas; nenhuma delas está ali por acaso e suas presenças representam o
fruto de uma profunda e irrepreensível pesquisa do roteirista, MARCOS
NAUER, o qual executou essa “hercúlea, mas deliciosa”,
segundo ele mesmo, tarefa sozinho, durante meses e meses. O resultado não
poderia ter sido melhor, com relação a esse aspecto. Tentei fazer um esforço,
como “advogado do diabo”, para pensar em algum nome de mulher
que merecia estar ali, no palco do Theatro Claro Rio, homenageada,
e que tenha ficado de fora. Parei de remexer a minha memória, quando me cansei
e desisti, depois de encontrar um ou outro, apenas, a meu juízo; mas
seria impossível contemplar todas. Ok, MARCOS NAUER! Você venceu, mais uma
vez!
As críticas que escrevi sobre “60”
e “70” foram as mais longas, das quase 700 que já publiquei, porque os espetáculos
eram muito longos – e isso não é uma crítica negativa; muito pelo contrário – e
o material exposto era de tal ordem, detalhado, minucioso, que
demorei alguns dias, para escrever cada uma delas e tive de levar, para o Theatro,
da segunda vez em diante, uma cadernetinha, para anotações, porque “o meu HD é
muito limitado”. Perdi a conta de quantas vezes assisti àqueles dois espetáculos.
Agora, não foi diferente. Convidado para a estreia, dita “VIP”, coisa que não
me agrada (“VIP” - "very important people" = pessoas muito importantes - é toda a Humanidade que merece ser chamada de, e age como, SER HUMANO.), lá fui eu, sem a “muleta”, para as anotações. Resultado: ADOREI O
ESPETÁCULO, mas minha cabeça era uma “salada” só. Voltei ao Theatro Claro Rio(E ainda quero voltar mais.) pouquíssimos dias
depois, munido da minha “arma” e anotei, à farta, para tentar não me esquecer
de destacar nada que merecesse um realce, por conta de uma visibilidade maior. Isso, entretanto não me
valeu de muita coisa, já que confesso que registrei, em
garranchos, no escuro, quase tudo o que vi, no palco, algumas vezes me
beliscando, para ter a certeza de que não estava sonhando. Ocorre que, quando
me sentei, para começar a escrever esta crítica, para a qual precisei de três dias, porque não faço só isto na vida, e peguei os papéis nos quais fiz minhas anotações,
nem eu consegui decifrar minhas “garatujas”, que estavam neles, por conta da
escuridão, na plateia, como já disse, e, também, porque as mãos tremiam um
pouco, de tamanha emoção e orgulho, pelo que aquelas sete mulheres estavam me
oferecendo. Elas são “feiticeiras” e nos “enfeitiçam” com a maior facilidade. Muito
cuidado com elas!!!
O elenco.
Sendo assim, resolvi confiar na
minha memória, orientar-me pelo rico “release”, que me foi enviado pela Agência
TAGA (Assessoria de Imprensa), e rogar aos DEUSES DO TEATRO que me orientem
nestes comentários. Qualquer nome de mulher que tenha "deixado suas digitais" nas
artes, na política, nos grandes feitos históricos ou que tenha lutado por uma
boa causa, não só como conquista para elas, mas também para a Humanidade, desfila
naquele palco ou nas telas, dispostas no centro do espaço cênico e nas laterais
superiores.
E já que falei de um “release”, a
fim de que possam ter uma ideia da potência e da qualidade deste espetáculo, passo
a transcrever um importante trecho nele contido: “Em cena, sete atrizes do TEATRO MUSICAL BRASILEIRO cantam do ‘soul’ de
Aretha Franklin, ao ‘rock’ de Rita Lee e Tina Turner; do talento de Elis
Regina, às composições autorais de Dona Ivone Lara; da voz eterna de Whitney Houston
ao ‘pop’ da Madonna; do ‘feminejo’ de Marília Mendonça às novas vozes que
continuam a iluminar o mundo. ELAS são cantoras, escritoras, cientistas,
atrizes, pintoras, professoras, donas de casa. São vozes que brilham,
transformam o mundo e estão representadas, pela música, neste espetáculo.”.
Desta vez, não vou me deter em todos os
detalhes do musical, por total falta de tempo. Minha proposta, então, é a de tecer
comentários sobre o trabalho dos artistas de criação e, finalizar esta crítica
com uma análise da atuação do elenco e pinçar alguns momentos que mais
me marcaram, nesta montagem.
Acerca do roteiro, sobre o qual
se debruça todo o trabalho, nada mais é necessário dizer, uma vez que MARCOS
NAUER não poupa esforços para dar um mergulho “abissal” em
suas pesquisas e, depois, organizar o vasto material “garimpado”.
O resultado do texto / roteiro final é sempre, como este, da melhor
qualidade.
FREDERICO REDER, “ousado
que é”, no melhor sentido da palavra, não teve medo – ou, se o teve,
não o demonstrou -, quando se propôs a dirigir “60” e “70”. Tudo deu
muito certo. Seu modo de trabalhar e suas ótimas ideias, postas em prática, agradaram bastante, e ele não teria como fazer diferente em “ELAS BRILHAM...”.
É tudo muto cuidadosamente feito, com extremo bom gosto da direção. Não
é para parar mesmo; é para continuar dirigindo todas as próximas
montagens.
Seguindo a máxima de que “não se
deve mexer em time que está ganhando”, REDER e NAUER,
praticamente, mantiveram a equipe que trabalhou nas duas montagens
anteriores, no que fizeram muito bem. Os que viram “60” e “70”
devem, até hoje, se lembrar da magnífica cenografia, criada por NATÁLIA
LANA. Pois é ela quem, mais uma vez, dá a sua valorosa contribuição, ao
criar o cenário de agora, um pouco menos rebuscado que os anteriores,
não por outro motivo, que não seja a exigência da peça. Ela só precisou
das suas telas, de “LED”, para as projeções; duas escadas
bem altas; algumas cadeiras; umas bolas espelhadas, deslizando sobre rodas, provocando um belíssmo efeito plástico; e uns poucos praticáveis, tudo
entrando em cena e sendo retirado na hora certa, para servir às exigências das cenas,
pensadas pelo diretor. Mais um perfeito trabalho de NATÁLIA,
considerada uma das melhores profissionais no ramo. Aqui, aproveito para,
também, elogiar o lindo trabalho de direção de arte, criado por sua
irmã, BÁRBARA LANA. DNA "poderoso"!!!
É um ponto determinante e imperativo,
para num musical, o trabalho da direção musical, para a qual foi
escolhido um dos mais competentes e requisitados artistas da música,
mormente para o TEATRO, em composições, arranjos – musicais e
vocais -, como instrumentista e na regência: JULES
VANDYSTADT. Ele é o profissional dos sonhos de todos os diretores e produtores
de musicais, no Rio de Janeiro, e tem tudo para ocupar
todos os espaços deste país, de dimensões continentais. São lindos e criativos
todos os arranjos musicais compostos para este espetáculo,
fugindo dos que já assimilamos, pelo tempo. Da mesma forma, ele sabe a que voz
melhor seria destinada a interpretação de uma determinada canção,
assim como trabalha, com enorme maestria, os coros e os arranjos
vocais para duplas, trios, quartetos... O que eu
considero de imenso bom gosto, e sua marca registrada, em todos os trabalhos a
que seu nome está atrelado, o “mushup” – “mescla musical,
quando uma canção é criada, a partir da mistura de duas ou mais canções
pré-existentes, normalmente, pela transposição do vocal de uma canção em cima
do instrumental de outra, de forma a se combinarem” – também tem seu
lugar de destaque, em “ELAS BRILHAM...”. E eu adoro esse
dificílimo trabalho, na minha visão de leigo no assunto.
(Foto: Gilberto Bartholo.)
Assim como em “60” e “70”,
um dos grandes pontos altos, de total destaque, se concentra no vasto, rico,
criativo e belíssimo conjunto de figurinos, desenhados por BRUNO
PERLATTO. São deslumbrantes, a grande maioria, e, desta vez, a
concentração de matizes recai muito sobre a combinação do preto com a prata,
cores ligadas ao luxo e elegância dos trajes de gala, com muitos
brilhos e decotes generosos, que geram muita sensualidade, sem
vulgaridade. Ressalto um especial destaque para todos os adereços de
cabeça e as “joias”. Um grande presente para os olhos dos espectadores.
E tudo confeccionado com caimentos e acabamentos perfeitos, fruto do trabalho
de uma grande equipe de seus competentes colaboradores. É incalculável o
número de trajes vestidos pelas “cantrizes”, e as trocas
são feitas em tempo muito rápido.
Para coreografar o espetáculo,
lá está o talento de VICTOR MAIA, o qual, de acordo com a linha do musical,
não ousou em coreografias eletrizantes, como nas vezes anteriores, mas,
sim, “bateu mais na tecla” de passos e movimentos mais “suaves”,
dando margem a que se destacasse a beleza e o “glamour”
daquelas sete “divas”, no palco. O conjunto das coreografias
está totalmente aprovado, não por quem entende nada do assunto, tecnicamente
falando, como eu, mas que muito admira essa ARTE e a aplaude. Adorei
ver, mais uma vez – fazia tempo que não tinha essa oportunidade -, SABRINA
KORGUT num número, ainda que breve, de sapateado, que ela executa
muito bem.
Como é bela e bem ajustada às cenas
a iluminação, criada por MARIANA PITTA!!! Suas cores e
intensidades valorizam, sobremaneira, tudo o que está no palco: as “cantrizes”,
o cenário, os figurinos... Tudo ganha mais destaque, sob os focos
coloridos, projetados, num belo desenho de luz, milimetricamente pensado
por MARIANA. Até as sombras, quando necessárias, “brilham”.
TALITA KURODA se encarrega de
fazer com que todos os ouvidos, dos mais sensíveis e ativos aos menos “aguçados”,
possam ouvir tudo o que dito e cantado em cena, graças ao seu correto “design”
de som.
Para que um espetáculo, como “ELAS
BRILHAM...”, possa ser erguido, um batalhão de profissionais “anônimos”
está por trás, nos bastidores, contribuindo, com seu imprescindível trabalho,
para a garantia de sucesso do empreendimento. São pessoas como técnicos,
camareiros(as), gente ligada à produção, divulgação e
tantas outras searas, aos quais rendo minhas homenagens e a quem estendo meus
aplausos.
E chegou a vez do elenco. A hora
da verdade, de “a onça beber água”. A parte mais difícil e, ao
mesmo tempo, fácil, para um crítico, em se tratando deste espetáculo.
Creio não ter havido audição, para a escolha do elenco.
Aliás, tenho quase certeza absoluta – o pleonasmo, aqui, é mais que intencional
– de que os sete nomes foram lembrados, pela direção, e os convites, feitos. A despeito de podermos contar, no TEATRO MUSICAL BRASILEIRO,
com uma plêiade de grandes “cantrizes”, considero
acertadíssima a participação das sete, sem conseguir destacar nenhum nome.
Quando pensava em um deles, por conta de um determinado número ou cena,
logo me vinham à memória, os nomes das outras seis, também por participações
solo ou de maior destaque aqui ou ali, em determinadas cenas. Não há
como dizer que A esteja melhor, em cena, que B, C, D,
E, F ou G. Este cerca de um quarto do “alfabeto”
consegue arrancar calorosos e demorados aplausos, com muito merecimento, até
em cena aberta, muitas vezes, lembrando QUE TODAS TÊM SEU MOMENTO DE SOLO
E “BRILHO PRÓPRIO”. O difícil, ou impossível, é apontar o melhor
deles. Posso citar alguns, como IVANNA DOMENYCO, cantando Ângela Maria;
DÉBORA PINHEIRO, cantando Aretha Franklin; DIVA MENNER,
cantando Tina Turner; SABRINA KORGUT, sensualíssima, cantando
Madonna; LUDMILLAH ANJOS, cantando Beyoncé; JULLIE,
cantando Elis Regina; e THALITA PERTUZATTI, cantando Whitney
Houston. As divisões do que é cantado, entre as sete magníficas “cantrizes”,
é bem dosada, apropriada e todas executam seus vários solos com total
correção, para deleite dos nossos ouvidos. Resumindo, é um elenco de causar
inveja, e eu arrisco dizer, sob pena das críticas negativas que possa
receber (Que cada um fique com a sua opinião!), que não é preciso gastar milhares de dólares, para ouvir vozes como
aquelas em cassinos de Las Vegas, por exemplo; elas estão num Theatro,
dentro de um antigo “shopping”, especializado em antiguidades, em
Copacabana, Rio de Janeiro, Brasil.
Algumas cenas me impactaram ao
extremo, como a do momento em que cada uma das sete se apresenta, como para “justificar”
sua presença naquele espetáculo. Falam de suas origens e de como
fizeram, de seus sofrimentos, do que tiveram de passar, para a
conquista de cada metro quadrado daquele palco. É muito lindo e comovente o
relato de cada uma. A cena mexe com a nossa emoção, provoca a empatia do
público, sem o menor pieguismo (ou pieguice), sem apelações “baratas”,
para ganhar a comiseração das pessoas. É um momento de grande catarse, para
elas e para nós.
Para os fãs e “habitués” dos musicais, seria desnecessário apresentar as sete “cantrizes”, no entanto, para os que não as conhecem, ainda, ou “não estão ligando os nomes às pessoas”, acho bom falar um pouco sobre o trabalho de cada uma delas, em ordem alfabética:
DÉBORA PINHEIRO foi a vencedora da primeira temporada de “Canta Comigo”, apresentada por Gugu Liberato, na Rede Record. Atualmente, compõe o time de jurados da nova temporada do programa e coleciona trabalhos musicais que primam pela excelência. No TEATRO MUSICAL, já foi protagonista em montagens de sucesso, como “O Som da Motown”, relembrando 50 sucessos da famosa gravadora que revelou artistas negros, como Michael Jackson, The Supremes, Marvin Gaye e Stevie Wonder, entre outros. DÉBORA também compôs o elenco do musical “Liza por Elas – in Concert”, com sucessos de Liza Minelli; participou do musical “Como Eliminar seu Chefe” e, mais recentemente, de “70? Década do Divino Maravilhoso – Doc.Musical”, quando, ao lado de Baby do Brasil e As Frenéticas, resgatou uma década de história das músicas dos anos 70.
DéboraPinheiro.
DIVA MENNER é natural de Recife,
mulher trans, preta e iniciou-se, na noite, cantando no renomado
grupo vocal ‘Garçons Cantores’, participando de vários concertos
e ‘shows’. Estudou Canto no “Conservatório Pernambucano de
Música” quando, em 2015, gravou um CD, homenageando
grandes sambistas do Brasil e, no mesmo trabalho, também incluiu músicas autorais. Nos anos de 2018 e 2019, foi solista no
concerto “Musicais”, com Orquestra e Coro do Conservatório
Pernambucano de Música, no “Festival de Inverno de Garanhuns”
e no Teatro de Santa Isabel. Foi semifinalista do “reality
show” “The Voice Brasil” (Rede Globo) em 2020,
tendo sido a participante mais votada pelo público,em todas as vezes que se
apresentou. Versatilidade, técnica e riqueza vocal fazem parte do
repertório de DIVA, que, a cada dia, vem conquistando espaço
significativo no cenário musical e artístico, pelo Brasil. No TEATRO,
em 2021, atuou no musical “Barnum – O Rei do Show”, junto
com Murilo Rosa e grande elenco, espetáculo que fez turnê
por todo o país.
Diva Menner.
IVANNA DOMENYCO participou de
grandes musicais, como “Cole Porter, Ele Nunca Disse que me Amava”,
“A Ópera do Malandro”, “Cristal Bacharach”, “Lado
a Lado, com Sondheim”, “Hairspray”, “A Madrinha
Embriagada”, “O Homem de La Mancha”, “Beatles num
Céu de Diamantes”, “Sassaricando”, “Um Violinista
no Telhado”, “As Bruxas de Eastwick”, “Milton
Nascimento – Nada Será Como Antes” e “Cinderella, de Rodgers and
Hammerstein”. Também fez a minissérie “Chiquinha Gonzaga”,
as novelas “Kubanacan” e "Carrossel" e o programa “Você Decide”.
Ivanna Domenyco.
JULLIE é cantora, compositora e atriz.
A artista tem dois álbuns e um EP autorais lançados, sendo
“Até o Sol” o mais recente deles. Participou da segunda edição
do programa “The Voice Brasil”, tendo sido aprovada para
integrar o time de Claudia Leitte, com sua canção autoral “Gasolina”.
Em 2022, esteve em cartaz com o musical infantil “Pimentinha
– Elis Regina para Crianças”, dentro do projeto “Grandes
Músicos para Pequenos”. Foi indicada como melhor atriz, na sétima
edição do “Prêmio Bibi Ferreira”, por seu trabalho no musical
“Nelson Gonçalves – O Amor e o Tempo”, e na primeira edição
do “Prêmio Reverência”, por “Constellation – Uma Viagem
Musical Pelos Anos 50”. Para além dos espetáculos já citados,
participou de “Palavras de Mulheres” (peça "online"), da
turnê de “Bibi – Uma Vida em Musical”, da temporada carioca
de “A Noviça Rebelde” (“sub” de Maria Von Trapp), “O
Musical da Bossa Nova”, “Se Meu Apartamento Falasse”, “Chacrinha
– O Musical”, “60! Década de Arromba – Doc.Musical” e “Tudo
Por um Popstar”. Trabalha como dubladora, desde
2007.
Jullie.
LUDMILLAH ANJOS é cantora e atriz,
no auge dos seus 30 anos. Natural de Salvador, Bahia.
Começou sua trajetória artística aos seis anos de idade, participando de
concursos musicais, em Salvador. Na juventude, ingressou no grupo
étnico musical “Vozes Reveladas”, sob comando do maestro
Sérgio Souto, quando teve a oportunidade de fazer ecoar seu canto
por vários países. O Brasil se rendeu ao seu talento, em 2012,
quando se tornou uma das grandes revelações do “The Voice Brasil”,
sendo uma das finalistas, representando o time do conterrâneo Carlinhos
Brown. Participou de musicais renomados, em paralelo à sua carreira
musical, vivendo, no TEATRO, a irreverente Oda Mae Brown, personagem
que, no cinema, foi interpretado por Whoopi Goldberg, no filme “Ghost”.
Dona de um sorriso expressivo, que derrete qualquer coração. Uma artista que
respeita a diversidade cultural brasileira, inserindo, assim, em sua ARTE,
uma autenticidade e irreverência que não se descreve; sente-se.
Ludmillah Anjos.
SABRINA KORGUT é atriz, cantora,
bailarina e arte-educadora, formada em Licenciatura Teatral,
pela UNIRIO. Tem especialização em “Jazz” e “Tap
Dance”, pela “Starlight School of Dance” (USA). Fez diversos
cursos de atuação, dentre os quais se destacam nomes como Herval
Rossano, Domingos de Oliveira e a Oficina de Atores
da Rede Globo. Com mais de 40 espetáculos no currículo,
participou dos musicais americanos montados no Brasil: “Como
Eliminar Seu Chefe”, “As Noviças Rebeldes”, “Xanadu”,
“As Bruxas de Eastwick”, “Baby – o Musical”, “Miss
Saigon”, “Company”, “Lado a Lado, com Sondheim”,
“O Curioso Caso do Cachorro Morto” (Este não era musical.) e “Meu Amigo Charlie
Brown”, além dos nacionais “Ópera do Malandro”, “Sassaricando”,
“Beatles num Céu de Diamantes”, “Fascinante Gershwin”,
“Para Sempre Abba”, “Chão de Estrelas”, “Cauby
Cauby”, “Quatro Faces do Amor”, entre outros. Foi
indicada aos prêmios Shell e APTR, pelo musical
“Avenida Q”; atriz Revelação de TV, pela “Revista
Quem Acontece”; “Qualidade Brasil”, por “Miss Saigon”;
“Prêmio Contigo de TEATRO”, por “Fascinante
Gershwin”, seu primeiro projeto independente. Seus trabalhos
mais recentes, na TV, foram a novela “O Sétimo Guardião”,
o humorístico “Pé na Cova”, na Rede Globo,
com a personagem “Adenoide”, e “220 Volts”, ao lado
de Paulo Gustavo, no quadro “Guto e Rita”, além de
partições em novelas da Rede Globo. Na música, trabalhou
com nomes como Evandro Mesquita e a banda “The
Fabulous”, Mart’nália e, como “backing vocal”,
de Carlinhos Brown, participou da turnê EUA, Europa e Japão.
Também é dubladora. No cinema, participou dos longas “Ninguém
Entra, Ninguém Sai” e “GLS – Gostosas, Lindas e Sexys”.
Recentemente, lançou seu primeiro “show”, como cantora solo,
chamado “Femminile”, com as mais belas canções italianas,
participou da ópera instalação “Bem no Meio”, de Karen
Acioly, e foi protagonista, ao lado de Murilo Rosa,
do musical “Barnum – o Rei do Show”.
Sabrina Korgut.
THALITA PERTUZATTI é atriz e cantora
profissional, participou dos musicais “Donna Summer” (2022), “Madagascar”
(2021), “Diamond Hotel” (2019), “Whitney Houston Forever”
(2017) e “The Sound of Motown” (2009 e 2010). Também foi
a cantora principal do “Reder Circus” (2018, 2021 e 2022).
Na televisão, participou dos programas “Dancing Brasil” (2017),
foi finalista do “The Voice” (2012) e ganhou no “Programa
Raul Gil”.
Thalita Pertuzatti.
A estrutura do espetáculo é um
pouco complexa, no papel (Recebi o roteiro completo, via MARCOS NAUER.),
entretanto como aquela “confusão” de letras, escritas,
cenas, rubricas se tornaram concretas, num palco, é algo divino,
fruto de muita inteligência, competência e garra, da direção, do elenco
e de todos os demais que fazem parte da “quilométrica” ficha técnica.
(Foto: Jules Vandystadt.)
Algumas “gotas”, pinçadas
do já citado “release”, com alguns cortes e alterações:
1)
Nos anos 30 e 40, na “Era
de Ouro da Rádio”, no Brasil, Ângela Maria,
Carmem Miranda e as cantoras da rádio enfrentaram o preconceito
por serem artistas, quando a profissão não era considerada decente. E brilharam. Vozes modernistas, como a de Bertha Lutz, foram
importantes, na conquista de direitos básicos, como o direito ao voto feminino.
2)
O “Soul / Jazz / Blues”,
com Aretha Franklin, Ella Fitzgerald, Nina
Simone, Etta James e Sarah Vaughan, apresenta
os movimentos de mulheres negras na conquista de direitos civis no mundo.
3)
A mulher que deu origem ao “rock
and roll”, Sister Rosetta, Janis Joplin, Wanderléa,
Rita Lee, Marina Lima, Cássia Eller, Annie
Lenox, Tina Turner desconstroem padrões do papel
feminino e enfrentam as mais diversas tentativas de domar, castrar e padronizar
o comportamento das mulheres.
4)
No samba, Elza Soares,
Dona Ivone Lara, Clementina de Jesus, Alcione,
Clara Nunes, Beth Carvalho e Jovelina Pérola
Negra resgataram o poder ancestral da força divina das mulheres e
dominaram o gênero musical, que, antes, era exclusivo dos homens.
5)
Na MPB, Elis Regina,
Gal Costa, Maria Bethânia, Baby do Brasil,
Fafá de Belém, Sandra de Sá e muitas outras artistas
provam que, com sua voz, ser mulher, no Brasil, já é um ato político.
Conquistas, como a pílula anticoncepcional, o divórcio e a delegacia
da mulher possibilitaram um avanço nos direitos femininos.
6)
O movimento da "Disco Music",
com Donna Summer, Glória Gaynor e Frenéticas,
a “Era do Brilho”, época em que as mulheres se autoafirmaram,
frente à sociedade machista, e utilizaram-se de figurinos “sexy” e
luxuosos, para demonstrar, também, a sua importância e seu esplendor, para
todos que as discriminavam.
7)
No “Pop Music” e no “R&B”,
Madonna, Beyoncé e muitas outras conquistam o
topo da indústria musical, com salários milionários, vendas estratosféricas e
mostram, ao mundo, que mulheres podem, e devem, ser poderosas, chefes, líderes,
livres e escreverem suas próprias histórias.
(Foto: Marcelo Castelo Branco.)
8)
Os gêneros forró, com Elba
Ramalho; o axé, com Margareth Menezes, Ivete
Sangalo e Cláudia Leitte; o “funk”,
com Fernanda Abreu, Tati Quebra Barraco, Luísa
Sonza, Anitta; o “feminejo”, com Simone
e Simaria, Maiara e Maraísa, Naiara Azevedo
e Marília Mendonça provam que as mulheres conquistaram o
sucesso e dominam as paradas de sucesso, em gêneros musicais que, antes, eram, exclusivamente,
masculinos. Mulheres devem ocupar todos os espaços.
9)
Outras mulheres incríveis, que
mudaram o mundo e que são homenageadas em “ELAS BRILHAM...”:
Dandara, Chiquinha Gonzaga, Nísia Floresta,
Angela Davis, Rosa Parks, Simone de Beauvoir,
Lélia Gonzalez, Tia Ciata, Bibi Ferreira,
Leila Diniz, Dorina Nowill, Dercy Gonçalves,
Maria Da Penha, Malala, Michelle Obama,
Preta Gil, Fernanda Montenegro e muitas outras.
Confesso que nunca, antes, havia demonstrado o menor interesse por Marília
Mendonça, pelo seu trabalho, entretanto a cena em que a
recém-falecida, tragicamente, cantora e compositora é homenageada,
pelas sete “cantrizes”, não só me emocionou muito, como também me
fez enxergar seu alento de ser popular, sem ser vulgar, de falar ao coração do
povo, com letras de canções simples e criativas, abordando o cotidiano do ser
humano, “de forma nua e crua”.
FICHA TÉCNICA:
Roteiro: Marcos Nauer
Direção: Frederico Reder
Assistência de Direção / Direção
Residente: Rosana Chayin
Direção Musical: Jules Vandystadt
Elenco (por ordem alfabética): Débora Pinheiro, Diva Menner, Jullie, Ludmillah Anjos, Sabrina
Korgut, Thalita Pertuzatti e Yvanna Domenyco
Direção de Comunicação / Marketing:
Maurício Tavares
Direção de Arte: Bárbara Lana
Cenografia: Natália Lana
Figurinos: Bruno Perlatto
Coreografia: Victor Maia
Iluminação: Mariana Pitta
“Design” de Som: Talita
Kuroda
Produção Geral: Frederico Reder
Produção Executiva: Alex Felippe e
Luana Simões
Assistência de Produção: Dalila
Tardell
Fotos: Robert Schwenck, Fabíola Loureiro, Roberto Filho e Clarissa Ribeiro (As fotos desta última profissional não são oficiais).
Assessoria de Imprensa: Agência TAGA – Assessoria de Imprensa
SERVIÇO:
Temporada (Rio de Janeiro): De 29 de
julho a 22 de agosto de 2022.
Local: Teatro Claro Rio - Shopping
Cidade Copacabana.
Endereço: Rua Siqueira Campos, nº 143
– 2º Piso – Copacabana, Rio de Janeiro – RJ.
Telefone: (21)21475204. https://teatroclarorio.com.br/
Dias e
Horários: 6ª feira, às 17h; sábado, às 17h; domingo, às 20h30min;
segunda-feira, às 17h e às 20h30min.
Capacidade: 659 lugares.
Classificação Etária: Livre.
Duração: 100 minutos.
Valor dos Ingressos: Público em
geral: De R$37,50 a R$ 180,00; Clientes Brasilprev: De R$37,50 a R$90,00.
Observação: Confira a legislação vigente para meia-entrada.
Canais de
Vendas Oficiais: sympla.com.br (com taxa de serviço). Bilheteria Física (sem taxa de serviço):
Teatro Claro (Shopping Cidade Copacabana), de segunda-feira a domingo, das 10h
às 22h, exceto feriados.
Mais informações em https://teatroclarorio.com.br/bilheteria/
Descontos: 50%
de desconto, destinados a cliente e colaborador Brasilprev; desconto para
compras de ingressos,
cliente Claro Clube, limitado a 4 ingressos por sessão. É necessário informar o
número do CPF do titular, no ato da compra, e a apresentação da fatura, na
entrada do evento, válido nas compras realizadas na bilheteria do Theatro e “site”
da Sympla.
Meia-entrada: Confira as regras da lei de meia entrada, em www.bileto.sympla.com.br/meia
Observação: É necessário apresentar documento que comprove o direito ao desconto, na entrada do espetáculo. O benefício prevê a reserva para idosos, estudantes, jovens de baixa renda e pessoas com deficiência de, pelo menos, 40% dos ingressos de meia entrada, por espetáculo. Consulte, também: www.documentodoestudante.com.br
Descontos
sobre o valor inteiro dos ingressos e não cumulativos.
Informações importantes:
1) Não é
permitida a entrada, no Theatro, após o início do espetáculo. Em caso de
atraso, não haverá devolução do valor dos ingressos nem a troca para outro dia
ou sessão. Caso haja liberação no Theatro, o assento, automaticamente, se
tornará livre.
2) Assento para obesos: Informamos que este assento é duplo e se destina ao conforto do cliente obeso.
Seguimos todos os protocolos sanitários, recomendados pelas autoridades
competentes de saúde.
Observação:
Mais informações sobre as outras cidades serão divulgadas em breve.
Lei Federal de Incentivo à Cultura.
Apresentado por Ministério do
Turismo, Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria do Estado de Cultura e
Economia Criativa, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, Secretaria de
Cultura e BRASILPREV.
Patrocínio: Momenta Farmacêutica e
Lorenzetti.
Apoio: Enesa, Teleperformance, Tenda
Atacado, Grupo TBE/Alupar, Claro e Estapar.
Realização: Quarta Dimensão Entretenimento, Brain+, Secretaria Especial da Cultura e Ministério do Turismo.
Gostaria
de poder ter escrito mais, esmiuçar todos os detalhes contidos nesta encenação, mas teria de ficar muito mais tempo escrevendo, o texto ficaria extremamente mais longo, cansando os que me leem e tirando-lhes o prazer das muitas surpresas que esperam por eles, no palco do Theatro Claro Rio,
infelizmente, numa temporada muito curta e em horários especiais, para os
quais chamo a sua atenção.
Se eu recomendo o espetáculo?! Se tem
dúvidas, é porque não leu, atentamente, tudo o que escrevi sobre “ELAS
BRILHAM. VOZES QUE ILUMINAM E
TRANSFORMAM O MUNDO - DOC.MUSICAL”.
(FOTOS: ROBERT SCHWENCK, FABÍOLA LOUREIRO, ROBERTO FILHO e CLARISSE RIBEIRO - As fotos desta última profissional não são oficiais.)
GALERIA
PARTICULAR
(FOTOS: PAULO
MENEZES)
E VAMOS AO TEATRO,
COM TODOS OS
CUIDADOS!!!
OCUPEMOS TODAS AS SALAS
DE ESPETÁCULO
DO BRASIL,
COM TODOS OS
CUIDADOS!!!
A ARTE EDUCA E
CONSTRÓI, SEMPRE!!!
RESISTAMOS, SEMPRE
MAIS!!!
COMPARTILHEM ESTE
TEXTO,
PARA QUE, JUNTOS,
POSSAMOS DIVULGAR
O QUE HÁ DE MELHOR NO
TEATRO BRASILEIRO!!!
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