sexta-feira, 19 de agosto de 2022


“A MENINA DO MEIO DO MUNDO –

ELZA SOARES 

PARA CRIANÇAS”

ou

(A CARNE MAIS BARATA DO MERCADO 

NÃO PODE CONTINUAR A SER 

A CARNE NEGRA.)



  Sou fã incondicional dos musicais criados por PEDRO HENRIQUE LOPES e DIEGO MORAIS, dentro do projeto “Grandes Músicos para Pequenos”, uma ideia ímpar, voltado, na teoria, “para crianças”, entretanto, na prática, é para “crianças” de 8 a 80 anos; ou menos idade, para “aquelas”, ou mais, para “estes”. O projeto teve início em 2013, com Luiz e Nazinha – Luiz Gonzaga para Crianças, espetáculo que já foi assistido por mais de 90 mil pessoas, entre apresentações pelos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Bahia, e que ainda continua viajando pelo país. Depois, vieram O Menino das Marchinhas – Braguinha para Crianças”, que estreou em 2016 e foi premiado em três categorias pelo CBTIJ:  Melhor Atriz em Papel Coadjuvante (Martina Blink), Direção de Produção (Entre Entretenimento) e Prêmio Especial pela Qualidade do Projeto (Diego Morais e Pedro Henrique Lopes), além de outras 12 indicações“Bituca – Milton Nascimento para Crianças”, o melhor de todos, na minha opinião, e que deveria voltar ao cartaz, urgentemente, quando Milton Nascimento está comemorando 80 anos de idade, de 2017, vencedor do Prêmio CBTIJ de Melhor Ator (Udylê Procópio), e de quatro estatuetas no “Prêmio Botequim Cultural”: Melhor Espetáculo Infantojuvenil, Melhor Direção (Diego Morais), Melhor Roteiro (Pedro Henrique Lopes) e Melhor Atriz Coadjuvante (Aline Carrocino), além de outras 11 indicaçõesTropicalinha – Caetano e Gil para Crianças”, de 2018, vencedor dos “Prêmios Brasil Musical 2018” de Melhor Espetáculo Infantil, “Musical Rio 2018”, como Melhor Espetáculo Infantil, e “Botequim Cultural” de Melhor Direção Infantojuvenil, além de outras 8 indicações; e “Raulzito – Raul Seixas para Crianças”, de 2019, vencedor do “Prêmio Musical Rio” de Melhor Espetáculo InfantilPimentinha – Elis Regina para Crianças” fez temporada virtual, em 2021, e estreou, presencialmente, em 2022. As seis peças, juntas, já foram vistas por mais de 200 mil espectadores. 



O objetivo do projeto “Grandes Músicos para Pequenos” é apresentar a vida e a obra de importantes compositores para as novas gerações e promover o resgate da cultura brasileira através de espetáculos que envolvam toda a família em experiências inesquecíveis. Desta vez, a dupla de artistas criadores achou por bem, muito merecidamente, homenagear uma das maiores intérpretes brasileiras, ELZA SOARES. Com texto de PEDRO HENRIQUE LOPES e direção de DIEGO MORAIS, o musical está em cartaz no Imperator - Centro Cultural João Nogueira (VER SERVIÇO), no Méier, e, a partir de 10 de setembro, a peça fará temporada no Teatro Clara Nunes, no Shopping da Gávea, ambos os Teatros no Rio de Janeiro.



 

SINOPSE:

O espetáculo leva aos palcos a relação afetuosa entre ELZA (MERÍCIA CASSIANO) e sua mãe, ROSÁRIA (ELLA FERNANDES), os desafios na criação de uma criança com poucos recursos financeiros, a importância do afeto entre as pessoas e, principalmente, a valorização da mulher negra em uma sociedade regida por homens brancos.         

Em cena, uma “viagem” pela vida e pelos sonhos de uma menina negra, muito pobre, nascida e criada na Favela de Moça Bonita, que, ao olhar a cidade, de cima do morro, e ver suas luzinhas acesas se misturando com as estrelas no céu, sonha em se tornar uma estrela.

Quando era criança e nunca tinha saído daquela favela (Hoje, Vila Vintém), no Rio de Janeiro, ELZA SOARES acreditava que as luzes das casas, carros e tudo mais, lá embaixo, eram estrelas.

A menina carioca via seu morro cercado de estrelas por todos os lados e era doida para descer e conhecer os astros “de pertinho”.

E – quem sabe – se tornar, ela mesma, uma estrela?

Trata-se de uma história ficcional, que resgata algumas passagens da trajetória de ELZA SOARES.

Em uma delas, a cantora é ridicularizada, em um programa de calouros, apresentado por Ary Barroso, mas deu a volta por cima, ao falar da fome do povo pobre.

Ary, de forma grosseira e, até mesmo, agressiva, ao vê-la mal vestida e sem nenhum “glamour”, perguntou-lhe, debochada e indevidamente, de que planeta ela havia chegado, e a resposta foi uma “bofetada com luvas de pelica”: “Do mesmo que o senhor, Seu Ary: do planeta FOME”.

Resumindo, “A MENINA DO MEIO DO MUNDO – ELZA SOARES PARA CRIANÇAS” conta uma história triste, porém de forma lúdica, emocionante e divertida, com um final feliz, sobre a força da mulher negra.


 



Nas palavras de PEDRO HENRIQUE LOPES, o autor do texto“O projeto se inspira em alguns fatos da vida de ELZA para, de forma poética e lúdica, encantar crianças de todas as idades. (E adultos, eu acrescento.) A vida da ELZA é marcada por muitas dores, no entanto, construímos um universo infantil agradável, fazendo paralelos com a biografia dela, mostrando os percalços e as alegrias de sua vida através da música e do discurso empoderado.”. A proposta é a mesma utilizada nos espetáculos anteriores a este. Se o “time” já estava “goleando”, por 6 X 0, porque não tentar ampliar o “placar”? Tentaram e o “sétimo gol”, “de placa”, depois de "terem armaram a jogada,  foi convertido”. E novos prêmios hão de vir por aí, indubitavelmente. Quem conhece um pouco a vida da cantora sabe que tudo o que está contido nas palavras de PEDRO corresponde à mais pura verdade e é, exatamente, isso o que podem esperar os que se decidirem por assistir a mais um dos vitoriosos espetáculo, produzidos pela “ENTRE ENTRETENIMENTOS”, empresa fundada pela dupla dos talentosos artistas de criação PEDRO e DIEGO. Vale muito a pena assistir a este musical!!!



       Expondo-me a possíveis protestos, por parte de uma incalculável multidão, fãs de ELZA, digo que sou muito mais fã - e RESPEITO MUITO MAIS – a pessoa, a mulher, a grande guerreira ELZA GOMES DA CONCEIÇÃO, do que a cantora, porque já li muito sobre a sua vida. Aliás, com relação a isso, sempre achei um disparate a BBC, de Londres, tê-la apontada, em 1999, como a “cantora brasileira do milênio”. Certamente, quem participou da escolha jamais ouviu ELIS REGINA Carvalho da Costa. Mas isso não vem ao caso, porque, como já disse, a homenagem é mais que merecida.



      Sem tempo para escrever muito, por ter outras críticas a caminho, na fila, vamos logo à análise dos elementos que entraram na construção e concretização deste projeto, começando pelo texto e pela direção. Ainda na linha da falta de tempo, não falarei muito sobre esses dois elementos, porque já escrevi bastante sobre eles, nas produções anteriores, e estaria, simplesmente, me repetindo. A dramaturgia de PEDRO HENRIQUE é excelente, porque ele domina a técnica de resumir as propostas e traduzi-las em adoráveis diálogos. O mesmo adjetivo aplico à direção de DIEGO, sempre muito criativa e de um extremíssimo bom gosto, com ideias e soluções para lá de criativas. Nesta montagem, faço um destaque para a “fantasia” de transformar um casal de bonecos de pano, com os quais a menina ELZA brincava, em personagens de carne e osso, representados por um casal de atores, CAIO NERY (GURI) e ELIS LOUREIRO (DINDI). Isso funciona muitíssimo bem. As cenas em que ambos contracenam com a protagonista são muito dinâmicas. Ambos, PEDRO e DIEGO, não fizeram nada de diferente aqui, porque os dois são muito bons naquilo a que se propõem.



        GABRIEL QUINTO e TONY LUCCHESI também não ficam atrás, na sua área, a musical. São da melhor qualidade a direção musical e os arranjos, assinados pelos dois. A trilha sonora, como não poderia deixar de ser, contempla grandes sucessos da carreira de ELZA SOARES, como “Meu Guri”, “A Carne”, “Se Acaso Você Chegasse”, “Mas Que Nada” e “Lata D’Água”. Aqui, eu me permito fazer uma pequena restrição a algumas canções que penso terem entrado, no espetáculo, sem necessidade, “do nada”, sem uma ligação com as cenas que as antecedem, em detrimento, talvez, de outras que tivessem mais a ver com as situações retratadas. Mas isso não chega a comprometer o espetáculo, ainda que, a mim, tenha incomodado um pouco.


(Foto: GB.)


        CLIVIA COHEN e JOSÉ COHEN, mais uma vez, assinam a cenografia de uma peça do projeto. Em todos, sempre elogiei o trabalho da dupla, e não seria de outra forma agora, quando eles nos apresentam uma leitura poética de uma favela. Uma verdadeira “licença poética”. Que cenário lindo!!! Tão logo me deparei com aquela obra de arte, lembrei-me de uma das aulas de Literatura Brasileira, bem no início dos anos 70, no Curso de Letras, da UFRJ, quando a grande mestra Heloísa Buarque de Holanda, cujas aulas eram disputadíssimas, ao falar do movimento modernista, fez referência, como não poderia deixar de ser, à característica maior dessa escola, que é a LIBERDADE DE CRIAÇÃO, acrescentando que tudo poderia servir de tema e inspiração, para um artista modernista, capaz de enxergar poesia, beleza, até mesmo numa favela. Na ocasião, estranhei um pouco aquele ensinamento, porém, bastou eu me tornar mais íntimo da vasta e linda obra de Cartola e Nelson Cavaquinho, dentre outros, semianalfabetos, porém dois grandes POETAS, para eu entender e acreditar, piamente, nas palavras da grande mestra, que também é uma respeitável ensaísta, escritora, editora e crítica literária, hoje, aos 83 anos de idade. Agradeço à dupla de cenógrafos, por ter mexido com a minha memória afetiva, por meio daquele cenário, imagem que jamais vai se apagar da minha mente. Não posso deixar de citar o ótimo trabalho de cenotecnia, executado por ANDRÉ SALLES e sua equipe. O cenógrafo cria, no papel, e o cenotécnico faz com que a imaginação do artista tome forma concreta. Cenotécnicos também são importantes artistas de criação.


(Foto: GB.)


      Outra vez, o nome de CLIVIA COHEN aparece na ficha técnica do espetáculo, ao lado de LUCILA BELCIC, as duas assinando os ótimos figurinos, lúdicos e coloridos, que trazem um “toque de sonho” e “quebram um pouco da tristeza” do que foi a vida daquela menina, e da mulher, também, por muito tempo.


(Foto: GB.)


      LÚCIO BRAGANÇA JÚNIOR criou um desenho de luz muito bonito, que salta aos nossos olhos e enriquece, sobremaneira, a plasticidade do musical, principalmente quando projeta, em forma de pequenas luzes, as “estrelas” que a menina ELZA enxergava, do alto da favela, levando o público a tomar parte naquela ingênua “ilusão”. Um trabalho muito bonito de se ver e sentir!


(Foto: GB.)


    Um musical não existe sem a presença de números coreográficos. A parte da coreografia coube a VIVIANE SANTOS, que nos apresenta uma proposta sem muitos rebuscamentos, na qual funciona muito bem a teoria do “menos é mais”. Na medida certa, a coreografia também me agradou bastante.


(Foto: GB.)


       Já parti para o Imperator na certeza de que não iria me frustrar nem perder meu tempo e que assistiria a mais um grande sucesso desse muito bem-sucedido projeto, porém confesso que me surpreendi demais com a irrepreensível atuação de todo o elenco, principalmente com as atrizes MERÍCIA CASSIANO e ELLA FERNANDES, as quais, interpretam, respectivamente, filha e mãe, ELZA e DONA ROSÁRIA. Faço, aqui, um “mea-culpa”, por achar que não as conhecia, os seus trabalhos, não conseguindo ligar, antes de assistir ao espetáculo, os nomes às pessoas. Na faina de escrever esta crítica, comecei a me lembrar de algumas coisas, além de outras informações que me chegaram, via RACHEL ALMEIDA (RACCA COMUNICAÇÃO), sobre o elenco. Vi MERÍCIA – esse nome, pouquíssimo comum, não me era estranho -, pela primeira vez, na TV, em 2020, assistindo a um excelente programa que havia (Acho que não há mais.) na TV Cultura, chamado “Talentos”, no formato de um “reality show”, cujo propósito era apresentar uma disputa, por um troféu, entre atores e atrizes de musicais. Na ocasião, ela se apresentou com a canção “Listen”, do filme “Dreamgirls”. Tinha, então, apenas 22 anos e chegou à fase final do programa. Agora, aos 24, parece uma “moleca”, no palco, cantando com uma voz privilegiada, de forma impecável. MERÍCIA nasceu e foi criada em São Gonçalo, cidade que faz parte da chamada Região Metropolitana II do Rio de Janeiro, ao lado da favela “Buraco Quente”, filha de mãe faxineira e pai porteiro. De família cristã, cresceu frequentando o culto e lá começou aquilo que faria dela a grande “cantriz” que é hoje, já aos quatro anos de idade, subindo no banquinho, para alcançar o microfone. Ainda na igreja, na adolescência, começou a cantar no coral e a desenvolver outras habilidades, como a abertura de voz. Mais tarde, descobriu, para o nosso deleite, que não usaria somente a voz privilegiada, belíssima, que Deus lhe deu, que conseguiria ampliar sua capacidade de se comunicar, cantando e atuando, como atriz de musicais.



Antes do programa, eu não conhecia MERÍCIA, que já havia iniciado sua carreira, no TEATRO MUSICAL, em 2018, quando entrou para o elenco de “Rua Azusa”, em São Paulo, espetáculo a que eu não consegui assistir, quando veio para o Rio de Janeiro, o que, hoje, lamento muito. Em 2022 fez parte da premiadíssima montagem brasileira de “A Cor Púrpura, o Musical”, interpretando a personagem Nettie. Assisti à peça inúmeras vezes, mas não com ela interpretando o referido papel.


(Foto: GB.)


  Quanto a ELLA FERNANDES, esta, realmente, eu não conhecia, até porque seu trabalho de destaque estava concentrado na música, que eu também adoro, porém, por total dedicação ao TEATRO, não tenho muito o hábito de ir a “shows”. ELLA, cujo talento vocal considero igual ao de MERÍCIA, é cantora, compositora, atriz e poeta, oriunda do Coroado, bairro periférico, também, da cidade de São Gonçalo. Com apenas quatro anos de carreira, cantou em grandes palcos, como o do Vivo Rio e do Circo Voador, e participou de grandes projetos, como o musical "Cazas de Cazuza", ao qual assisti, há muitos anos, mas não com ela no elenco, “ArtCore” e “Festival Literário das Periferias – Flup”. Cantora “pop”, com influências do “soul music”, gravou, em parceria com Marcelo Mello Jr., a música "Fazendo Falta", e, no projeto “Mana Música”, as canções "De São Gonça a Salvador" e "Miçanga Balança". É autora, também, das músicas "Vai Ficar Tudo Bem" e "Barbie de Rua". ELLA foi finalista do “Concurso Draft Mood FM” e fez viralizar a sua poesia "80 tiros" - versão de "Cálice", de Chico Buarque e Gilberto Gil -, alcançando milhares de pessoas, com o questionamento do genocídio da população negra.


(Foto: GB.)


   Os demais participantes do elenco, LUCAS DA PURIFICAÇÃO (ARY e ALAIR), ELIS LOUREIRO (DINDI) e CAIO NERY (GURI) são merecedores de, também, compor o elenco do musical. Os três se comportam com total competência, interpretando, cantando e dançando, com muita firmeza e convencimento, em seus personagens.

 


 

FICHA TÉCNICA:

Roteiro Original: Pedro Henrique Lopes

Direção Geral: Diego Morais

Direção Musical e Arranjos: Gabriel Quinto e Tony Lucchesi

 

Elenco: Merícia Cassiano (Elza), Ella Fernandes (Dona Rosária), Lucas da Purificação (Ary e Alair), Elis Loureiro (Dindi) e Caio Nery (Guri)

 

Cenário: Clivia Cohen e José Cohen

Cenotécnico: André Salles

Figurinos: Lucila Belcic e Clivia Cohen

IluminaçãoLúcio Bragança Júnior

Coreografias: Viviane Santos

Operação de Som: Leonardo Carneiro

Assessoria de Imprensa: Racca Comunicação (Rachel Almeida)

Fotos: Júnior Mandriola

Assistentes de Produção: Heder Braga e Layla Paganini

Produção e Realização: Entre Entretenimento

 

 


(Foto: GB.)


(Foto: GB.)




SERVIÇO(S):

 

Primeira Temporada: De 06 a 28 de agosto de 2022.

LOCAL: Imperator – Centro Cultural João Nogueira. 

Endereço: Rua Dias da Cruz, nº 170 – Méier - Rio de Janeiro – RJ.

Telefone: (21) 2596-1090.

Dias e Horários: Sábados e domingos, às 16h. Não haverá sessão nos dias 20 e 27/08.

Valor dos Ingressos: R$50,00 e R$25,00 (meia entrada).

Funcionamento da Bilheteria: De sexta-feira a domingo, das 13h às 21h.

Vendas Online: Showpass.

Lotação: 642 lugares.

Duração: 60 minutos.

Classificação Etária: Livre.

Gênero: Musical Infantojuvenil. 

 

Segunda Temporada: De 10 de setembro a 09 de outubro de 2022.

Local: Teatro Clara Nunes (Shopping da Gávea).

Endereço: Rua Marquês de São Vicente, nº 52 – 3º piso – Gávea – Rio de Janeiro – RJ.

Telefone: (21)2274-9696.

Dias e Horários: Sábados e domingos, às 16h.

Valor dos Ingressos: R$80,00 (inteira) e R$40,00 (meia entrada).

Vendas na bilheteria e no “site” Sympla.

Lotação: 750 pessoas.

Duração: 60 minutos.

Classificação Etária: Livre.

Gênero: Musical Infantojuvenil.

 

 

 

(Foto: GB.)


 O diretor do espetáculo, DIEGO MORAIS, fez, no já referido “release”, a seguinte declaração: “ELZA SOARES está na nossa lista de homenageados, desde o começo do projeto. É uma artista que admiramos muito, não só pela importância musical, mas pela trajetória de vida, pelo que ela representa para a mulher preta e para o povo brasileiro. Foi uma mulher muito forte, que, mesmo cheia de dores, nunca se vitimizou. Ela transformou todas essas dores em arte, em música, contando a história do povo brasileiro e acarinhando pessoas. Cantando o Brasil, a ELZA abraçava o Brasil”. Lindas as palavras do DIEGO!!!


(Foto: GB.)


        Nada mais tenho a dizer sobre este ótimo espetáculo, a não ser RECOMENDÁ-LO, COM MUITA VEEMÊNCIA. Aplaudi-o de pé. 

 

(Foto: GB.)


(Foto: GB.)

 

FOTOS: JÚNIOR MANDRIOLA

e

 GILBERTO BARTHOLO

(GB - NÃO OFICIAIS).



 GALERIA PARTICULAR

(FOTO: RACHEL ALMEIDA.):



 

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