domingo, 10 de abril de 2016


A TROPA

 

 

(A RADIOGRAFIA

DE UMA “FAMÍLIA”

SEQUELADA.)

 

 

 


 

 

 

            Nem sempre vence o melhor, nem sempre quem ganha algum concurso seria o merecedor de tal distinção. Não conheço, ainda, mas quero conhecer, os demais textos selecionados na edição do concurso de dramaturgia SELEÇÃO BRASIL EM CENA, criado e patrocinado pelo CENTRO CULTURAL BANCO DO BRASIL (CCBB), com o objetivo de revelar novos talentos da dramaturgia brasileira.

 

Mas não estou nem um pouco interessado em saber se houve correção, ou não, na colocação, em primeiro lugar, do magnífico texto “A TROPA”, do jornalista e dramaturgo GUSTAVO PINHEIRO, cuja montagem, como prêmio no concurso, pode ser vista, no Teatro III, do CCBB do Rio de Janeiro, produzida por este Centro Cultural.

 

            Tenho certeza de que os outros finalistas também são de excelente qualidade, mas o fato é que fiquei profundamente apaixonado pelo texto de “A TROPA” e, também, pela montagem do espetáculo, que traz, como protagonista, um dos nossos melhores atores, OTÁVIO AUGUSTO, afastado dos palcos desde 2009, o qual, de forma generosa, compartilha seu talento com mais quatro incipientes atores, que me causaram a melhor impressão: ALEXANDRE MENEZES, DANIEL MARANO, EDUARDO FERNANDES e RAFAEL MORPANINI, dirigidos, brilhantemente, por CÉSAR AUGUSTO.

 

            OTÁVIO recebeu o texto do autor premiado, com um convite, deste e do diretor, para protagonizar a montagem, no papel de um ex-militar, viúvo e pai de quatro filhos. Um homem que, no leito de um hospital, vê as relações veladas da família serem descortinadas.

            Os outros quatro atores participaram das leituras dramatizadas, que fazem parte do concurso, e foram escolhidos em função desse trabalho. Estão todos em fase de conclusão de curso profissional ou graduação, segundo informação do diretor do espetáculo.

 

 

 


Rafael Morpanini e Daniel Marano.

 

 

 

 
SINOPSE:
 
Um pai doente, após ter sofrido uma queda em sua casa, tendo batido com a cabeça em algum lugar, recebe, a contragosto, num hospital, a visita dos quatros filhos.
O que seria apenas um encontro, em função de um fato inesperado, um acidente domiciliar, se revela um acerto de contas familiar, um outro tipo de “acidente”, permeado de humor e afeto, tendo como pano de fundo a história brasileira, dos tempos da ditadura militar à Operação Lavo Jato, o que torna o texto para além de contemporâneo.
Nesse reencontro, os cinco trocam acusações, discutem suas mais variadas divergências, mágoas, ressentimentos, revivem memórias e fazem revelações do passado, que deveriam estar sepultadas, expondo outras enfermidades – ideológicas, sociais e familiares.
Na verdade, não buscam soluções e acertos para os problemas que os afastam, e sim transferir, um ao outro, culpas e mais culpas, por erros, alguns dos quais até compartilhados.
Grandes surpresas, muitas, estão reservadas ao público.

 

 




“Fazer um filme não é tão simples

como extrair um dente de um soldado, Artur!”

 

 


Cobranças e acusações.

 

 

 

            Mas como surgiu o texto?

 

Numa breve conversa virtual com GUSTAVO PINHEIRO, fiquei sabendo que o texto foi escrito em 2015, mas sua gestação já começara em 2014, durante o período que precedeu as eleições daquele ano e o imediatamente seguinte, quando se juntaram os olhares do jornalista e do dramaturgo. E por que não, também, do cidadão?

 

GUSTAVO disse que ficou muito impressionado com o clima de rivalidade que se estabeleceu entre as pessoas, diretamente, cara a cara, ou virtualmente – e que só se agravou, desde então. Acrescento eu: não se vê outra coisa, nos dias de hoje, nas redes sociais, em se tratando do triste momento político, econômico, social e moral por que, infelizmente, está passando o Brasil. Eu mesmo tenho de me policiar, para não extrapolar nos meus comentários, embora ache que nem sempre o consiga. Arrependo-me e apago o que escrevi.

 

 

 


É só tristeza e mágoa!

 

 

Continua GUSTAVO: “Amizades de anos, reais ou virtuais, sendo desfeitas por diferenças políticas. Achei isso curioso e fiquei pensando: Como se faz, para exercer a tolerância e o respeito à diferença, no menor núcleo afetivo que há, a família? Esse foi o ponto de partida para ‘A TROPA’. E que bom que estamos conseguindo chegar ao público, sem julgamentos”.

 

Quis saber se os personagens eram todos fictícios ou se haviam sido baseados em pessoas da convivência do autor ou de quem ele já ouvira falar e sua resposta foi bastante interessante, ao dizer que se torna difícil afirmar se são fictícios ou reais. Na medida em que cada um dos cinco, com seus arquétipos, surgiu da imaginação e da criatividade do autor, seriam, tecnicamente, classificados como fictícios. Por outro lado, segundo GUSTAVO, seguramente, há coisas que ele viu, leu, ouviu ou, mesmo, viveu, em cada um dos cinco personagens.

 

O dramaturgo afirma que “a direção do César (Augusto) é muito inteligente, porque, o tempo todo, nos ensaios, ele sinalizava: ‘Estamos falando de seres humanos aqui! É uma família’, justamente para evitar cair no raso que seria dividir em ‘vilões’ e ‘heróis’. A peça não tem essa dicotomia. Entre acertos e erros, somos todos vilões e heróis das nossas histórias. Humanos”.

 

 

 

12_Alexandre Menezes_Otávio Augusto e Edu Fernandes_Crédito Elisa Mendes

Controlando um surto raivoso.

 

 

Perguntado sobre o que ele espera provocar no público que assiste à peça, o autor respondeu que ficará muito feliz, se cada espectador puder sair do teatro com a seguinte reflexão: qual o espaço para que cada pessoa ser o que é na sociedade e a importância em exercermos a tolerância com a diferença?

 

Sem dúvida alguma, sem querer desmerecer qualquer outro aspecto do espetáculo – aliás, muito pelo contrário, como falarei adiante – o seu maior ponto de sustentação está no texto.

 

Certa vez, durante um seminário de que participei, sobre dramaturgia na TV, um famoso diretor de novelas expôs, claramente, sem o menor pudor, suas preferências, em relação aos que escrevem para os folhetins televisivos. Disse ele que Gilberto Braga é quem melhor sabe escrever diálogos, com inteligência, “time”, colocando as palavras certas, na hora certa, na boca dos personagens, enquanto, se a questão é enredo, saber criar uma boa história, uma boa trama, que prenda a atenção do telespectador, do primeiro ao último capítulo, Janete Clair foi, e sempre será, insuperável.

 

Aplicando a opinião desse diretor, eu ousaria dizer que, em “A TROPA”, estamos diante de um autor “braguiclairniano” ou “clairibraguiano”, com perdão dos neologismos. E não estaria exagerando. Refiro-me, evidentemente, a um dramaturgo que escreveu um texto, contando uma boa história, com uma excelente urdidura, a qual chega ao público, já que se trata de TEATRO, sem um narrador, mas por meio de diálogos muito bem construídos e oportunos.

 

 

 


Alegria (?) e preocupação.

 

 

 

Agrada-me muito, no texto, a maneira como ele se desenvolve, num crescendo, proporcionando várias surpresas a quem acompanha, atentamente, a história. A cada esquina, somos surpreendidos com uma nova revelação, muitas delas bombásticas, o que vai prendendo, cada vez mais, o público à ação. Há uma sequência de anticlímax ou falsos clímax. Durante os 90 minutos de duração do espetáculo, é impossível permitir que o pensamento divague. Somos atados ao espaço cênico por um cordão umbilical invisível.

 

Aprendi, tanto na Faculdade de Letras, da UFRJ, como no antigo Conservatório de TEATRO (atual UNI-RIO), que o título de qualquer obra de arte deve ser o último passo, antes de se torná-la pública. Da Vinci não pensou: Vou pintar o retrato de uma mulher, chamado Mona Lisa; Shakespeare não pensou: Vou escrever uma peça que vai se chamar Romeu e Julieta; Tom Jobim não pensou: Vou compor uma canção que se chamará “Samba do Avião”. Não! Cada artista, movido por uma ideia, uma emoção e um desejo, cria a sua obra e a “batiza” depois de pronta. Da mesma forma, GUSTAVO PINHEIRO não pensou em escrever uma peça de TEATRO que se chamaria “A TROPA”. Ele deu forma a uma ideia – genial, diga-se de passagem – e, depois de concretizado o texto, chegou a hora do batismo: “A TROPA”. Até boa parte da peça, talvez o espectador fique sem entender o porquê do título – que não poderia ser mais adequado, no meu entender -, porém, certamente, sairá do teatro com a explicação bem clara para o tal título. Não vale a pena adiantar a informação.

 

 

 


Gustavo Pinheiro, o autor.

 

 

CÉSAR AUGUSTO, além de ótimo ator, resolveu, nos últimos tempos, dedicar-se mais a atividades por trás das cortinas, como curador, produtor e assumindo a função de diretor, sendo muito bem sucedido, como atestam suas assinaturas para espetáculos do porte do fabuloso “Mamãe” (ainda em cartaz), “Próxima Parada” e “O Médico e o Monstro”, para citar apenas alguns.

 

Considero excelente seu trabalho na direção de “A TROPA”. Com um texto enxuto e perfeito nas mãos, um elenco confiável, competente, e cercado de uma equipe técnica invejável, CÉSAR só fez aplicar seus conhecimentos na área, que não são poucos, e contribuir, sobremaneira, para o sucesso da montagem, que conta com um ritmo que não permite nenhuma “barriga”, durante todo o tempo das ações.

 

Segundo ele, em conversa comigo, o processo (de direção) foi extremamente importante, com duas premissas fundamentais. A primeira: laços familiares verdadeiros, críveis, sem máscaras. A segunda: criar um terreno fértil, um campo possível, afetivo e vivo, para que, de fato, as relações acontecessem a cada dia. “Um teatro vivo, seco e compartilhado com o público espelhado e próximo, para que conseguíssemos examinar esta patologia sócio-político-familiar”.

 

 

 


O “Pai” é o centro das atenções. Ou não!

 

 

A ideia da configuração do Teatro III, para esta peça, com a plateia dividida em duas partes, uma de frente à outra, com toda a ação transcorrendo entre as duas, a pouca distância dos espectadores, é um grande achado, pois cria um ambiente propício a um jogo entre atores e público, em que se cria um dose de intimidade, de cumplicidade, de envolvimento tal, que, faz com que cada um se demonstre, simpatizante ou antipatizante deste ou daquele personagem, em posições que se alternam, à medida que a trama vai sendo desenvolvida.

 

É muito bom o rendimento que a direção extraiu de cada um dos atores, sobre os quais falarei em seguida.

 

Outro grande mérito do diretor está nas marcações, muito em função do espaço cênico e do ótimo cenário, de BIA JUNQUEIRA. Como a ação se dá numa área bastante comprida, o personagem de OTÁVIO AUGUSTO, o enfermo, passa quase o tempo inteiro da peça, deitado numa cama de hospital, num dos extremos do “palco”, enquanto os filhos circulam pelo resto do espaço, poucas vezes se aproximando do pai, uma ruptura de laços afetivos, que nada mais é do que a continuidade do que ocorreu durante toda a vida dos cinco.

 

Considero as cenas de “flashbacks” fundamentais, nesta encenação, para um melhor entendimento da trama.

 


César Augusto, o diretor.

 

Sobre os personagens, comecemos pelo protagonista/antagonista, dependendo do ponto de vista de cada espectador. São quatro (os filhos) contra um (o pai) ou é um contra quatro?

 

 


Da esquerda para a direita, Alexandre Menezes, Daniel Marano,

Otávio Augusto, Eduardo Fernandes e Rafael Morpanini.

 

 

OTÁVIO AUGUSTO dispensa maiores comentários, uma vez que, neste espetáculo, não faz nada diferente do que sempre fez, em sua longa e vitoriosa carreira: interpretar bem os papéis que lhe são confiados. É muito bom, gratificante, ver seu ótimo desempenho como o “Pai” (o personagem não tem nome, talvez para não individualizar o personagem, e sim mostrá-lo como um ícone coletivo), um militar da reserva, viúvo, extremamente autoritário, irônico, debochado, mal-agradecido, resmungão, reacionário, homofóbico, linha-dura, apoiador e defensor dos milicos responsáveis pelas páginas mais negras da nossa História, os que promoveram e aplicaram o Golpe Militar de 1964... Um currículo nada invejável para o personagem. É pai de quatro filhos, que não guardam nenhuma afinidade, entre si, mas trazem, cada um dentro de suas mentes e corações, a marca de uma infância e adolescência infelizes, distantes do afeto paterno.

 

O espetáculo é “vendido” como uma “comédia dramática”, embora esteja mais para “drama, com pinceladas de humor”, e esse humor é garantido, praticamente, pela ironia, sarcasmo, deboche que o personagem de OTÁVIO aplica a algumas de suas falas e pensamentos. Mas é aquele humor que constrange, que leva, posteriormente ao riso, o espectador a se perguntar: por que eu ri naquela hora?

 

OTÁVIO tem uma maneira tão natural de representar, que convence o espectador de que ali, à sua frente, está, realmente, um homem doente, talvez mais por dentro que por fora, numa situação de total verossimilhança.

 

 

 


 

 


 

 

(Foto: Divulgação)

 

 

 

Falemos, agora dos filhos. Já foi dito, pelo autor do texto, que não é sua intenção rotular os cinco personagens como heróis e vilões, até porque, se reparamos bem, eles, assim como todos nós, temos o nosso lado “mocinho” e outro “bandido”. Mas, técnica e academicamente falando, os filhos são personagens coadjuvantes na trama, o que não significa dizer que têm menor importância do que o personagem do “Pai”.

 

Comecemos por ALEXANDRE MENEZES (HUMBERTO), o primogênito, um dentista militar aposentado, que mora com o pai, depois de ter sido abandonado pela mulher. Por dividir a casa com o genitor, parece viver sob a dependência deste e é quem assume os cuidados com o velho.

Tem uma postura bem submissa, mesmo diante dos irmãos, demonstrando uma fragilidade interior, apesar de ser o mais velho dos quatro. Constantemente, é humilhado pelo pai, que o acusa de um “fracassado”. É quem faz contato com os outros irmãos, para lhes comunicar a internação do patriarca do clã. ALEXANDRE executa, com muita correção, a sua missão na peça.

 


Alexandre Menezes.

 

            ARTUR é o personagem vivido por EDUARDO FERNANDES, um empresário casado, apesar de viver um casamento de fachada, de aparências, que não se sustenta, é pai de duas filhas e trabalha, como alto executivo, numa empreiteira, sob investigação por corrupção.

Homem de negócios, pouco se dedica à família, entretanto é uma espécie de “provedor” de todos, arcando com as despesas do hospital e é convocado a “quebrar galhos” que envolvem os familiares. Comporta-se como um amoral e não parece se abalar nem um pouco por isso. É muito bom o rendimento do ator.

 


Eduardo Fernandes.

 

            ERNESTO, espécie de “ovelha negra” da família (uma delas) é um jornalista, que acaba de pedir demissão de um jornal, por dois motivos: está em crise com a profissão e tem pretensões a cineasta, para o que conta com o financiamento do irmão rico.

Desgarrado, sempre viveu longe do eixo familiar, em função das inúmeras viagens que era obrigado a fazer, por exigência da profissão, e, depois, por conta própria, à procura, talvez, de um porto seguro e de algum amor fixo.

O personagem será responsável por uma revelação, para mim, previsível, mas que jogará mais lenha naquela fogueira, já de grandes proporções. Fiquei muitíssimo bem impressionado com o trabalho de RAFAEL MORPANINI, que dá vida ao personagem.

 


Rafael Morpanini.

           

O quarto filho, o caçula, é JOÃO BATISTA, o “queridinho do papai”, à maneira deste, até a página cinco.

O personagem é usuário de drogas, com passagens por clínicas de reabilitação, e, na noite anterior ao dia daquela visita, havia se envolvido com a Lei, ao ser flagrado dirigindo, se não estou enganado, bêbado e drogado. Este último detalhe está correto. Para conseguir se livrar de uma punição, para se safar da polícia, apelou para os “préstimos” do irmão abastado e bem relacionado, o qual conseguiu, à custa de suborno – não fica claro, mas fica implícito esse detalhe – livrá-lo da cadeia.

O personagem passa um ar de “bebezão”, de ingenuidade, de fagilidade, que se transforma em força agressiva, no final da peça, como uma agradável surpresa para o espectador, muito em função da excelente atuação do jovem ator DANIEL MARANO.

JOÃO BATISTA revela-se o filho que mais sentiu a morte da mãe, chegando a se deixar perturbar muito por isso, e o motivo é uma grande surpresa, tornada pública quase ao final da peça.

A princípio, talvez por uma questão de ceticismo (não quero chegar à categoria do “pré-conceito”), pelo que me penitencio, confesso que não esperava ver uma atuação tão brilhante de DANIEL. Gratíssima surpresa!

 


Daniel Marano.

 


A hora da virada.

 

            BIA JUNQUEIRA é, sem sombra de dúvidas, uma das pessoas que melhor representam a categoria dos cenógrafos. Muito justamente premiada, tantas vezes e, principalmente em 2015, principalmente por dois grandes trabalhos, “Santa” e “Santa Joana dois Matadouros”, é ela que assina a cenografia de “A TROPA”, mais um de seus acertos.

Imaginem o que seria criar um cenário único, um quarto de hospital, sem fugir ao lugar-comum. O que há de elementos que possam diferir um quarto de hospital de todos os outros? BIA sabe. Tanto que, além da indispensável e tradicional cama de hospital, distribuiu, no comprido e estreito espaço que limita o espaço cênico, elementos não muito comuns ao ambiente de um hospital, utilizando cubos, quadrados e retangulares, tudo em tom verde-claro, ligeiramente azulado, que servem de mesa, cadeiras e bancos. Também agregou, aos elementos de cena, alguns objetos da casa do enfermo, trazidos pelo filho mais velho, para quebrar o gelo e a impessoalidade de um quarto de hospital. Excelente cenário, que se completa com uma espécie de sala contígua ao quarto, que funciona como uma saída para o corredor e onde os atores que não estão em cena aguardam, sentados, a sua vez de atuar, separados por uma parede diáfana, para não confundir o público.

 


Detalhes do cenário.

 

TICIANA PASSOS acertou nos figurinos, modernos e perfeitamente adequados a cada um dos personagens, como o elegante terno, de ARTUR, e as peças esportivas, mais despojadas, variando, em mais ou menos, para cada um dos outros três filhos. O personagem do “Pai”, como não poderia ser de outra forma, veste aquela roupa que é fornecida pelo hospital, uma espécie de avental, com abertura atrás.

 

 

 


Figurinos.

 

 

A iluminação, sob a responsabilidade de ADRIANA ORTIZ, é correta, durante toda a peça, mas ganha destaque nas cenas de “flashbacks”, já citadas, quando a luz quase que desaparece, para dar foco aos personagens que se confrontam com os fantasmas do passado.

 

            Para completar os comentários sobre os elementos técnicos da peça, ressalto a trilha sonora, a cargo de CÉSAR AUGUSTO e RODRIGO MARÇAL, a qual auxilia na criação de climas para as cenas e marcam o final e o início de uma e outra.

 

            Saí do Teatro III do CCBB, sentindo-me muito feliz, por ter assistido a um espetáculo de elevado nível, daqueles que são dos poucos motivos, infelizmente, de orgulho por nossa nacionalidade.

 

Espero poder rever o espetáculo, que recomendo, com muito empenho, aos amigos e inimigos (Já não aguento mais essa frase! Tornou-se sem-graça.).

 

“A TROPA” = a peça!!!





A Tropa CCBB RJ 1

Mosaico I.








FICHA TÉCNICA:

Texto: Gustavo Pinheiro                
Direção: César Augusto
Assistente de Direção: Raquel André                                                                  
 
Elenco: Otávio Augusto (Pai), Alexandre Menezes (Humberto), Daniel Marano (João Batista), Edu Fernandes (Artur) e Rafael Morpanini (Ernesto)
 
Produção Local: João Eizô
Preparação Corporal: Raquel André
Preparação Vocal: Breno Motta
Cenografia: Bia Junqueira            
Iluminação: Adriana Ortiz
Vídeo-Registro: Diogo Fujimura
Figurinos: Ticiana Passos
Trilha Sonora: César Augusto e Rodrigo Marçal
Fotos: Elisa Mendes
 

 

 

 

A Tropa CCBB RJ 2

Mosaico II.

 

 

 

 
SERVIÇO:
 
Temporada: De 10 de março a 1º de maio de 2016.
Local: Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) do Rio de Janeiro – Teatro III.
Endereço: Rua Primeiro de Março 66 – (Centro) – Rio de Janeiro.
Dias e Horários: De quarta-feira a domingo, às 19h30min.
Capacidade: 50 lugares.
Classificação Etária: 14 anos.
Gênero: Comédia Dramática.
Valor dos Ingressos: R$10,00 (inteira) e R$5,00 (meia-entrada).
Duração: 90 minutos.
Informações: (21) 3808-2020.
 

 

 

 

FOTOS: ELISA MENDES.)

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