A
TROPA
(A RADIOGRAFIA
DE UMA “FAMÍLIA”
SEQUELADA.)
Nem
sempre vence o melhor, nem sempre quem ganha algum concurso seria o merecedor
de tal distinção. Não conheço, ainda, mas quero conhecer, os demais textos
selecionados na 7ª edição do concurso de dramaturgia SELEÇÃO BRASIL EM CENA, criado
e patrocinado pelo CENTRO CULTURAL BANCO DO BRASIL (CCBB), com o
objetivo de revelar novos talentos da dramaturgia brasileira.
Mas não estou nem um pouco interessado em
saber se houve correção, ou não, na colocação, em primeiro lugar, do magnífico texto
“A TROPA”, do jornalista e dramaturgo GUSTAVO PINHEIRO, cuja montagem,
como prêmio no concurso, pode ser vista, no Teatro III, do CCBB do
Rio de Janeiro, produzida por este Centro Cultural.
Tenho certeza de que os
outros finalistas também são de excelente qualidade, mas o fato é que fiquei
profundamente apaixonado pelo texto de “A TROPA” e, também, pela montagem
do espetáculo, que traz, como protagonista, um dos nossos melhores
atores, OTÁVIO AUGUSTO, afastado dos palcos desde 2009, o qual, de forma
generosa, compartilha seu talento com mais quatro incipientes atores, que me
causaram a melhor impressão: ALEXANDRE MENEZES, DANIEL MARANO,
EDUARDO FERNANDES e RAFAEL MORPANINI, dirigidos, brilhantemente, por
CÉSAR AUGUSTO.
OTÁVIO recebeu o texto do autor premiado, com um convite, deste e
do diretor, para protagonizar a montagem, no papel de um ex-militar, viúvo e
pai de quatro filhos. Um homem que, no leito de um hospital, vê as relações
veladas da família serem descortinadas.
Os
outros quatro atores participaram das leituras dramatizadas, que fazem parte do
concurso, e foram escolhidos em função desse trabalho. Estão todos em fase de
conclusão de curso profissional ou graduação, segundo informação do diretor do espetáculo.
Rafael Morpanini e Daniel Marano.
SINOPSE:
Um pai doente, após ter sofrido uma
queda em sua casa, tendo batido com a cabeça em algum lugar, recebe, a
contragosto, num hospital, a visita dos quatros filhos.
O que seria apenas um encontro, em
função de um fato inesperado, um acidente domiciliar, se revela um acerto de
contas familiar, um outro tipo de “acidente”, permeado de humor e afeto, tendo
como pano de fundo a história brasileira, dos tempos da ditadura militar à
Operação Lavo Jato, o que torna o texto para além de contemporâneo.
Nesse reencontro, os cinco
trocam acusações, discutem suas mais variadas divergências, mágoas,
ressentimentos, revivem memórias e fazem revelações do passado, que deveriam
estar sepultadas, expondo outras enfermidades – ideológicas, sociais e
familiares.
Na verdade, não buscam
soluções e acertos para os problemas que os afastam, e sim transferir, um ao
outro, culpas e mais culpas, por erros, alguns dos quais até compartilhados.
Grandes surpresas, muitas,
estão reservadas ao público.
“Fazer um filme não é tão simples
como extrair um dente de um soldado, Artur!”
Cobranças e acusações.
Mas
como surgiu o texto?
Numa breve
conversa virtual com GUSTAVO PINHEIRO,
fiquei sabendo que o texto foi
escrito em 2015, mas sua gestação já
começara em 2014,
durante o período que precedeu as eleições daquele ano e o imediatamente
seguinte, quando se juntaram os olhares do jornalista e do dramaturgo. E por
que não, também, do cidadão?
GUSTAVO disse que ficou
muito impressionado com o clima de rivalidade que se estabeleceu entre as
pessoas, diretamente, cara a cara, ou virtualmente – e que só se agravou, desde
então. Acrescento eu: não se vê outra coisa, nos dias de hoje, nas redes
sociais, em se tratando do triste momento político, econômico, social e moral
por que, infelizmente, está passando o Brasil. Eu mesmo tenho de me policiar,
para não extrapolar nos meus comentários, embora ache que nem sempre o consiga.
Arrependo-me e apago o que escrevi.
É só tristeza e mágoa!
Continua GUSTAVO: “Amizades
de anos, reais ou virtuais, sendo desfeitas por diferenças políticas. Achei isso
curioso e fiquei pensando: Como se faz, para exercer a tolerância e o respeito
à diferença, no menor núcleo afetivo que há, a família? Esse foi o ponto de
partida para ‘A TROPA’. E que bom que estamos conseguindo chegar ao
público, sem julgamentos”.
Quis saber se os personagens eram todos fictícios ou se haviam sido baseados
em pessoas da convivência do autor ou de quem ele já ouvira falar e sua
resposta foi bastante interessante, ao dizer que se torna difícil afirmar se
são fictícios ou reais. Na medida em que cada um dos cinco, com seus
arquétipos, surgiu da imaginação e da criatividade do autor, seriam,
tecnicamente, classificados como fictícios. Por outro lado, segundo GUSTAVO, seguramente, há coisas que ele
viu, leu, ouviu ou, mesmo, viveu, em cada um dos cinco personagens.
O dramaturgo afirma que “a direção do César (Augusto) é muito
inteligente, porque, o tempo todo, nos ensaios, ele sinalizava: ‘Estamos
falando de seres humanos aqui! É uma família’, justamente para evitar cair no
raso que seria dividir em ‘vilões’ e ‘heróis’. A peça não tem essa dicotomia.
Entre acertos e erros, somos todos vilões e heróis das nossas histórias.
Humanos”.
Controlando um surto raivoso.
Perguntado sobre o que ele espera provocar no público que assiste à
peça, o autor respondeu que ficará muito feliz, se cada espectador puder sair
do teatro com a seguinte reflexão: qual
o espaço para que cada pessoa ser o que é na sociedade e a importância em
exercermos a tolerância com a diferença?
Sem dúvida alguma, sem querer desmerecer qualquer
outro aspecto do espetáculo – aliás, muito pelo contrário, como falarei adiante
– o seu maior ponto de sustentação está no texto.
Certa vez, durante um seminário de que participei,
sobre dramaturgia na TV, um famoso
diretor de novelas expôs, claramente, sem o menor pudor, suas preferências, em
relação aos que escrevem para os folhetins televisivos. Disse ele que Gilberto Braga é quem melhor sabe
escrever diálogos, com inteligência, “time”, colocando as palavras certas, na
hora certa, na boca dos personagens, enquanto, se a questão é enredo, saber
criar uma boa história, uma boa trama, que prenda a atenção do telespectador,
do primeiro ao último capítulo, Janete
Clair foi, e sempre será, insuperável.
Aplicando a opinião desse diretor, eu ousaria dizer
que, em “A TROPA”, estamos diante de
um autor “braguiclairniano” ou “clairibraguiano”, com perdão dos
neologismos. E não estaria exagerando. Refiro-me, evidentemente, a um
dramaturgo que escreveu um texto,
contando uma boa história, com uma excelente urdidura, a qual chega ao público,
já que se trata de TEATRO, sem um
narrador, mas por meio de diálogos muito bem construídos e oportunos.
Alegria (?) e preocupação.
Agrada-me muito, no texto, a maneira como ele se desenvolve, num crescendo, proporcionando
várias surpresas a quem acompanha, atentamente, a história. A cada esquina,
somos surpreendidos com uma nova revelação, muitas delas bombásticas, o que vai
prendendo, cada vez mais, o público à ação. Há uma sequência de anticlímax ou
falsos clímax. Durante os 90 minutos de duração do espetáculo, é impossível
permitir que o pensamento divague. Somos atados ao espaço cênico por um cordão
umbilical invisível.
Aprendi, tanto na Faculdade de Letras, da UFRJ,
como no antigo Conservatório de TEATRO
(atual UNI-RIO), que o título de qualquer obra de arte deve ser o último
passo, antes de se torná-la pública. Da
Vinci não pensou: Vou pintar o retrato de uma mulher, chamado Mona Lisa; Shakespeare não pensou: Vou escrever uma peça que vai se chamar Romeu e Julieta; Tom Jobim não pensou:
Vou compor uma canção que se chamará “Samba
do Avião”. Não! Cada artista,
movido por uma ideia, uma emoção e um desejo, cria a sua obra e a “batiza”
depois de pronta. Da mesma forma, GUSTAVO
PINHEIRO não pensou em escrever uma peça de TEATRO que se chamaria “A
TROPA”. Ele deu forma a uma ideia – genial, diga-se de passagem – e, depois
de concretizado o texto, chegou a
hora do batismo: “A TROPA”. Até boa
parte da peça, talvez o espectador fique sem entender o porquê do título – que
não poderia ser mais adequado, no meu entender -, porém, certamente, sairá do
teatro com a explicação bem clara para o tal título. Não vale a pena adiantar a
informação.
Gustavo Pinheiro, o autor.
CÉSAR
AUGUSTO, além de ótimo ator,
resolveu, nos últimos tempos, dedicar-se mais a atividades por trás das
cortinas, como curador, produtor e assumindo a função de diretor, sendo muito bem sucedido, como atestam suas assinaturas
para espetáculos do porte do fabuloso “Mamãe”
(ainda em cartaz), “Próxima Parada”
e “O Médico e o Monstro”, para citar
apenas alguns.
Considero excelente seu trabalho na direção de “A TROPA”. Com um texto enxuto
e perfeito nas mãos, um elenco
confiável, competente, e cercado de uma equipe
técnica invejável, CÉSAR só fez
aplicar seus conhecimentos na área, que não são poucos, e contribuir, sobremaneira,
para o sucesso da montagem, que conta com um ritmo que não permite nenhuma “barriga”,
durante todo o tempo das ações.
Segundo ele, em conversa comigo, o processo (de
direção) foi extremamente importante, com duas premissas fundamentais. A
primeira: laços familiares verdadeiros, críveis, sem máscaras. A segunda: criar
um terreno fértil, um campo possível, afetivo e vivo, para que, de fato, as
relações acontecessem a cada dia. “Um teatro vivo, seco e compartilhado com o
público espelhado e próximo, para que conseguíssemos examinar esta patologia
sócio-político-familiar”.
O “Pai” é o centro das atenções. Ou não!
A ideia da configuração do Teatro III, para esta peça, com a plateia dividida em duas partes,
uma de frente à outra, com toda a ação transcorrendo entre as duas, a pouca
distância dos espectadores, é um grande achado, pois cria um ambiente propício
a um jogo entre atores e público, em que se cria um dose de intimidade, de cumplicidade,
de envolvimento tal, que, faz com que cada um se demonstre, simpatizante ou
antipatizante deste ou daquele personagem, em posições que se alternam, à
medida que a trama vai sendo desenvolvida.
É muito bom o rendimento que a direção extraiu de cada um dos atores, sobre os quais falarei em
seguida.
Outro grande mérito do diretor está nas marcações, muito em função do espaço cênico e do
ótimo cenário, de BIA JUNQUEIRA. Como a ação se dá numa
área bastante comprida, o personagem de OTÁVIO
AUGUSTO, o enfermo, passa quase o tempo inteiro da peça, deitado numa cama
de hospital, num dos extremos do “palco”, enquanto os filhos circulam pelo
resto do espaço, poucas vezes se aproximando do pai, uma ruptura de laços afetivos,
que nada mais é do que a continuidade do que ocorreu durante toda a vida dos
cinco.
Considero
as cenas de “flashbacks” fundamentais, nesta encenação, para um melhor
entendimento da trama.
César Augusto,
o diretor.
Sobre os personagens,
comecemos pelo protagonista/antagonista,
dependendo do ponto de vista de cada espectador. São quatro (os filhos) contra um (o pai) ou é um contra quatro?
Da esquerda para a direita, Alexandre
Menezes, Daniel Marano,
Otávio Augusto, Eduardo Fernandes e Rafael
Morpanini.
OTÁVIO
AUGUSTO dispensa maiores comentários,
uma vez que, neste espetáculo, não faz nada diferente do que sempre fez, em sua
longa e vitoriosa carreira: interpretar bem os papéis que lhe são confiados. É
muito bom, gratificante, ver seu ótimo desempenho como o “Pai” (o personagem não tem nome, talvez para não individualizar o
personagem, e sim mostrá-lo como um ícone coletivo), um militar da
reserva, viúvo, extremamente autoritário, irônico, debochado, mal-agradecido, resmungão,
reacionário, homofóbico, linha-dura, apoiador e defensor dos milicos
responsáveis pelas páginas mais negras da nossa História, os que promoveram e
aplicaram o Golpe Militar de 1964... Um currículo nada invejável para o
personagem. É pai de quatro filhos, que não guardam nenhuma afinidade, entre
si, mas trazem, cada um dentro de suas mentes e corações, a marca de uma
infância e adolescência infelizes, distantes do afeto paterno.
O espetáculo é
“vendido” como uma “comédia dramática”, embora esteja mais para “drama, com
pinceladas de humor”, e esse humor é garantido, praticamente, pela ironia,
sarcasmo, deboche que o personagem de OTÁVIO
aplica a algumas de suas falas e pensamentos. Mas é aquele humor que
constrange, que leva, posteriormente ao riso, o espectador a se perguntar: por
que eu ri naquela hora?
OTÁVIO tem uma maneira tão natural de
representar, que convence o espectador de que ali, à sua frente, está,
realmente, um homem doente, talvez mais por dentro que por fora, numa situação
de total verossimilhança.
Falemos, agora
dos filhos. Já foi dito, pelo autor do texto, que não é sua intenção rotular os
cinco personagens como heróis e vilões, até porque, se reparamos bem,
eles, assim como todos nós, temos o nosso lado “mocinho” e outro “bandido”.
Mas, técnica e academicamente falando, os filhos são personagens coadjuvantes
na trama, o que não significa dizer que têm menor importância do que o personagem
do “Pai”.
Comecemos
por ALEXANDRE MENEZES (HUMBERTO), o
primogênito, um dentista militar aposentado, que mora com o pai, depois de ter
sido abandonado pela mulher. Por dividir a casa com o genitor, parece viver sob
a dependência deste e é quem assume os cuidados com o velho.
Tem
uma postura bem submissa, mesmo diante dos irmãos, demonstrando uma fragilidade
interior, apesar de ser o mais velho dos quatro. Constantemente, é humilhado
pelo pai, que o acusa de um “fracassado”. É quem faz contato com os outros irmãos,
para lhes comunicar a internação do patriarca do clã. ALEXANDRE executa, com muita correção, a sua missão na peça.
Alexandre
Menezes.
ARTUR
é o personagem vivido por EDUARDO
FERNANDES, um empresário casado, apesar de viver um casamento de fachada,
de aparências, que não se sustenta, é pai de duas filhas e trabalha, como alto
executivo, numa empreiteira, sob investigação por corrupção.
Homem
de negócios, pouco se dedica à família, entretanto é uma espécie de “provedor”
de todos, arcando com as despesas do hospital e é convocado a “quebrar galhos”
que envolvem os familiares. Comporta-se como um amoral e não parece se abalar
nem um pouco por isso. É muito bom o rendimento do ator.
Eduardo Fernandes.
ERNESTO,
espécie de “ovelha negra” da família (uma delas) é um jornalista, que acaba de
pedir demissão de um jornal, por dois motivos: está em crise com a profissão e
tem pretensões a cineasta, para o que conta com o financiamento do irmão rico.
Desgarrado,
sempre viveu longe do eixo familiar, em função das inúmeras viagens que era
obrigado a fazer, por exigência da profissão, e, depois, por conta própria, à
procura, talvez, de um porto seguro e de algum amor fixo.
O
personagem será responsável por uma revelação, para mim, previsível, mas que
jogará mais lenha naquela fogueira, já de grandes proporções. Fiquei muitíssimo
bem impressionado com o trabalho de RAFAEL
MORPANINI, que dá vida ao personagem.
Rafael Morpanini.
O
quarto filho, o caçula, é JOÃO BATISTA,
o “queridinho do papai”, à maneira deste, até a página cinco.
O
personagem é usuário de drogas, com passagens por clínicas de reabilitação, e,
na noite anterior ao dia daquela visita, havia se envolvido com a Lei, ao ser
flagrado dirigindo, se não estou enganado, bêbado e drogado. Este último
detalhe está correto. Para conseguir se livrar de uma punição, para se safar da
polícia, apelou para os “préstimos” do irmão abastado e bem relacionado, o qual
conseguiu, à custa de suborno – não fica claro, mas fica implícito esse detalhe
– livrá-lo da cadeia.
O
personagem passa um ar de “bebezão”, de ingenuidade, de fagilidade, que se
transforma em força agressiva, no final da peça, como uma agradável surpresa
para o espectador, muito em função da excelente atuação do jovem ator DANIEL MARANO.
JOÃO BATISTA revela-se o filho que mais
sentiu a morte da mãe, chegando a se deixar perturbar muito por isso, e o
motivo é uma grande surpresa, tornada pública quase ao final da peça.
A
princípio, talvez por uma questão de ceticismo (não quero chegar à categoria do
“pré-conceito”), pelo que me penitencio, confesso que não esperava ver uma
atuação tão brilhante de DANIEL.
Gratíssima surpresa!
Daniel Marano.
A hora da virada.
BIA
JUNQUEIRA é, sem sombra de dúvidas, uma das pessoas que melhor representam
a categoria dos cenógrafos. Muito
justamente premiada, tantas vezes e, principalmente em 2015, principalmente por
dois grandes trabalhos, “Santa” e “Santa Joana dois Matadouros”, é ela
que assina a cenografia de “A TROPA”, mais um de seus acertos.
Imaginem
o que seria criar um cenário único,
um quarto de hospital, sem fugir ao lugar-comum. O que há de elementos que
possam diferir um quarto de hospital de todos os outros? BIA sabe. Tanto que, além da indispensável e tradicional cama de hospital,
distribuiu, no comprido e estreito espaço que limita o espaço cênico, elementos
não muito comuns ao ambiente de um hospital, utilizando cubos, quadrados e retangulares,
tudo em tom verde-claro, ligeiramente azulado, que servem de mesa, cadeiras e
bancos. Também agregou, aos elementos de cena, alguns objetos da casa do enfermo,
trazidos pelo filho mais velho, para quebrar o gelo e a impessoalidade de um
quarto de hospital. Excelente cenário, que se completa com uma espécie de sala
contígua ao quarto, que funciona como uma saída para o corredor e onde os
atores que não estão em cena aguardam, sentados, a sua vez de atuar, separados
por uma parede diáfana, para não confundir o público.
Detalhes do cenário.
TICIANA PASSOS
acertou nos figurinos, modernos e
perfeitamente adequados a cada um dos personagens, como o elegante terno, de ARTUR, e as peças esportivas, mais
despojadas, variando, em mais ou menos, para cada um dos outros três filhos. O
personagem do “Pai”, como não
poderia ser de outra forma, veste aquela roupa que é fornecida pelo hospital,
uma espécie de avental, com abertura atrás.
Figurinos.
A iluminação, sob a responsabilidade de ADRIANA ORTIZ, é correta, durante toda
a peça, mas ganha destaque nas cenas de “flashbacks”, já citadas, quando a luz
quase que desaparece, para dar foco aos personagens que se confrontam com os
fantasmas do passado.
Para
completar os comentários sobre os elementos
técnicos da peça, ressalto a trilha
sonora, a cargo de CÉSAR AUGUSTO e RODRIGO MARÇAL, a qual auxilia na
criação de climas para as cenas e marcam o final e o início de uma e outra.
Saí
do Teatro III do CCBB, sentindo-me
muito feliz, por ter assistido a um espetáculo de elevado nível, daqueles que
são dos poucos motivos, infelizmente, de orgulho por nossa nacionalidade.
Espero poder
rever o espetáculo, que recomendo, com
muito empenho, aos amigos e inimigos (Já
não aguento mais essa frase! Tornou-se sem-graça.).
“A TROPA” = a peça!!!
Mosaico I.
FICHA TÉCNICA:
Texto: Gustavo Pinheiro
Direção: César Augusto
Assistente de Direção: Raquel André
Elenco: Otávio Augusto (Pai), Alexandre Menezes (Humberto), Daniel
Marano (João Batista), Edu Fernandes (Artur) e Rafael Morpanini (Ernesto)
Produção Local: João Eizô
Preparação Corporal: Raquel André
Preparação Vocal: Breno Motta
Cenografia: Bia Junqueira
Iluminação: Adriana Ortiz
Vídeo-Registro: Diogo Fujimura
Figurinos: Ticiana Passos
Trilha Sonora: César Augusto e Rodrigo Marçal
Fotos: Elisa Mendes
Mosaico II.
SERVIÇO:
Temporada: De 10 de março a 1º de maio de 2016.
Local: Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) do Rio de Janeiro –
Teatro III.
Endereço: Rua Primeiro de Março 66 – (Centro) – Rio de Janeiro.
Dias e Horários: De quarta-feira a domingo, às 19h30min.
Capacidade: 50 lugares.
Classificação Etária: 14 anos.
Gênero: Comédia Dramática.
Valor dos Ingressos: R$10,00 (inteira) e R$5,00 (meia-entrada).
Duração: 90 minutos.
Informações: (21) 3808-2020.
FOTOS:
ELISA MENDES.)
Gostei muito!
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