“A CERIMÔNIA
DO ADEUS”
ou
(TEATRO DA
MELHOR QUALIDADE
EM FORMA DE UMA
ESPÉCIE DE “RÉQUIEM”
PARA UM
DRAMATURGO GENIAL.)
Abro esta crítica com duas frases curtas, que julgo serem
mais importantes que tudo sobre o que escreverei: A primeira: Este espetáculo é uma OBRA-PRIMA. A segunda: Este espetáculo não é para ser visto apenas uma vez.
Assisti à peça “A CERIMÔNIA DO ADEUS”, o que julgo ser o
melhor texto de MAURO RASI (Na verdade, tenho verdadeira paixão por tudo
o que ele escreveu; para o TEATRO ou não.) dirigida por ULYSSES CRUZ,
no dia 30 de junho próximo passado, o seguinte ao de sua estreia, no Teatro
Copacabana Palace, e revi a peça uma semana depois. E não fui antes,
porque não dispunha de data na agenda. Se eu fiquei com vontade de voltar
outras vezes àquele Teatro, para rever a peça? Sem dúvida! Seria
capaz de assistir a ela inúmeras vezes, sem me cansar. Isso, graças à extrema
qualidade que existe em tudo o que está relacionado a esta encenação.
RASI, se vivo ainda fosse, teria, hoje, a minha idade.
Assim, quando comecei a tomar conhecimento de seus trabalhos e do que ele pensava,
acerca de tudo, por termos nascido no mesmo ano, tínhamos muita afinidade e eu
via nele um porta-voz de mim. MAURO era o “cara” que dizia
o que pensava, e eu também, com a diferença de que ele tinha coragem de tornar
públicas suas críticas e opiniões, o que tinha em mente sobre os valores da
sociedade em que estávamos inseridos, condição que me faltava. Minha
identificação com ele era tanta, que sempre me interessei por tudo o que
escrevia e procurava não perder as montagens das suas peças. Adorava o seu
estilo, o seu “besteirol”, que, ainda jovem, eu pensava que
existia apenas para divertir, até que passei a entender tudo o que vinha, a
reboque, nas entrelinhas. E suas peças autobiográficas, quase autoficções – “a
autoficção é um gênero que embaralha as
categorias de autobiografia e ficção, de maneira paradoxal, ao juntar, numa
mesma palavra, duas formas de escrita que, em princípio, deveriam se excluir”, traçando
o retrato de sua família, das quais destaco “A Estrela do Lar”, “Pérola”
e “A CERIMÔNIA DO ADEUS”? Verdadeiras joias da dramaturgia brasileira
contemporânea! Foram, ao todo, 30 peças de TEATRO, sem contar sua
produção para a TV. É muito difícil encontrar um dramaturgo brasileiro que o
supere, em quantidade e, acima de tudo, qualidade. Foram vários livros
publicados e muitos prêmios recebidos. De todos os seus textos
dramáticos, tenho um especial carinho por “As 1001 Encarnações de Pompeu Loredo” (1978), “Doce Deleite” (1982), “A Mente
Capta” (1983), “A Família Titanic” (1984), “Pedra, a Tragédia”
(1985), “Tupã, a Vingança” (1985), “Batalha de Arroz num Ringue
para Dois” (1985), “A Bofetada” (1988) e “A Dama
do Cerrado” (1986), além das três já citadas.
Natural
de Bauru, interior de São Paulo, morou no Rio
de Janeiro, por mais de vinte anos, e costumava dizer, em tom de “autogozação”:
“Saí de Bauru, mas
Bauru não sai de mim.”. Sua
cidade natal e sua “vidinha” de interior eram referências em sua
obra. Nesta, sempre esteve presente um humor ácido, junto com a essência da sua
porção caipira, misturada com a sofisticação dos moradores do Leblon. São
célebres suas crônicas, publicadas no jornal “O Globo”, nas quais
inventava (Ou, quem sabe, não era ficção?) conversas com as
tias e descrevia as farpas trocadas entre elas e um sobrinho famoso, com
referências a filmes, livros e celebridades televisivas.
Sem
sombra de dúvida, sua mais
particular digital era criticar, com humor cáustico, a sociedade brasileira. MAURO
RASI morreu em 2003, aos 54 anos, em seu apartamento, no
bairro do Leblon, Rio de Janeiro. Estava mal de saúde nos últimos dias, segundo
amigos. Vítima de câncer no pulmão, convalescia de uma cirurgia para retirar um
tumor da bexiga.
O texto de “A CERIMÔNIA DO ADEUS” volta
à cena, no Rio de Janeiro, depois de 34
anos, após uma vitoriosa temporada, em São
Paulo, sucesso de público e de crítica, com lotação esgotada em todas
as sessões.
Em “A CERIMÔNIA DO ADEUS”,
RASI pinta uma família – a sua, certamente -, como disfuncional, aquela em que os conflitos, a má conduta e,
muitas vezes, o abuso, por parte dos membros individuais (Não chega bem a
ser o caso aqui.) ocorrem contínua e regularmente, fazendo com que
outros membros se acomodem com tais ações. No caso desta peça, a “vítima”
reage, até mesmo escrevendo o texto e pressionando o dedo sobre feridas que ele
desejava que cicatrizassem. MAURO “retrata o ambiente dramático sua própria família e
reveste de comicidade os conflitos psicológicos”.
A primeira montagem deste texto se deu em 1987,
no Teatro dos 4, Rio de Janeiro, sob a direção de Paulo
Mamede, com um elenco estelar, onde se destacavam nomes como Nathália Timberg, Laura Cardoso, Yara
Amaral, Monah Delacy e Sergio Britto. Um
primor! Por ela, MAURO RASI ganhou os prêmios “Molière” e “Mambembe”
de melhor autor. O “Mambembe”, um prêmio de TEATRO
muito importante, naquele momento, também contemplou Nathália Thimberg
e Sergio Britto, como melhor atriz e melhor ator coadjuvante,
respectivamente.
Em 1989, ULYSSES CRUZ
dirigiu uma nova montagem da peça, no Teatro Anchieta, São
Paulo, especialmente motivado. É que o diretor, tendo assistido à
montagem carioca, de dois anos atrás (1987), não gostou muito do
que vira, achando-a “uma
versão naturalista de um texto que permite voos em cena”. Quanto a isso, os "voos" do diretor – falo em
relação à atual montagem – não foram nem um pouco rasos, mas atingem, sim, os picos das
mais altos das cadeias montanhosas deste planeta, que é, sempre foi e
continuará sendo REDONDO – é bom que isso seja lembrado, para que não
pairem dúvidas quanto ao que foi, cientificamente, mais que comprovado.
Não assisti à primeira montagem de ULYSSES,
mas, pelo que pude observar naquela que ora analiso, posso imaginar como ela se deu,
concordando com o consagrado diretor, quanto à versão dirigida por Paulo
Mamede, ainda que esta tenha me agradado também, num nível menor de
aceitação.
SINOPSE:
Para se sentir aliviado da pressão que sofria em sua casa,
preferindo, por isso mesmo, viver refugiado em seu quarto, “soterrado”
por seus livros, o jovem e revolucionário Juliano (LUCAS
LENTINI) (alter ego do dramaturgo) dá vida às suas duas
maiores referências literárias: os existencialistas Jean-Paul Sartre
(EUCIR DE SOUZA) e Simone de Beauvoir (BETH GOULART).
Através de uma relação quase obsessiva com ambos, ele busca
enfrentar os desafios da despedida da adolescência, principalmente, no que diz
respeito à relação conturbada com a sua mãe, Aspázia (MALU
GALLI) e às dificuldades da convivência com a família e amigos.
Aspázia
cuida, ao que parece, mais por obrigação conjugal do que por atenção e amor ao
próximo, do marido, que não aparece em cena, sempre com uma tosse crônica, e ainda encontra tempo para amparar a irmã Brunilde (FERNANDA
VIACAVA), espírita praticante, que já havia tido um seio extirpado, por
conta de um câncer, e estava na iminência de também perder o outro.
A peça também aborda o desejo de romper com o provincianismo da cidade onde o protagonista vive, do desabrochar artístico, em meio a um período político hostil, e da experimentação da própria sexualidade.
O título
da peça é o mesmo de um livro de Simone de
Beauvoir, no qual a escritora, intelectual, filósofa existencialista, ativista
política, feminista e teórica social francesa faz um
relato, sincero e emocionante, sobre os últimos anos de vida de Jean-Paul
Sartre, abordando temas sensíveis, como a velhice, existência e morte.
A “despedida” a que se refere o título do livro diz respeito à
morte de seu companheiro, enquanto, na peça de RASI, o substantivo está ligado
a uma ruptura da adolescência, quando o personagem Juliano se vê às
portas da idade adulta, que traz consigo um turbilhão de escaramuças
existenciais, uma arrepsia com relação à sua sexualidade, além de uma definida certeza
de que o jovem se sentia um “peixe fora d’água”, no seio daquela
família, vivendo numa cidade provinciana. Era muito MAURO RASI para
pouca Bauru.
ULYSSES volta a assinar
a direção desta nova leitura da peça, 34 anos depois da sua outra encenação,
que estreou em São Paulo, como já mencionei, no SESC
Consolação, no mesmo Teatro Anchieta, da sua primeira
montagem paulista, agora, segundo ele mesmo, valorizando, ainda mais, o trabalho
dos atores, porque – ainda é ele quem diz – “o encanto do TEATRO está na
representação”, com o que concordo; até uma determinada página, pelo
menos. O que se pode observar, no palco do Teatro Copacabana Palace,
é uma OBRA-PRIMA de TEATRO, calcada, de forma genial, na tradição
da comédia de costumes, para contar uma incrível história tragicômica. A
estrutura do texto, com diálogos bem articulados, velozes e vigorosos, nas mãos
de um artista criativo, inquieto e “ousado”, como CRUZ, dá
margem a uma magistral direção, bastante dinâmica e envolvente. É impossível, a
um espectador, não se deixar ser “hipnotizado”, por quem está no
palco, sem perder um som da respiração de cada ator. Comparo, sem o menor
resquício de dúvida, o brilhantismo deste trabalho de direção ao mesmo que ULYSSES
CRUZ empreendeu quando dirigiu “O Camareiro”.
Nesta encenação, porque a estrutura
dramatúrgica o permite, ULYSSES, de forma genial, sem a menor
preocupação com uma rigidez temporal e espacial, contando com a atemporalidade
da trama e o aspecto memorialista do texto, precisa da inteligência e da acuidade
do público para, por exemplo, entender que os personagens Jean-Paul
Sartre (EUCIR DE SOUZA) e Simone de Beauvoir (BETH
GOULART) não estão, fisicamente, presentes naquele espaço cênico, mas, sim,
vivem na imaginação do protagonista, Juliano (LUCAS LENTINI),
na representação de seus livros. Digo isso, porque ouvi, à saída do Teatro, algumas pessoas, poucas, felizmente, "confusas" com o que viram.
Dentro da concepção do diretor, a cenografia,
também assinada por ele, é da maior importância. O espaço central do palco está
vazio, representando, a meu juízo, um microcosmo de um espaço maior, o Brasil
da época, recém-saído de uma ditadura militar, “página infeliz da nossa
História”, que durou 21 anos (Em 1985, houve a primeira eleição,
pós-período de trevas, ainda que indireta, quando foi eleito Tancredo Neves, um civil.).
O cenário conta com quatro portas laterais que, convencionalmente,
proporcionam o acesso a dois lugares diferentes, que se juntam num só, sem
paredes que os dividam: a sala da casa e o quarto de Juliano, no
qual o rapaz vive trancado a maior parte do tempo, mergulhado nos seus
conflitos existenciais, porque lá se sente mais protegido das ameaças da
família reacionária e do mundo idem. Notei, por duas ou três vezes, que algum
personagem passava, da “sala” ao “quarto”, sem cruzar as portas. Creio que seja proposital, para forçar o espectador a se
livrar da rigidez de uma interpretação única. Há mais três espaços, que não
aparecem no palco: o exterior da casa, um quarto, em que o “chefe da
família”, que não aparece em cena, está doente, e a cozinha da casa. Completam
a cenografia alguns banquinhos e pilhas de livros e discos, amarrados ou espalhados e um carrinho de chá. Podendo ser incluídas na rubrica “cenografia”, merecem
destaque as ótimas e pertinentes projeções, a cujo(s) autor(es) não posso atribuir o crédito, por falta de conhecimento, contendo algumas imagens históricas e icônicas.
Não há como ignorar, nesta montagem, a presença
marcante do “metaverso” (A palavra vem da junção do prefixo grego “meta”, que significa “além”,
com o substantivo masculino “universo”. Assim, ao pé da letra, “metaverso” significa
“além do universo”.), ou seja, “o espaço
ou ambiente de realidade virtual, no qual pode haver interação entre usuários”,
“o
lugar onde a realidade física e a virtual se associam”. Podemos dar, como bom exemplo disso, um diálogo entre Aspázia
(MALU GALLI), a mãe do protagonista, e sua irmã, kardecista, Brunilde
(FERNANDA VIACAVA), na sala, entrecortado por outro, reunindo Juliano
e seus dois “amigos invisíveis”, no quarto do rapaz.
ULYSSES CRUZ também
assina os figurinos, sobre os quais não sinto desejo, nem necessidade,
de entrar em detalhes, limitando-me a dizer que vestem, com acerto, os
personagens, dentro das características da época e sua realidade
socioeconômica; e características pessoais, é evidente.
Já disse que tudo salta aos nossos olhos nesta
encenação e, aqui, abro um espaço para falar da fantástica trilha sonora,
criada por ANDRÉ ABUJAMRA, intensa, pulsante e eclética, reunindo músicas incidentais e originais, com bastante marca e destaque para a
música eletrônica, “efervescente”, como o interior da cabeça do
jovem Juliano, à busca de se encontrar consigo mesmo, além de alguns interessantes "remixes".
NICOLAS CARATORI criou um desenho de luz que me pareceu bastante acertado para o
texto. A iluminação não prima pela exuberância de luzes, limitando-se à necessidade
de deixar à vista do espectador aquilo que é minimamente necessário para a
identificação do que está na cena. A intensidade de luz diminui, quando é
preciso que o realce, no palco, recaia sobre as imagens projetadas. A
luminosidade sobre os personagens parte de dentro da própria caixa preta, como
é normal ocorrer, e, também, das coxias, nas duas laterais do palco, rompendo
frestas ou outros espaços que permitam o “vazamento”, proposital,
dela no espaço cênico.
Tudo é hiperbólico, nesta montagem. Tudo
extrapola, e muito, o conceito de “ÓTIMO”. O elenco – dos sonhos –
não poderia ficar de fora disso. Sem qualquer exceção, o hepteto atua da forma
mais harmoniosa possível, levando a um aproveitamento digno dos maiores aplausos.
O protagonismo é de LUCAS LENTINI, um dos idealizadores do projeto, numa
interpretação visceral e comovente do jovem Juliano, que se vê “ator”
num processo de conflito de gerações, materializado por meio da sua relação com
a mãe, e profunda inquietação, frente ao detestável e inaceitável conservadorismo da família e da sociedade. É impossível dominar um
sentimento de paixão, por parte da plateia, para com o personagem, magistralmente
interpretado pelo ator, cujo trabalho passei a admirar, com toda a força da
minha exigência por interpretações irrepreensíveis.
Tão profunda, intensa e vigorosa
interpretação, como o trabalho de LUCAS, é a atuação de MALU GALLI,
na pele de uma mãe que parece não ter vida e desejos próprios, vivendo em
função dos outros, o marido e a irmã, ambos doentes, com tempo ainda sobrando
para se preocupar excessivamente com as ideias daquele filho “rebelde”,
que ela sonhava ver como um pianista famoso. É possível que a personagem nem se
dê conta de quão dominadora é, em relação ao filho, ainda que todo o seu
comportamento, que beira às raias do bizarro ou patético, por vezes, e provoca
gargalhadas do público, seja “justificável” naquele contexto
sociológico. Para mim, MALU realiza o seu melhor trabalho em TEATRO,
dos muitos que conheço.
Quanto às atuações de EUCIR DE SOUZA e BETH
GOULART, como os consagrados pensadores e intelectuais franceses, “mentores”
do protagonista, só posso dizer que ambos ratificam seus talentos, tantas
vezes, anteriormente, já comprovados. O humor refinado dos personagens é algo
digno dos aplausos que a plateia dirige a ambos. Tanto EUCIR quanto BETH
nos encantam com suas posturas corporais, suas máscaras expressivas, suas falas
e seus silêncios relevantes e significativos. Com os préstimos do casal,
Juliano encontra o caminho para enfrentar seus medos e suas dúvidas cruciais.
FERNANDA VIACAVA, Brunilde, irmã de Aspázia, interpreta uma mulher sobre a qual não se sabe muita coisa, a não ser que era uma espírita praticante, condenada à morte, vítima de um câncer, muito orgulhosa de um filho, o qual ela, verdadeiramente não conhecia (Ou será que via e não queria reconhecer?), mas sabia alertar a irmã para o comportamento “estranho” do sobrinho.
RAFAEL DE BONA
encontrou tudo aquilo de que precisava para a composição de seu personagem, Lourenço,
o primo de Juliano, filho de uma mãe de um seio só, a “amazona”,
como a ela se referiu Simone de Beauvoir, com seu humor cáustico
e refinado, um sedutor “rapaz modelo”, segundo sua mãe, o qual
trai a esposa grávida e que não passa de um agente a favor do regime de
exceção; o machista que, no entanto, deixa transparecer uma possível bissexualidade,
praticada com Juliano.
FERNANDO MOSCARDI,
Francisquinho, o melhor amigo do protagonista, é um personagem
que Lourenço queria ver bem distante do primo (Uma “má
influência”. Por motivos ideológicos ou por ciúme?). Há uma afinidade
especial, entre Juliano e Francisquinho, no que diz
respeito ao amor pelos livros. Paira sobre o personagem uma certa pueril
ingenuidade, e o dramaturgo sugere um interesse sexual, de Juliano
pelo amigo, que o repele, mas apenas “até a página 5”.
Em qualquer premiação que abrace a categoria de “melhor elenco”, certamente, este seria um fortíssimo candidato.
FICHA TÉCNICA:
|
SERVIÇO:
Temporada: De 29 de junho a 23 de julho de 20213.
Local: Teatro Copacabana Palace.
Endereço: Avenida Nossa Senhora de Copacabana, nº 291 – Copacabana – Rio
de Janeiro.
Telefone; (21)25487070.
Dias e Horários: De 5ª feira a sábado, às 20h; domingo e feriado, às 18h.
Valor dos Ingressos: 5ª feira: Plateia, da fila A à I = R$140,00 e
R$70,00 (meia-entrada); da fila J à N = 120,00 e R$60,00 (meia-entrada); Balcão
= R$100,00 e R$50,00 (meia-entrada); de 6ª feira a domingo: Plateia, da fila A
à I = R$180,00 e R$90,00 (meia-entrada); da fila J à N = R$160,00 e R$80,00
(meia-entrada); Balcão = R$140,00 e R$70,00 (meia-entrada).
Vendas pela plataforma Sympla (www.sympla.com.br) e na bilheteria do Teatro, nos dias de apresentação da peça.
Duração: 100 minutos (Com intervalo.).
Indicação Etária: 16 anos.
Capacidade: 332 lugares.
Gênero: COMÉDIA.
Gostaria
de terminar esta crítica, tecendo comentários sobre o que ocorre, ao final da encenação e,
principalmente, sobre as mudanças ocorridas com os personagens, entretanto isso
corresponderia a um “spoiler”, e não é, absolutamente, meu desejo
roubar, dos que ainda assistirão à peça, o prazer de constatá-las. Mas não posso
deixar de chamar a atenção dos que me leem para como Aspázia se
comporta, após uma “coversa” dela com Simone de Beauvois,
uma cena das mais importantes na peça.
O
prazer de ter assistido a esta OBRA-PRIMA é incomensurável. Sinto um
desejo irresistível de encabeçar um movimento por um resgate da obra de MAURO
RASI. É, extrema e urgentemente, necessário que o Brasil e,
principalmente, o público mais jovem conheçam este grande dramaturgo. É preciso
que suas peças voltem a ser encenadas, uma vez que são atemporais, abordando
temas que nos afetam muito até nos dias de hoje. Além dos prêmios mencionados
nesta crítica, cumpre-me dizer que RASI ainda, como dramaturgo,
ganhou outros prêmios “SHELL”, pelas peças “A Estrela Do
Lar” (1989), “O Baile de Máscaras” (1991) e
“Pérola” (1995). E como eu gostaria de rever, outras muitas
vezes, “A CERIMÔNIA DO ADEUS”!
FOTOS: DIEGO IMAI
e
FERNANDO GONSALES
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