“PAI
ILEGAL”
ou
(UMA COMÉDIA
LEGAL.)
(TEMPORADA PRORROGADA ATÉ 12 DE JUNHO/22.)
O título desta deliciosa COMÉDIA parece meio “estranho”
e pode sugerir, creio eu, algumas interpretações diferentes, porém já adianto
que, para saber, mesmo, de que se trata, é preciso assistir ao espetáculo,
embora já recebam, por aqui, alguns “spoilers”. Tenho certeza de
que não se arrependerão.
O inteligente e divertido texto, de ULISSES MATTOS,
“reflete, com humor, sobre os desafios
do homem, diante da paternidade, e o desejo de aprovação, na sociedade atual”. Com direção de HENRIQUE TAVARES, o espetáculo foi
idealizado pelo protagonista, PEDRO MONTEIRO, que
apresenta a segunda parte, de uma trilogia teatral, sobre a paternidade.
Na peça, todo homem precisa passar por um difícil processo, até obter
seu “certificado de pai”.
SINOPSE:
Sabe quando as pessoas falavam que
ser pai é tão importante e desafiador, que deveria existir um “certificado
de permissão”?
Pois agora existe!
Sem sua “licença de pai”,
GABRIEL (PEDRO MONTEIRO) acaba preso e vai ter que passar por provas nada
fáceis.
Afinal, GABRIEL será aprovado ou não?
Transcrevo, aqui, um interessante trecho, escrito por RACHEL
ALMEIDA, inserido no “release” que me foi enviado por esta e
por LYVIA RODRIGUES, que fazem a assessoria de imprensa da peça: “Em um futuro próximo, todo homem precisará fazer uma série de provas,
para se tornar pai. O processo não é simples. A vontade de ter um filho
vai esbarrar na falta de preparo, na insegurança e, até, no machismo estrutural,
ainda presente na sociedade, que insiste em delegar à mãe a maioria dos
cuidados com o bebê. Quem insistir em ser pai, sem cumprir todas as
tarefas, e ganhar seu ‘certificado’ poderá ser detido e até preso. Esse é o
ponto de partida de ‘PAI ILEGAL’”.
Segundo PEDRO MONTEIRO, idealizador do projeto e protagonista
da peça, “A ideia é usar o humor, para discutir temas pertinentes à
sociedade atual, como o lugar de fala, a importância do pai na
criação de um filho e a necessidade de aprovação que todos nós temos”.
“A peça acompanha a
história de GABRIEL, que vê sua vida mudar, ao ser parado numa blitz policial.
A documentação do carro está em dia, não houve consumo de álcool pelo
motorista, mas há um grande problema: ele é um ‘pai ilegal’. O
policial desconfia de uma fralda encontrada no carro, faz um teste do bafômetro
e, logo, detecta a presença de talquinho, colônia de bebê, pomada pra assadura
e tudo mais. Sim, no futuro, a tecnologia já consegue detectar quem
é pai e deter aqueles que não possuem certificado.”
Além de PEDRO MONTEIRO (GABRIEL), estão
no elenco GABRIELA ESTEVÃO (AGENTE T) e JULIANA GUIMARÃES (ÍSIS).
Diz ULISSES MATTOS, sobre o tipo de humor preferido por
ele e PEDRO: “Eu e PEDRO gostamos daquele tipo de humor que
diverte e emociona, e não recorre aos clichês apelativos da comédia”. E
prossegue: “Além disso, discutir a presença e ausência
do pai na criação de um filho é um assunto que nos interessa. Por mais
presente que a gente seja, a verdade é que a mãe é sempre mais. Além do tema da
paternidade, vamos discutir a nossa necessidade de aprovação. Durante toda a
peça, o GABRIEL fala desse nosso desejo de ser aprovado pelos pais, pelos
filhos, pela sociedade, na escola, nas redes sociais...”. Quem
escreve sabendo o que deseja e como consegue chegar ao público tem amplas
chances de ser elogiado, como faço, agora, com relação à dramaturgia de “PAI
LEGAL”: excelente!
HENRIQUE TAVARES, que faz um ótimo
trabalho de direção, acredita que o espetáculo faz o homem reavaliar sua
função na sociedade e na família. “Neste momento de tantas mudanças
comportamentais, a peça fala, também, de como o pai pode se desconstruir
e ficar mais atento às relações com a mulher e os filhos, combatendo o machismo
e o patriarcado. Mas tudo com muito humor, estamos precisando de alívio cômico
na vida!”. E continua: “A
peça é bastante leve, divertida e ágil. Vamos contar essa história de uma
maneira bem teatral, com elementos realistas, mas com alguns exageros para
potencializar a situação cômica. O pai vai passar por várias provas
para conseguir sua liberdade”. Sim, isso é verdade e nos leva a
enxergar a narrativa como algo surreal, completamente inverossímil,
impossível de acontecer, mas aceita tudo “de boa”, pois,
afinal de contas, é TEATRO.
A equipe criativa envolvida no
projeto conta com nomes de grande gabarito em suas áreas de atuação,
como MARCELO ALONSO NEVES (direção musical e trilha original), ALFREDO
BONEFF (assistência de direção e preparação corporal), MARIETA
SPADA (cenário e figurino) e JOÃO GIOIA (Iluminação), sobre cujos
trabalhos darei algumas “pinceladas”.
A montagem é bem “franciscana”
e serve para comprovar que é possível fazer um TEATRO de qualidade, com a utilização
de poucos recursos financeiros, o que é, infelizmente, uma imposição do
momento pelo qual estamos passando. Depois de quase dois anos de total
afastamento dos palcos, as produções, a grande maioria delas, por falta
de patrocínios ou outros tipos de incentivo, se veem obrigadas a limitar os gastos,
não deixando, porém, de focar na qualidade do produto final, a ser entregue ao público,
como o máximo de respeito a este, como ocorre nesta peça.
MARIETA SPADA acerta no cenário
e nos figurinos. Naquele, utiliza poucos elementos cênicos,
todos, porém, necessários à resolução das cenas. Nos figurinos, também é
bom o resultado. ISIS e a AGENTE T usam uniformes militares; já o
protagonista aparece com um traje que seria o de um prisioneiro, num tom
forte de laranja, que deve ter sido pensado com a ideia de dar um grande
destaque ao personagem. Momento descontração: em sua primeira
aparição, pensei que o personagem seria um gari.
JOÃO GIOIA foi bastante
parcimonioso, na iluminação, já que o texto que não permitia,
mesmo, a meu juízo, nada além do que ele fez. Nada de muitas cores e grandes
variações de tons e intensidade de luz.
Embora haja a rubrica “coreografia”,
na ficha técnica, assinada por HANNA FASCA, essa parte não existe
em grande escala, nesta montagem, mas funciona, quando posta em prática.
Quando MARCELO ALONSO NEVES
aceita entrar, numa produção teatral, com o seu trabalho, isso já é
garantia de que a direção musical e a trilha sonora original do
espetáculo não permitirão comentários negativos; pelo contrário, sempre “acerta
no alvo”, e não seria diferente aqui.
Sobre o elenco, não poderia
dizer nada diferente do que isto: o trio executa, a contento, seu trabalho e
demonstra uma grande afinidade entre si. Admiro demais PEDRO MONTEIRO,
pela sua entrega ao TEATRO: além de ator, dramaturgo e diretor,
também se mostra um grande empreendedor. PEDRO é aquele que doa
seu sangue à nobre arte de representar. Com muita naturalidade, ele “sofre”,
em cena, as agruras por que passa o personagem, sem entender ou
enxergar alguma transgressão cometida. Por outro lado, GABRIELA e JULIANA,
suas duas “algozes”, também sabem como “infernizar”
a vida daquele “pobre pai”, porém na certeza de que estão “cumprindo
a lei”. Um ótimo trabalho do trio.
HENRIQUE
TAVARES, um homem de TEATRO, bastante premiado, faz uma boa
direção, descomplicada, com marcações corretas e conseguindo fazer com que
o tom de surrealismo do texto se mantenha, do início ao fim do espetáculo.
FICHA TÉCNICA:
Idealização: Pedro Monteiro
Dramaturgia: Ulisses Mattos
Direção Artística: Henrique
Tavares
Assistência de Direção: Alfredo
Boneff
Direção Musical e Trilha Sonora Original: Marcelo
Alonso Neves
Elenco: Pedro Monteiro
(Gabriel), Juliana Guimarães (Ísis) e Gabriela Estevão (agente T)
Cenário: Marieta Spada
Figurino: Marieta Spada
Iluminação: João Gioia
Coreografia: Hanna Fasca
Assessoria de Imprensa: Lyvia
Rodrigues e Rachel Almeida
Gestão de Redes Sociais: Lyvia
Rodrigues e Rachel Almeida
Programação Visual: A4_ - Davi
Palmeira
Direção de Produção e Produção Executiva: Tem
Dendê! Produções - Tamires Nascimento
Assistência de Produção: Jacyara
de Carvalho e PV Israel
Assessoria Jurídica: Bruno Assis
Contabilidade: VOX Contábil
Prestação de Contas: Alan Isídio
Marketing Cultural: Marcela
Bronstein
Fotos: Beto Roma, Álvaro Riveros e João Gioia
SERVIÇO:
Temporada: de
05 de maio até 12 de junho de 2022.
Local: Teatro
Dulcina.
Endereço: Rua
Alcindo Guanabara, 17 - Centro, Rio de Janeiro - RJ
Telefone: (21)2240-4879
Dias e
horários: 5ªs e 6ªs feiras, às 19h; sábados e domingos, às 18h.
Valor dos Ingressos: R$40,00
(inteira) e R$20,00 (meia entrada).
Compra online Sympla: https://bit.ly/3MAHbze
Capacidade: 300
pessoas.
Classificação Etária: 10
anos
Instagram do
espetáculo: @paiilegalteatro
Assessoria de
imprensa:
Lyvia
Rodrigues: (21)98061-5853
contato@aquelaquedivulga.com.br
Rachel
Almeida: (21)3579-1352 | (21)99196-1489
Gênero:
COMÉDIA.
Se é uma boa COMÉDIA o que você está
procurando e, melhor ainda, pagando o valor de uma sessão de cinema, ou menos
até, faço esta recomendação. A peça é leve, mas, como todo bom
texto de COMÉDIA, faz críticas e provoca reflexões. O espectador
ri, na hora da “piada” e, depois, fica se perguntando: “Era
para eu rir? Aquilo é muito sério.”.
FOTOS: BETO ROMA,
ÁLVARO RIVEROS
e JOÃO GIOIA.
GALERIA PARTICULAR:
E VAMOS AO TEATRO,
COM TODOS OS
CUIDADOS!!!
OCUPEMOS TODAS AS SALAS
DE ESPETÁCULO
DO BRASIL,
COM TODOS OS
CUIDADOS!!!
A ARTE EDUCA E
CONSTRÓI, SEMPRE!!!
RESISTAMOS, SEMPRE
MAIS!!!
COMPARTILHEM ESTE
TEXTO,
PARA QUE, JUNTOS,
POSSAMOS DIVULGAR
O QUE HÁ DE MELHOR NO
Nenhum comentário:
Postar um comentário