MEMÓRIAS
DO ESQUECIMENTO
(O QUE ERA PARA SER
ESQUECIDO,
MAS NÃO PODE NEM DEVE SER.
ou
MELHOR QUE NUNCA TIVESSE
ACONTECIDO.
ou
O SINCERO, DOLOROSO E
PUNGENTE
DEPOIMENTO DE UM SER HUMANO,
VÍTIMA DE SEUS VIS ALGOZES.)
Eu
queria muito assistir à peça. Queria
muito, mesmo, embora soubesse que sofreria demais e que não conseguiria impedir
que filmes em preto e branco, alguns com imagens distorcidas, me viessem à
mente, invadindo e fustigando a minha memória, a memória do que eu também
gostaria de esquecer, mas não consigo. Ninguém, que viveu no tempo da ditadura
militar, no Brasil, iniciada com um
golpe, em 1º de abril de 1964, é
capaz de apagar, para sempre, o que viveu, sentiu ou, “simplesmente”, testemunhou,
durante aqueles negros anos de chumbo, “página infeliz da nossa história, passagem
desbotada na memória das nossas novas gerações...” – Chico Buarque de Holanda).
E, assim mesmo, eu fui, porque sabia que iria assistir a um espetáculo de altíssimo nível, como
pude comprovar, logo nos primeiros minutos de longos 90, cronológicos, que é
a duração do monólogo, que mais
parecem, do ponto de vista do tempo psicológico, os 21 anos de duração
daquela maldita ditadura.
Eu
tinha quase 15 anos, quando o golpe
militar derramou litros de sangue sobre o livro da História do Brasil. Era, porém, muito maduro, politizado e engajado
nas causas sociais, o que me fazia diferente dos adolescentes da minha época.
Só andava com gente um pouco mais velha e, embora nunca tivesse militado, na
linha de frente, sempre estive ao lado de pessoas que vi morrer, depois de serem
torturadas; gente que vi desaparecer, como num truque de mágica; homens e
mulheres, de todas as idades, que sobreviveram à barbárie, a tudo, mas guardam sequelas
das torturas, no corpo e na alma. Acompanhei, de perto, os passos do meu pai,
que, também, graças a Deus, não foi
preso nem sofreu tortura física, mas psicológica a nossa família conheceu um
pouco. Como o personagem da peça,
ajudei meu pai a incinerar, numa cova, escavada no nosso quintal, livros
“subversivos”, sempre com medo de que uma “visitinha” dos "gorilões" pudesse
acabar com a nossa família.
Num dia de
passeata, contra a ditadura, em plena avenida Rio Branco,
no Rio de Janeiro, para fugir dos
milicos e seus cavalos, corri para dentro da Galeria dos Empregados do Comércio, com dezenas e dezenas de
pessoas, e fiquei encurralado,
porque os “caçadores de comunistas” também entraram, pelos dois lados, e
ficamos cercados, aguardando as agressões físicas, as prisões e sei lá mais o
quê. Eu e mais algumas pessoas fomos salvos por um homem, que nos jogou num
elevador, levando-nos para o seu escritório, num dos andares daquele prédio.
Até hoje, não sei o seu nome, mas, não fosse aquela atitude, talvez, eu não
estivesse aqui, escrevendo esta crítica.
Meu amigo Carlinhos, de 17 ou 18 anos, não teve a mesma sorte.
Ficamos dias à sua procura, até que seus pais, por intercessão de um militar (NÃO MILICO), oficial do Corpo de Bombeiros, amigo da família,
conseguiu localizá-lo, duas semanas depois, num quartel da Vila Militar, totalmente sem memória e profundamente debilitado e
depressivo. Viveu mais uns dois anos, ou melhor, “vegetou”, tempo suficiente
para sabermos que também se tornara impotente e estéril, pelos chutes que levou na região
genital.
Na véspera da “Passeata dos Cem Mil”, após a sessão
de “Cordélia Brasil”, peça de Antônio Bivar, encenada no antigo Teatro Mesbla, com Norma
Benguel como protagonista,
livrei-me de ser preso, aos 18 ou 19
anos, pois fui o único, na primeira fila, a me levantar e aplaudir, de pé (Outros também aplaudiram, mas sentados),
o discurso da atriz, ao término da
sessão, no qual ela destilava todo o seu repúdio ao autoritarismo dos milicos e
conclamava o público a participar da referida passeata, no dia seguinte. Quando
Norma, que não me conhecia, notou,
de pé, ao fundo do Teatro, meia
dúzia de “homens estranhos”, de terno, me levou para o seu camarim e só saímos
de lá quase duas horas depois, por uma saída “secreta”, depois de um
contrarregra ter-se certificado de que aquelas pessoas suspeitas haviam ido
embora, e ela me embarcou num táxi, no qual fui, até a minha casa, sempre
olhando para trás, receando uma perseguição.
É isso que
muitos dizem ser invenção. MAS NÃO FOI!!!
Para gente como eu, “MEMÓRIAS DO
ESQUECIMENTO” tem um sabor especial, mais amargo, mais ácido, um algo a mais do que
para os espectadores em geral.
Enquanto
assistia à peça aqui analisada, sofrendo dores
físicas, em função de uma recém-cirurgia de fêmur (fazia três semanas), vez por
outra, conseguia desviar o meu olhar, que não piscava, de BRUCE GOMLEVSKY, o qual quase nos hipnotiza e nos atrai, como um ímã,
e via, nas demais pessoas da plateia, talvez, alguém que, de certa forma,
conheceu aquele horror, relatado, detalhadamente, pelo ator, em trabalho brilhante e inesquecível. As expressões faciais
do público demonstram o quanto a peça
nos toca, o quanto ela nos incomoda, no sentido de provocar uma dor, uma comiseração, por gente
que nem chegamos a conhecer pessoalmente, para a maioria naquela plateia.
O TEATRO tem inúmeras funções e uma delas
é a de educar, pela informação e pelo exemplo. TEATRO nos remete, via de regra, à ficção, a uma história inventada
por alguém, com o objetivo de divertir ou emocionar, mas tudo “de mentirinha”. É TEATRO; não é verdade. Mas ali, no Teatro Poeirinha (VER SERVIÇO.) era de verdade; ou melhor, era uma verdade ficcional, porque o tempo era
outro, a vítima era outra, mas TUDO
ACONTECEU DE VERDADE. NÃO É BASEADO
EM FATOS REAIS. ERAM OS FATOS REAIS,
CONTADOS POR SEU PROTAGONISTA. NÃO É
FICÇÃO, INVENÇÃO. Muito pelo contrário, embora quiséssemos que fosse. Seria
bom se um autor genial tivesse tanta
imaginação, para inventar tudo o que sai da boca do ator BRUCE GOMLEVSKY, na pele do jornalista FLÁVIO TAVARES, sobre cuja biografia vale a pena destacar alguns
fatos importantes (Material extraído,
com adaptações e cortes, da Wikipédia.).
FLÁVIO TAVARES, nascido em 1934, estando, portanto com 84 anos de idade, é um ex-militante
da esquerda partidária da luta armada,
um dos presos políticos trocados pelo embaixador norte-americano Charles Burke Elbrick, sequestrado, no
Rio de Janeiro, em 4 de setembro de 1969, por integrantes
das organizações clandestinas Dissidência Comunista da Guanabara e
da Acão Libertadora Nacional. FLÁVIO formou-se em Direito, mas nunca atuou como advogado,
trabalhando, desde cedo, na área de jornalismo, chegando a ser comentarista político do jornal "Última Hora",
de Samuel Wainer,
quando cobriu eventos importantes pelo jornal, como a Conferência da Organização dos Estados Americanos,
em Punta del Leste, Uruguai,
em 1961, onde e quando
conheceu Ernesto Che Guevara, que era o delegado
de Cuba. TAVARES foi preso, pela primeira vez,
logo após o golpe militar de 1964,
mas foi solto um pouco depois. Não demorou, porém, para que FLÁVIO passasse a conspirar contra
a ditadura,
na luta armada. Entre 1967 e 1969, foi, novamente, preso, acusado de participar de
uma ação armada, para libertar presos
políticos, na Penitenciária Lemos de
Brito, no Rio de Janeiro. Em setembro de 1969, foi enviado para o
exílio, no México,
no grupo de prisioneiros trocados pelo embaixador Elbrick. Nos anos 1970,
durante o exílio, trabalhou no jornal mexicano "Excelsior",
pertencente a uma cooperativa de trabalhadores. Como correspondente do “Excelsior”,
a partir de 1974, foi viver
em Buenos Aires,
onde também escrevia para o jornal "O Estado de São Paulo",
assinando sob o pseudônimo de Júlio
Delgado. Sua permanência na Argentina
terminou em 1977, quando foi
ao Uruguai, a
fim de contratar um advogado para outro jornalista do “Excelsior”, que
fora preso lá. Em julho daquele ano, FLÁVIO
foi sequestrado, por militares dos órgãos de repressão dos uruguaios, passando 195 dias preso. Foi libertado, graças à
solidariedade do “Excelsior” e do "Estadão".
O jornal brasileiro mobilizou toda a imprensa, para denunciar a prisão ilegal
de FLÁVIO. Sob pressão de uma
campanha internacional, o governo do Brasil
pediu sua libertação às autoridades uruguaias. O problema era que o jornalista
não podia voltar a seu país nem possuía passaporte, uma vez que fora banido do Brasil em 1969. O impasse foi resolvido, em janeiro de 1978, com a sua expulsão do
Uruguai e a oferta de asilo, feita
pelo governo de Portugal,
que havia passado, recentemente, pela Revolução dos Cravos. Assim, FLÁVIO TAVARES foi morar em Lisboa e
só voltou ao Brasil com
a anistia de 1979.
Atualmente, o jornalista vive e trabalha em Búzios. É professor aposentado da Universidade de Brasília e articulista
dominical do jornal "Zero Hora".
Autor de alguns livros de sucesso, seu
trabalho mais famoso é o que dá título a este monólogo, pelo qual ganhou o
Prêmio Jabuti 2000, na categoria “Reportagem”.
Tudo isso, e muito mais, está presente no excelente texto da peça.
“O QUE SERÁ?” (“À FLOR A
PELE”.)
(CHICO BUARQUE DE HOLANDA e
MILTON NASCIMENTO)
(...)
SERÁ, QUE SERÁ?
O QUE NÃO TEM CERTEZA NEM NUNCA TERÁ,
O QUE NÃO TEM CONSERTO NEM NUNCA TERÁ,
O QUE NÃO TEM TAMANHO.
(...)
SERÁ, QUE SERÁ?
O QUE NÃO TEM DECÊNCIA NEM NUNCA TERÁ,
O QUE NÃO TEM CENSURA NEM NUNCA TERÁ,
O QUE NÃO FAZ SENTIDO.
(...)
O QUE NÃO TEM GOVERNO NEM NUNCA TERÁ,
O QUE NÃO TEM VERGONHA NEM NUNCA TERÁ,
O QUE NÃO TEM JUÍZO.
SINOPSE:
O espetáculo, que comemora os 25
anos de carreira de BRUCE GOMLEVSKY, conta, em primeira pessoa, a história
do jornalista FLÁVIO TAVARES, cujo
livro homônimo foi vencedor do Prêmio
Jabuti de Literatura no ano de 2000.
O livro é um relato, descarnado e cru, sobre a prisão e a tortura,
após o golpe militar de 1964, no Brasil.
TAVARES foi preso três vezes, entre 1964 e 1969. Passou por sessões de tortura e foi um dos presos trocados
pelo embaixador americano Charles
Elbrick, sequestrado em 1969,
episódio que, em 2019, completa
exatos 50 anos de ocorrido.
Seu livro foi escrito
muito tempo depois de suas experiências traumáticas, num intenso trabalho de
memória, em que faz uma reflexão sobre a tortura, o exílio e a sua segunda
experiência extrema, fora do país. Reflete, entre outras coisas, sobre os
limites existentes para contar aquilo por que passou. Uma voz, ainda que
trêmula, tentando esboçar possibilidades para o futuro, a partir de um
presente massacrado pelo passado.
Nesta crítica, ao contrário do que sempre faço, não
vou entrar em detalhes sobre os elementos técnicos, até porque o
meu envolvimento emocional com a peça foi tão grande, que nada mais me
interessava ou me chamava atenção do que o texto e o trabalho do ator.
Assim mesmo, em poucas palavras, posso externar a minha impressão sobre o que
vi.
O texto e a interpretação magnífica de BRUCE têm de ser analisados juntos. FLÁVIO vai contando, cronologicamente,
a sua “via crucis”, com muita verdade, detalhe por detalhe, e o ator, traz, para a flor de sua pele,
toda a sua emoção interior e se torna a voz
do autor. Não o vejo nem como um personagem,
interpretando, mas como alguém conversando com um seleto e afortunado grupo de 50 pessoas, ávidas por tomar
conhecimento daqueles fatos e prontas a serem solidárias com seu sofrimento.
Não há quem não se comova extremamente, alguns chegando às lágrimas, com o
brilhante texto, muito bem adaptado por BRUCE e DANIELA PEREIRA DE
CARVALHO, e o primoroso trabalho do ator.
Mas é TEATRO, não é mesmo? E por que não falar
dos elementos técnicos da montagem?
Sem, absolutamente, desfazer de nenhum deles, eu diria que não fariam falta
neste espetáculo. Entendam, por
favor, o que estou querendo dizer. A cenografia,
assinada por BRUCE, se resume a uma
cadeira, poucas vezes utilizada. O figurino
é um discreto terno escuro, meio preto, meio cinza, cores simbólicas, mas que
poderia nem existir, Nu ou vestido, a plateia só iria prestar atenção ao texto e à interpretação. A direção,
também de BRUCE, optou por uma
postura predominantemente de um ator
parado, olhando, fixo, nos olhos do público e pondo para fora suas “memórias do esquecimento”. Poucos são
os seus deslocamentos pelo palco, o que, curiosamente, não entedia o público.
Ninguém está interessado em marcações e deslocamentos. A todos, só interessam
os relatos e seus desdobramentos.
Merece
um destaque, esta sim, a iluminação,
sob a criatividade de RUSSINHO, que
trabalha com pouca luz, como se quisesse trazer à cena os porões
claustrofóbicos da ditadura, com vários focos direcionados ao ator, que vão se
alternando ou se multiplicando, em intensidades diferentes, seguindo o curso da
narrativa. Esse é um detalhe plástico
que não pode deixar de ser observado e elogiado.
FICHA TÉCNICA:
Texto: Flávio Tavares
Adaptação: Daniela Pereira de Carvalho e
Bruce Gomlevsky
Direção e Interpretação: Bruce
Gomlevsky
Figurino: Maria Duarte
Iluminação: Russinho
Cenário: Bruce Gomlevsky
Programação Visual: Rita Ariani
Fotos: Dalton Valério
Direção de Produção: Luiz Prado
Realização: BG ArtEntretenimento Ltda.
Assessoria de Imprensa: JSPontes
Comunicação – João Pontes e Stella Stephany
SERVIÇO:
Temporada: de 02 a 28 de outubro de 2018.
Local: Teatro Poeirinha.
Endereço: Rua São João Batista, 104,
Botafogo – Rio de Janeiro.
Telefone: (21) 2537-8053.
Dias e Horários VARIADOS - MUITA ATENÇÃO!!!:
Nas duas primeiras semanas: De 3ª
feira a sábado, às 19h, e domingo, às 17h.
Nos dias 16, 17 e 18 (3ª, 4ª e 5ª feira),
às 19h.
Nos dias 19 e 20 (6ª feira e sábado),
às 21h.
No dia 21 (domingo), às 19h.
Nos dias 23 e 24 (3ª e 4ª feira), às 19h.
Nos dias 25, 26 e 27 (5ª e 6ª feira e
sábado), às 21h.
No dia 28 (domingo), às 19h.
Valor dos Ingressos: De 3ª a 5ª feira,
R$50,00 e 25,00 (meia entrada); de 6ª feira a domingo, R$60,00 e R$30,00 (meia
entrada).
Horário de Funcionamento da Bilheteria: De
3ª feira a sábado, das 15h às 21h; domingo, das 15h às 19h.
Capacidade: 50 espectadores.
Duração: 90 minutos.
Gênero: Drama.
Classificação Indicativa: 16 anos.
Para encerrar, aproprio-me de um
trecho do “release” da peça, enviado por JSPONTES COMUNICAÇÃO – JOÃO PONTES e STELLA STEPHANY: “O
espetáculo chega, para a plateia, de forma seca, crua, colocando em pauta até
que ponto a memória fragmentada de alguém, igualmente fragmentado pela
violência, consegue dar contorno a essa experiência nos seus relatos. Esse
gênero de literatura trabalha numa tênue fronteira, quase imperceptível,
entre história e memória, entre o ‘real’ e a ficção, entre a denúncia e
uma espécie de necessidade pessoal de escrever. “MEMÓRIAS DO ESQUECIMENTO”
não expõe a ferida apenas do ponto de vista particular; ela faz parte de uma
memória coletiva, que habita na história brasileira, porque, até hoje,
apresenta resquícios sociais, que nos atingem direta ou indiretamente. O
espetáculo busca o pensamento crítico, a reflexão sobre a história
contemporânea do país, quando a democracia, lema base para a vida em
sociedade, não se fazia presente. É importante relembrar isso, nos dias de
hoje, em que vivemos numa sociedade polarizada, com discursos de ódio e
intolerância, para que não se repitam os erros do passado”.
No mais, nada a acrescentar, a não
ser dizer que este espetáculo, um dos melhores deste ano, no Rio de
Janeiro, deveria ser levado às escolas, aos clubes, aos templos religiosos,
às praças públicas... Deveria ir até onde o povo está, para que um maior número
possível de pessoas, principalmente, os das gerações mais novas, pudesse ter
uma ideia do que, realmente, nos fez, e faz, até hoje, doer o período da
ditadura militar no Brasil, QUE NÃO QUEREMOS NUNCA MAIS VIVER,
ainda que estejamos, infelizmente, numa quase iminência de um novo golpe nas
instituições democráticas deste país.
“Pergunto-me o que
me angustiou mais: ter vivido o que eu vivi ou ter rememorado, aqui, tudo o que
eu quis esquecer?
Do que contei,
tentei não tirar conclusões e preferi que a narrativa concluísse por si
mesma, nessas histórias que não inventei e que foram tão-só refeitas,
cosidas no tempo e no espaço, numa fiação paciente e dolorosa.”
(FLÁVIO TAVARES, “MEMÓRIAS DO ESQUECIMENTO”)
E
VAMOS AO TEATRO!!!
OCUPEMOS
TODAS AS SALAS DE ESPETÁCULO DO BRASIL!!!
COMPARTILHEM
ESTA CRÍTICA, PARA QUE, JUNTOS,
POSSAMOS
DIVULGAR O QUE HÁ DE MELHOR NO
TEATRO
BRASILEIRO!!!
FOTOS:
DALTON VALÉRIO.)
GALERIA
PARTICULAR
(FOTO:
JOÃO PEDRO BARTHOLO.)
Com Bruce Gomlevsky.
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