terça-feira, 7 de fevereiro de 2023

 “UBU REI”

ou

(A HORA E A VEZ DA

ANARQUIA, COM ARTE.)

ou

(ESCRACHO SERVIDO

COM REQUINTE 
DE BANQUETE.)

 




        Existe, na cidade de Campinas, São Paulo, um grupo de TEATRO que considero um dos melhores da atualidade, no Brasil: OS GERALDOS. De Carmo do Rio Claro, ganhou o país o nome de um dos melhores encenadores do TEATRO BRASILEIRO, dos mais inquietos e criativos: GABRIEL VILLELA. O que acontece, quando essas duas excepcionais referências se encontram num palco? Sucesso absoluto, traduzido em espetáculos irrepreensíveis, que ficarão na memória de quem sabe apreciar o bom TEATRO. Ocorreu, no ano passado, o “casamento” entre os dois, quando GABRIEL concebeu a montagem de “Cordel do Amor sem Fim ou A Flor do Chico”, um trabalho memorável sobre o excelente texto de Cláudia Barral, espetáculo ao qual, infelizmente, só pude assistir na versão “on-line”, o suficiente para me encantar. Ainda tenho, porém, a esperança de poder ver a peça presencialmente. Este ano, OS GERALDOS e VILLELA renovaram os votos do “casamento” (Tentei relutar muito em utilizar a metáfora, por motivos óbvios, mas acho que ela "cai bem", aqui. Acho que todos irão entender.), por meio de uma nova encenação para um clássico do TEATRO UNIVERSAL, “UBU REI”. Duas magníficas montagens, seguindo vieses bem opostos. Em “Cordel...”, predomina o lirismo, mesclado com um excelente humor, já presente, de certa forma, no texto, potencializado pela perspectiva de GABRIEL e suas personalíssimas intervenções. Já “UBU REI” é pautado pelo deboche, a sátira, o escracho, com toques tropicais, já que existe a intenção de estabelecer um paralelo entre a história original e a situação política num certo país abaixo da linha do Equador, situado na América do Sul, cujo nome é iniciado pela letra “B”; e não é Bolívia.




          O texto foi escrito pelo dramaturgo francês ALFRED JARRY, quando este tinha apenas 23 anos, em 1896, ano em que a peça também foi levada à cena, pela primeira vez, em Paris, numa única apresentação pública, que confundiu e ofendeu a plateia "por conta de sua indisciplina e obscenidade". Por muitos teóricos e críticos, é considerada “uma peça selvagem, bizarra e cômica, significativa pela maneira como subverte regras, normas e convenções culturais”. Incluo-me, humildemente, nesses. Os estudiosos e críticos de TEATRO dos séculos XX e XXI são unânimes em afirmar que o texto de “UBU REI” abriu as portas para o que ficou conhecido como modernismo no século XX e como um precursor do dadaísmoe TEATRO DO ABSURDO, com o que, da mesma forma, concordo. Infelizmente, JARRY teve uma vida muito breve, tendo falecido aos 34 anos de idade. Se GABRIEL se armou de total autonomia, para fazer sua leitura do original, JARRY, por sua vez, escreveu “UBU REI” como uma paródia de “Macbeth”, de Shakespeare, com inspiração, também, em algumas partes de "Hamlet" e "Rei Lear", ambas de autoria do mesmo dramaturgo inglês.

 




SINOPSE:

O espetáculo conta a história de PAI e MÃE UBU, DOUGLAS NOVAIS e PAULA MATHENHAUER GUERREIRO, respectivamente, um casal entregue à barbárie, osquais usurpam o trono do rei da Polônia e exercem o poder, com selvageria e autoritarismo; com tirania, enfim.

 Eles assassinam, friamente, o rei e a maior parte da família (Apenas a rainha e um dos filhos do rei, Bugrelau (JOÃO FERNANDES), escapam, fugindo para as montanhas,) para aquela usurpação.

PAI UBU assume a posição de um tirano implacável, convencido pela MÃE UBU a liderar uma revolução que levou à mencionada usurpação do trono polonês.

PAI UBU passou a taxar, pesadamente, o povo e a matar, com requintes de crueldade, os nobres, para se apoderar de suas fortunas.  

O fantasma do rei morto aparece para seu filho e lhe pede vingança, como em “Hamlet”, de Shakespeare.

Como um delírio universal sobre extremismos na Terra, a peça é uma sátira da estupidez, da estultice e da ganância.

 



       É evidente que, no tal país ao qual me referi, no final do primeiro parágrafo, não houve invasão de território, guerra, assassinatos (Ou houve?) “y otras cositas más”, entretanto, quanto ao resto, tudo lhe cabe como uma luva. GABRIEL VILLELA trouxe a neve da Europa para o calor dos trópicos, com toda a sua verve de um talentoso encenador, capaz de criar o que possamos crer inimaginável e, consequentemente, aquilo que jamais poderíamos ver num palco de TEATRO



 De acordo com o “release” que me foi encaminhado pela assessoria de imprensa, ANDREA OLIVEIRA (SESC Consolação), MÁRCIA MARQUES, CAROL ZEFERINO e DANIELE VALÉRIO (Canal Aberto Assessoria de Imprensa), “UBU REI” é apresentado como “um clássico do TEATRO ocidental, marco de ruptura e transgressão no século XIX”. O que sentimos – eu, pelo menos -, a cada vez que assistimos a uma nova montagem da peça (Já vi mais de meia dúzia.), é que ela nos parece mais contemporânea do que nunca – principalmente esta, ao fazer uma sátira do Brasil atual – e, também não deixa de abordar um tema universal, o que justifica o sucesso em todos os países em que é encenada. Sentimos, ao travar contato com esta encenação, que “JARRY nos oferece o material dramático de que precisamos, para responder, com violência poética, beleza e humor ácido e inteligente, à selvageria e à estupidez destes tempos, a este momento histórico de caretice, autoritarismo e vulgaridade, que exige ruptura, por meio da ARTE”, selvageria essa com respingos, ainda, infelizmente, nos dias bem próximos a nós. Aqui, os focos de todos os refletores se concentram num período de quatro anos (2019 / 2022); isso é inquestionável.




        Diz aquele “release” que “OS GERALDOS” e GABRIEL VILLELA foram conduzidos à criação deste espetáculo por conta de “pontes”, observadas de ambos os lados, entre o clássico e o espectador de hoje. Creio que não seria tão difícil, para qualquer outro diretor, “puxar a brasa para a sardinha brasileira”, todavia nunca resultaria no que nos é servido, “numa bandeja de prata”, no palco do SESC Consolação. Isso porque VILLELA leva para a cena algumas marcas repetidas, mas jamais cansativas e sempre renovadas, de sua digital, na utilização de ícones extremamente expressivos.  



        O elo maior entre o talentosíssimo grupo teatral OS GERALDOS e GABRIEL VILLELA reside no fato de que ambos cultuam, voltam suas energias (para) e acreditam (no) o TEATRO popular e suas formas de apresentação, “com uma estética vinculada às raízes culturais do Brasil profundo”. O espetáculo em tela está em cartaz num Teatro, no formato de “palco italiano”, entretanto consigo visualizar apresentações dele em praças públicas, em logradouros, de uma forma geral, como nos moldes do TEATRO medieval, feito por grupos mambembes, experiência que GABRIEL domina, como ninguém. Basta ver suas vivências anteriores, com o grupo “Galpão”, de Belo Horizonte (“Romeu e Julieta”, apresentado por todo o Brasil e até no Shakespeare’s Globe Theatre, na Inglaterra, em 2000 e 2012, e “Os Gigantes da Montanha”, 2013.). Levar o TEATRO clássico ao povo é algo que deveria ser muito estimulado neste país, em que o número de pessoas com a oportunidade de acesso a espetáculos teatrais é inversamente proporcional ao das que consumem outras formas de educação e lazer, como jogos esportivos, mormente o futebol, e “shows” musicais. (Nada contra estes! Que isso fique bem claro!)




       Já tanto escrevi sobre a minha incomensurável admiração pelo magnífico trabalho de GABRIEL VILLELA, como encenador, que vou abdicar de voltar a fazê-lo, temendo ser repetitivo. Basta ler todas as minhas críticas sobre os espetáculos dirigidos por ele, que vão encontrar tudo o que poderia ser escrito aqui. Só me permito dizer – e isso é, inevitavelmente, redundante – que se trata de um premiadíssimo diretor de TEATRO, nos mais importantes prêmios direcionados aos “profissionais das tábuas”, contando com mais de 50 espetáculos em seu currículo, nos quais dirigiu os mais representativos atores e atrizes do TEATRO BRASILEIRO, além de, também, ter trabalhado na direção de espetáculos musicais de alguns dos mais emblemáticos intérpretes da música popular brasileira. Quando, depois de ter assistido à mais recente assinatura de GABRIEL, para um espetáculo teatral, me questiono se ele conseguirá se superar na próxima e, quando isso acontece, vem logo a resposta: SIM! Já estou preparado para me surpreender novamente, "na próxima", de preferência com, mais uma vez, o grupo OS GERALDOS.



Gabriel Villela

(Foto: autoria desconhecida)


    OS GERALDOS, com sede em Campinas (SP), desde 2008, comemorando os seus 15 anos de existência, no corrente ano, é das melhores coisas que o TEATRO me ofereceu nos últimos tempos. “Atua em três frentes de trabalho: Criação Artística, ao criar e manter em circulação seus espetáculos;  Projetos Formativos, ao oferecer cursos sobre a arte do ator e gestão cultural, a partir da prática do grupo e de pesquisas de mestrado e doutorado de seus integrantes; e Territórios Culturais, ao instituir espaços que possam sediar, para além das atividades do grupo, outros eventos artísticos, como ocorre em sua atual sede, o Teatro de Arte e Ofício (TAO), um dos mais importantes espaços culturais de Campinas”. (Trecho retirado do já citado, e excelente, “release”.) Já circulou por mais de 80 municípios, de três países e de dez estados brasileiros, e foi indicado ao “Prêmio Governador do Estado de Territórios Culturais” (2017), além de receber mais de 40 prêmios, em festivais nacionais e internacionais. O projeto desta montagem é do Grupo. Para isso, foram buscar nomes da maior importância, no TEATRO BRASILEIRO, para compor uma irretocável FICHA TÉCNICA, sobre o trabalho dos quais falarei adiante.




         Outro ponto de convergência entre o diretor e o elenco é que ambos não abrem mão da música, em seus trabalhos, de preferência aquelas que fazem parte de um repertório popular, bem do conhecimento e do agrado do grande público e que, é claro, caibam, com justeza, nos espaços compatíveis com elas, no gigante “quebra-cabeça” que é uma produção teatral. Com uma precisão cirúrgica 17 canções, em suas íntegras ou fragmentos, pontuam algumas cenas, interpretadas, ao vivo, pelos atores, com o acompanhamento do maestro EVERTON GENNARI, ao piano, também este responsável pela direção musical, com BABAYA MORAIS. Os dois ainda cuidaram da preparação vocal do elenco. Não faltou uma inusitada homenagem à Miriam Batucada, quando os artistas se acompanham, tocando caixas de fósforo. São utilizadas peças musicais do cancioneiro popular brasileiro e latino-americano, envolvendo nomes de grandes cantores e compositores. Abaixo, segue a “set list” completa. “As canções são elementos da dramaturgia, servindo tanto como prólogo (protofonia musical) até para juntar cenas e atos, ou mesmo para levar as cenas para outro lugar.”

 



 

CANÇÕES QUE FAZEM PARTE DA TRILHA SONORA:

“Disparada” (Geraldo Vandré e Théo de Barros)

“Viola Enluarada” (Marcos Valle e Paulo Sérgio Valle)

“Acorda, Alice” (Sérgio Bittencourt)

“Mosca na Sopa” (Raul Seixas)

“Marcha, Soldado!” (Hélio Ziskind)

“Cartomante” (Ivan Lins e Victor Martins)

“Coroa do Rei”: (Harold Lobo e David Nasser)

“Eu te Amo, meu Brasil” (Eustáquio Gomes de Farias)

“Homem com H” (Antônio Barros)

“Carcará” (João do Valle e José Cândido)

“Índia” (José Asunción Flores)

“Bella Ciao” (Canção Popular Italiana)

“Pagode Russo” (Luiz Gonzaga)

“El Pueblo Unido Jamás Será Vencido (Eduardo Carrasco e Sergio Ortega Alvarado)

“Canção da Despedida” (Geraldo Azevedo)

“Marvada Pinga” (Ochelsis Aguiar Laureano)

“Todo Menino É um Rei” (Nelson Rufino de Santana e José Luiz Costa Ferreira)


 

 


       Não bastasse o fantástico trabalho de releitura da peça, sua direção, GABRIEL VILLELA ainda acumula, nesta produção, as funções de cenógrafo e figurinista, duas frentes de trabalho que, em todas as vezes quando pode – é quase sempre, e eu adoro quando isso acontece – ele prefere fazer.



    Os elementos cênicos aqui utilizados são todos mergulhados em plurissignificações e detalhes bem da cultura brasileira, com um toque “cafona”, “brega”, como uma bananeira (“República das Bananas” e “banana” como emoji referente ao pênis.). O que não tem de luxuosa tem de criativa, alegre e, exageradamente, multicolorida a cenografia. Durante a encenação, peças do cenário são movidas e trocadas de lugares, pelos próprios atores, havendo, daí, novas configurações cênicas, com o propósito de sugerir diferentes espaços. Merecem destaque os muitos adereços cênicos que entram no palco e saem dele, quando se desfaz uma cena, para surgir outra, alguns bastante hilários.



(Foto: Gilberto Bartholo)



Com relação aos figurinos, GABRIEL abusou do direito de ser, além de super criativo, “anarquista” (Graças a Deus!), atrevido e irreverente. Nessa área, o figurinista optou por partir, escancaradamente, para o campo do deboche e da amoralidade, a ponto de aplicar, nos trajes de luta de PAI UBU e MÃE OBU, seus órgãos sexuais à mostra, em tamanho descomunal, o que leva a plateia a se fartar de rir, quando, em algumas cenas, são invocados, diretamente, à participação delas (Cada um luta com as armas de que dispõe. Momento descontração.). Como em todos os figurinos que desenha, GABRIEL “se esbalda” em cores quentes e brilhos, formas e aplicações de elementos bordados ou pequenos objetos presos às peças do vestuário, em alto relevo: “tropicalismo polonês”, aqui. Fica patente a ideia de fazer com que o conjunto dos figurinos, e o cenário também, de certa forma, remeta à situação de decadência daquela sociedade.  



         Dando prosseguimento aos comentários sobre o trabalho dos artistas de criação, o maior destaque - perdão por eu ser um fã tão ardoroso do trabalho desse artista –, a meu juízo, vai para CLAUDINEI HIDALGO, responsável pelo ousadíssimo visagismo do espetáculo, forte candidato a prêmios, se houvesse essa categoria, nos prêmios de TEATRO. Já passou da hora de ela existir. Quem não conhece os atores e atrizes sem a maquiagem usada no palco, a sua transformação em personagens, dificilmente conseguirá identificar todos, ou quase todos, quando deixam o Teatro. O visagismo, que é um conceito, mais ou menos, moderno, no TEATRO, segue a premissa de que o profissional responsável por ele precisa analisar diversos aspectos de uma pessoa, como o formato do rosto, tipo de pele, cabelo, textura, e trabalhar, com base nessas informações, para criar o visual mais adequado para o/a personagem em que esse ser humano deverá ser transformado, no palco. Isso envolve, a maquiagem, a caracterização e o cabelo. O visagismo é tão importante, para o TEATRO, que, apesar de alguns acharem “frescura”, a verdade é que há atores e atrizes que só conseguem “encontrar o personagem”, sentir segurança, no papel, depois que se veem caracterizados, pelas mãos de um competente visagista, como é o caso de HIDALGO. Cabe, aqui, um aplauso extra, para os atores, os quais conseguem dar conta de seus papéis, usando próteses dentárias extravagantes, sem que isso lhes incomode no ofício de representar.




Esboços de maquiagem e visagismo.


        Envolvidas, diretamente, na realização de cada sessão de “UBU REI” estão 30 pessoas, e eu não falei, ainda, de algumas, como os irmãos BÁRBARA e GREGÓRIO DUVIVIER, duas pessoas extremamente inteligentes, responsáveis por uma ótima tradução. Não conheço o original e, muito menos, domino o idioma francês, porém creio que o importante, nesta tradução, foi manter as ideias básicas e a sequência de cenas, assim como a espinha dorsal da trama, com aquele “toque de pimenta malagueta”. Da Bahia? Pode ser.



As maravilhosas “viagens lisérgicas” de GABRIEL VILLELA (Não consegui evitar a metáfora; no caso, aqui, como forma de elogio.) poderiam não ser captadas em sua plenitude, se não houvesse uma boa iluminação, para destacar, cirurgicamente, todos os detalhes do que está no palco. Em “UBU REI”, essa difícil tarefa caiu nas mãos de IVAN ANDRADE, que também faz a assistência de direção a VILLELA. Aquela fartura de cores sobre as tábuas só poderia mesmo combinar com uma exuberante iluminação, que abarcasse muitas cores, matizes e intensidades, quentes e vibrantes.



Poderia passar horas a fio, enaltecendo o magnífico trabalho dos 14 atores, contando com o musicista e maestro EVERTON GENNARI, que também atua, contudo, como me conheço, acabaria ficando irritado comigo mesmo, por não conseguir encontrar adjetivos que já não tenha utilizado à farta, para elogiar o trabalho de atores e atrizes. Quando disse, bem no início desta crítica, que considero OS GERALDOS como um dos melhores da atualidade, no Brasil” e, em outra parte, que eles são “das melhores coisas que o TEATRO me ofereceu nos últimos tempos”, não exagerei nem um pouco  e penso que isso seria o suficiente para eu me permitir não desfiar epítetos favoráveis a eles. Todos os atores e atrizes me representam, todos merecem os meus maiores aplausos. Reconheço, em todos, sem exceção, competência profissional, carisma e uma veia robusta para o humor, o que mais valoriza o trabalho de cada um, quando sabemos - quem entende, “um pouquinho”, da arte de representar - quão difícil é construir e sustentar um papel cômico. VIVA A COMÉDIA!!! VIVA “OS GERALDOS”!!! Não vou mentir, dizendo que não seria capaz de destacar um ou outro, até pela importância dos personagens, não dos atores, na trama, todavia prefiro não o fazer. Ou melhor, relutei bastante, mas tenho que dizer que caio de amores por atores e atrizes que representam com a voz e o corpo todo, principalmente com as máscaras faciais. Com relação a isso, não posso me furtar a dizer que, muitas vezes, me peguei desviando da cena principal para o ator RAILAN ANDRADE, por conta de seu olhar cínico e debochado, mesmo quando fora dela. Ele me fez rir muito.  


Carolina Delduque


Ciça de Carvalho


Douglas Novais


Everton Gennari


Gabriel Sobreiro


Gileade Batista


João Fernandes


Júlia Cavalcanti


Patrícia Palaçon


Paula Mathenhauer Guerreiro


Railan Andrade


Roberta Postale


Valéria Aguiar


Vinícius Santino

 

  

FICHA TÉCNICA: 

Dramaturgia: Alfred Jarry

Tradução: Bárbara Duvivier e Gregório Duvivier

Adaptação Dramatúrgica: Gabriel Villela e Os Geraldos

Direção: Gabriel Villela

Direção Adjunta: Ivan Andrade

Direção Musical e Preparação Vocal: Babaya Morais e Everton Gennari

 

Elenco (por ordem alfabética): Carolina Delduque, Ciça de Carvalho, Douglas Novais, Everton Gennari, Gabriel Sobreiro,  Gileade Batista, João Fernandes, Júlia Cavalcanti, Patrícia Palaçon, Paula Mathenhauer Guerreiro,  Railan Andrade, Roberta Postale, Valéria Aguiar e Viniíius Santino

 

Cenografia: Gabriel Villela

Figurinos: Gabriel Villela

Assistência de Figurino e Adereços: Cristiana Cunha e Emme Toniolo

Costura: Ateliê de Dona Zilda Peres Villela

Iluminação: Ivan Andrade

Arranjos Musicais: Everton Gennari

Visagismo: Claudinei Hidalgo

Maquiagem: Patrícia Barbosa

Fotografia: Stephanie Lauria e João TK

“Design” gráfico: Vanessa Cavalcanti

Assistência de Produção: Bruna Paifer e Nicole Mesquita

Coordenação de Produção: Tatiana Alves

Coordenação Geral: Douglas Novais

Produção: Os Geraldos

 


 

 


 

 

SERVIÇO: 

Temporada: De 27 de janeiro a 12 de março de 2023.

Local: Teatro Anchieta – Sesc Consolação.

Endereço: Rua Dr. Vila Nova, nº 245 - Vila Buarque - São Paulo (Metrô Higienópolis-Mackenzie).  

Informações: (11)3234 3000. 

Valor dos Ingressos: R$40,00 (inteira), R$20,00 (meia entrada: estudante, servidor de escola pública, pessoas com mais de 60 anos, aposentados e pessoas com deficiência) e R$12,00 (Credencial plena: trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo matriculado no Sesc e dependentes) - Os ingressos estarão disponíveis para a venda em sescsp.org.br, a partir de 17/01, ou nas bilheterias do Sesc São Paulo, a partir de 18/01.

Horário de funcionamento da bilherteria: de 3ª a 6ª feira, das 10h às 21h30; aos sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h.    

Duração: 80 minutos.

Classificação indicativa: 16 anos. 

Lotação: 280 lugares. 

Gênero: Comédia. 


 

 


       É digno de grande admiração, pelo lado positivo, o fato de um texto escrito há quase 13 décadas continuar sendo tão atual e do agrado do público e da crítica especializada. Na montagem em tela, isso atinge um ponto elevado de aceitação pelo fato de o encenador e o Grupo proponente do projeto terem optado por “fazer uso da estética e da música, para deixar, ainda mais, evidente o surrealismo da linguagem. A ideia é provocar, no espectador, uma sensação de vertigem, sair do prumo, balançar o extremismo posto em cena, fazer o espectador embarcar num delírio tropical, universal sobre os extremismos postos.”. Não é difícil, para o público, enxergar a vinculação direta com a situação sócio-político-cultural brasileira. GABRIEL VILLELA e OS GERALDOS sabem, refinadamente, levar a isso. E, sobre o espetáculo, VILLELA diz ter dado forma a um “delírio tropical”, por meio de uma sátira afiada e mordaz, para que o intento do projeto fosse alcançado. E o conseguiram.




       Lamento, profundamente, duas coisas: a primeira é saber que não conseguirei rever o espetáculo, em São Paulo; a segunda, a mais grave, acho, é a quase certeza de que “UBU REI” não virá para o Rio de Janeiro. Mesmo assim, faço um apelo, ao GABRIEL e aOS GERALDOS, para que venham à “ex-Cidade Maravilhosa”, onde o espetáculo, certamente, também seria um grande sucesso.

 

 


 

 

FOTOS: STEPHANIE LAURIA

e

JOÃO TK.

 

 


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