O
PRINCÍPIO
DE
ARQUIMEDES
(CADA
UM VÊ O QUE QUER,
E O CAMINHO DA INTOLERÂNCIA
E DO JULGAMENTO
SUPERFICIAL E LEVIANO
ESTÁ ABERTO.
ou
É AÍ QUE MORA O PERIGO.)
A vida imita a arte ou é a arte que imita a vida?
O excelente espetáculo “O
PRINCÍPIO DE ARQUIMEDES”, em cartaz no Teatro
I do SESC Tijuca (VER SERVIÇO) traz à tona esse questionamento, que, tantas
vezes, nos fazemos. Aqui, refiro-me a um tema que, constantemente, está
presente, na grande mídia, de forma sensacionalista, na maioria das vezes,
atingindo níveis que podem se aproximar do equivalente a uma devastação causada
por um tsunâmi.
Reporto-me, especificamente, ao famoso caso da Escola de Educação Infantil Base, mais conhecida como Escola Base, no ano de 1994, em São Paulo, totalmente destruída – o prédio físico e a vida de sete
pessoas – quando duas mães de alunos, de quatro anos de idade, sem qualquer
prova concreta, procuraram uma Delegacia de Polícia e denunciaram, ao delegado,
a prática de pedofilia na escolinha, supostamente cometida pelo casal que
dirigia a instituição, os pais de um dos alunos, em cuja casa teriam acontecido
“orgias sexuais”, uma professora, uma outra professora, também sócia da
escolinha, seu marido e o motorista da van, que transportava as crianças,
dentro da qual, também “se davam” as reprováveis e inaceitáveis práticas, além da
esposa deste.
A maior rede de televisão do Brasil, quase vinte anos depois, condenada
a uma indenização às vitimas de uma quase chacina, foi acionada, à época do
suposto fato, pelos pais das crianças, e tratou de dar ampla divulgação a ele,
no que foi acompanhada por muitos outros órgãos da imprensa. E, depois da publicação
de um laudo errado, emitido por uma incompetente ou inconsequente perita do
Instituto Médico Legal, tornaram-se, a tal rede de TV e todos os outros veículos de comunicação, responsáveis por
divulgar informações totalmente levianas acerca do fato, o que gerou uma
revolta da opinião pública, concretizada na total destruição do prédio onde
funcionava o estabelecimento escolar, construído com tanto sacrifício e
dedicação, por seus proprietários, agressão física aos acusados, os quais
tiveram de se esconder, para não serem linchados completamente, sem provas, e
ao aniquilamento de suas vidas. Disto, eles não escaparam, infelizmente.
Vários outros veículos da imprensa, principalmente a chamada “marrom”,
noticiaram o fato, utilizando manchetes cruéis e, obviamente, sensacionalistas,
execrando, por completo, os envolvidos no episódio – repito - sem provas concretas.
As verdadeiras vítimas nem tinham prestado depoimento à Polícia, quando o
escândalo foi criado. Todos esses maus veículos de imprensa foram processados e
tiveram de pagar por sua irresponsabilidade, o que, de nada adiantou, uma vez
que nenhuma compensação pecuniária, a título de pena, pode restituir a
dignidade perdida de alguns inocentes.
O preâmbulo acima serve para que os que já assistiram à peça “O PRINCÍPIO DE ARQUIMEDES”, assim como
os que ainda o farão, possam refletir melhor sobre o brilhante texto, premiado, do consagrado dramaturgo catalão JOSEP MARIA MIRÓ, um
dos principais nomes da cena contemporânea, e tirar suas conclusões e
ensinamentos. É o primeiro texto de MIRÓ a ser encenado no Brasil e espero que outros, de idêntica
qualidade, ainda possam vir a ser montados aqui, quer pela LUNÁTICA COMPANHIA DE TEATRO, que apresenta o espetáculo, como sua
terceira montagem, em cinco nos de existência, ou por qualquer outra companhia
de mesmo excelente padrão.
Julgo
importante informar que este rico texto
já foi montado em países como Argentina, México, Reino Unido, França, Itália, Estados Unidos, Chipre, Grécia, Alemanha, Rússia, Croácia, Uruguai e Porto Rico, o
que não deixa a menor dúvida quanto à sua qualidade.
SINOPSE:
“O PRINCÍPIO DE ARQUIMEDES” gira
em torno dos acontecimentos após um gesto de carinho de um professor de natação, infantil, em seu aluno, o que gera uma imensa onda de
medos, preconceitos e pré-julgamentos.
No espaço asséptico e
clorado do vestiário de uma escolinha de natação, quatro personagens – ANA, diretora da escolinha (HELENA VARVAKI), RUBENS, o professor acusado
(CIRILLO LUNA), HEITOR, o outro professor (GUSTAVO WABNER) e DAVID, pai do aluno Daniel (SÁVIO
MOLL) - discutem sobre o significado e as consequências de um beijo que um
professor dá em um dos seus alunos, fazendo vir à tona medos, preconceitos e
fantasmas íntimos e coletivos, levando o espectador a confrontar-se com
seu próprio julgamento, diante daquela situação e a tomar partido sobre que
modelo social e educativo desejamos.
Pode um gesto de carinho
de professor, para com um de seus alunos, acender todos os alarmes de segurança
da sociedade? Quantas versões e pontos de vista compõem a verdade? Devemos nos
apoiar na primeira impressão, para julgar e condenar
alguém? Um comentário numa rede social pode ser determinante para incriminar
alguém? Essas e outras respostas o espectador
terá que buscar e encontrar em “O PRINCÍPIO DE ARQUIMEDES”.
Talvez o aspecto mais importante do texto de “O PRINCÍPIO DE ARQUIMEDES” resida no fato de ele não resolver um
determinado problema, não apresentar a solução ou uma leitura única e
definitiva para o que se vê em cena. É um texto
profundamente perturbador, instigante, que mexe com os nervos do espectador,
desde as primeiras cenas até a final, e permite que cada um se ponha no lugar
de quem desejar, para que assuma uma posição, uma opinião, a qual, até mesmo,
poderá vir a se modificar posteriormente. As opções são muitas.
Veja-se na pele dos pais das crianças, assustados e preocupados com um
caso (“algo”) acontecido numa brinquedoteca, a um quilômetro da escolinha. Não
é revelado o que, realmente, teria acontecido lá, mas todos podem imaginar o
que poderia ter sido.
Sinta-se na posição da diretora da escola, que tem de lutar pela
reputação do seu negócio, que deseja, ardorosamente, crer na inocência de seu
professor, porém depende das mensalidades pagas pelos pais, para sustentar sua
escolinha, sem falar em alguns detalhes que parecem depor contra RUBENS, como uma sunga infantil, que
teria sido “esquecida” no vestiário dos professores. Ela defende o rapaz, mas
sempre deixando, no ar, uma certa dúvida. Ela quer se apoiar numa certeza, que
lhe escapa, bem vagarosamente, entre os dedos, diante de tanta pressão.
Assuma a posição do professor acusado, que tenta, de todos os meios,
provar sua inocência, mas se vê numa posição frágil, com a incerteza da
confiança total nele, por parte dos que o cercam, profissionalmente, além de
algumas circunstâncias que pareciam trabalhar de bandido contra ele. Não
adiantava explicar que Alex, o pivô,
involuntário, de toda a confusão, tinha medo da água, de nadar (provavelmente,
estava ali obrigado pelos pais) e estava chorando, por causa disso, tendo sido
merecedor de uma atenção especial de RUBENS,
que o abraçara e beijara, no único intuito de acalmá-lo.
Viva a posição de HEITOR, o
colega de trabalho do acusado, que tinha dúvidas quanto à masculinidade do
amigo e o via como uma pessoa rebelde, transgressora (RUBENS fumava escondido no vestiário dos professores), o qual, por
esses “motivos”, talvez fosse capaz de um deslize, como o da acusação.
Os alunos eram divididos por faixas etárias: os “cavalos-marinhos”, que eram os menores, e os “golfinhos”, os adolescentes. RUBENS
era professor dos “cavalos-marinhos”.
HEITOR propusera uma troca à frente
de cada turma, o que RUBENS não
aceitava, de jeito nenhum. Essa negativa teria algum motivo “escuso” por trás
ou era apenas porque ele preferia trabalhar com os menores?
Como se posicionar? Como se chegar a uma conclusão, após a utilização de
uma balança, diante de tantas coisas nebulosas, não definidas, não comprovadas?
Como fazer frear os mecanismos do nosso cérebro, que se deixa levar pelas
informações que chegam a ele, obrigando-nos a travar uma difícil batalha para
filtrá-las. E o que dizer da batalha mais complexa entre cérebro X coração?
Durante todo o espetáculo, sofri
muito, pelo personagem RUBENS,
brilhantemente interpretado por um dos melhores atores de sua geração, CIRILO LUNA. Ele tenta, por todos os
meios, fazer com que acreditem na sua inocência, porém vai, cada vez mais, se
enredando numa teia da qual fica difícil escapar. Saí do Teatro I, do SESC Tijuca,
muito angustiado e, até certo ponto, culpado, não sei por que motivo, sentindo-me
pequeno, impotente, diante de tanta intolerância
e ignorância, duas palavras que não
apenas rimam, como se aproximam semanticamente.
Como professor, profissão da qual muito me orgulho, exercida durante 47 anos, pude sentir todo o sofrimento
de RUBENS, porque já testemunhei
muitas situações análogas e vivi os últimos anos de minha militância
educacional, caminhando sobre uma corda bamba, querendo, profundamente, exercer
meu instinto paternal e humano sobre muitas crianças e adolescentes, ignorados
pelos pais, demonstrar-lhes o meu carinho, o meu profundo afeto e a minha
proteção, de que muito necessitavam, por não encontrarem nada disso em suas
próprias casas, e sentia-me tolhido de exercer esse meu direito, essa minha
obrigação, como educador, essa minha vontade, esse meu sentimento, por meio de
um amigável abraço, de um simples afago ou, até mesmo, um ingênuo beijinho, na cabeça
ou na face. Tinha de me conter, porque éramos bombardeados, eu e meus colegas
de profissão, a cada reunião de professores, pela direção ou pela coordenação
pedagógica, prevenidos a evitar contatos físicos com os alunos, para que isso não
pudesse ser decodificado, de forma torta, por alguém mal intencionado ou por
pura ignorância e desconhecimento de que um mestre deve ter, por seu discípulo,
um carinho especial, mesmo que a recíproca, às vezes, não seja verdadeira.
Nas minhas quase cinco décadas de
sala de aula e, também, como gestor, pude verificar que muito do que reclamamos
do péssimo comportamento de alguns alunos, principalmente nos últimos anos, não
seria culpa deles. Quando, por necessidade de resolver algum problema com um
aluno, convidávamos seus pais a comparecer à escola, para uma conversa, no
sentido de fazer com que o seu comportamento melhorasse, ao conhecer os seus
“responsáveis” e tentar conversar com eles – isso, quando atendiam ao convite
-, sentíamos vontade de colocar o aluno no colo, envolvê-lo em carinhos e, até
mesmo, levá-lo para a nossa casa, com o único objetivo de lhe mostrar o que é
amor de pai e mãe, ou seja, o que lhe faltava em casa. Os pais, muitos deles,
mais do que possa imaginar quem me lê, acham que, pagando a escola, colocam os
professores na obrigação de suprir a parte que lhes cabe na educação dos
filhos, incluindo a atenção e o amor. Esses alunos são reflexos de uma péssima
educação recebida nos seus “lares”.
Na peça, um perfeito representante desse tipo de “responsável” é o
personagem DAVID, vivido por SÁVIO MOLL, pai de uma das crianças
matriculadas na escola, o Daniel. DAVID demonstra, exatamente, o que não
é ser pai, como não se deve agir, como um pai. Nem o nome do professor de
natação do filho o sujeito sabia; totalmente ausente. Só foi à escolinha, pela
primeira vez, para reclamar contra o “professor tarado”. Sua inconveniência, no
afã de incriminar RUBENS chegou às
raias do inaceitável, ao fazer, a ANA,
perguntas sobre a intimidade do professor, inclusive se este seria “gay’.
O pai extrapola em seus
“argumentos”, expõe-nos, sob uma lente de aumento, superdimensionando tudo, e
insiste em que ANA é incapaz de
entender a sua “preocupação”, pelo fato de ela não ter filhos, porém, para a sua
surpresa, e a nossa também, ela lhe confidencia que teve um filho, morto aos 16
anos, que teria 23, quando daquela conversa.
O meu envolvimento com o que se passava em cena era tão profundo, que a
vontade era subir ao palco e tirar de cena o personagem DAVID, sob agressão física. Esse absurdo, por parte de um espectador,
se viesse a ocorrer, teria sido uma grande catarse, e o mérito iria todo para o
ator SÁVIO MOLL, que interpreta
muito bem o personagem.
Voltando ao texto, é muito interessante a sua construção, que vai progredindo,
em tensão, até atingir o seu clímax,
representado por um final aberto,
permitindo, a cada espectador, construir o seu epílogo.
É um texto que se comunica com o público e ganha seu interesse, logo de
saída, por tratar de temas muito próximos à realidade atual e que provocam
desconforto em quem se vê incapaz de interferir na trama.
Concordo, “ipsis litteris”, com DANIEL
DIAS DA SILVA, o ótimo diretor
do espetáculo, quando ele diz sobre a peça: “Trata-se de um espetáculo
instigante e moderno, premiado e montado em diversos países, que provoca o espectador a cada cena, estimulando a reflexão sobre o mundo que
queremos para nossos jovens e o modelo de
educação que desejamos”.
Não sei se é exigência, ou sugestão,
do texto ou se a ideia surgiu da
cabeça do diretor, mas o fato é que
funcionam muito bem as marcações, para algumas cenas, que se repetem, feitas,
porém, por outro ângulo. Não se trata de uma “técnica do espelho”, mas guarda
uma certa relação com esta. DANIEL
faz um excelente trabalho de direção,
não só das cenas à vista dos espectadores como também do que se passa fora da
visão deste. Tudo é feito com tanta verdade e correção – a aí entra, também, a
participação do elenco – que somos
capazes de “enxergar” o que não é visível aos olhos.
O diretor parece ter trabalhado, à exaustão, com os atores, até extrair
de cada um deles o máximo exigido por seu personagem, atingindo o limite exato
de interpretação, sem que cada um exagerasse ou ficasse a dever, quanto às
reações do personagem encarnado.
CIRILO
LUNA, GUSTAVO WABNER, SÁVIO MOLL e HELENA VARVAKI, atriz convidada, desempenham suas funções com o máximo
de profissionalismo e competência e fazem cumprir o papel do ator: fingir, “sendo”; mentir, “dizendo a verdade”.
Fico muito feliz ao ver que, numa
época em que faltam patrocínios e incentivos, e os artistas têm de reunir suas
economias e apelar para financiamentos coletivos, a fim de que, num ato de
resistência, possam erguer um espetáculo, tantas peças de boa e/ou excelente
qualidade, como este “...ARQUIMEDES”,
estejam estreando, inclusive com ótimos elementos
técnicos, que, em geral, custam caro, como os cenários, os figurinos,
a iluminação...
Aqui, o cenário (CLÁUDIO
BITTENCOURT) é extremamente simples e de uma adequação total à montagem.
Tudo se passa dentro de um vestiário de uma escola da natação, dentro do qual
não falta, absolutamente, nada do que pode ser encontrado num desses espaços
“de verdade”: armários, bancos e objetos utilizados nas aulas.
Os figurinos (VICTOR GUEDES)
são os exigidos pelo texto: roupas
de banho e roupão, para os professores; um traje sóbrio, para a diretora da
escolinha e o pai do aluno.
O texto não oferece muitas condições para que a iluminação (WALACE FURTADO e VILMAR OLOS) ganhe
destaque. Mesmo assim, ambos procurou,
e atingiu, algumas variações que enriquecem certas cenas.
Nota-se, num espaço bem limitado, no palco, uma boa movimentação dos
atores, graças ao trabalho de direção de
movimento, de Sueli Guerra.
Pode parecer, a quem ainda não viu o
espetáculo (e não sabe o que está
perdendo) que a peça gira em torno de um tema único: a pedofilia. Não é, entretanto, esse ignóbil problema que está em
jogo, reinando isolado. Paralelamente, e com a mesma importância, discute-se –
ou se põe à discussão – aspectos como acreditar numa menina de cinco anos, Paula, coleguinha de turma da “vítima”,
cujo testemunho ganha relevo, na trama. Ela afirma ter visto RUBENS beijar Alex “na boca”. Essa
petiz poderia, muito bem, na sua imaginação “fértil”, de criança, estar
associando o que ela não viu com o que está acostumada a ver, a qualquer hora
do dia e da noite, na TV: casais se beijando na boca.
A interferência exacerbada dos pais
nas escolas, os pais querendo impor atitudes e ações à direção da escola, pelo
simples fato de estarem pagando pela educação de seus filhos, é outro aspecto
que está presente no texto.
O autor também não perdeu tempo e critica os pais que não encontram
tempo para educar seus filhos, mas perdem horas do dia em grupos de redes
sociais, nos quais tratam das mais frívolas amenidades, mas nunca dedicam parte
desse tempo inútil a algo que poderia ajudar na educação de seus filhos. Essa
questão das redes sociais é, por demais, perigosa, uma vez que as pessoas, via
de regra, vão postando, e repostando o que recebem, sem conferir a autenticidade
da informação, como fez a mãe de Paula,
e uma bola de neve vai se formando, até atingir violentamente algum inocente.
JOSEP MARIA MIRÓ quer mostrar
- e consegue - como a informação, verdadeira ou falsa, circula
rapidamente, e as pessoas arvoram, para si, o papel de juiz, mesmo quando não
atingidos diretamente ou quando nada as ameaça, de verdade. O medo ou a mera
possibilidade de algo condenável vir a lhes acontecer já detona o pânico delas.
Vivemos dentro de uma “aldeia global”, já transformada num paiol de pólvora.
FICHA TÉCNICA:
Autor: Josep Maria Miró
Tradução e
Direção: Daniel Dias da Silva
Elenco: Helena Varvaki (Ana) - atriz convidada, Cirillo Luna (Rubens),
Gustavo Wabner (Heitor) e Sávio Moll (David, pai de Daniel)
Cenografia: Cláudio Bittencourt
Figurinos: Victor Guedes
Iluminação: Walace
Furtado e Vilmar Olos
Preparação Corporal:
Sueli Guerra
Design Gráfico: Gamba Júnior
Assistente de Figurino: Camila
Scorcelli
Cenotécnico: André Salles
Fotos e Imagens: Zero8Onze (Aguinaldo Flor
/ Fernando Cunha Jr.)
Assessoria de Imprensa: Mônica Riani
Estagiário de Direção e
Produção: Daniel Mello
Produção Executiva:
Letícia Reis
Direção de
Produção: Daniel Dias da Silva e Gustavo Falcão
Um Espetáculo da Lunática Companhia de
Teatro e da Territórios Produções Artísticas Ltda.
Realização: SESC
SERVIÇO:
Temporada: De 08 de setembro a 01 de outubro de 2017.
Local: Sesc Tijuca - Rua Barão de Mesquita, 539. Tijuca – Rio de
Janeiro.
Telefone: (21) 3238-2139.
Dias e Horários: De 6ª feira a domingo, sempre às 20h.
Valor do Ingresso: R$25,00; R$12,00 (meia entrada); R$6,00 (associados
ao SESC).
Lotação: 228 lugares.
(O acesso pode ser feito pela Estação Uruguai,
do Metrô).
Classificação Etária: 16 anos.
Duração: 80 minutos.
Gênero: Drama.
Sem que procuremos responder à questão
de “a arte imitar a vida ou a vida
imitar a arte”, chegamos ao final da história com os pais cancelando as
matrículas de seus filhos e tomando atitudes totalmente reprováveis e inconsequentes,
além de violentas, que poderão ser conferidas por quem for assistir a este
excelente espetáculo.
Como um totalmente leigo em Física, fui pesquisar o tal “princípio de Arquimedes”, que diz que “Todo corpo imerso em um fluido sofre ação de uma
força (empuxo) verticalmente para cima, cuja intensidade é igual ao peso do
fluido deslocado pelo corpo.”. O título da peça é bem sugestivo e guarda uma estreita
relação com o que ocorre na trama, metaforicamente falando. Um bom exercício
para os espectadores.
O final aberto nos proporciona horas de
discussão acerca do que vemos em cena.
O
TEATRO instiga.
O
TEATRO educa.
O
TEATRO faz pensar.
O TEATRO constrói.
VIVA O TEATRO!!!
(FOTOS:
AGUINALDO FLOR
e
FERNANDO
CUNHA JR.)
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