“IRON” - O HOMEM
DA MÁSCAR DE FERRO”
ou
É TEATRO? É. “PERFORMANCE”? É.
É UMA “MALUQUICE?
É ISSO TUDO,
JUNTO E MISTURADO,
E MAIS ALGUMA COISA:
É UMA EXPERIÊNCIA INESQUECÍVEL!!!
Dia 8 de outubro de 2023. Manhã de um
domingo nublado no Rio de Janeiro. Eu diante de um computador. Uma semana atrás, estava
num quarto de hotel, em São Paulo, a esta hora, ansioso pela
chegada da noite, quando iria assistir a um espetáculo que eu tanto queria ver
e sobre o qual só ouvia elogios, porém, pela sua proposta inovadora e concepção,
eu me permiti incorporar o espírito de São Tomé: precisava ver, para crer.
A hora do “show” chegou e eu estava acomodado no “33 Rooftop do “Teatro Santander”,
para, finalmente, poder assistir a “IRON
– O HOMEM DA MÁSCARA DE FERRO”, uma deliciosa e saudabilíssima “maluquice”,
proporcionada por ULYSSES CRUZ, o diretor;
pelo elenco;
e por um monte de artistas criativos e um batalhão de anônimos (técnicos e afins).
Esta crítica deveria ter sido escrita, e publicada, muito antes, e não no domingo passado, quando, infelizmente, o espetáculo termina sua vitoriosa temporada, que
merecia, e deveria, ter sido bem maior, na capital paulista, porém por motivos
totalmente alheios à minha vontade, só pude começar a escrevê-la hoje e,
certamente, só será publicada na 3ª feira, dia 10.
Quem não teve a riquíssima oportunidade de ter assistido a
esta obra deve ter ficado muito curioso com a leitura do subtítulo supra. E com
toda a razão, visto que as perguntas e respostas que fazem parte dele são mesmo
motivo para se querer saber o que estava acontecendo naquele espaço, destinado
a espetáculos teatrais, a “shows”, a eventos corporativos e a...
...“IRON...”. O que eu vi lá não é TEATRO? É lógico que é! Ou é uma “performance”?
Também pode ser assim considerado. Seria uma “maluquice”, então? Por
que não? É isso tudo, junto e misturado; e mais alguma coisa: é uma experiência
inesquecível! Eu rotularia tal experimento com um substantivo composto:
uma “ópera-rock”.
E acrescentaria uma locução adjetiva: “da pesada”. No dizer do personagem
vivido por SAULO VASCONCELLOS, Rastiff,
o Mestre
de Cerimônias, logo no início do trabalho, trata-se de “uma
baladinha imersiva e interativa”. É tudo isso e o que a gente quiser
que seja. O importante é que, para mim, foi um momento “mágico”, na minha vida,
muito bem vivida, graças a Deus, principalmente pelos mais
de 50 anos de dedicação ao TEATRO, no palco ou na plateia. “IRON...” é algo parecido com algumas
coisas a que já havia assistido, entretanto nada igual.
Tem razão Rastiff, na sua definição da
experiência, “uma baladinha imersiva e interativa”. Ainda que eu não seja
frequentador de “baladinhas” – nem de “baladas” e, muito menos, de “baladonas”
-, sei o que significam os adjetivos “imersiva” e “interativa” e posso
imaginar o que acontece numa “baladinha”. Para facilitar as
coisas, darei preferência ao vocábulo “espetáculo”, quando quiser me
referir àquilo que tive a feliz oportunidade de conhecer. Por sua complexa
estrutura, creio que a possibilidade de ele aterrissar no Rio de Janeiro, e mesmo
em outras praças, é bem remota, ínfima, o que é uma lástima, porém vou me
apegar aos “deuses do TEATRO” e não posso deixar de repetir o velho “encardido”
dito popular: “a esperança é a última que morre”.
SINOPSE:
Esquecido em uma cela, na Bastilha, está um prisioneiro, Philipp,o
Homem
da Máscara de Ferro (TIAGO
BARBOSA), que poderá mudar a história da França.
Sua semelhança física com o rei Luís XIV (TIAGO BARBOSA) é
impressionante, o que é explicado no decorrer da narrativa.
Mas pouquíssimas pessoas sabem disso, pois seu rosto está coberto por
uma horrível e torturante máscara de ferro.
Enquanto isso, o que faz o rei da França?
Governa o país com descaso e arrogância, mais interessado em suas
amantes e em seus prazeres pessoais.
Um devasso que se locupleta com o dinheiro do povo.
Os três mosqueteiros, Aramis (DAGOBERTO FELIZ), Athos (LUIZ NICOLAU) e Porthos (RAFAEL DE CASTRO), contando ainda com o reforço do “quarto”,
D’Artagnan
(CAIO PADUAN), entram em cena, com a
missão de depor o rei e substituí-lo pelo sósia encarcerado.
Começa, então, a perigosa aventura de se livrar de um líder
irresponsável e pôr em seu lugar alguém que esteja, de fato, preocupado com o
futuro da nação.
Sem dúvida, um TEATRO épico!
De saída, agradeço a STELLA
STEPHANY (Assessoria de imprensa) o convite que me fez e pelo
completíssimo “release” que me enviou, do qual me abasteci de informações
sobre o espetáculo, aqui transcritas, às quais acrescentei as minhas sinceras
impressões sobre esta montagem.
Por que “imersiva” e “interativa”? A resposta
é muito simples e clara: o público
se coloca misturado ao elenco e ao cenário, formado por módulos cenográficos. Estes mudam de lugar, com
a ajuda dos espectadores e de pessoas do “staff”, ao longo da ação. O
público, como numa festa ou num “show” (na pista) se mantém livre, para se deslocar e interagir com
os atores, além de desfrutar do bar,
que permanece aberto, durante todo o tempo da encenação, sem que esse serviço interfira na
sua qualidade. É bom que se diga que também há duas
arquibancadas montadas, com 96 lugares, para aqueles que, como
eu, não desejam nem podem ficar em pé e participar, diretamente, da
experiência. Ou que, também como eu, preferem assistir às ações a participar, indiretamente,
delas. Em TEATRO, gosto de assumir sempre a minha porção “voyeur”.
Acrescento, porém, que, mesmo sentado naquela arquibancada, eu me transportei, “em
espírito”, para o meio daquela adorável “muvuca”,
misturado, também, a 15 atores-cantores, a 6 músicos, a pessoas de todas as
idades, algumas vestidas “a caráter”,
e àquele cenário itinerante. Foi
lindo!!!
“IRON – O HOMEM DA
MÁSCARA DE FERRO” é uma proposta de TEATRO,
um musical, nada convencional,
idealizado e dirigido por ULYSSES
CRUZ, com libreto de MARCOS DAUD e músicas originais de ELTON
TOWERSEY. O resultado desse feliz encontro promove um mergulho sensorial na misteriosa
aventura de um homem cuja identidade está escondida há mais de 350 anos: o
Homem da Máscara de Ferro. O texto é uma livre adaptação do clássico de Alexandre Dumas
(1802-1870), o qual transformou
em ficção uma história real, ocorrida na França, no reinado do absolutista Luís
XIV. Assim como o romance de Dumas, o musical tem como pano de
fundo sociedades que lutam, para se
libertar da sanha autoritária e de líderes mais preocupados consigo
próprios do que com os rumos da nação que dirigem. A temática é bem universal e
atemporal. Os brasileiros conhecem bem esse “filme”. Não poderia ser
mais simples e muito bem escrito o libreto, por MARCOS DAUD, com diálogos bem ágeis, diretos e objetivos. Embora se trate de
uma narrativa séria, talvez para aliviar um pouco a tensão, DAUD, sempre que pode e a situação
permite, acrescenta algumas pitadas de humor leve.
Tão
logo o público adentra o espaço cênico, é recepcionado por alguns atores, os
quais trazem consigo reproduções de quadros de pintores franceses, creio que
todos impressionistas. Esses atores nos transmitem informações sobre as obras e
seus autores, assim como falam do movimento artístico do qual fizeram parte.
Começa já aí a interação que a proposta do espetáculo abraça. Aos poucos, quase
todo o elenco vai se misturando ao público e travando agradáveis pequenos
diálogos. À plateia itinerante é dito que todos os que desejarem podem cantar e
dançar, à vontade, com os atores.
Muitos
são os elementos que, somados, dão origem a uma produção teatral. Todos são
importantes, entretanto, via de regra, algum deles se destaca, no todo. Aqui a “cereja
do bolo”, a meu juízo, é o elenco, que conduz a “galera”
na arte de contar uma história. Conheço o trabalho de metade dos seus
integrantes, os quais sempre aplaudo, e fiquei muito bem impressionado com a
atuação dos demais, que eu não conhecia. Nomes já bastante consagrados, no TEATRO MUSICAL BRASILEIRO são
destaques nesta produção.
TIAGO BARBOSA, sempre acostumado a convites para emendar
um trabalho em outro e, em todos, brilhando, considerado “o melhor Simba do mundo”,
por seu trabalho no icônico “O Rei Leão”, já é ótimo, quando faz
apenas um papel. Fazendo dois, completamente opostos, em caráter e atitudes, o Rei e o Homem da Máscara de Ferro, não encontro um adjetivo com
maior peso semântico que “ótimo”. Todos os que vêm à
minha mente são sinônimos. Atuando e cantando, TIAGO arranca muitos
aplausos, merecidos, da plateia, em cena aberta, por vezes.
Uma das nossa melhores “cantrizes”, consagrada e premiada
por seus magníficos trabalhos, LETICIA SOARES encarna Ana D’Áustria, fazendo, além de interpretar bem, aquilo
que faz melhor ainda, seu cartão de visitas, que é cantar. Ouvir LETÍCIA cantando é um caminho de
elevação aos céus. Que voz potente e agradável! Acham alguns que a grande LETÍCIA está “mal aproveitada”, nesta produção, pelo fato de sua
personagem não ter grande importância na trama. A esses, digo, apenas, que,
para os bons atores, não existem “papéis
pequenos”, porque eles sabem como fazê-los “grandes”. E disso LETÍCIA
SOARES entende muito bem.
SAULO VASCONCELLOS, um velho conhecido dos
amantes de musicais, unanimidade entre estes, o segundo ator, no mundo, a interpretar o papel-título de “O
Fantasma da Ópera” em duas línguas, interpreta Restiff,
o Mestre
de Cerimônias. Dono de uma potente e linda voz, bem grave, com um porte
físico avantajado, que marca presença num palco, SAULO ainda é extremamente simpático e comunicativo e, como
responsável pelo fio condutor da história, passa a maioria das instruções, para
que o espetáculo tenha continuidade e, de certa forma, dita o ritmo como as
ações vão acontecendo. Um excelente trabalho, como eu já esperava. Os mesmo
comentários que ouvi sobre LETÍCIA,
quanto ao seu “mau aproveitamento”,
nesta produção, também ouvi sobre SAULO.
É preciso que as pessoas aprendam que nenhum ator/atriz, por melhores que
sejam, só pode ou deve fazer determinados tipos de personagens, mormente os
protagonistas. Eles precisam de novos desafios, e, quanto a isto, aplaudo os
dois, por terem aceitado participar desta montagem.
O papel do “quarto”, dos “Três Mosqueteiros”, D’Artagnan, ficou com CAIO PADUAN, um dos idealizadores do projeto e um bom ator, mais conhecido, do grande público, pelos personagens galãs que interpreta nas novelas de TV. Eu, porém, descarto a beleza física do ator, sem nenhum problema ou constrangimento em reconhecê-la, detendo-me no seu lado profissional, no TEATRO, onde já tive a oportunidade de assistir a alguns dos seus poucos trabalhos sobre as tábuas, e, em todos, o aplaudi, por seu correto rendimento em cena, que se repete em “IRON...”.
Completam o homogêneo elenco DAGOBERTO
FELIZ, como Aramis;
LUIZ NICOLAU, como Athos;
e RAFAEL DE CASTRO,
como Porthos,
fechando a formação dos “Três Mosqueteiros”. Um destaque
reservo para DANIEL HAIDAR, que,
apesar de muito jovem, já é um veterano em musicais. DANIEL é outro que emenda sempre um espetáculo a outro, saindo-se
muito bem em qualquer papel que lhe oferecem. Aqui, ele é Raoul, personagem que o ator defende "com unhas e dentes" e muito talento. Os “arroubos” da juventude,
quero crer, fazem com que ele se jogue, “de cabeça”, quase literalmente,
quando interpreta Raoul, fazendo verdadeiros malabarismos, saltando de um ponto
a outro, correndo o risco de se machucar gravemente, ainda que saibamos que
tenha havido muito treinamento e ensaio, para a execução daquelas manobras.
Em papéis menores, porém não menos importantes, ainda se
destacam YARA CHARRY, em seu primeiro trabalho num musical, na pele de Louise; DÉBORA POLISTCHUCK, como Mme. Dubois; GABRIELA CORREA, Armande; NICOLAS AHNERT, em dupla atuação, como Colbert
e Carcereiro;
RAFAEL LEAL, Nicolas
Fouquet; LIVIAN ARAGÃO, Lully; e THOBIAS DA VAI-VAI, reconhecido pela sua longa estrada no
carnaval, como cantor, compositor e diretor de escolas de samba, estreando, com o pé direito, no TEATRO MUSICAL,
interpretando ninguém menos do que o próprio Alexandre Dumas. Como "swings", CONRADO HELT e MILLENA MENDONÇA
Essa
história poderia ser muito bem contada num palco italiano, numa montagem
tradicional, visto que o seu conteúdo já carrega uma grande carga dramática, todavia
o espetáculo não seria tão interessante, imagino, quanto a proposta levantada
por ULISSES CRUZ, um dos nossos
melhores encenadores, que se aproveitou de sua experiência como diretor de “shows”
musicais, para contar uma trama com muito de contemporaneidade “pop”
e uso da tecnologia, utilizando um amplo espaço livre, para ser preenchido com
sua brilhantes ideias de um artista de 71 anos, com um currículo invejável,
que se iniciou no ofício em 1986, mas se mantém “jovem
de espírito”. Não parou no tempo e evoluiu, criativamente, acompanhando
os reclamos e necessidades que mudam a toda hora.
Além
do inesquecível “show” de Maria Bethânia, “Dadaya – As Sete Moradas”, a que tive a oportunidade de assistir, no Rio de Janeiro, no “Scala
1”, uma antiga casa de espetáculos, agora transformada em
concessionária de automóveis (Coisas do Brasil!!!), guardo ótimas
lembranças de seus trabalhos mais
icônicos, alguns dos quais mereceram uma crítica minha: “Erêndira”, “Macbeth”, “Rei Lear”, “Péricles”,
“Tribos”
e “O Camareiro”, este
trabalho considerado por mim uma OBRA-PRIMA. Além
de também assinar muitos importantes trabalhos para a TV brasileira, ULYSSES é nome bem conhecido em Portugal,
por conta de várias peças que dirigiu além-mar. Ainda guardo o recente prazer
que ele me proporcionou, em meados de junho/julho deste ano, com a sua segunda
montagem de “A Cerimônia do Adeus”, outra OBRA-PRIMA, na minha concepção.
A direção é bastante criativa e deságua num espetáculo que
ultrapassa as raias do que possa ser considerado “dinâmico”, prendendo a
atenção do espectador, desde até antes do início do espetáculo, propriamente
dito, até a cena final, bem épica. O diretor consegue, com total brilho, passar o "modus faciendi" daqueles que,
para atingir o poder, e, uma vez conquistado, conservá-lo, acham que vale tudo. Estes são indivíduos inescrupulosos e cruéis, de caráter “torto”, como o “Rei Sol” e seus asseclas.
Luiz
XIV parece nunca ter sido apresentado à “ética”. Sob a batuta de CRUZ, o elenco, de forma individual ou
agindo como coletivo, desenrola o fio do novelo, de forma irretocável, até ele
se transformar numa linha reta e longa, contando, é claro, com a cumplicidade
de um “elenco mais numeroso”, de coadjuvantes “de luxo”, o público “reativo”.
O diretor faz com que o público participe, intensamente, da trama, torcendo para
que a justiça seja aplicada, a fim de que o “mocinho” seja recompensado e o “bandido”,
punido. Alguns ortodoxos que conheço, poucos, demonstraram total desaprovação pelo fato de o diretor ter colocado, no papel do Rei e de sua mãe, dois atores negros, exatamente o que considero um dos pontos altos desta montagem. São pessoas que ainda não conseguiram perceber a magia do TEATRO.
O espetáculo é um musical e, como tal, conta com a música,
da primeira à última cena. No momento, no Brasil, no universo dos musicais, há
poucas pessoas cujo talento possa ser comparado ao de ELTON TOWERSEY, que, ainda muito jovem, já coleciona muitos sucessos
na sua carreira e compôs todas as letras e melodias das muitas canções
originais da ótima trilha sonora do espetáculo. Para mim, pelo menos, não há
nenhuma canção do tipo “chiclete”, aquela que fica nos
nossos ouvidos e vamos cantarolando, de volta para casa, quando deixamos o Teatro,
no entanto são muito animadas, sublinham, com perfeição, as cenas, ajudam a
contar a história, “comme il faut”, e, durante suas execuções, agradam ao público
e ajudam a levá-lo para dentro das ações.
Dos chamados “criativos”, pouco tem a ser dito
sobre a cenografia, a qual quase não existe, limitada aos praticáveis
móveis, que circulam pelo espaço cênico, de acordo com a necessidade de cada
cena, e a masmorra, onde Philipp foi mantido prisioneiro. É
um “quase
nada” que vale por um “super tudo”. Os praticáveis “vão dando forma aos diversos ambientes onde a ação acontece - uma galeria de
arte, o Palácio de Versalhes, o laranjal do Rei Luís XIV, a Bastilha, o quarto
do Luís XIV, uma festa no salão dos espelhos”.
Já os figurinos
merecem um elogio maior, por serem bastante criativos e ajustados a cada personagem,
com toques de hodiernidade. Para a sua confecção, materiais bem diversos, como
tecidos envelhecidos, de várias texturas, estruturas de metal, cores
escuras, tachas e aplicações metálicas, couro, aramados e brocados, “rementendo
a elementos da estética punk e
do universo sadomasoquista”.
Esses
dois elementos plásticos e mais a “direção criativa”, na FICHA TÉCNICA, são atribuídos a um
nome, CARLOS PAZETTO, a quem dirijo meus
aplausos, da mesma forma como reservo alguns para CAETANO VILLELA, responsável pela iluminação frenética, nas cenas
em que esta se aplica, como se fosse uma “rave”, e difusa, nos momentos em que
predomina uma atmosfera de suspense, medo e mistério.
Toda aquela “maluquice” em cena, aquele “corre-corre”,
que parece um “deus nos acuda”, na verdade, é uma “bagunça organizada”, com
marcações pré-estabelecidas, que obedecem a uma direção de movimento, acrescida
de coreografias,
pelo que responde, com muito acerto, BÁRBARA
GUERRA.
Para a composição externa dos personagens, como um elemento importante, agregado ao
figurino e que ajuda a transformar pessoas em outros seres, contou-se com o
talento de ANDERSON BUENO, que cuida
do visagismo.
Tudo o
que se ouve dentro daquela imensa “caixa preta” é controlado por BREDA, que responde pelo “design”
de som. Quanto a isso, tenho uma reclamação a fazer, com relação a um
problema técnico que não é culpa de ninguém. Acontece. É bom o som do
espetáculo e, apesar da algaravia, parte integrante do espetáculo, é possível
se ouvir tudo com clareza, mas a caixa de som que estava bem em frente a mim “estourou”
e, por vezes, incomodava bastante, quando, naturalmente, o som surgia com um
volume mais alto. No intervalo, comuniquei o fato a um amigo do elenco, que o deve ter levado
ao responsável por aquele segmento e o dano, certamente, foi sanado no dia
seguinte, para as sessões que ainda havia, até o término da temporada.
FICHA TÉCNICA:
Idealização: Ulysses Cruz, Caio Paduan e Marcos Daud
Libreto:
Marcos Daud
Letras
e Músicas Originais: Elton Towersey
Direção
Geral: Ulysses Cruz
Elenco / Personagem: Tiago Barbosa (Luís XIV e Philipp, o Homem da Máscara de Ferro), Leticia Soares (Ana D’Áustria), Caio Paduan (D’Artagnan), Saulo Vasconcelos (Restiff, o Mestre de
Cerimônias), Yara Charry (Louise),
Livian Aragão (Jean Baptiste
Lully), Thobias da Vai-Vai (Alexandre
Dumas, o Autor), Dagoberto
Feliz (Aramis), Daniel Haidar (Raoul e Molière), Débora Polistchuck (Mme. Dubois), Gabriela Correa (Armande), Luiz Nicolau (Athos), Nicolas Ahnert – (Colbert e Carcereiro), Rafael de Castro (Porthos) e Rafael Leal (Nicolas Fouquet)
Músicos: Rafael Marão (regente e piano), Viviane Franco (piano), Bruno
Galhardi (bateria), Gibson
Freitas (baixo), Lucas
Fragiacomo (guitarra) e Pedro
Abujamra (piano)
Direção Musical e Preparação Vocal: Jorge de Godoy
Arranjos:
Natan Badue
Direção Musical Associada: Rafael Marão
Direção de Movimento e Coreografias: Bárbara Guerra
Assistência de Movimento / Coreografias e Direção
Residente: Johnny Camolese
Direção
de Elenco: Vanessa Veiga
Direção
Criativa / Cenário / Figurino: Carlos Pazetto
Produção de Figurino: Caia Guimarães
Execução de Cenografia: Fcr
Direção de Palco: Fernando Nietzche
Visagismo:
Anderson Bueno
Iluminação:
Caetano Vilella
Assistência de Iluminação: Nicolas Caratori
“Sound Design”: Breda
Direção
de Arte: Marcio Ribas
Patrocínio Master: Santander Brasil
Coordenação
de Projeto: Fioravante Almeida
Coordenação de Produção: Camila Bevilaqua
Produção Executiva: Marcelo Chaffim
Direção
Executiva: Thiago De Los Reyes
Redes Sociais: 1812
Comunicação
Assessoria
De Imprensa: Jspontes Comunicação -
João Pontes E Stella Stephany
Fotos: Edgar Machado
Produtoras Associadas: Flo Arts e Ulysses Cruz Arte e Entretenimento
Se,
algum dia, o espetáculo voltar ao cartaz, pelo que torço bastante, voltarei a
publicar esta crítica, acrescida do SERVIÇO,
que não faria nenhum sentido, se aqui estivesse, visto que, como já disse, “IRON – O HOMEM DA MÁSCARA DE FERRO” já
não está mais em cartaz. Parabéns a todos os envolvidos no projeto!
FOTOS: EDGAR MACHADO
GALERIA PARTICULAR
(Fotos: Leonardo Soares
Braga.)
VAMOS AO TEATRO!
OCUPEMOS
TODAS AS SALAS DE ESPETÁCULO DO BRASIL!
A
ARTE EDUCA E CONSTRÓI, SEMPRE; E SALVA!
RESISTAMOS
SEMPRE MAIS!
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ESTE TEXTO, PARA QUE, JUNTOS, POSSAAMOS DIVULGAR O QUE HÁ DE MELHOR NO TEATRO
BRASILEIRO!
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