sábado, 7 de outubro de 2023

 “FUNNY GIRL –

A GAROTA GENIAL”

ou

(UM CLÁSSICO?

SIM!

UMA SUPERPRODUÇÃO? SIM!

LEMBRA A BROADWAY? NÃO!!!

PORQUE “É A PRÓPRIA”!)


 




         “FUNNY GIRL – A GAROTA GENIAL” é isso tudo mesmo? É o que consta no subtítulo acima? Sem a menor dúvida! E muito mais! Para quem já teve a oportunidade de assistir a musicais em sua “meca”, a Broadway, ou em West End (Londres), os dois maiores centros de produção, e exportação, desse tipo de espetáculo, que eu tanto amo, não terá a menor hesitação em assinar embaixo do referido subtítulo.






         Às portas de se tornar um respeitável “sexagenário” (Estreou na Broadway em 1964.), com um “revival” recente, cuja bilheteria, em 2022, acusou um recorde em arrecadação naquele “templo sagrado dos musicais”, “FUNNY GIRL” é, sem a menor sombra de dúvida, o espetáculo que todos os atores desejariam que constasse em seus currículos, principalmente as atrizes, pelo cobiçado papel da protagonista, Fanny Brice, um desafio para, até mesmo, as mais tarimbadas “cantrizes”, como GIULIA NADRUZ. Na primeira montagem do musical, na Broadway, e, quatro anos mais tarde, quando da transposição para as tela, a titular do papel foi um dos nomes mais respeitados, na música, no cinema e no TEATRO, por seu incomensurável e indiscutível talento, Barbra Streisand, o que concede maior responsabilidade a quem é escolhida para interpretar a carismática personagem.








SINOPSE

"FUNNY GIRL – A GAROTA GENIAL" conta a história de Fanny Brice (GIULIA NADRUZ), uma jovem judia, tratada como “patinho feio” pelos demais.

Sonhando com o estrelato e a fama, ela rouba a cena, num “show” local, e é contratada por um famoso produtor, que resolve investir em sua carreira, porque acreditou no seu potencial artístico.

Já reconhecida por seu talento nos palcos, Fanny se apaixona pelo jogador compulsivo Nicky Arnstein (ERIBERTO LEÃO).

Logo se casam, mas, enquanto a carreira da atriz e cantora prospera, o relacionamento dos dois se deteriora.

 


 






Para enriquecer a SINOPSE acima, acrescento que a trama se passa na época da Primeira Guerra Mundial e acompanha a trajetória de uma jovem judia, não favorecida, fisicamente, que morava no Lower East Side, um bairro da parte sudeste de Nova York, localizado em Manhattan, habitado, predominantemente, pela classe imigrante e operária. Fanny sonhava em ser uma atriz famosa e consegue seu primeiro emprego no Vaudeville, mas sua mãe, a Sra. Rose (STELLA MIRANDA), tenta dissuadi-la da carreira no “show business”, alegando que a filha não tem uma “beleza padrão”. Ajudada e encorajada pelo jovem dançarino Eddie Ryan (ANDRÉ LUIZ ODIN), ela logo vê sua carreira decolar, começa a explorar o humor, em suas apresentações, e se torna a estrela do “Ziegfeld Follies”. Sua vida sofre uma segunda grande transformação, quando ela se envolve, amorosamente, com um jogador compulsivo.






         Sem assistir ao espetáculo, tendo lido apenas a SINOPSE, qualquer pessoa pode pensar que se trata de uma história pouco original, uma narrativa que fala de amor, com um final feliz. Mais um romance, como tantos outros. Será?! Cumpre, porém, dizer que o enredo vai muito além de uma banal “historinha água com açúcar”, simples, ingênua e demasiadamente convencional. “Assim é, se lhe parece”, porém é preciso que se diga que a obra pede um mergulho em suas entrelinhas, para que se descubra uma mensagem muito expressiva.






         O diretor da montagem brasileira, GUSTAVO BARCHILON, chama a atenção para o fato de que o musical transcende a questão do feminismo e fala sobre o poder da mulher”. O fato de, fisicamente, a protagonista estar “à margem dos padrões físicos” não significa que não pudesse compensar essa “falta” com a qualidade que ela tem em excesso: talento e beleza interior.






         A trama se passa numa época em que a mulher não tinha vez nem voz, contudo Fanny estava à frente de seu tempo, é muito determinada e, desde muito jovem, acreditava em que poderia se transformar numa grande estrela, dedicando-se, com unhas e garras, a atingir a realização de seu sonho. A moça era aquela menina que, desde o começo, disse que seria uma estrela. “Uma mulher que já se posicionava e que chegou aonde chegou é completamente fora dos padrões daquela época. E, até hoje, estamos discutindo sobre feminismo. Trazer uma biografia feminina e mostrar como existem mulheres poderosas, há muito tempo, me interessou bastante”, diz BARCHILON.






         Do “time” dos grandes encenadores de musicais, no Brasil, GUSTAVO BARCHILON é, salvo engano, o mais jovem de todos – apenas 31 anos - e o que menos produção apresenta, por conta disso, contudo quem assinou as irretocáveis direções de “Barnum – O Rei do Show” e “Alguma Coisa Podre”, duas OBRAS-PRIMAS, como o espetáculo em tela, não precisa mais provar a ninguém que entrou no mercado para ficar. E como um dos grandes.


Gustavo Barchilon

(Foto: fonte desconhecida.)





         Este é seu terceiro musical seguido que merece, no meu modesto, porém sincero, julgamento, a classificação de OBRA-PRIMA, visto que não há como apontar qualquer falha no espetáculo. GUSTAVO é inteligente, prático e criativo, um diretor “safo”, que trabalha como se já fosse um grande veterano no ofício. Não me canso de elogiá-lo, sempre achando que poderiam caber mais adjetivos. Ele já atingiu um patamar tal, de consideração, por parte de autores e diretores fora do Brasil, que conseguiu convencer os detentores dos direitos de exibição da peça de que era necessário fazer modificações no texto, para que o musical pudesse ter uma identidade mais próxima à nossa realidade. Aqueles senhores não só acataram as sugestões do diretor como também ficaram curiosos por vê-las concretizadas no palco.






         BARCHILON acha que “os clássicos precisam ser revistos, porque há muitos espetáculos que, hoje em dia, são politicamente incorretos. E o “FUNNY GIRL” também tinha alguns pontos assim”. Sempre que assume a direção artística de uma peça que se passa em outro lugar ou em outra época, o diretor busca atribuir a ela “alguma coisa brasileira”, um “up” verde e amarelo, o que julgo muito interessante, principalmente porque isso é muito bem feito e não descaracteriza o original. Seu talento e sua criatividade são tão expressivos, que, nesta versão de “FUNNY GIRL”, ele ainda procurou mesclar aspectos da versão original do musical com o filme e outras referências, além de condensar dois atos em apenas um, outro grande acerto da direção, dado que isso resultou em um espetáculo muito dinâmico, bonito, alegre e divertido, agradabilíssimo de se ver.






         A FICHA TÉCNICA desta produção reúne nomes dos mais conceituados artistas de criação, no universo do TEATRO, mormente quando se trata de musicais. São lindos os cenários de NATÁLIA LANA, bem como os figurinos de FÁBIO NAMATAME, os quais combinam harmoniosamente. Ambos têm em comum a riqueza de detalhes e o fino acabamento, realçados por um acertado desenho de luz, assinado por MANECO QUINDERÉ. O conjunto desses três importantes elementos, numa montagem teatral, aqui, particularmente, conferem ao espetáculo efeitos indescritíveis, um deleite para os olhos dos espectadores.







Fotos: Gilberto Bartholo.


         Num musical, evidentemente, têm papel de destaque a direção musical e a coreografia. Quem responde por aquela é CARLOS BAUZYS, que também se ocupou da adaptação de orquestração. Os números coreográficos, que agregam, ao espetáculo, beleza e leveza, foram criados por ALONSO BARROS, que só faz emendar um excelente trabalho em outro. Também merece aplauso DIEGO SALLES, regente de uma ótima orquestra, formada por 14 exímios músicos.






         Dois outros excelentes profissionais, “habitués” dos grandes musicais, são TOCKO MICHELAZZO, que responde por um correto desenho de som, e FELICIANO SAN ROMAN, a quem cabe a função de deixar, por meio do visagismo, os atores bem próximos à realidade dos personagens. É importantíssimo que se consiga ouvir tudo o que é dito e cantado no palco, até porque as letras das canções ajudam a contar a história, o que é sabido de todos os iniciados em musicais. Quanto a isso, nenhum problema. O trabalho de SAN ROMAN é igualmente importante e, infelizmente, não muito valorizado pelo grande público. Vi, de perto, a caracterização de GIULIA NADRUZ, por exemplo, numa longa conversa que travamos, logo após o final da peça, “montada” ainda na personagem, antes de voltar a “ser ela mesma”, e percebi as minúcias no trabalho de maquiagem e na peruca.






O terceiro pé de sustentação do espetáculo, ou melhor, o quarto (Os outros são o texto, a direção e os elementos de criação.) é o elenco, o magnífico elenco desta montagem. Há musicais que são o “sonho de consumo” de qualquer ator ou atriz, e “FUNNY GIRL”, certamente, é um deles, principalmente quando se trata de interpretar a protagonista, Fanny Brice. GIULIA NADRUZ confessou ter vivido momentos de intensa ansiedade, quando se viu na possibilidade de encarnar a personagem. É um papel bonito, que exige muito de quem o interpreta, tanto nas partes faladas quanto no que está afeto às canções. Torna-se um desafio maior ainda, depois que Fanny foi magnificamente representada por uma diva dos musicais, Barbra Streisand. Isso só faz valorizar muito o trabalho de GIULIA.






Como eu, enganam-se os que pensavam que, por seu riquíssimo currículo, a atriz, que já marcou presença, inclusive como protagonista (*), e o fez da forma mais admirável possível, em grandes produções, como “Shrek, O Musical”, “Chaplin, O Musical”, “Cinderella”, “Ghost, o Musical” (*), “O Fantasma da Ópera” (*), “Barnum, O Rei do Show” e “West Side Sory” (*), teria conquistado o papel da protagonista de “FUNNY GIRL” por meio de convite. Não aconteceu assim. Na verdade, do fabuloso elenco, os únicos convidados para os papéis que representam foram ERIBERTO LEÃO e STELLA MIRANDA, segundo me informou o diretor, GUSTAVO BARCHILON. GIULIA, como todos os seus demais colegas de cena, foi submetida a testes, em disputadíssimas audições, que contaram, ao todo, com mais de 500 postulantes a algum papel na montagem. E sua atuação é digna dos maiores elogios, já podendo, quem assistiu à peça, considerá-la uma fortíssima candidata à premiação de “Melhor Atriz em Musicais”, com mais do que reais chances de ficar com o prêmio. GIULIA atende a todos os pré-requisitos exigidos de quem se propõe a abraçar o TEATRO MUSICAL como profissão, uma vez que interpreta, dança e canta com total desembaraço e encantamento. Embora já tenha se arriscado em “fazer gracinhas”, em outros papéis, é com sua Fanny Brice que a atriz exibe, por completo, sua porção de comicidade, bem natural e espontânea.






Seu par, na trama, o inveterado jogador Nicky Arnstein, é ERIBERTO LEÃO, pela primeira vez à frente de um musical da Broadway. ERIBERTO é um excelente ator, mais conhecido, pelo grande público, por seus trabalhos na televisão e no cinema, o que acaba causando surpresa para muita gente, que “não sabia que ele cantava”, mas não para mim, que já conhecia seus dotes de cantor. Acompanhei as gravações de algumas de suas participações num “reality show musical”, “Pop Star”, transmitido pela TV Globo. Além disso, assisti, mais de uma vez, a uma peça teatral estrelada por ele, “Jim”, sobre a vida de Jim Morrison, com quem, por acaso, o ator tem uma certa semelhança física, espetáculo no qual ERIBERTO cantava algumas canções do cantor e compositor norte-americano. Ele cumpre, com total rigor e precisão, sua função em cena.






Divertidíssima, como a atriz que a interpreta, é a Sra. Rose, a mãe de Fanny Brice. Podemos mesmo dizer que Rose é “a cara de STELLA MIRANDA”, ou vice-versa, de tal forma, personalíssima, esta construiu a personagem. STELLA é o que chamamos de uma atriz completa, com tantos sucessos emplacados no campo dos musicais, a qual, merecidamente, coleciona premiações. Sempre a vejo se saindo melhor, nos palcos, a cada nova peça, quando o papel lhe permite cantar e fazer rir. Não vejam como uma crítica negativa – muito pelo contrário, porque, se é bom, podemos, ou devemos, preservar -, mas as inflexões e o ritmo de que a atriz se utiliza, nas suas hilárias falas, se aproximam muito da personagem que interpretou, durante muito tempo, num antigo e divertidíssimo “sitcom”, na TV. Hoje, ainda me divirto bastante, vendo a reapresentação dos episódios, no Canal Viva. Falo de “Toma Lá, Dá Cá”, ideia genial de Miguel Falabella e a, infelizmente, recém-falecida Maria Carmen Barbosa, programa que, se dependesse de mim, nunca teria saído da grade da emissora que o exibia, a TV Globo, embora, hoje, se consiga enxergar nele muita coisa não muito “politicamente correta”. A personagem era a Dona Álvara, síndica do fictício “Condomínio “Jambalaya Ocean Drive”. STELLA é a grande válvula de escape das tensões, poucas, que há no texto.






NÁBIA VILLELA, a Sra. Strakosh, e ALESSANDRA VERTAMATTI, a Sra. Meeker, companheiras das mesas de pôquer da Sra Rose, acompanham STELLA MIRANDA, no mesmo tom e intensidade, para criar cenas bastante engraçadas e leves. Ri-se muito quando as três estão na cena. Excelentes atrizes em papéis cômicos. Como deve ser prazeroso, para os colegas de cena, contar com o trio no elenco!






Aproveitando o “gancho”, o elenco atua de forma muito coesa, harmônica, de modo a produzir um ótimo rendimento, no cômputo geral, no que estão incluídos os números musicais e a execução das ótimas coreografias, criadas pela genialidade de ALONSO BARROS. Além dos nomes já citados, dirijo um pouco mais dos focos dos meus “refletores” para ANDRÉ LUIZ ODIN, que interpreta o personagem Eddie Ryan, o fiel amigo de Fanny Brice, por ela apaixonado e preterido; ARÍZIO MAGALHÃES, o Sr. Florenz Ziegfeld, o empresário do mundo do “show business”; e MARCELO GÓES, Tom Keeney e cover de Ziegfeld.  Mas acho importante reforçar o que já disse no início deste parágrafo, com relação aos 21 artistas em cena: Todos são excelentes!






  Agradou-me, sobremaneira, a versão brasileira, feita por BIANCA TADINI e LUCIANO ANDREY, ressaltando um detalhe muito interessante, com relação à letra de “People”, que acabou se tornando um grande “hit”, no mundo inteiro, na voz de Barbra Streisand. Ao ouvir os acordes iniciais da canção, que adoro, magnificamente interpretada, no palco do Teatro Porto, por GIULIA NADRUZ, comecei a cantar, “internamente”, a música, em inglês, mas logo parei e me detive no conteúdo que saía da boca de GIULIA, completamente diferente da letra original. Mas isso não é negativo, como podem alguns estar pensando que seja o meu pensamento. Considerando, e repetindo o que já escrevi, que, num musical, as letras das canções fazem parte do texto, porque ajudam a contar a história, a letra vertida faz muito mais sentido do que aquela escrita por BOB MERRIL, o letrista do musical. Ademais, não podemos nos esquecer de que é muito difícil verter letras de canções, em qualquer idioma, para o português, já que, além de se procurar manter o sentido, a ideia, o conteúdo, é necessário que isso caiba na métrica e nos compassos originais. Brilhante é o trabalho de BIANCA e LUCIANO.

 




 




FICHA TÉCNICA:

Autora: Isobel Lennart

Compositor: Jule Styne

Letrista: Bob Merrill

Direção Artística: Gustavo Barchilon

Direção Residente : Vanessa Costa

Versão Brasileira: Bianca Tadini e Luciano Andrey

 

Elenco: Giulia Nadruz (Fanny Brice), Eriberto Leão (Nick Arnstein), Stella Miranda (Sra. Rose), Vânia Canto (Fanny Brice – ALTERNANTE), Afonso Monteiro (Ensemble), Alessandra Vertamatti (Sra. Meeker / Sra. Rose – COVER), Alice Zamur (Garota Follies), André Luiz Odin (Eddie Ryan), Arízio Magalhães (Florenz Ziegfeld), Cárolin Von Siegert (Garota Follies), Dante Paccola (Ensemble / Tenor Cover), Fábio Galvão (Ensemble / Nick Arnstein – COVER), Gabi Germano (Garota Follies / Emma – COVER), Ingrid Gaigher (Sra. Emma), Marcelo Góes (Tom Keeney / Ziegfeld – COVER), Mariana Fernandes (Garota Follies), Martina Blink (Ensemble / Sra. Meeker e Sra. Strakosh – COVER), Mattilla (Garota Follies / Emma – COVER), Nábia Villela (Sra. Strakosh), Rodrigo Garcia (Tenor / Follies), Rodrigo Varandas (Ensemble / Eddie Ryan – COVER), Talihel (Swing) e Yasmin Calbo (Swing)

 

Orquestra: Carlos Bauzys (maestro), Diego Salles (regência), Amintas Brasileiro (flauta, clarinete, sax soprano e sax alto), Cristiano Felício (flauta, clarinete e sax alto), Joca Araujo (clarinete e sax tenor), Mauro Oliveira (clarinete, clarone e sax barítono), Luiz Gabriel (trompete 1), Anderson Bicudo (trompete 2), Jessica Vicente (trompa), Renato Farias (trombone), Helena Imasato (violino), Ana Chamorro (cello), Marcelo Farias (teclado 1), Viviane Godoy (teclado 2), Pedro Macedo (baixo acústico) e Kiko Andrioli (bateria)

    

Coreografia / Direção de Movimento: Alonso Barros

Direção Musical e Adaptação de Orquestração: Carlos Bauzys

Cenário: Natália Lana

Figurino: Fábio Namatame

Desenho de Luz: Maneco Quinderé

“Design” de Som: Tocko Michelazzo

“Design” de Som Associado: Gabriel Bocutti

“Design” de Peruca e Maquiagem: Feliciano San Roman

Direção de Arte: Gus Parrella

Fotos: Caio Gallucci (fotógrafo oficial)

Produtora Associada: Cecília Simões

Direção de Produção: Thiago Hofman

Uma realização Barho Produções, em parceria com a 7.8 Produções Artísticas.

 

 



 




SERVIÇO:

Temporada: De 18 de agosto a 08 de outubro de 2023.

Local: Teatro Porto.

Endereço: Alameda Barão de Piracicaba, 740 - Campos Elíseos – São Paulo.

Telefone: (11)3366-8700.

Dias e Horários: Sexta-feira, às 20h; sábado, às 16h30min e às 20h; domingo, às 19h.

Valor dos Ingressos: A partir de R$ 25,00 (meia-entrada) - Plateia: R$250,00 (inteira) / R$125,00 (meia-entrada), Balcão: R$150,00 (inteira) / R$75,00 (meia-entrada); Balcão (Preço Popular):  R$50,00 (inteira) / R$25,00 (meia-entrada).

Horário de Funcionamento da Bilheteria: Somente nos dias de sessão, duas horas antes da apresentação.

Clientes Porto têm desconto de 30% na compra de até dois ingressos.

Clientes Cartão de Crédito Porto Seguro Bank têm desconto de 50% na compra de até dois ingressos.

Compras via internet: www.sympla.com.br(.)

Capacidade: 484 lugares.

(O Teatro conta com acessibilidade.).

(Estacionamento próprio, gratuito, para clientes do Teatro Porto.).

Classificação: 12 anos.

Duração: 110 minutos.

Gênero: Musical.

Observação: O ELENCO DESTE ESPETÁCULO PODE SER ALTERADO SEM PRÉVIA COMUNICAÇÃO.

 







Pode-se considerar esta montagem como uma superprodução, que nada deve aos musicais “gringos”, em praças do exterior, se considerados os números que dela fazem parte: mais de 400 peças de figurino, 35 perucas e uma orquestra com 14 músicos.






O musical é IM-PER-DÍ-VEL!!! Embora oriundo do Rio de Janeiro, mas falando pelo público paulistano, afirmo ser é lamentável que um espetáculo de tamanha envergadura, com um orçamento de “muitos zeros”, cumpra uma temporada tão curta numa cidade como São Paulo, a qual é a que mais “consome” TEATRO, mormente os musicais. Por outro lado, falando pelos meus conterrâneos cariocas, já me sinto feliz, porque poderei revê-lo no Rio, onde fará uma nova temporada, no Teatro Casa Grande, com estreia prevista para o dia 28 próximo (outubro de 2023). Pretendo assistir à peça mais duas vezes, pelo menos, sendo que procurarei fazê-lo, numa delas, quando VÂNIA CANTO, alternante de GIULIA NADRUZ, se apresentará, visto que todas as pessoas amigas que tiveram a oportunidade de assistir ao musical com as duas no papel de Fanny Brice – e não são poucas – foram unânimes em afirmar que “a interpretação de VÂNIA se equipara à de GIULIA, em tudo”. A conferir.  


ADENDO (Após eu ter assistido a uma sessão, no dia 4 de novembro de 2023, com VÂNIA CANTO assumindo o papel de Fanny Brice, como alternante de GIULIA NADRUZ.) 

      CONFERI. E o que tenho a dizer, com relação ao trabalho de VÂNIA CANTO? Em primeiro lugar, que "não acrescento nem retiro uma vírgula sequer" de tudo quanto fiz de elogios à querida GIULIA NADRUZ. O que escrevi sobre uma se aplica, por inteiro, à outra. Esta não é melhor nem pior que aquela, e vice-versa; ambas são magníficas “cantrizes”, do primeiro naipe brasileiro, em tudo: no interpretação, no canto e na dança. Duas atrizes completas para musicais, com atuações de “tirar o fôlego do espectador”.

Sim, todos os meus amigos de São Paulo, os que QUE ENTENDEM DE MUSICAIS e haviam assistido ao “show” com as duas, me disseram que eu teria que assistir com ambas e que não me perdoariam se eu não o fizesse. Não preciso do perdão deles, não só porque fui conferir, mas porque também sou da mesma opinião.

Faltam-me palavras, para não incorrer no clichê da desagradável repetição, para externar a minha felicidade e dissertar sobre o que vi naquele palco. VÂNIA está, maravilhosamente, fantástica no papel! E é lindo ver a própria GIULIA reconhecendo o talento de sua colega e, num gesto de extrema humildade e generosidade, ao final da sessão para convidados, ao chamar ao palco todos os envolvidos no projeto – artistas de criação, técnicos e demais profissionais – também fez questão de convidar VÂNIA, tendo-lhe feito os maiores elogios, recomendando, aos presentes, que todos deveriam rever o espetáculo com a amiga. E que passassem adiante aquela mensagem.

Eu repito o que as duas vivem a dizer: que um trabalho complementa o outro e que assistir a “FUNNY GIRL” é uma experiência que precisa ser vista com as duas. E precisa mesmo!!! São dois espetáculos totalmente diferentes e, igualmente, irretocáveis, OBRAS-PRIMAS, muito do que graças ao trabalho das duas.

       VÂNIA é bem diferente, do ponto de vista físico, de GIULIA. No fundo, acho nem uma nem outra tem, exatamente, o “physique du rôle” da personagem e ambas, inexplicavelmente a “vestem”, por inteiro, perfeitamente. Pode parecer – e talvez o seja – uma grande bobagem o que vou dizer agora, que seria a única diferença que existe entre o trabalho delas. É que há uma cena em que Fanny Brice anda de patins, numa coreografia, e GIULIA, que não sabia como fazê-lo, aceitou o desafio de aprender tal habilidade, a qual demonstra em cena. Não sei por qual motivo – e não faz a menor diferença saber ou não – VANIA executa o mesmo número sem o equipamento. E o número é igualmente ótimo! 

         Só me resta repetir que é necessário assistir ao espetáculo duas vezes (Ou mais; já assisti três e ainda vou rever.), para que a experiência seja completa e o espectador possa dizer: Eu assisti a “FUNNY GIRL” com duas das melhores “cantrizes” deste país: GIULIA NADRUZ e VÂNIA CANTO.

    OBSERVAÇÃO: Até o final da temporada carioca, VÂNIA fará sempre a primeira sessão dos sábados, às 17h.

         


 

 


Vânia Canto.


Idem.







 


FOTOS: CAIO GALLUCCI.



 

 

GALERIA PARTICULAR:

(Fotos: Carlos Eduardo Sabbag Pereira (São Paulo) e João Pedro Bartholo e Vinícius de Oliveira (Rio de Janeiro.)


São Paulo:



Com a querida Giulia Nadruz.


Com o querido Egberto Leão.






Rio de Janeiro:









Com o querido Gustavo Barchilon.




Com o querido Carlos Bauzys.




Com a querida Natália Lana.




Com a querida Giulia Nadruz.




Com os queridos Eriberto Leão 

e Ruben Gabira.





Com a querida Vânia Canto.





Com o querido André Luiz Odin.





Com o querido Rodrigo Garcia.








VAMOS AO TEATRO!


OCUPEMOS TODAS AS SALAS DE ESPETÁCULO DO BRASIL!


A ARTE EDUCA E CONSTRÓI, SEMPRE; E SALVA!


RESISTAMOS SEMPRE MAIS!


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