“BENDITAS
MULHERES”
ou
(POR MAIS “OTILAs” NO MUNDO!)
ou
(A METALINGUAGEM
A SERVIÇO DO TEATRO.)
Sempre que vou a São Paulo, com o propósito, primeiro,
de assistir aos musicais, principalmente aqueles que, sabidamente, não virão para o Rio de Janeiro (Vez por outra, temos alguma boa
surpresa, quando algum deles consegue chegar até nós, na ex-Cidade
Maravilhosa.), fujo à minha rotina, para assistir a uma peça que não
seja musical. E têm sido, sempre, surpresas agradabilíssimas, como
ocorreu no sábado, 30 de outubro próximo passado, quando vi o
segundo espetáculo do dia, “BENDITAS MULHERES”, a convite da
minha querida amiga e grande “agitadora cultural” de Sampa,
CÉLIA FORTE, que assina o texto da comédia. Eu disse “comédia”?
Veremos se é mesmo!
A comédia nos faz rir. Sim, rimos bastante, durante os 80 minutos de duração do espetáculo. Mas, também, nos provoca
reflexões. É fato, da mesma forma, que, pelo atalho da comédia, que nos leva ao
riso, podemos – e quase sempre acontece – fazer muitas críticas: a tudo
e a todos, ou a algo ou alguém, em especial. E quando estamos diante de uma comédia
que tem, no fundo, por objetivo maior, prestar uma linda e merecida homenagem,
sem que isso seja feito explicitamente? Mas está lá, nas entrelinhas, na
intenção da dramaturga.
Confesso, de coração, que fiquei muito emocionado e
sensibilizado, com a montagem, pela excelente ideia e, acima de tudo, pela
generosidade de CÉLIA FORTE, quando se propôs a contar uma história
simples, até certo ponto, com a qual podemos, ou não, nos identificar,
reconhecer, em nós ou em alguém que conhecemos, alguma das personagens,
contudo, o que, talvez, muitos espectadores não percebam, é que o desejo em
destaque da autora é jogar luzes,
vindas de muitos holofotes, sobre a figura de uma profissional do TEATRO
(Pode ser um homem também.), que ninguém conhece; muitas vezes, anônima e, não
raro, até em seu ambiente de trabalho, mas que é de uma importância incrível,
vital, nos bastidores de um espetáculo. Valorizo muito quem a valoriza também.
Nos meus tempos de ator, eram para esses profissionais os meus primeiros
cumprimentos, quando chegava ao Teatro, para mais um dia de trabalho.
É sobre a CAMAREIRA, aquela figura que é “pau
para toda obra”, amiga, confidente e vive fora dos focos de luz. Um
outro espetáculo, um tanto recente, já explorou a profissão, e muito bem,
diga-se de passagem, na figura de um homem. Fez o mesmo, porém de forma
diferente. Pareceu paradoxal? Não! Refiro-me a “O Camareiro”, um texto
de Ronald Harwood, com direção de Ulysses Cruz, espetáculo
belíssimo, inesquecível, ganhador de tantos prêmios e que, apesar de ter o
saudoso SENHOR Tarcísio Meira no papel de um ator famoso e temperamental,
todos os destaques e loas voltavam-se para Kiko Mascarenhas, que fazia o
personagem que dá título à peça. De comum, entre as duas, além da
reverência aos camareiros, há a questão da metalinguagem, o que muito me
encanta, quando a vejo num palco: o TEATRO dentro do TEATRO.
Mas lá era diferente, era tudo bem explícito, as cartas
estavam lançadas sobre a mesa. Aqui, é preciso muita atenção e perspicácia do
espectador, para perceber que a importância maior não recai sobre a trama, mas,
sim, sobre OTILA, papel que coube a uma excelente atriz, CLAUDIA
MISSURA, e o que ela representa na vida de três mulheres, três atrizes,
sendo uma diretora de TEATRO, na árdua tentativa de erguer um espetáculo
teatral.
É claro que a história é interessante, dando oportunidade, ao
público leigo, de sentir todas as dificuldades para se produzir uma peça,
isso se amalgamando aos dramas pessoais das três artistas, as quais, antes de
tudo, são três seres humanos, com todos os seus problemas e idiossincrasias.
SINOPSE:
Em
poucas palavras, podemos dizer que “BENDITAS MULHERES” conta a história
de quatro personagens que revelam outra faceta de um determinado
universo: a convivência de três atrizes com a camareira da peça a ser
encenada, mostrando os diferentes mundos que se juntam, quando é formada
uma equipe de TEATRO.
Ampliando
a SINOPSE: Quatro realidades distintas, que convivem em
harmonia, respeito e troca de experiências: a sabedoria e vivência - e o
cotidiano - de OTILA, camareira, e a cultura adquirida, “comprada”,
de três atrizes, que tentam montar uma peça, e suas elucubrações
com a vida e as artes.
Nesse
encontro, as personagens percebem o quanto pode ser gratificante, quando
nos permitimos uma abertura ao diálogo, para escutar o outro, de uma maneira
humana, divertida e, sobretudo, generosa e tolerante.
O
jogo é cômico e, até, um tanto farsesco, com as coincidências inesperadas que
unem algumas das personagens.
Este é o terceiro texto em que CÉLIA FORTE
transita pelo universo feminino. Não assisti, infelizmente, à encenação de um
deles, que é “Ciranda”, de 2012 – e digo “infelizmente”
mesmo, considerados todos os comentários positivos que já ouvi sobre a peça
- porém tive, em 2019, a grata satisfação de me divertir, à farta, com “Amigas,
Pero No Mucho”, o primeiro, de 2007, representado por quatro homens,
em cartaz há treze anos, sempre com casas cheias, fazendo muito sucesso
de crítica também. Já escrevi sobre esse espetáculo.
Cultura é uma coisa e sabedoria é outra. A cultura
está ligada aos meios acadêmicos; a sabedoria se aprende na “escola
da vida”. Foi nesta que OTILA, pobre moradora da periferia de São
Paulo, “se formou”. Geralmente, os “cultos” não
dão ouvidos aos “sábios”, entretanto, nesta peça, as três
atrizes, “cultas”, pertencentes a uma classe social bem
oposta à de OTILA, embora muito haja de “fachada” entre
elas, se rendem à “sabença” da humilde funcionária e a ela se
apegam, “quando o calo aperta”.
A montagem é dirigida por ELIAS ANDREATO, que me pareceu tornar mais
simples, ainda, o que já simples era. Aparentemente, o texto parece ser
despretensioso, com o único desejo de entreter as pessoas, depois de um pesado
dia de trabalho. Parece, mas não o é, embora ELIAS tenha tentado, a meu
juízo, fazer com que assim a peça chegue ao grande público, porém ele
sabe, com bastante maestria, valorizar frases e cenas inteiras, para que o “não
dito” possa ser percebido pela plateia mais atenta. As três artistas
retratam a “sofisticação” e a “aparência”; a camareira
é a encarnação da simplicidade, da humildade e da ignorância,
a qual, em tantas ocasiões e situações, nos livra de muitas dores e sofrimentos. Às vezes, ser “ignorante”,
no sentido de ignorar, desconhecer, não saber, é uma dádiva, porque fazer doer menos.
Tudo se passa nas coxias e num
palco, vazio, de um Teatro, durante os ensaios de uma peça, que
parece estar fadada a não ser montada. São três atrizes, acumulando uma
delas a função de diretora do espetáculo, VANDA, personagem
de VERA MANCINI. As
outras duas são HELENA (MARIA PINNA) e SARA (CAROL RAINATTO). Completa
o quarteto, como já disse, OTILA, a CAMAREIRA (CLAUDIA
MISSURA). Elas estão no primeiro dia de ensaio, trabalho de mesa, leitura
do texto, que já se inicia com muitos contratempos, a começar por dois
motivos: pela difícil busca de uma atriz que aceite representar uma
personagem de 80 anos e uma das atrizes que tem por hábito se
atrasar para o trabalho.
“O que se vê ali não é uma
discussão sobre uma montagem teatral, e sim sobre o olhar do indivíduo, pessoas
que unem suas angústias, desejos e sonhos, através de uma construção
dramatúrgica. A autora transcorre por questões individuais, mas, através da
simplicidade do olhar da camareira, propõe um instigante jogo cênico, em que as
atrizes se tornam protagonistas de suas inquietações.”, segundo o “release”,
que me foi enviado por BETH GALLO (Morente Forte Comunicações).
A peça propõe um exercício
de empatia, de se colocar no lugar do outro, o que tanto nos faz
falta nos dias de hoje, quando, cada vez mais, impera a “lei do Gérson”, e o dito popular “Farinha pouca, meu pirão primeiro.” está, quase
sempre, à frente de tudo. O texto tenta nos mostrar que não estamos
sozinhos no mundo e que, para se conseguir viver ou, pelo menos, sobreviver, é preciso respeitar as
diversidades, saber que nem todos são como eu sou, nem todos tiveram as
oportunidades que eu tive, que nem todos pensam como eu penso. Ele nos leva a acreditar
que é preciso ouvir o outro, dar-se conta de que ele existe e que pode ser
muito útil, por menos que possa parecer. O outro não é um pária; é um ser
humano, como eu. Com seu “simples”, mas agradável e muito
verdadeiro, texto, CÉLIA FORTE nos alerta para que é preciso “abrir
o debate para a tolerância, a compreensão com o diferente, aqui retratada entre
classes sociais, humanas e culturais das quatro personagens. Esse espetáculo é
uma pequena homenagem aos trabalhadores e trabalhadoras do TEATRO, nos
bastidores, mas esse encontro poderia se dar em qualquer lugar onde convivem
pessoas.”, ainda segundo o já referido, e bem elaborado, “release”.
O diretor, ELIAS ANDREATO,
muito oportunamente, diz que “O texto
de CÉLIA FORTE, revela o encontro de quatro mulheres / quatro mundos. Elas
estão ensaiando suas vidas e seus personagens num palco de teatro. CÉLIA, desenha quatro mulheres, com suas
particularidades e diferenças sociais, falando de sonhos, realidade e
inquietações, que tornam a dramaturgia um veículo de reflexão e atualidade tão
necessária para os tempos modernos. Sabemos que os caminhos e conquistas da
mulher se fazem cada vez mais necessários. A autora, tem o dom do humor, acrescido de pungência, quando fala do
universo feminino. ‘BENDITAS MULHERES’
é o olhar delicado da autora sobre a vida dessas trabalhadoras do TEATRO,
usando o seu ofício para brincar com suas dores e loucuras.”. Não poderia deixar passar ao largo uma
referência à poesia, à delicadeza que ANDREATO aplica na sua direção.
E o que dizer mais, depois dessa perfeita declaração de ELIAS?
Cometeria
eu um grande erro de omissão, se não dissesse que a letra que ELIAS ANDREATO escreveu,
especialmente, para a, digamos, “canção tema da peça”, que abre o
espetáculo, é lindíssima, e é por meio dela que ele chama a atenção do
espectador, de forma muito poética, para o que este não vê, ou não sabe que
existe, nos bastidores de uma montagem teatral. Essa ideia foi muito adequada.
Não
pense o meu leitor, que TEATRO é sinônimo de “glamour”. Nunca
devemos nos esquecer de que é tudo “mentirinha” e que,
por trás daquelas personalidades, as atrizes, no caso, há vidas como as
nossas. Elas não são seres divinos, livres das mazelas e das armadilhas que a
vida nos apresenta, a cada esquina. Cada uma tem um número de CPF e RG. Elas também são muito importantes na luta
da mulher, por voz e vez, cada vez mais difícil num mundo misógino.
Quanto
ao humor que CÉLIA utiliza, ela não inventa nada; apenas reproduz
o que a vida nos oferece. Em muitos momentos da peça, a gente ri, para
não chorar. Seu humor é leve, mas nem por isso deixa de ser crítico;
caso contrário, não seria humor. A gente só ri, porque não está no lugar
de quem é o alvo da “crítica”. Se
alguém escorrega numa casca de banana, escancaradamente ou disfarçando, eu acho
graça, entretanto, se eu sou a vítima do escorregão, não consigo enxergar a
menor graça naquele “mico”. Pelo contrário,
fico com raiva de quem riu e desejo-lhe o mesmo, em tom de revanchismo, de vingança.
Conhecendo CÉLIA FORTE, como conheço, fiquei muito comovido, quando li suas palavras, também presentes no “release” da peça, e, também, nos emocionamos muito, depois da sessão, quando conversamos, eu, ela e as atrizes do espetáculo. Vejam que lindo: “As camareiras sempre me interessaram. Cada uma com sua personalidade, mas todas com quem tive o prazer de trabalhar, adoráveis. ‘BENDITAS MULHERES’ revela, ao público, os bastidores de um TEATRO, focando na camareira e a intimidade de três atrizes, na preparação de um espetáculo. Suas angústias, no processo criativo de suas personagens, são mostradas de forma cômica, mas delicada. Engraçada e poética. A camareira OTILA mostra a escala das relações humanas e sociais de classes. Essas relações nos mostram como nossa sociedade é formada por contradições e a possibilidade de uma boa convivência, quando enxergamos o outro. Só o artista é capaz de escancarar o jogo de poder, em que nós, alguma vez, já assumimos o papel de dominadores, diante de personagens invisíveis em nosso cotidiano, que trabalham por sua sobrevivência, ao nosso lado, sem que tenhamos um olhar sensível e generoso, ao menos (...)”.
Um detalhe muito curioso e correto, que surge, no texto, é o fato de ser muito relativa e interessante a questão da valorização dos problemas pessoais e alheios, vistos por ângulos diversos e opostos, de acordo com um leque de interesses. Talvez o melhor exemplo para isso, dentre tantos que OTILA, em sua “sabedoria”, utiliza, é quando, numa determinada cena, diante de tanta irritação da personagem VANDA, a diretora da peça a ser montada, a CAMAREIRA, com o propósito de ser solidária, lhe pergunta o que a deixa tão arredia e preocupada, e aquela lhe responde que é o fato de não conseguir dar fim à sua dissertação de mestrado, com o hilário e complicado título “PERPETUAÇÃO DA CULTURA DO TERCEIRO MUNDO COM A GLOBALIZAÇÃO, SOB A ÓTICA DO LESTE EUROPEU” (KKKKK), que deve ser uma “produção acadêmica” tão inútil quanto “atirar pérolas aos porcos”, e a CAMAREIRA retruca, dizendo, mais ou menos, assim: “Problema tem a Zefa, minha vizinha, com toda a família desempregada”. É claro que o conteúdo da tal dissertação pode servir para muita coisa e é de suma importância para VANDA, fruto de uma possível profunda pesquisa, entretanto a questão é que as pessoas do bairro em que OTILA mora apresentam outras necessidades mais urgentes, como, por exermplo, comer, (sobre)viver. Assim, a vida é. É para rir ou para chorar? No mínimo, para nos fazer refletir sobre tal relatividade.
Engana-se
quem pensa que OTILA “sai por baixo”, nessa trama. Ela, em
sua “insignificância”, se torna um elemento de grande valor e
importância, para as outras três “poderosas”. Mas será que a “poderosa”
não é a CAMAREIRA? O que não vou é dar “spoiler” sobre a peça,
esperando que os paulistanos que me leem confiram o seu final e que os cariocas
também possamos ter esse prazer.
Quanto
aos elementos de criação, que dão sustento a esta montagem, gostei
do cenário, também de ELIAS ANDREATO, bem franciscano, de acordo
com a realidade do texto e das dificuldades financeiras, para se montar
uma peça de TEATRO, nos dias de hoje, resumido a quatro espaços:
a sala da direção da peça, utilizada para os ensaios de mesa, à esquerda
e com poucos objetos; um camarim bem simples, ao centro e ao fundo, com
objetos de cena inerentes a ele; um lugar, à direita, que parece ser um outro
camarim ou uma espécie de depósito de figurinos, também com poucos objetos de
cena; e, finalmente, do centro do palco para o proscênio, um espaço vazio,
apenas com um tapete vermelho, que seria o palco, para os ensaios. Nada mais era
necessário mesmo.
Os figurinos, de MARICHILENE
ARTISEVSKIS, atendem, perfeitamente, às necessidades do texto, sem
nenhum deslize, o mesmo podendo ser dito com relação ao desenho de luz,
de CLEBER ELI, uma vez que nem o texto nem a direção
necessitavam de grandes variações na iluminação. Tudo a contento, na
medida certa.
Falta falar sobre o elenco da peça. As quatro atrizes cumprem, com bastante correção, suas funções e dão vida às suas personagens de uma forma muito natural; convincente, por isso mesmo.
VANDA, a mais velha e experiente de todas e, por consequência, aquela que melhor domina o ofício, a ponto de acumular a função de diretora da peça, deveria ser a mais tranquila das três, contudo, paradoxalmente, deixa transparecer uma certa insegurança e quase nos revela uma pontinha de bipolaridade, sempre muito preocupada com sua vida acadêmica, tentanto conciliar os bancos escolares com o palco, fora os problemas de sua vida particular. É difícil dar conta de tudo sozinha. Tem um bom relacionamento com as duas colegas de cena, mas só até a página cinco.
HELENA, a "mulher do Guto" (Vive enaltecendo-o.) me lembrou uma personagem criada pela saudosa e grande comediante Consuelo Leandro, mas só por esse motivo ("...o meu marido Oscar, podre de rico..." - Fica, aqui, a minha singela homenagem a essa grande atriz.) é, das três, a que mais cumplicidade demonstra, com relação à CAMAREIRA, uma vez que, de forma a parecer bem sincera, a adora, vive acarinhando, beijando e abraçando OTILA.
SARA é uma personagem que, infelizmente, existe, na vida real (Conheço algumas "saras"; felizmente, poucas.), pela qual nutro um certo sentimento de pena, misturado com pitadas de desprezo. Ela é uma atriz recém-formada, que "chegou ontem e já quer se sentar na janelinha do avião". É aquela que acha que sabe tudo, que pode tudo e que nada está bom.
Mas, com todo o meu respeito pelo trio e admiração por seu trabalho, a "cereja do bolo", a meu juízo, é CLAUDIA MISSURA, por dois motivos: pela imensa competência da atriz e, principalmente, por ela ser a OTILA, personagem cativante, que ganha a simpatia do público, logo nas suas primeiras aparições. Salvo engano, era a única cujo trabalho eu já conhecia. Chamou-me muito a atenção, em sua atuação, a capacidade de fazer rir com o que diz e com os seus silêncios, emoldurando máscaras faciais e pequenos gestos. Ri muito com ela, apenas por seus olhares, por exemplo. Sua ingenuidade, sua simplicidade, o seu "ser sem-noção" nos emocionam bastante. Sobre ela, ou melhor, sua personagem, CÉLIA FORTE me confidenciou: "Se o mundo fosse mais empático, todos os problemas seriam menores, porque seríamos mais solidários.", com o que concordo e me faz desejar um mundo com mais "otilas".
FICHA TÉCNICA:
Texto: Célia Forte
Direção: Elias Andreato
Assistente de Direção: Rodrigo Chueri
Elenco: Vera Mancini, Claudia Missura, Carol Rainatto e Maria Pinna
CAMAREIRA: CRISTIANE FERREIRA
Música Original: Jonatan Harold
Cenografia: Elias Andreato
Assistente de Cenografia: Isadora Morente
Figurino: Marichilene Artisevskis
Desenho de Luz: Cleber Eli
Tema de Abertura: “Prólogo das Benditas”
Letra: Elias Andreato
Música: Jonatan Harold
Voz: Célia Jordani
Estúdio de Gravação: Bds Produtora
Operador de Luz e Som: Pedro Moura
Contrarregra: Daniel Santos
Coordenadora de Comunicação: Beth Gallo
Assessoria de Imprensa: Thaís Peres – Morente Forte Comunicações
Projeto Gráfico: Vicka Suarez
Fotos: Rodrigo Chueri
Conteúdo Web: Jady Forte
Redes Sociais: Ana Paula Barbulho
Produção Executiva: Martha Lozano e Cubo Produções
Coordenação Administrativa: Dani Angelotti - Cubo Produções
Assistência de Produção: Alcení Braz
Administradora de Temporada: Magali Morente
Produção: Selma Morente
SERVIÇO:
Temporada: De 08 de outubro até 18 de dezembro de 2021
Local: Teatro Renaissance (Hotel Renaissance)
Endereço: Alameda Santos, 2233 – São Paulo
Telefone: (11) 3069-2286
Dias e Horários: 6ªs feiras e sábados, às 21h30min
Valor do Ingresso: Preços entre R$35,00 e R$ 80,00
Capacidade: 440 lugares
Recomendação Etária: 12 anos
Duração: 80 minutos
Vendas: www.sympla.com.br
Aquela noite foi
de dupla alegria para mim, pelo fato de ter assistido a um ótimo espetáculo de
TEATRO e, também, porque, naquele dia, a MORENTE FORTE COMUNICAÇÕES estava completando 36 anos de bons, ou melhor, ÓTIMOS, serviços prestados ao TEATRO paulistano e, por extensão, ao brasileiro.
Ficaria muito
feliz, se os cariocas também tivessem o privilégio que eu tive. Nem é preciso
dizer que RECOMENDO O ESPETÁCULO.
Não me recordo do título da peça que queriam montar, se é que ele é mencionado, mas bem que poderia ser "BENDITA OTILA!".
A foto que vem logo abaixo é muito representativa para o "povo do universo do TEATRO". É que, para nós, "o palco é um lugar sagrado", e muito me irrita, quando estou na plateia e vejo as pessoas, num espetáculo montado em arena, em vez de procurarem seus assentos por fora do espaço cênico, atravessam-no, sem a menor cerimônia, embora eu saiba que não o fazem por maldade, mas por ignorar o que aquelas tábuas representam para nós. OTILA, toda vez que tem de cruzar o palco, descalça o seu par de sandálias gastas, pelo tempo e pelo uso, talvez, até, sem saber daquela reverência que parte de nós ou, pode ser que o faz pelo hábito de observar tanto os artistas fazendo aquilo, como prova de respeito. Não me canso de admirar a foto, a qual me reporta à peça e aos meus tempos de ator.
GALERIA PARTICULAR:
E VAMOS AO TEATRO,
COM TODOS OS
CUIDADOS!!!
OCUPEMOS TODAS AS SALAS
DE ESPETÁCULO
DO BRASIL,
COM TODOS OS
CUIDADOS!!!
A ARTE EDUCA E
CONSTRÓI, SEMPRE!!!
RESISTAMOS, SEMPRE
MAIS!!!
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TEXTO,
PARA QUE, JUNTOS,
POSSAMOS DIVULGAR
O QUE HÁ DE MELHOR NO
TEATRO BRASILEIRO!!!
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