segunda-feira, 8 de novembro de 2021

 

“BENDITAS

MULHERES”

ou

(POR MAIS “OTILAs” NO MUNDO!)

ou

(A METALINGUAGEM

A SERVIÇO DO TEATRO.)

 


 

     Sempre que vou a São Paulo, com o propósito, primeiro, de assistir aos musicais, principalmente aqueles que, sabidamente, não virão para o Rio de Janeiro (Vez por outra, temos alguma boa surpresa, quando algum deles consegue chegar até nós, na ex-Cidade Maravilhosa.), fujo à minha rotina, para assistir a uma peça que não seja musical. E têm sido, sempre, surpresas agradabilíssimas, como ocorreu no sábado, 30 de outubro próximo passado, quando vi o segundo espetáculo do dia, “BENDITAS MULHERES”, a convite da minha querida amiga e grande “agitadora cultural” de Sampa, CÉLIA FORTE, que assina o texto da comédia. Eu disse “comédia”? Veremos se é mesmo!




     A comédia nos faz rir. Sim, rimos bastante, durante os 80 minutos de duração do espetáculo. Mas, também, nos provoca reflexões. É fato, da mesma forma, que, pelo atalho da comédia, que nos leva ao riso, podemos – e quase sempre acontece – fazer muitas críticas: a tudo e a todos, ou a algo ou alguém, em especial. E quando estamos diante de uma comédia que tem, no fundo, por objetivo maior, prestar uma linda e merecida homenagem, sem que isso seja feito explicitamente? Mas está lá, nas entrelinhas, na intenção da dramaturga.




   Confesso, de coração, que fiquei muito emocionado e sensibilizado, com a montagem, pela excelente ideia e, acima de tudo, pela generosidade de CÉLIA FORTE, quando se propôs a contar uma história simples, até certo ponto, com a qual podemos, ou não, nos identificar, reconhecer, em nós ou em alguém que conhecemos, alguma das personagens, contudo, o que, talvez, muitos espectadores não percebam, é que o desejo em destaque da autora é jogar luzes, vindas de muitos holofotes, sobre a figura de uma profissional do TEATRO (Pode ser um homem também.), que ninguém conhece; muitas vezes, anônima e, não raro, até em seu ambiente de trabalho, mas que é de uma importância incrível, vital, nos bastidores de um espetáculo. Valorizo muito quem a valoriza também. Nos meus tempos de ator, eram para esses profissionais os meus primeiros cumprimentos, quando chegava ao Teatro, para mais um dia de trabalho.




      É sobre a CAMAREIRA, aquela figura que é “pau para toda obra”, amiga, confidente e vive fora dos focos de luz. Um outro espetáculo, um tanto recente, já explorou a profissão, e muito bem, diga-se de passagem, na figura de um homem. Fez o mesmo, porém de forma diferente. Pareceu paradoxal? Não! Refiro-me a “O Camareiro”, um texto de Ronald Harwood, com direção de Ulysses Cruz, espetáculo belíssimo, inesquecível, ganhador de tantos prêmios e que, apesar de ter o saudoso SENHOR Tarcísio Meira no papel de um ator famoso e temperamental, todos os destaques e loas voltavam-se para Kiko Mascarenhas, que fazia o personagem que dá título à peça. De comum, entre as duas, além da reverência aos camareiros, há a questão da metalinguagem, o que muito me encanta, quando a vejo num palco: o TEATRO dentro do TEATRO.




      Mas lá era diferente, era tudo bem explícito, as cartas estavam lançadas sobre a mesa. Aqui, é preciso muita atenção e perspicácia do espectador, para perceber que a importância maior não recai sobre a trama, mas, sim, sobre OTILA, papel que coube a uma excelente atriz, CLAUDIA MISSURA, e o que ela representa na vida de três mulheres, três atrizes, sendo uma diretora de TEATRO, na árdua tentativa de erguer um espetáculo teatral.




    É claro que a história é interessante, dando oportunidade, ao público leigo, de sentir todas as dificuldades para se produzir uma peça, isso se amalgamando aos dramas pessoais das três artistas, as quais, antes de tudo, são três seres humanos, com todos os seus problemas e idiossincrasias.

 



 

 

SINOPSE:

 

   Em poucas palavras, podemos dizer que “BENDITAS MULHERES” conta a história de quatro personagens que revelam outra faceta de um determinado universo: a convivência de três atrizes com a camareira da peça a ser encenada, mostrando os diferentes mundos que se juntam, quando é formada uma equipe de TEATRO.

   Ampliando a SINOPSE: Quatro realidades distintas, que convivem em harmonia, respeito e troca de experiências: a sabedoria e vivência - e o cotidiano - de OTILA, camareira, e a cultura adquirida, “comprada”, de três atrizes, que tentam montar uma peça, e suas elucubrações com a vida e as artes.

Nesse encontro, as personagens percebem o quanto pode ser gratificante, quando nos permitimos uma abertura ao diálogo, para escutar o outro, de uma maneira humana, divertida e, sobretudo, generosa e tolerante.

O jogo é cômico e, até, um tanto farsesco, com as coincidências inesperadas que unem algumas das personagens.

 

 



     Este é o terceiro texto em que CÉLIA FORTE transita pelo universo feminino. Não assisti, infelizmente, à encenação de um deles, que é “Ciranda”, de 2012 – e digo “infelizmente” mesmo, considerados todos os comentários positivos que já ouvi sobre a peça - porém tive, em 2019, a grata satisfação de me divertir, à farta, com “Amigas, Pero No Mucho”, o primeiro, de 2007, representado por quatro homens, em cartaz há treze anos, sempre com casas cheias, fazendo muito sucesso de crítica também. Já escrevi sobre esse espetáculo.




        Cultura é uma coisa e sabedoria é outra. A cultura está ligada aos meios acadêmicos; a sabedoria se aprende na “escola da vida”. Foi nesta que OTILA, pobre moradora da periferia de São Paulo, “se formou”. Geralmente, os “cultos” não dão ouvidos aos “sábios”, entretanto, nesta peça, as três atrizes, “cultas”, pertencentes a uma classe social bem oposta à de OTILA, embora muito haja de “fachada” entre elas, se rendem à “sabença” da humilde funcionária e a ela se apegam, “quando o calo aperta”.




   A montagem é dirigida por ELIAS ANDREATO, que me pareceu tornar mais simples, ainda, o que já simples era. Aparentemente, o texto parece ser despretensioso, com o único desejo de entreter as pessoas, depois de um pesado dia de trabalho. Parece, mas não o é, embora ELIAS tenha tentado, a meu juízo, fazer com que assim a peça chegue ao grande público, porém ele sabe, com bastante maestria, valorizar frases e cenas inteiras, para que o “não dito” possa ser percebido pela plateia mais atenta. As três artistas retratam a “sofisticação” e a “aparência”; a camareira é a encarnação da simplicidade, da humildade e da ignorância, a qual, em tantas ocasiões e situações, nos livra de muitas dores e sofrimentos. Às vezes, ser “ignorante”, no sentido de ignorar, desconhecer, não saber, é uma dádiva, porque fazer doer menos.




Tudo se passa nas coxias e num palco, vazio, de um Teatro, durante os ensaios de uma peça, que parece estar fadada a não ser montada. São três atrizes, acumulando uma delas a função de diretora do espetáculo, VANDA, personagem de VERA MANCINI. As outras duas são HELENA (MARIA PINNA) e SARA (CAROL RAINATTO). Completa o quarteto, como já disse, OTILA, a CAMAREIRA (CLAUDIA MISSURA). Elas estão no primeiro dia de ensaio, trabalho de mesa, leitura do texto, que já se inicia com muitos contratempos, a começar por dois motivos: pela difícil busca de uma atriz que aceite representar uma personagem de 80 anos e uma das atrizes que tem por hábito se atrasar para o trabalho.




“O que se vê ali não é uma discussão sobre uma montagem teatral, e sim sobre o olhar do indivíduo, pessoas que unem suas angústias, desejos e sonhos, através de uma construção dramatúrgica. A autora transcorre por questões individuais, mas, através da simplicidade do olhar da camareira, propõe um instigante jogo cênico, em que as atrizes se tornam protagonistas de suas inquietações.”, segundo o “release”, que me foi enviado por BETH GALLO (Morente Forte Comunicações).




A peça propõe um exercício de empatia, de se colocar no lugar do outro, o que tanto nos faz falta nos dias de hoje, quando, cada vez mais, impera a “lei do Gérson”, e o dito popular “Farinha pouca, meu pirão primeiro.” está, quase sempre, à frente de tudo. O texto tenta nos mostrar que não estamos sozinhos no mundo e que, para se conseguir viver ou, pelo menos, sobreviver, é preciso respeitar as diversidades, saber que nem todos são como eu sou, nem todos tiveram as oportunidades que eu tive, que nem todos pensam como eu penso. Ele nos leva a acreditar que é preciso ouvir o outro, dar-se conta de que ele existe e que pode ser muito útil, por menos que possa parecer. O outro não é um pária; é um ser humano, como eu. Com seu “simples”, mas agradável e muito verdadeiro, texto, CÉLIA FORTE nos alerta para que é preciso “abrir o debate para a tolerância, a compreensão com o diferente, aqui retratada entre classes sociais, humanas e culturais das quatro personagens. Esse espetáculo é uma pequena homenagem aos trabalhadores e trabalhadoras do TEATRO, nos bastidores, mas esse encontro poderia se dar em qualquer lugar onde convivem pessoas.”, ainda segundo o já referido, e bem elaborado, “release”.




O diretor, ELIAS ANDREATO, muito oportunamente, diz que O texto de CÉLIA FORTE, revela o encontro de quatro mulheres / quatro mundos. Elas estão ensaiando suas vidas e seus personagens num palco de teatro. CÉLIA, desenha quatro mulheres, com suas particularidades e diferenças sociais, falando de sonhos, realidade e inquietações, que tornam a dramaturgia um veículo de reflexão e atualidade tão necessária para os tempos modernos. Sabemos que os caminhos e conquistas da mulher se fazem cada vez mais necessários. A autora, tem o dom do humor, acrescido de pungência, quando fala do universo feminino.BENDITAS MULHERES’ é o olhar delicado da autora sobre a vida dessas trabalhadoras do TEATRO, usando o seu ofício para brincar com suas dores e loucuras.”. Não poderia deixar passar ao largo uma referência à poesia, à delicadeza que ANDREATO aplica na sua direção. E o que dizer mais, depois dessa perfeita declaração de ELIAS?




Cometeria eu um grande erro de omissão, se não dissesse que a letra que ELIAS ANDREATO escreveu, especialmente, para a, digamos, “canção tema da peça”, que abre o espetáculo, é lindíssima, e é por meio dela que ele chama a atenção do espectador, de forma muito poética, para o que este não vê, ou não sabe que existe, nos bastidores de uma montagem teatral. Essa ideia foi muito adequada.




Não pense o meu leitor, que TEATRO é sinônimo de “glamour”. Nunca devemos nos esquecer de que é tudo “mentirinha” e que, por trás daquelas personalidades, as atrizes, no caso, há vidas como as nossas. Elas não são seres divinos, livres das mazelas e das armadilhas que a vida nos apresenta, a cada esquina. Cada uma tem um número de CPF e RG. Elas também são muito importantes na luta da mulher, por voz e vez, cada vez mais difícil num mundo misógino.




Quanto ao humor que CÉLIA utiliza, ela não inventa nada; apenas reproduz o que a vida nos oferece. Em muitos momentos da peça, a gente ri, para não chorar. Seu humor é leve, mas nem por isso deixa de ser crítico; caso contrário, não seria humor. A gente só ri, porque não está no lugar de quem é o alvo da “crítica”. Se alguém escorrega numa casca de banana, escancaradamente ou disfarçando, eu acho graça, entretanto, se eu sou a vítima do escorregão, não consigo enxergar a menor graça naquele “mico”. Pelo contrário, fico com raiva de quem riu e desejo-lhe o mesmo, em tom de revanchismo, de vingança.




Conhecendo CÉLIA FORTE, como conheço, fiquei muito comovido, quando li suas palavras, também presentes no “release” da peça, e, também, nos emocionamos muito, depois da sessão, quando conversamos, eu, ela e as atrizes do espetáculo. Vejam que lindo: “As camareiras sempre me interessaram. Cada uma com sua personalidade, mas todas com quem tive o prazer de trabalhar, adoráveis. ‘BENDITAS MULHERES’ revela, ao público, os bastidores de um TEATRO, focando na camareira e a intimidade de três atrizes, na preparação de um espetáculo. Suas angústias, no processo criativo de suas personagens, são mostradas de forma cômica, mas delicada. Engraçada e poética. A camareira OTILA mostra a escala das relações humanas e sociais de classes. Essas relações nos mostram como nossa sociedade é formada por contradições e a possibilidade de uma boa convivência, quando enxergamos o outro. Só o artista é capaz de escancarar o jogo de poder, em que nós, alguma vez, já assumimos o papel de dominadores, diante de personagens invisíveis em nosso cotidiano, que trabalham por sua sobrevivência, ao nosso lado, sem que tenhamos um olhar sensível e generoso, ao menos (...)”.




       Um detalhe muito curioso e correto, que surge, no texto, é o fato de ser muito relativa e interessante a questão da valorização dos problemas pessoais e alheios, vistos por ângulos diversos e opostos, de acordo com um leque de interesses. Talvez o melhor exemplo para isso, dentre tantos que OTILA, em sua “sabedoria”, utiliza, é quando, numa determinada cena, diante de tanta irritação da personagem VANDA, a diretora da peça a ser montada, a CAMAREIRA, com o propósito de ser solidária, lhe pergunta o que a deixa tão arredia e preocupada, e aquela lhe responde que é o fato de não conseguir dar fim à sua dissertação de mestrado, com o hilário e complicado título “PERPETUAÇÃO DA CULTURA DO TERCEIRO MUNDO COM A GLOBALIZAÇÃO, SOB A ÓTICA DO LESTE EUROPEU” (KKKKK), que deve ser uma “produção acadêmica” tão inútil quanto “atirar pérolas aos porcos”, e a CAMAREIRA retruca, dizendo, mais ou menos, assim: Problema tem a Zefa, minha vizinha, com toda a família desempregada”. É claro que o conteúdo da tal dissertação pode servir para muita coisa e é de suma importância para VANDA, fruto de uma possível profunda pesquisa, entretanto a questão é que as pessoas do bairro em que OTILA mora apresentam outras necessidades mais urgentes, como, por exermplo, comer, (sobre)viver. Assim, a vida é. É para rir ou para chorar? No mínimo, para nos fazer refletir sobre tal relatividade.




      Engana-se quem pensa que OTILA “sai por baixo”, nessa trama. Ela, em sua “insignificância”, se torna um elemento de grande valor e importância, para as outras três “poderosas”. Mas será que a “poderosa” não é a CAMAREIRA? O que não vou é dar “spoiler” sobre a peça, esperando que os paulistanos que me leem confiram o seu final e que os cariocas também possamos ter esse prazer.




    Quanto aos elementos de criação, que dão sustento a esta montagem, gostei do cenário, também de ELIAS ANDREATO, bem franciscano, de acordo com a realidade do texto e das dificuldades financeiras, para se montar uma peça de TEATRO, nos dias de hoje, resumido a quatro espaços: a sala da direção da peça, utilizada para os ensaios de mesa, à esquerda e com poucos objetos; um camarim bem simples, ao centro e ao fundo, com objetos de cena inerentes a ele; um lugar, à direita, que parece ser um outro camarim ou uma espécie de depósito de figurinos, também com poucos objetos de cena; e, finalmente, do centro do palco para o proscênio, um espaço vazio, apenas com um tapete vermelho, que seria o palco, para os ensaios. Nada mais era necessário mesmo.




Os figurinos, de MARICHILENE ARTISEVSKIS, atendem, perfeitamente, às necessidades do texto, sem nenhum deslize, o mesmo podendo ser dito com relação ao desenho de luz, de CLEBER ELI, uma vez que nem o texto nem a direção necessitavam de grandes variações na iluminação. Tudo a contento, na medida certa.




Falta falar sobre o elenco da peça. As quatro atrizes cumprem, com bastante correção, suas funções e dão vida às suas personagens de uma forma muito natural; convincente, por isso mesmo




VANDA, a mais velha e experiente de todas e, por consequência, aquela que melhor domina o ofício, a ponto de acumular a função de diretora da peça, deveria ser a mais tranquila das três, contudo, paradoxalmente, deixa transparecer uma certa insegurança e quase nos revela uma pontinha de bipolaridade, sempre muito preocupada com sua vida acadêmica, tentanto conciliar os bancos escolares com o palco, fora os problemas de sua vida particular. É difícil dar conta de tudo sozinha. Tem um bom relacionamento com as duas colegas de cena, mas só até a página cinco. 



 

HELENA, a "mulher do Guto" (Vive enaltecendo-o.) me lembrou uma personagem criada pela saudosa e grande comediante Consuelo Leandro, mas só por esse motivo ("...o meu marido Oscar, podre de rico..." - Fica, aqui, a minha singela homenagem a essa grande atriz.)  é, das três, a que mais cumplicidade demonstra, com relação à CAMAREIRA, uma vez que, de forma a parecer bem sincera, a adora, vive acarinhando, beijando e abraçando OTILA




SARA é uma personagem que, infelizmente, existe, na vida real (Conheço algumas "saras"; felizmente, poucas.), pela qual nutro um certo sentimento de pena, misturado com pitadas de desprezo. Ela é uma atriz recém-formada, que "chegou ontem e já quer se sentar na janelinha do avião". É aquela que acha que sabe tudo, que pode tudo e que nada está bom. 




Mas, com todo o meu respeito pelo trio e admiração por seu trabalho, a "cereja do bolo", a meu juízo, é CLAUDIA MISSURA, por dois motivos: pela imensa competência da atriz e, principalmente, por ela ser a OTILA, personagem cativante, que ganha a simpatia do público, logo nas suas primeiras aparições. Salvo engano, era a única cujo trabalho eu já conhecia. Chamou-me muito a atenção, em sua atuação, a capacidade de fazer rir com o que diz e com os seus silêncios, emoldurando máscaras faciais e pequenos gestos. Ri muito com ela, apenas por seus olhares, por exemplo. Sua ingenuidade, sua simplicidade, o seu "ser sem-noção" nos emocionam bastante. Sobre ela, ou melhor, sua personagemCÉLIA FORTE me confidenciou: "Se o mundo fosse mais empático, todos os problemas seriam menores, porque seríamos mais solidários.", com o que concordo e me faz desejar um mundo com mais "otilas".




 


 

FICHA TÉCNICA: 

Texto: Célia Forte

Direção: Elias Andreato

Assistente de Direção: Rodrigo Chueri

 

Elenco: Vera Mancini, Claudia Missura, Carol Rainatto e Maria Pinna

 

CAMAREIRA: CRISTIANE FERREIRA

 

Música Original: Jonatan Harold

Cenografia: Elias Andreato

Assistente de Cenografia: Isadora Morente

Figurino: Marichilene Artisevskis

Desenho de Luz: Cleber Eli

Tema de Abertura: “Prólogo das Benditas”

Letra: Elias Andreato

Música: Jonatan Harold

Voz: Célia Jordani

Estúdio de Gravação: Bds Produtora

Operador de Luz e Som: Pedro Moura

Contrarregra: Daniel Santos

Coordenadora de Comunicação: Beth Gallo

Assessoria de Imprensa: Thaís Peres – Morente Forte Comunicações

Projeto Gráfico: Vicka Suarez

Fotos: Rodrigo Chueri

Conteúdo Web: Jady Forte

Redes Sociais: Ana Paula Barbulho

Produção Executiva: Martha Lozano e Cubo Produções

Coordenação Administrativa: Dani Angelotti - Cubo Produções

Assistência de Produção: Alcení Braz 

Administradora de Temporada: Magali Morente 

Produção: Selma Morente 

 

 




 

 

SERVIÇO:

 

Temporada: De 08 de outubro até 18 de dezembro de 2021

Local: Teatro Renaissance (Hotel Renaissance)

Endereço: Alameda Santos, 2233 – São Paulo

Telefone: (11) 3069-2286

Dias e Horários: 6ªs feiras e sábados, às 21h30min

Valor do Ingresso: Preços entre R$35,00 e R$ 80,00

Capacidade: 440 lugares

Recomendação Etária: 12 anos

Duração: 80 minutos

Vendas: www.sympla.com.br

 





Aquela noite foi de dupla alegria para mim, pelo fato de ter assistido a um ótimo espetáculo de TEATRO e, também, porque, naquele dia, a MORENTE FORTE COMUNICAÇÕES estava completando 36 anos de bons, ou melhor, ÓTIMOS, serviços prestados ao TEATRO paulistano e, por extensão, ao brasileiro.




Ficaria muito feliz, se os cariocas também tivessem o privilégio que eu tive. Nem é preciso dizer que RECOMENDO O ESPETÁCULO.





Não me recordo do título da peça que queriam montar, se é que ele é mencionado, mas bem que poderia ser "BENDITA OTILA!".



A foto que vem logo abaixo é muito representativa para o "povo do universo do TEATRO". É que, para nós, "o palco é um lugar sagrado", e muito me irrita, quando estou na plateia e vejo as pessoas, num espetáculo montado em arena, em vez de procurarem seus assentos por fora do espaço cênico, atravessam-no, sem a menor cerimônia, embora eu saiba que não o fazem por maldade, mas por ignorar o que aquelas tábuas representam para nós. OTILA, toda vez que tem de cruzar o palco, descalça o seu par de sandálias gastas, pelo tempo e pelo uso, talvez, até, sem saber daquela reverência que parte de nós ou, pode ser que o faz pelo hábito de observar tanto os artistas fazendo aquilo, como prova de respeito. Não me canso de admirar a foto, a qual me reporta à peça e aos meus tempos de ator.










FOTOS: RODRIGO CHUERI


GALERIA PARTICULAR:


Com Célia Forte.


Com Célia Forte e Elias Andreato.



 

E VAMOS AO TEATRO,

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A ARTE EDUCA E CONSTRÓI, SEMPRE!!!

 

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