“DIVA: AO VIVO
DO INFERNO!
– O MUSICAL”
ou
(UM EXERCÍCIO
AVANÇADO PARA INTERPRETAÇÃO.)
ou
(É PARA
PRÊMIO DE MELHOR ATOR.)
Em
curta temporada, está em cartaz, desde a última 6ª feira (25
de abril de 2025), no simpático e agradável “Teatro Cesgranrio”, um
espetáculo que merece ser assistido pelo maior número possível de espectadores.
Falo de “DIVA: AO VIVO DO INFERNO! – O MUSICAL”, um solo, estrelado
por HUGO KERTH, interpretando quatro
personagens, de forma cômica e cheio de música. Antes de qualquer outra coisa,
preciso aplaudir a coragem e determinação do jovem ator, por ter idealizado o
espetáculo e ter se lançado à sua produção, contando com a colaboração de
amigos, por meio de uma “vaquinha”,
da qual muito me honro e orgulho de ter participado. Tão logo recebi a
solicitação de ajuda, não pensei duas vezes e atendi ao chamado, por acreditar,
piamente, no projeto, visto que conheço o talento de HUGO desde 2014,
quando o vi, pela primeira vez, brilhando como um dos protagonistas do musical “The Book of Mormons”, dividindo
o protagonismo com o igualmente talentoso Leo
Bahia, no palco da UNIRIO,
numa montagem acadêmica com ares de profissional.
SINOPSE:
A COMÉDIA satírica “DIVA: AO VIVO DO INFERNO - O MUSICAL”
é um monólogo com apenas um ator em cena e três músicos.
A peça conta a trajetória desastrosa
de Desmond
Channing (HUGO KERTH), um
jovem ator, que vê seu reinado, nos palcos, ameaçado pela recém-chegada de um
galã.
Como resposta à sua fúria, comete uma
série de crimes que o fazem parar no Inferno, após sua morte.
Como penitência, está condenado a
recontar sua história todas as noites, em busca da redenção, nessa hilária
comédia musical, recheada de humor ácido e consequências catastróficas.
O espetáculo é um monólogo musical que
recebe a primeira adaptação brasileira, oriundo da Off-Broadway, onde
alcançou grande sucesso, com texto de NORA BRIGID MONAHAN, contando com músicas de ALEXANDER SAGE OYEN. O espetáculo
convida o público a um “tour” pelo inferno, porém com muito
humor ácido e catastrófico.
A
ideia de montar o musical surgiu em 2022, quando HUGO KERTH morou uma temporada em Nova Iorque, em busca de
um “desafio novo”, até que foi apresentado a “Diva: Live From Hell”, o
original em inglês, que acabara de cumprir uma temporada em Londres, naquele mesmo ano. Encantou-se
com aquela raridade, dado que não é comum se encontrar um musical em forma de
solo, que lhe daria a oportunidade de interpretar quatro personagens totalmente
díspares e desafiadores, os quais o obrigariam a cantar em quatro vozes
totalmente diferentes. Seduziram-no, na peça, algumas coisas, como “a originalidade do texto, muito bem
conduzido, além do fato de a peça se passar no inferno e ser um monólogo”,
com um grande motivo: “o personagem está
pagando uma penitência”.
Trata-se, como não poderia deixar de
ser, partindo-se de uma montagem que, para ser erguida, se valeu da colaboração
espontânea de terceiros, de uma produção bastante franciscana, a qual, por
outro lado, não é econômica no que diz respeito ao talento do diretor, RUBENS LIMA JR., o mesmo que dirigiu HUGO na já citada montagem de “The
Book od Mormons”, bem como a estupenda “performance” do artista. O cenário (VICTOR
ARAGÃO) e os figurinos (KAIQUE LOPES) são bem simples, porém totalmente
a serviço das cenas. Em compensação, VICTOR MAIA, embora se utilizando de limitados recursos de iluminação, criou um
belíssimo desenho de luz.
Seguindo,
de perto, os passos de filmes clássicos dos anos 50, como “Sunset
Boulevard” e “A Malvada”, que contam histórias de
artistas ambiciosos, que fazem de tudo para alcançar o estrelato, esta produção
também aborda “o custo da ambição no mundo do entretenimento, mas com um tom cômico e
exagerado, ironizando a atitude de ‘diva’ de certos atores perante ao seu
ofício”. Felizmente, estes são uma ínfima minoria, mas, que eles existem,
lá isso é verdade, não chegando, porém, às raias da loucura que levou a “Diva”
a cometer seus absurdos crimes.
Todos
sabemos que um monólogo, mesmo sendo ele em forma de musical, não deve ser
muito extenso, sob risco de causar enfado na plateia. O ideal é que gire em
torno de 60 a 80 minutos, no máximo, entretanto os 100 minutos de duração
desta obra ora analisada não apenas não cansa, como também, quando termina, não
percebemos quantas vezes o ponteiro dos minutos deu as suas voltas e ainda
ficamos com vontade de mais um pouco daquelas cruéis, porém hilárias,
peripécias de Desmond Channing e seus parceiros de cena.
Sob
uma brilhante direção, de RUBINHO,
como os amigos o tratamos, com ideias e propostas simples, contudo muito
interessantes, resoluções super azeitadas, HUGO
KERTH demonstra que não está naquele palco de brincadeira. É tudo feito à
vera, com muita garra e talento, o que lhe confere, ao meu modesto juízo,
credenciais para abiscoitar prêmios de melhor ator na atual temporada
teatral. É esperar o final do ano e conferir. A destreza como desmonta um
personagem e compõe outro é algo espantoso e perfeitíssimo, não tendo se
enganado uma única vez. E, para completar, ainda temos a oportunidade de
ouvi-lo interpretando as canções da peça com muito profissionalismo,
acompanhado por um excelente trio de musicistas: GUILHERME BORGES, EGON
ATHAYDES e TAUÃ DE LORENA.
FICHA TÉCNICA:
Idealização:
Hugo Kerth
Texto:
Nora Brigid Monahan
Letra e
Música: Alexander Sage Oyen
Versão Brasileira:
Hugo Kerth
Direção
Geral: Rubens Lima Jr.
Assistência
de Direção: Claudio Ribeiro
Direção
Musical: Guilherme Borges
Elenco:
Hugo Kerth
Músicos:
Guilherme Borges (piano), Egon Athaydes (bateria) e Tauã de Lorena
(guitarra/violão)
Coreografia:
Victor Maia
Cenografia:
Victor Aragão (Ponto Cenografia)
Figurinos:
Kaique Lopes
Iluminação: Victor Maia
Preparação
Vocal Cantada: Guilherme Borges
Preparação
Vocal Falada: Fgo. Reynaldo Lopes
Desenho de
Som: Enrico D’Angelo
Supervisão de Figurinos: Kaique Lopes
Coreografia
Sapateado: Ramon Costa
Operador
de Áudio e Vídeo: Enrico D’Angelo
Direção de
Produção: Hugo Kerth
Realização:
Estúdio Hugo Kerth
Produção
Executiva: Duda Salles (Salles Produções)
Marketing
360: Rodrigo Medeiros (R+ Marketing)
Assessoria
de Imprensa: MercadoCom (Ribamar Filho e João Agner)
Fotos: Bianca Oliveira (estúdio) e Victor Senra (cena)
Identidade
Visual: Julia Tavares
Design
Gráfico e Fotografia: Bianca Oliveira (Estúdio da Bica)
Videografia:
Leo Rocha (Stone Art Films)
Redes
Sociais: Marião
Apoio:
CEFTEM, Teatro Cesgranrio, R+ Marketing.
SERVIÇO:
Temporada: De 25 de abril a 11 de maio de 2025
(Não haverá sessão no sábado, dia 03 de maio).
Local: Teatro
Cesgranrio.
Endereço: Rua Santa Alexandrina, nº 1011, Rio
Comprido – Rio de Janeiro.
Dias e Horários: Sextas-feiras e sábados, às 20h;
domingos; às 19h.
Valor dos Ingressos: Inteira = R$ 80, Ingresso Solidário
= R$ 60, Meia-Entrada = R$ 40, Lista Amiga = R$35,00
Venda pelo “site”: https://bileto.sympla.com.br/event/102187?share_id=1-copiarlink
Capacidade: 266 lugares.
Duração: 100 minutos.
Classificação Etária: 14 anos.
Gênero: Comédia
Musical (Solo)
No “release” da peça, que
recebi de Ribamar Filho (MercadoCom –
Assessoria de Imprensa), assim se manifesta o destemido e talentoso HUGO
KERTH: “Tenho a expectativa de que as pessoas
gostem da história que vou contar no palco e que se identifiquem com algum
personagem, discordem de outro, tenham raiva de algum e até que se compadeçam de
outro. Quero que as pessoas curtam as músicas, se emocionem e riam com as
propostas que estamos fazendo. Espero que recebam com todo carinho possível e
com vontade de voltar e indicar pros amigos. É tudo o que um artista
independente e um produtor sem patrocínio precisam”. E eu
acrescento: É TUDO QUANTO
HUGO KERTH E SUA EQUIPE DE PRODUÇÃO MERECEM. Não
deixem de assistir ao espetáculo e que possam, também, RECOMENDÁ-LO,
COMO ESTOU FAZENDO AGORA.
FOTOS: BIANCA OLIVEIRA (estúdio)
e
VICTOR SENRA (cena).
É preciso ir ao
TEATRO, ocupar todas as salas de espetáculo,
visto que a arte educa e constrói, sempre; e salva. Faz-se necessário resistir sempre
mais. Compartilhem esta crítica, para que, juntos, possamos divulgar o que há
de melhor no TEATRO brasileiro!
Solo e crítica maravilhosos.
ResponderExcluirSuper recomendo!
TEATRÃO