“PINÓQUIO”
ou
(UMA AULA DE TEATRO
INFANTOJUVENIL.)
ou
(O QUE JÁ É BOM PODE,
SEMPRE, MELHORAR.)
ou
(QUANDO O MAIS É MAIS;
ALIÁS, É MUITO MAIS!!!
O cometa Halley, aquele que dizem que anunciou
o nascimento do Messias - o verdadeiro, não um traste que saiu
das trevas e anda por aí - pode ser visto, a olho nu, da Terra, num
espaço de 75 a 76 anos. Sua última aparição, para nós, que eu tive a
oportunidade de ver, foi em 1986, e a próxima está prevista para o ano
de 2076, quando, muito a contragosto, já estarei em outro plano, onde
espero que haja muitos Teatros e possa encontrar todos os meus amigos da
classe que já partiram antes de mim. Menos tempo de periodicidade, para
ocorrer, acontece com um eclipse total do sol: 18 anos e 11 dias.
Pode
ser estranho iniciar uma crítica teatral com tais informações, uma vez
que é difícil, ou impossível associá-las àquilo que se deseja escrever sobre
uma peça de TEATRO, tentar adivinhar aonde o crítico “maluco”
deseja chegar, já achando que se trata de uma manifestação de demência ou
alucinação, ou algo parecido, porém o mistério já será desvendado.
Seria um estúpido e gigantesco exagero, de minha parte,
comparar o tempo que leva, para haver uma daquelas aparições “cometais”
ou um desse fenômeno “eclipsal” ao tempo que há entre a encenação
de um espetáculo infantojuvenil de extremíssima excepcionalidade e
outro de igual qualidade, contudo é uma triste e fundamentada realidade o
fato de que existe, com raríssimas exceções, um longo período de tempo entre
uma montagem daquele segmento teatral que mereça a classificação
de OBRA-PRIMA e a próxima. Sim, isso, no Brasil, com muita
tristeza, sou obrigado a dizer, é a mais pura verdade. Salvo engano, a última a
que assisti – é claro que houve um hiato de quase dois anos, por conta da
pandemia de COVID-19 – foi “Lupita”, cujo mérito, que cabe a
muitas pessoas, vou, aqui, personificar no nome de Flávia Lopes. Mas,
depois de tanto tempo, eis que surge outro “cometa”, “PINÓQUIO”,
encenado pela CIA. PEQUOD TEATRO DE ANIMAÇÃO, para festejar 21 anos
de existência e tantos magníficos serviços prestados ao TEATRO BRASILEIRO,
principalmente na área infantojuvenil. Das companhias de TEATRO
que focam suas pesquisas e trabalhos no público infantojuvenil, no mesmo
nível da PEQUOD, incenso, também, a Artesanal Companhia de TEATRO,
de cujos trabalhos já estamos saudosos.
Utilizo-me do “release” que me foi enviado por MÔNICA
RIANI (ASSESSORIA DE IMPRENSA) e de um trabalho, particular, de pesquisa: “A CIA. PEQUOD TEATRO DE
ANIMAÇÃO” é uma companhia carioca, de repertório, que se dedica ao TEATRO DE ANIMAÇÃO e que aposta na interseção de linguagens, como um de seus
diferenciais. Desde sua fundação, vem aprofundando experiências que têm
resultado numa cena de renovação para o TEATRO DE ANIMAÇÃO e que têm refletido
uma aproximação entre o cinema, o TEATRO, a dança e a cultura ‘pop’
contemporânea.”.
Trata-se de uma das mais destacadas companhias
de TEATRO DE ANIMAÇÃO do país, com um repertório sólido e reconhecido
em todo o Brasil, e no exterior também, nascida de uma oficina, realizada
em 1999, liderada por MIGUEL VELLINHO, a qual deu origem ao seu
primeiro espetáculo encenado, “Sangue Bom”, no mesmo ano.
Uma de suas marcas é a montagem de espetáculos em duas versões, para os
pequenos e para os adultos, como já aconteceu algumas vezes, com sucesso
nas duas. Não é à toa que, pela qualidade de suas montagens e pelo
profissionalismo nelas empregado, a PEQUOD coleciona inúmeros prêmios
de TEATRO, em várias categorias, e indicações.
Vale a pena relacionar,
cronologicamente, os trabalhos da CIA., as principais produções,
e algumas observações sobre eles:
“Sangue Bom” (1999);
“Noite Feliz - Um Auto de Natal” (2001);
“O Velho da Horta” (2002)
/ Prêmio Maria Clara Machado – vencedor na Categoria Especial – Confecção dos
Bonecos;
“Filme Noir” (2004)
/ Prêmio SHELL – vencedor na categoria Iluminação e indicação na categoria
Especial, pela qualidade de confecção e manipulação dos bonecos;
“Peer Gynt” (2006)
/ Prêmio SHELL – indicação nas categorias Direção e Cenografia / Indicado, pelo
Jornal O Globo, como um dos 10 melhores espetáculos teatrais da temporada;
“A Chegada de Lampião no Inferno” (2009)
/ Prêmio SHELL – indicação nas categorias Cenografia e Iluminação;
“Marina” e “Marina,
a Sereiazinha” (2010) / Prêmio SHELL – indicação na Categoria
Especial / Prêmio Zilka Sallaberry de Teatro Infantil – vencedor nas categorias
Espetáculo, Direção, Cenário, Iluminação, Categoria Especial, pela confecção
dos Bonecos, e indicação na categoria Trilha Sonora / APTR – vencedor nas
categorias Especial e Iluminação;
“A Tempestade” (2012);
“Peh Quo Deux” (2014)
/ Indicado, pelo Jornal O Globo, como um dos 10 melhores espetáculos de
dança da temporada / Prêmio Questão de Crítica – indicado na Categoria
Especial, pela pesquisa de movimento / Representou o Brasil no Festival de
Mondial de Charleville Mezière, na França (2015);
“A Feira de Maravilhas do Fantástico
Barão de Munchausen” (2015) / Prêmio Zilka Sallaberry de Teatro Infantil –
vencedor nas categorias Direção, Produção e Ator. Indicado, também, nas
categorias Iluminação, Cenário, Figurino, Música, Texto e Direção;
“O Braile, Uma Dança às Cegas” (2015)
/ representante brasileiro na Mostra Ibero-Americana de Marionetas, em Lisboa,
Portugal (2017);
“Ovelha Negra” (2017) / Prêmio Zilka
Sallaberry de Teatro Infantil – indicado na categoria Iluminação;
“A Última Aventura é a Morte” (2018)
/ Indicado, pelo Jornal O Globo, como um dos 10 melhores espetáculos
teatrais da temporada / Prêmio SHELL – vencedor na categoria Cenário,
indicação na categoria Iluminação / Cesgranrio – indicação nas categorias
Iluminação e Cenário / APTR – indicação nas categorias Espetáculo, Cenário e
Música / Prêmio Botequim Cultural – indicação nas categorias Cenário e Especial,
para Miguel Vellinho, pela linguagem inovadora / Prêmio Questão de Crítica –
prêmio para a Cia.
“PINÓQUIO” é um espetáculo
idealizada pelo diretor MIGUEL VELLINHO, um musical, com canções
originais criadas por TIM RESCALA, que assina a adaptação do
texto, fiel à fábula do italiano CARLO COLLODI, compôs todas as
melodias e é o responsável pela impecável direção musical.
SINOPSE:
Para celebrar seus 21 anos de
trabalho, a PEQUOD contará a verdadeira história de PINÓQUIO,
escrita pelo italiano CARLO COLLODI, publicada, pela primeira vez, em
1883.
Ao resgatar a versão original, a
companhia monta sua primeira opereta, que se passa no CIRCO COLLODI,
palco em que o famoso boneco, que sonha em se tornar um menino de verdade, ser
gente, passa por um rito de passagem, marcado por reflexões sobre educação,
civilidade, moralidade, empatia, altruísmo, amor familiar...
PINÓQUIO erra, para aprender. Nesses
erros, predomina o culto à mentira, algo tão nefasto e impregnado no mundo
contemporâneo, sob a forma das chamadas “fake news”.
A montagem soma linguagem do TEATRO
DE ANIMAÇÃO, música e circo.
“PINÓQUIO” sempre foi uma das
minhas histórias infantis preferidas, pelo fato de ser extremamente
construtiva, didática, edificante, na qual todas as mensagens de como deve agir
uma criança, para se tornar um cidadão de bem - “de bem” de
verdade; não os que se dizem ser, mas não o são – são facilmente
decodificáveis, em todas as versões que li ou a que assisti, nos palcos. Nesta,
entretanto, pareceu-me que todos os “recados” se tornaram mais
simples e robustos, em função da fantástica adaptação, de TIM RESCALA,
da irretocável direção, de MIGUEL VELLINHO e da irrepreensível
interpretação, por parte de um elenco da maior competência.
O espetáculo mereceu, de minha
parte, a classificação de OBRA-PRIMA, por sua complexidade e
extremíssimos bom gosto e cuidado, o que, poucas vezes, notamos em montagens
voltadas, especificamente, para o público “miúdo”. O texto,
adaptado, especialmente, para a PEQUOD, na forma de uma opereta,
é um dos melhores trabalhos que já vi, criados pelo talento do maestro TIM
RESCALLA. E olha que jamais assisti a nada que levasse a sua assinatura, na
parte musical, que não merecesse aplausos de pé. E poderia citar vários
títulos. Agora, além das melodias, ele criou o texto,
não a história, que foi escrita, originalmente, pelo italiano CALO COLLODI,
publicada em 1883, mas a sua adaptação.
Alguns dos que me leem podem estar
pensando que uma criança não se interessaria por uma “opereta”, o
que lhes poderia parecer “chato”. Afirmo-lhes que NÃO!!!
Muito longe disso, o tom da dramaturgia e das melodias encanta,
alegra os corações de qualquer idade. Foram criadas para uma criança
entender. E gostar. E se divertir. E se encantar. O espetáculo é de
uma leveza de pluma, cheio de mínimos detalhes super criativos, e prende a
nossa atenção, da primeira à última cena, apesar de ser longo. O tempo
cronológico, 100 minutos, passa sem que nos demos conta disso. Sei que pode
parecer muito tempo, para um espetáculo infantojuvenil, para prender um “pequeno”
à poltrona, entretanto reforço que não sentimos o tempo passar e que não
vi nenhuma criança reclamando ou se manifestando entediada, durante quase duas
horas de muita ação e beleza num palco. Muito pelo contrário, acompanhei as reações, favoráveis e positivas, de interatividade dos "miúdos" com os atores. A cada cena, uma surpresa
mais linda e agradável que a outra. São, ao todo, 30 canções originais.
Tive o privilégio de assistir à peça sentado ao lado de RESCALA
e, embora não tivesse lido a ficha técnica, não precisei de mais de dez
minutos, ou menos, para dar uma discreta olhadinha para o lado dele e dizer, com os olhos
e um ligeiro sorriso de alegria, oculto pela máscara: “Isso foi feito por
você, TIM.”, pelo fato de que ele tem suas características próprias,
facilmente identificáveis por aqueles que conhecem bem seu trabalho, nos quais, com muito orgulho, me incluo.
Dirigir uma montagem de “PINÓQUIO”
pode ser uma tarefa fácil ou difícil, dependendo da leitura e da proposta da direção.
Já vi algumas que me quase me levaram às lágrimas: de pena, por tanta
mediocridade, e de raiva, por ter perdido o meu tempo; entretanto, um texto
como este, musicado, nas mãos de um excepcional encenador, como MIGUEL
VELLINHO, com uma experiência e um currículo invejáveis, só poderia render
um espetáculo que dá vontade de ver, e rever, várias vezes. E eu vou
revê-lo.
VELLINHO, o idealizador do espetáculo, optou por uma direção calcada no circo da Europa do século XIX, a partir do que todos os artistas de criação se inspiraram, para os cenários, os figurinos, a iluminação e o visagismo.
Tudo se passa num circo - o que, para
mim, já é um achado e já me ganha, pois sou apaixonado por circos -, o CIRCO
COLLODI, numa homenagem ao autor do texto original, e MIGUEL
VELLINHO e TIM RESCALA tiveram a felicíssima ideia de fazer com que
a trama seja conduzida, narrada, ligando as cenas, pela excepcional atriz
e soprano MONA VILARDO e pelo, não menos talentosíssimo, ator
e barítono SANTIAGO VILLALBA, na pele de dois “mestres de
cerimônia”, aos quais rendo as minhas homenagens e dedico muitos aplausos, por suas lindas e potentes
vozes, maneira de conduzir e costurar o espetáculo e postura em cena.
Passemos a uma análise técnica dos
elementos de criação e do que deve ser observado, sob a ótica de um crítico
velho com alma infantil, que deixou o Teatro III, do Centro
Cultural Banco do Brasil (CCBB) do Rio de Janeiro, naquele fim de tarde, início
de noite, do dia 4 de dezembro (2021), com a alma em festa e o coração
saltitante, de tanta alegria e orgulho dos nossos artistas.
Como a história se passa num circo,
nada melhor, para começar, do que falar no cenário, um primor, saído da
imaginação e criatividade de uma grande artista: DORIS ROLLEMBERG,
a qual já foi premiada por outra cenografia construída para um espetáculo
anterior da CIA.. Este também merece prêmios. Nada de luxo e tudo de
criativo e lindo! Um picadeiro, que reserva muitas surpresas; cortinas; elementos cenográficos próprios de um circo, como tamboretes, por exemplo; e um
lugarzinho, uma espécie de balcão, numa das laterais, um pouco ao alto, para
acomodar os dois magníficos músicos e seus instrumentos, os quais, praticamente,
tocam durante todo o tempo de duração da peça. Procurarei me policiar, para não
deixar escapar nenhum “spoiler”, a fim de não roubar o prazer das incríveis
surpresas, para os que ainda irão assistir à peça, mas prestem
bastante atenção ao referido picadeiro.
(Foto: Gilberto Bartholo)
Os figurinos, de KIKA DE
MEDINA, acompanham a excepcionalidade da montagem, quer nas formas,
quer nas cores, quer nos acabamentos, quer na criatividade. Além dos muitos trajes
usados pelos atores, em vários personagens, a construção exterior
destes recebe, ainda, o reforço de acessórios, como máscaras, perucas e
outros elementos, pelo que responde outra grande profissional: MONA
MAGALHÃES, ao lado de EDUARDO ANDRADE, MIGUEL VELLINHO,
LUCAS MENEZES e GUSTAVO KAZ.
Os bonecos que estão em cena, e
que nos dão vontade de levá-los para as nossas casas, como recordação, são criações
de EDUARDO ANDRADE – ARTE 5.
Para dar mais vida ao espetáculo
e enriquecê-lo, fazê-lo mais rico do que já é, entra em ação o trabalho de iluminação
de um dos melhores iluminadores que conheço, o premiadíssimo RENATO
MACHADO. Para um leigo, pode parecer fácil iluminar um espetáculo
de TEATRO que se passa num circo: “apenas” muitas cores
quentes e alegres, variadas trocas de matizes e muita intensidade de luz. Mas “não
é bem assim que a banda toca”. Tudo isso é necessário, sim, porém numa
dosagem certa, para não causar “efeitos colaterais” nocivos e
estragar o espetáculo. E cada coisa nos momentos que exigem este ou
aquele tipo de iluminação. RENATO, com sua vastíssima experiência,
veste de luzes harmoniosas o espaço cênico, provocando efeitos que ficam
na nossa memória. Sou capaz de me lembrar de algumas das mais marcantes cenas
da peça, por conta da bela iluminação.
Para chegar a uma idealização
e direção de tão grande monta e todos os acertos, é preciso que essa direção
seja conduzida por um “maestro” de notório saber e experiência.
Poucos teriam a capacidade para criar um espetáculo como “PINÓQUIO”,
além de MIGUEL VELLINHO, que também é “professor na UniRio, além
de pesquisador, em constante produtividade. São 55 anos de vida e 35 de
carreira”. Além de dirigir os atores em suas interpretações,
como tais, VELLINHO parte para um desafio de fazer com que seu elenco
experimente as artes circenses. Todos “cantam e interpretam, numa fábula
que possui conexões com o que está acontecendo na atualidade, contaminada por
algo como um culto à mentira, como fonte de poder e controle”, nas
palavras do diretor.
MIGUEL foi de uma
felicidade indescritível na resolução das cenas. Quem conhece a história
original pode estar imaginando como teriam sido transpostos, para o palco,
determinados momentos da aventura do boneco de madeira e seu “pai”
GEPPETTO, principalmente o momento em que PINÓQUIO, engolido por
uma baleia, encontra seu criador dentro da barriga do cetáceo. E como ambos
conseguiram escapar de lá. Qualquer um pode estar imaginando uma baleia cenográfica
em cena. E ela está lá, só que não na sua forma original. Essa cena é um dos pontos
mais elevados desta montagem e um momento de extrema ternura, quando PINÓQUIO entende o que é ser filho e o que é ser pai, sente, pela primeira vez, o verdadeiro amor que deve haver entre eles. E, mais uma vez, chamo-lhes a atenção para
as surpresas que o picadeiro nos proporciona, sem falar na magistral ideia
do diretor, ao aproveitar a cena, para denunciar toda a poluição que a
raça (dita) “humana” provoca no planeta em que vive, do qual
depende, para se perpetuar, porém, só faz destruí-lo.
A acústica do Teatro III,
do CCBB – RJ, que é bem pequeno, é excelente, o que nos permite ouvir
tudo com muita clareza, também por conta do ótimo desenho de som,
assinado por ANDREA ZENI.
Os atores são muito exigidos em
cena, tanto física, graças à preparação corporal, sob a responsabilidade
de BÁRBARA ABI RIHAN, que também faz a assistência de direção e
presta a assessoria circense, quanto ao uso da voz, para o que contaram com
a preparação vocal, feita por DORIANA MENDES e ALESSANDRA
QUINTES. Mas, também, deve ser citada a assessoria coreográfica, a
cargo de CLÁUDIA RADUSEWSKI.
O excelente elenco conta com
sete elementos, que se multiplicam, alguns, em vários personagens. Estão
no elenco, como PINÓQUIO, a atriz LILIANE XAVIER,
uma das mais antigas atrizes da Cia.; a soprano e atriz
MONA VILARDO, um bálsamo para os nossos olhos e ouvidos; MARIA ADÉLIA, com toda a sua vivacidade e maestria nas máscaras faciais; MARISE NOGUEIRA, pondo em prática sua imensa experiência em TEATRO DE ANIMAÇÃO; MARCIO
NASCIMENTO, um talentosíssimo ator na arte de trabalhar com a manipulação de bonecos; JOÃO LUCAS ROMERO, expondo sua grande versatilidade num palco; e o barítono e ator SANTIAGO
VILLALBA, de marcante presença, por seu elevado talento, tanto como ator quanto como cantor. Além deles, também estão em cena, e são imprescindíveis, os músicos
TIBOR FITTEL e DAVID GANC, em rodízio com JOÃO PAULO ROMEU DOS SANTOS e RODRIGO REVELLES. Assisti com os dois primeiros.
Todos os atores e atrizes
fazem um trabalho irretocável, o que significa dizer que sabem chegar às
crianças. LILIANE XAVIER é encantadora, como PINÓQUIO. MONA
VILARDO ainda faz bonito, como a FADA-MADRINHA. MARCIO NASCIMENTO,
sensacional, como sempre, é o carpinteiro GEPPETTO. O GRILO FALANTE
cabe a MARISE NOGUEIRA, que tem, na peça, uma canção deliciosa,
do tipo “chiclete”, aquela que não desgruda dos nossos ouvidos, e
todos saem do Teatro cantarolando o refrão “CRI-CRI-CRI...”.
A RAPOSA e o GATO MATREIRO são interpretados, respectivamente,
por MARIA ADÉLIA e JOÃO LUCAS ROMERO. Além disso, quase todos
entram, várias vezes, em cena, para outros afazeres menores, mas não menos
importantes, de um contrarregra. Por falar nesse profissional, há um “oficial”,
DIVANY DE SOUZA, que cumpre, à risca, sua função.
FICHA TÉCNICA:
Texto: Carlo Collodi
Texto Adaptado, Música e Direção Musical:
Tim Rescala
Idealização e Encenação: Miguel
Vellinho
ELENCO: Liliane Xavier, Mona Vilardo, Maria Adélia, Marise Nogueira, Marcio Nascimento, João Lucas Romero e Santiago Villalba
Músicos: Tibor Fittel / João Paulo
Romeu dos Santos e David Ganc / Rodrigo Revelles
Cenografia: Doris Rolemberg
Figurinos: Kika de Medina
Iluminação: Renato Machado
Bonecos: Eduardo Andrade – Arte5
Visagista: Mona Magalhães
Desenho de Som: Andrea Zeni
Preparação Corporal, Assistência de Direção
e Assessoria Circence: Bárbara Abi Rihan
Preparação Vocal: Doriana Mendes e
Alessandra Quintes
Assessoria Coreográfica: Cláudia
Radusewski
Adereços: Eduardo Andrade, Miguel
Vellinho, Lucas Menezes e Gustavo Kaz
Contrarregra: Divany de Souza
Operador de Luz: Maurício Fuziyama
Operador de Som: Paulo Alves Mendes
Microfonista: Jamile Magalhães
Sonorização: Áudio Cênico
Cenotécnico: Anderson Batista Dias
Veiga
Equipe de Montagem de Cenário – Marco
Vilarte e Vagner Pereira Crispim
Equipe de Montagem de Luz – Maurício
Fuziyama, Rodrigo Maciel e Rommel Equer
Montagem do Letreiro de Led: Wesley
Santos
Costureira da cortina: Nice Tramontin
Confecção da Perna de Pau: Horácio
Storani
Assistentes Bonecos e Adereços:
Marcely Soares e Joana Damazio
Assistente de Visagismo: Cleber
Ferreira de Oliveira
Assistente de Microfonista: Mayra
Miranda
Estagiários de Montagem de Som: Mathaus
de Oliveira e Wilton Lourenço
Estagiários Pequod: Lucas Menezes e
Gustavo Kaz
Programação Visual: Roberta Freitas
Fotos: Renato Mangolin
Filmagem e Edição: Zhai Shichen
Filmagem: João Paulo Casalino
Assessoria de Imprensa: Mônica Riani
Assessoria de Mídias Sociais: Rafael
Teixeira
Produção Executiva: Thiago Guimarães
Coordenação Geral e Direção de Produção:
Lilian Bertin
Realização: Cia. PeQuod - Teatro de
Animação
Agradecimentos: Camila Marliere,
Ligia Lorandi, Daniel Tornaghi, Mílvio Bertin, Leonardo Mignaco, Giulia
Caminha, Lucas Drigues, Vitor Martinez, Gleice Caxias, Alexandre Santos, Miguel
Araújo, Marcelo Migliorini, Lilian Gonçalves, Lorenzo Migliorini, Adelina
Cataldo, Cristina Grazzioli, Aramis David, Lício Bruno, Homero Velho, Mariana
Medina, Escola de Teatro da Unirio, Magali Martinez, Ricardo Rocha, Wanderson
Rosceno e Pão do Bento.
Agradecimento especial ao apoio do
Devoar – acrobacia aérea para crianças e adultos.
SERVIÇO:
Local: Centro Cultural Banco do Brasil
(CCBB) – Rio de Janeiro - Teatro III
Endereço: Rua Primeiro de Março, 66.
Centro – RJ
Telefone: (21) 3808-2020
Temporada: de 1º a 23/12 de 2021 e de
05 a 30/01/2022
Dias e Horários: de quarta a
sexta-feira, às 19h; sábado e domingo, às 16h
Valor do Ingressos: R$30,00
(inteira); R$15,00 (meia entrada), à venda na bilheteria do CCBB, de quarta a
segunda-feira, das 9h às 21h, ou no site eventim.com.br
Duração: 100 minutos.
Classificação Etária: livre (Indicado
para crianças a partir de 7 anos.)
OBSERVAÇÃO: O Centro Cultural
Banco do Brasil Rio de Janeiro funciona de quarta-feira a segunda-feira (Fecha às
terças-feiras.), das 9h às 19h, aos domingos, segundas-feiras e quartas-feiras; e, das
9h às 20h, às quintas-feiras, sextas-feiras e sábados. A entrada do público é permitida
apenas com apresentação da comprovação de vacinação contra a COVID-19 e é EXIGIDO o uso de
máscara. Não é necessária a retirada de ingresso, para acessar o prédio; os
ingressos para os eventos podem ser retirados, previamente, no "site" ou aplicativo
Event ou na bilheteria do CCBB.
“Pinóquios” há muitos por aí, na ficção e na vida real, inclusive na alta política brasileira, mas, como o “PINÓQUIO” desta montagem,
só existe um, e acredito que, para se igualar a ele, muitas voltas (Quem sabe?!)
o Cometa Halley vai dar, para ser visto novamente pelos terráqueos. Mas
todos podem, agora, E DEVEM, conhecer este maravilhoso “PINÓQUIO” da CIA.
PEQUOD TEATRO DE ANIMAÇÃO.
RECOMENDO DEMAIS ESTA
OBRA-PRIMA!!!
FOTOS: RENATO MANGOLIN
GALERIA PARTICULAR
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O QUE HÁ DE MELHOR NO
Que linda crítica, querido Gilberto. Obrigada demais!
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