“ZAQUIM”
ou
(VOCÊ ENTENDEU?
NÃO?! NEM EU (?!).
E ERA PRA SE ENTENDER?
ou
VOCÊ GOSTOU? SIM?
EU, MAIS QUE ISSO, ADOREI!!!)
Quando saio de um Teatro, após ter assistido a algum espetáculo,
já tenho em mente se vou escrever sobre a peça ou não. Só escrevo
sobre aquilo de que gosto - todos os que me leem já sabem -, sobre o que
merece que eu dedique horas e, às vezes, dias, do meu precioso tempo, para
expor minhas impressões e meus sentimentos sobre o que vi. Se não
interessar a ninguém, para mim, pelo menos, tem um valor inestimável, porque é
minha vez e hora de fala.
Muitas
críticas começam a ser escritas, na minha cabeça, durante o percurso, longo, geralmente, do Teatro
até a minha casa. Vão sendo “alinhavadas”, vou pensando no seu “esqueleto”
e escolhendo o viés pelo qual analisarei a montagem. Não foi diferente
com “ZAQUIM”, um espetáculo que já adianto ser uma OBRA-PRIMA
do TEATRO INFANTOJUVENIL, coisa raríssima de se ver, infelizmente, em
cartaz no aprazível e confortável Teatro Prudential, no prédio da
extinta Manchete, no Rio de Janeiro. (Conferir o SERVIÇO.)
Mas o fato é que cheguei a casa com a cabeça oca de ideias.
Dessa vez, como já ocorreu em algumas outras, aconteceu algo
que parece ser paradoxal, mas não o é. Explico: achei a montagem admirável, uma OBRA-PRIMA,
como já disse, entretanto, até me sentar diante do computador, poucos
minutos atrás, não tinha eu a menor ideia de como começar a crítica e,
menos ainda, o que escrever nela. Por não ter gostado? É claro que não!
Por não ter a menor ideia da minha possibilidade de vasculhar o meu
vocabulário, para traduzir, em palavras, todo o impacto e encantamento que
aquela meia dúzia de fantásticos artistas proporcionou a mim e a uma
plateia inteira, que, poucas vezes, vi tão empolgada e participante, na minha
vida de espectador e de crítico. E não eram só as crianças; os adultos
voltaram à infância, eu voltei ao meu tempo de moleque e me diverti ao extremo.
E cantei, e dancei, e vibrei e aplaudi muuuuuuuuuito, e de pé, com brados
entusiasmados de “BRAVI!!!”. E não tinha vontade de ir embora. Por mim,
ficaria ali, na minha poltrona, esperando que o espetáculo fosse
encenado algumas vezes, seguidamente. Quero voltar. Faço questão de
rever.
E continuo, aqui, a me desafiar. Será que o que escrevi, até
agora, foi só “pra encher linguiça”, por não saber o que
escrever, de verdade? Não! Certamente, não o foi. Eu precisava ter
escrito o que leram até agora. Coragem, senhor crítico! Você já passou
por situações iguais a esta. Posso citar, como um dos melhores exemplos, a crítica
que escrevi sobre outra OBRA-PRIMA, chamada “Auê”, (Perdi
a conta de quantas vezes assisti a tal maravilha - até em São Paulo
-, mas foram, com certeza, mais de dez.), em janeiro de 2016 (Procurem,
no blogue O TEATRO ME REPRESENTA.). A tal crítica começava assim: “-É um homem? -? -É um pássaro? -? -É um avião? ... -É TEATRO? -? -É um “show”
musical? -? -É uma “performance”? -NÃO!!! É a BARCA DOS CORAÇÕES PARTIDOS,
fazendo um “AUÊ”!!!”.
EUREKA!!! Descobri, agora, o
porquê de tanta dificuldade. É que basta assistir aos primeiros cincos minutos
de “ZAQUIM”, para, mesmo sem o menor conhecimento prévio, o espectador
reconhecer, no palco, a assinatura de DUDA MAIA, a mesma que idealizou e
ergueu aquele “Auê”. Para quem já está acostumando ao seu
trabalho, e estilo, é claro, fica fácil, logo, reconhecer a “digital” de DUDA,
presente em tantas outras montagens de grande sucesso nos últimos anos.
Voltem à leitura do subtítulo
desta crítica e entendam por que ele está lá: é que, de certa forma,
alguns dos trabalhos de DUDA MAIA não são para serem tão entendidos;
eles existem mais para serem sentidos, saboreados, para mexer com os nossos
corações, como acontece, agora, neste “ZAQUIM”. É por isso que é
quase impossível se escrever uma SINOPSE para “Auê” e para
“ZAQUIM”. Não há, propriamente, uma só narrativa, uma história para ser
contada. É tudo uma linda e delicada “colcha de retalhos”,
milimétrica e delicadamente confeccionada, para nos provocar uma sensação de que
o céu existe, de verdade, e que estamos nele, enquanto a cortina estiver
aberta, os “actantes”, em cena e os refletores, ligados.
Quando pergunto a outrem, ou a mim
mesmo, se entendeu o que aconteceu em 60 minutos de ação, naquele palco, de acordo com
o “release” da peça, que me foi, gentilmente, enviado por GABRIELA
TORRES (Barata - Assessoria de Comunicação.), é porque há muita
coisa a ser entendida, mas não, propriamente uma narrativa, uma história única,
pelo menos numa superfície, fácil de ser atingida; é preciso muita atenção e
pequenos mergulhos nas camadas que se encontram nas entrelinhas. Há, é verdade, no texto delicioso, escrito
por GABRIEL PARDAL, uma proposta muito importante, atemporal e mais que
pertinente, de provocar o público e chamar sua atenção para um olhar sem
preconceitos, não só dos adultos, mas, principalmente, por parte das crianças.
No todo, o espetáculo leva, dentro de uma estética moderna, alegre
e criativa, a uma discussão acerca das questões sociais em evidência,
com o firme propósito de tentar a construção de uma sociedade mais justa e
diversa, na qual a inclusão seja a palavra-chave, a "palavrinha mágica".
Além de tudo isso, o que quero, mesmo, dizer é que, a despeito das
mensagens que a peça deixa, importa, da mesma forma, e, talvez, em
primeiro plano, nesta obra, o que é “para ser admirado e sentido”,
ou seja, o magnífico trabalho do sexteto, formado por atores / cantores
/ dançarinos e multi instrumentistas (Aqui vai um recado para
os atores e atrizes que pretendem se dedicar aos musicais:
hoje, para ser aprovado, numa audição, para um musical, não basta
só atuar bem; é preciso, da mesma forma, evidentemente, cantar e dançar; e, de
uns tempos para cá, saber tocar, pelo menos, um instrumento musical, o que
ajuda muito, nessas audições.) É muito talento reunido em apenas seis
pessoas: BRUNO QUIXOTTE, JEF LYRIO, MARINA PALHA,
QUEL, RAPHAEL PIPPA e VITOR NOVELLO.
Ótimo são o texto e o
espetáculo, que lembra, em muito, o já citado e vitorioso “Auê”,
pela mistura de linguagens: é TEATRO, mas também é dança e
música, canto...; uma verdadeira “performance”.
Penso que muita gente entra no Teatro
sem saber o que seja “ZAQUIM” e sai dele da mesma forma, o que que não
faz a menor diferença. Eu já disse que seria difícil escrever uma SINOPSE
para a peça, e volto a dizê-lo. Tanto que nem no já citado “release”,
existe uma. Assim, com um certo esforço e da forma mais simples possível, até
mesmo para aguçar, nos que ainda não assistiram à montagem, a vontade de
fazê-lo, atrevo-me a criar uma.
SINOPSE:
“ZAQUIM” é um musical, que passeia, brinca, agrega e
reúne gerações, “pingos de gente e pingos de vó”, crianças de
todas as idades.
É um espetáculo para toda a família, que não
tem história linear e expressa o desejo de falar com as crianças de todas as
idades, com a criança que existe em cada jovem e adulto.
O espetáculo aborda alguns temas considerados,
ainda hoje, infelizmente, “tabus”, porém de uma forma muito
lírica, divertida, dinâmica e natural, como, por exemplo, quando trata da
questão da formação do que venha a ser uma “família”.
A sociedade mudou, evoluiu - um fato natural - e as
composições familiares também.
Hoje, temos “famílias” com variadas formações, que precisam e têm o direito de serem aceitas e respeitadas: com dois pais; duas mães; uma “mãe solo”, sem marido, que cria os filhos sozinha; os grupos familiares, infelizmente, em que crianças são criadas por avós ou tios, por exemplo, por terem se tornado órfãs da pandemia de COVID-19; famílias com filhos adotados, e outros tipos, porém as crianças olham e agem com naturalidade, sem preconceitos.
É a síntese do que seja “ZAQUIM”.
E isso ocorre no tratamento dado a todos os temas
abordados na peça.
Não! “ZAQUIM” não é um apelido para Joaquim,
mas chega perto, uma vez que a palavra que dá título ao espetáculo,
bastante sonora e instigante, diga-se de passagem, é formada, por meio de um
processo de formação de palavras, reunindo partes de dois nomes próprios, nomes
de duas crianças, dois meninos: ZAzu, filho
de GABRIEL PARDAL, o dramaturgo, e neto de Aniela
Jordan, idealizadora do projeto (o ZAzu) e JoaQUIM,
filho de FELIPE HABIB e MARINA PALHA, todos artistas
que participaram da idealização desta montagem. Fato curioso é
que os
dois meninos que inspiram a peça nasceram no mesmo dia - 01/06/2017-,
na mesma maternidade, trazidos ao mundo pelas mãos da mesma médica.
Na
verdade, “Essa brincadeira com os nomes é usada, pela companhia (‘Cia.
Trupe Zaquim’ – recém-fundada), como um conceito abstrato, que representa tudo
o que os artistas gostariam de dizer para as crianças, tudo o que você pode ser
na vida, um sentimento sem nome; enfim, um mundo de possibilidades.”.
Isso implica dizer que tudo pode ser “ZAQUIM”, advindo, daí, inclusive,
o verbo “zaquinear”.
A
montagem foi idealizada por quatro cérebros e oito mãos, o que,
em se tratando de TEATRO, conta muito, visto que ele é uma arte
coletiva; cada vez mais. Botaram as cabeças para pensar e meteram as mãos
na massa ANIELA JORDAN, produtora e diretora artística
da “Aventura”; GABRIEL PARDAL, dramaturgo;
MARINA PALHA, atriz; e FELIPE HABIB, diretor
musical.
“ZAQUIM”
é um espetáculo muito moderno, dinâmico ao extremo, seguindo
os ditames e as exigências impostas pelo mundo de hoje, cibernético. E, sobre
isso, para “justificar” o que vemos em cena, diz ANIELA JORDAN, com o
que concordo, plenamente, com relação aos meus: “Meu neto, Zazu, de
4 anos, tem informações que
eu somente tive quando adolescente, (Risos). (Eu,
mais velho que ANIELA, digo que, comigo, aconteceu bem mais tarde,
depois da adolescência. Risos também.) A internet é o mundo. Os pequenos
mexem, nas telas e nos celulares, com habilidade. As crianças deste
século nascem com a tecnologia inovada a cada dia”.
E isso é alguma mentira? Meus dois netos mais velhos, Tomás, de 15
anos, e Joaquim (Eu também tenho um.), de nove, desde a idade do
neto de ANIELA, não só me ensinavam, como me criticavam, quando eu não conseguia
aprender as suas lições ou me esquecia, no dia seguinte, ou no mesmo, daquilo
que achavam que eu tinha conseguido aprender com eles. Isso, esse enfoque
moderníssimo, certamente, é um dos motivos que levam o público a gostar tanto
da peça.
Apesar
de, no final, o crédito da direção ir para DUDA MAIA, uma “bruxa”,
que, com suas “poções mágicas”, cria obras da mais rica
qualidade, podemos dizer que o resultado visto no palco é uma criação
coletiva, um “trabalho que surgiu de um interessante processo,
no qual os artistas, a diretora e toda a equipe foram criando, juntos, as
músicas originais, os movimentos e toda a concepção do trabalho”. São
palavras de FELIPE HABIB: “Começamos
a desenvolver o projeto antes da pandemia. Durante mais de um ano, fizemos
várias reuniões virtuais. ‘ZAQUIM’ é criação coletiva nossa, da DUDA, dos
atores e de todos os envolvidos, artisticamente, no espetáculo.”.
E MARINA PALHA complementa: “Cada profissional, no ‘ZAQUIM’, é um
membro criativo do projeto. O processo é coletivo, com improvisos.”. DUDA
conta com LUIZA LOROZA, na assistência de direção.
GABRIEL PARDAL acerta em tudo, no texto: “O
texto é mais uma etapa e respeita o tempo da canção, o olhar e o que é falado.
A dramaturgia pode ser um movimento ou a música”, diz ele. É muito interessante o jogo de palavras utilizado por ele.
DUDA
MAIA
extrapola seu talento e sua arte de saber trabalhar o corpo dos atores,
de forma a hipnotizar o público. Ela transforma seus atores em “bonecos
de molas”, parece retirar-lhes os ossos e as articulações, e consegue posições
e passos coreográficos que desafiam o olhar, quase incrédulo, do espectador. “ANIELA
me disse que ‘ZAQUIM’ é qualquer coisa que você queira alcançar. Isso é um
prato cheio para a criação”, comenta DUDA MAIA. Ela só
precisava ouvir isso, para pôr em prática sua poderosa criatividade.
E
os demais elementos que entram na construção desta montagem? Todos são
grandes profissionais, em suas áreas.
Eu diria, num tom meio “desafiador” (“Corajoso”
talvez fosse melhor.), arcando com possíveis discordâncias, que o magnífico cenário,
de MINA QUENTAL, um dos melhores da sua vitoriosa carreira de cenógrafa,
a meu juízo, poderia ser considerado o sétimo personagem da montagem.
Uma das coisas mais simples, criativas e tão a serviço da direção. Uma “caixinha
de surpresas”; agradáveis surpresas. Sim, nada mais que uma enorme
caixa, como se fosse um outro palco, menor que o original e com cerca de um
metro de altura, sobre, dentro e ao redaor da qual tudo acontece. Essa
construção apresenta uma grande quantidade de janelas e alçapões, que se abrem
e fecham, freneticamente, a fim de dar acesso aos atores, para que esses cumpram
todas as incríveis marcações da direção. Tudo é branco, incluindo a tela do
fundo do palco. Creio que esse “monocordismo”, em branco (Acabei
de criar um neologismo.), é intencional, não só para representar a pureza das
crianças, mas, também, para permitir a cada um que use, imaginativamente, a sua
paleta de cores. Achei linda essa solução. De concepção minimalista, inspirada
na arquitetura modernista, sobre a caixa, são palavras de MINA QUENTAL: “Essa
‘caixa mágica' pode ser um brinquedão, a partir do qual os atores
interagem com o espaço e evoluem nos números musicais.”. Objetivo para
lá de alcançado!
A cor escolhida pela cenógrafa é responsável por inesquecíveis momentos de beleza plástica, contando, associativamente, com o, igualmente magnífico, trabalho de luz. A iluminação, sob a responsabilidade de RENATO MACHADO, consegue lindos efeitos, uma vez que o branco do ambiente e dos figurinos – falarei sobre estes adiante – absorve todos os tons, todos os matizes de cores lançados no palco. A luz, colorida e bastante diversificada, que entra, de vez em quando, quebra a paz do branco e valoriza detalhes contidos nas letras das canções e nos movimentos dos atores. Vejam o que diz o mestre RENATO MACHADO: “É importante notar que ‘ZAQUIM’ não tem, exatamente, uma história convencional e que a luz entra mais como composição de atmosferas e sensações do que como um apoio dramatúrgico.”.
E
se “ZAQUIM” pode ser o que se quiser que ele seja, por que não os figurinos,
criados por KAREN BRUSTTOLIN, não poderiam fugir ao convencional?
Posso imaginar o quanto deve ter pensado a figurinista, até chegar à sua
brilhante concepção. Creio que tudo caberia, como figurino, para aqueles
atores, dentro do abstracionismo, e KAREN se ocupou em “ressaltar os
personagens e potencializar a personalidade de cada ator em cena”, tudo
cercado de muita criatividade e delicadeza. Todos os figurinos, todas as
peças também são da cor branca. Eu não saberia, com toda a sinceridade,
descrever aqueles trajes, pela “complexidade”, aos olhos do
leigo, das formas e composições, porém posso dizer que todos se ajustavam muito
bem à proposta de um espetáculo tão sutil e delicado, como "ZAQUIM". “Um ponto
muito importante que trabalho, dentro da minha linguagem, no figurino, é o
olhar mais consciente de reaproveitar, o
máximo possível, materiais e dar sentidos para as outras peças que já existem.
Garimpei em brechós e acervos e, dessa seleção, criei e desenhei peças novas,
em cima de materiais existentes,”, explica a figurinista.
A
parte musical é uma atração que merece grande destaque. Todas as canções
da trilha sonora da peça são composições originais, que,
em tom de blague, mas com o maior respeito, me fazem lembrar sambas-enredo, os
quais são “escritos” (?) por uma “legião” de
compositores, quando todos sabemos que alguns nomes só entram na parceria por
determinados intere$$e$, o que, ABSOLUTAMENTE, não é o caso aqui.
Em “ZAQUIM”, as composições são fruto, realmente, de um trabalho
de equipe, coletivo e cooperativo, que envolve os nomes de FELIPE HABIB,
BETO LEMOS, GABRIEL PARDAL, BRUNO QUIXOTTE, JEF LYRIO,
MARINA PALHA, QUEL, RAPHAEL PIPPA e VITOR NOVELLO. São
lindas e deliciosas as canções e algumas delas são aquilo que se convencionou
chamar de “música chiclete”, porque ficam grudadas na nossa
memória e saímos do Teatro cantarolando-as. A direção musical e
os arranjos da peça recebem as assinaturas de FELIPE HABIB
e BETO LEMOS. “As músicas do espetáculo foram criadas a partir de
estímulos coletivos, de questões que foram surgindo na sala de ensaio. ‘ZAQUIM’
tem caráter de ‘show’. A linguagem musical foi estabelecida a partir da criação
coletiva, desde a oficina para a escolha do elenco”, finaliza FELIPE HABIB.
E, para fechar os comentários acerca de todos os elementos de uma montagem teatral, deixei para o final o elenco, que me parece ter sido escolhido a dedo para aquele trabalho. Há uma cumplicidade e uma harmonia tão grandes entre os quatro atores e as duas atrizes, que não precisa pensar muito, para se chegar à conclusão do quanto trabalharam, ensaiaram, para que não ocorra um erro em cena, o que é, ainda mais, valorizado pela complexidade exigida no trabalho de interpretação, uma vez que DUDA MAIA é, como, aliás, todos os diretores devem ser, muito exigente no cumprimento das marcações, que vão dar sentido às cenas, assim como os movimentos coreográficos. Todos executam a parte que lhes cabe com uma precisão cirúrgica e linda de se ver. Não há destaques. Todos são bons atores, cantores, dançarinos e, como se já não bastasse, tocam vários instrumentos musicais: guitarra, baixo, acordeão, bandolim, ukulelê, djembê, pandeiro, tamborim, ovinho e caxixi. Tudo fica solto, sem fio, no palco e são tocados e trocados pelos atores, em cena. Há, visivelmente, no talentoso elenco, diversidade e pluralidade, todavia os seis artistas, em cena, nos passam a impressão de um “uno indivisível”.
É de se louvar, na figura de ANIELA JORDAN, o trabalho da produtora “Aventura”, há 15 anos no mercado e responsável por grandes musicais que marcaram, e marcam, a história do TEATRO MUSICAL BRASILEIRO, cada vez mais em ascensão.
FICHA TÉCNICA:
Idealização: Aniela Jordan, Marina Palha, Gabriel
Pardal e Felipe Habib
Texto: Gabriel Pardal
Direção: Duda Maia
Direção Musical e Arranjos: Felipe Habib e Beto Lemos
Criação Musical: Felipe Habib, Beto Lemos, Gabriel
Pardal, Bruno Quixotte, Jef Lyrio, Marina Palha, Quel, Raphael Pippa e Vitor
Novello
Elenco: Bruno Quixotte, Jef Lyrio, Marina Palha,
Quel, Raphael Pippa e Vitor Novello
Cenário: Mina Quental
Figurino: Karen Brusttolin
Desenho de Luz: Renato Machado
Diretora Assistente: Luiza Loroza
Assistente de Direção Musical: Raphael Pippa
Fotos: Renato Mangolin
Assessoria de Imprensa: Barata Produções
SERVIÇO:
Temporada: De 09 a 31 de outubro / 2021.
Local: Teatro Prudential.
Endereço: Rua do Russel, 804 – Glória - Rio de
Janeiro.
Dias e Horários: Sábados e Domingos, às 16h.
Sessões extras:
Dia das Crianças, 12 de outubro e Dia dos Professores,
15 de outubro.
Escolas públicas: Dias 08, 13, 14 e 29 de outubro.
Classificação Etária: Livre.
Duração: 60 minutos.
Valor do Ingresso: R$40,00.
Ingressos: www.sympla.com.br/teatroprudential
OBSERVAÇÃO: Sessões para escolas públicas: As instituições podem entrar em contato com a produção da peça (Leana Alcântara – Produção (21) 99556-6677).
producao@aventurateatros.com.br
Para concluir, antes de recomendar, com urgência, uma ida
ao Teatro Prudential, faço o registro de uma notícia assaz interessante,
que é a criação, a partir do espetáculo, da “CIA. TRUPE DO ZAQUIM”,
cuja sede passa a funcionar nas dependências do Teatro Prudential, tendo
como objetivo “trabalhar poesia, educação, música, arte,
dramaturgia, delicadeza, e, principalmente, deferência às crianças”.
Conclui
ANIELA JORDAN: “O musical (“ZAQUIM”) é rico artisticamente e causa
impacto social e emocional, com as questões levadas ao palco. ‘ZAQUIM’ é o TEATRO,
assumindo sua responsabilidade social com conceito e conteúdo.”.
Assim também penso e acrescento que é
muito bom ver um espetáculo que passa muito distante do “ranço”
daquelas montagens feitas de qualquer jeito, “porque é para
crianças”. “ZAQUIM” representa um novo jeito de olhar para ESPETÁCULOS
INFANTOJUVENIS, como outros a que tenho assistido (“O Pequeno Herói
Preto” é um deles.), nos quais a criança é respeitada, na sua inteligência,
criança esta que aprendeu, com a evolução dos tempos, a desenvolver um outro
tipo de sensibilidade e senso crítico e, por consequência, exige trabalhos da grandeza de “ZAQUIM”,
por exemplo.
Para os adultos que ainda temem pela sua saúde e de seus
pequenos, em função da pandemia de COVID-19, afirmo que é totalmente
seguro ir ao Teatro Prudential, para conferir este meu entusiasmo, pois,
em atenção a um decreto municipal, os adultos só têm acesso ao Teatro, apresentando comprovação
da vacinação contra a Covid-19, e o Teatro Prudential, obedecendo às determinações
legais das autoridades sanitárias, cercou-se de todos os cuidados, a fim de
proporcionar, aos espectadores, de todas as idades, conforto e segurança.
Em tempo: “ZAQUIM” é um espetáculo para toda a família.
(FOTOS: RENATO MANGOLIN)
E VAMOS AO TEATRO,
COM TODOS OS CUIDADOS!!!
OCUPEMOS TODAS AS SALAS
DE ESPETÁCULO
DO BRASIL,
COM TODOS OS CUIDADOS!!!
A ARTE EDUCA E CONSTRÓI, SEMPRE!!!
RESISTAMOS, SEMPRE MAIS!!!
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