segunda-feira, 20 de junho de 2022

 

“JUDY –

O ARCO-ÍRIS

É AQUI”

ou

(PARA MIM,

A VERDADEIRA

“PEQUENA NOTÁVEL”

ESTÁ VIVA,

AOS 100 ANOS.)

ou

(LUCIANA BRAGA

“FAZENDO BARBA,

CABELO E BIGODE”.)

 


        Os primeiros acordes de “Over The Rainbow” (“Além do Arco-Íris”) começam a ganhar protagonismo, vindos dos pianos de LILIANE SECCO e ANDRÉ AMARAL, simultaneamente, um instrumento colocado em cada lateral do palco, e o meu coração já começa a ficar aquecido, naquela fria noite, para os padrões cariocas, de sexta-feira, 17 de junho de 2022. Era o início de “JUDY – O ARCO-ÍRIS É AQUI”, um solo musical, em cartaz no Teatro Vannucci (VER SERVIÇO), com texto e direção de FLAVIO MARINHO e uma irretocável e comovente atuação de LUCIANA BRAGA.



      Antes disso, enquanto o público vai adentrando o auditório do Teatro, os músicos, já em cena, travam uma descontraída conversa, num dos cantos do palco, enquanto a atriz vai recebendo as pessoas, com carinho e gentileza, um acolhimento que considero muito importante, visando à criação do “clima” para a realização do espetáculo.



Disparado o terceiro sinal, inicia-se aquilo que eu considero UM DOS MELHORES ESPETÁCULOS TEATRAIS DA ATUAL TEMPORADA, NO RIO DE JANEIRO, que se presta a homenagear um dos maiores ícones do “show business” internacional, JUDY GARLAND, a minha verdadeira “Pequena Notável”, que, se viva fosse, teria completado 100 anos, no último dia 10 de junho (Faleceu em 1969.), dia em que o espetáculo estreou, e, ao mesmo tempo, comemorar os 35, de profissionalismo, de FLAVIO MARINHO, como dramaturgo (26 peças teatrais), adaptador de textos teatrais (22), tradutor de peças (23), diretor teatral (mais de 90 espetáculos, entre TEATRO e “shows”), redator e/ou colaborador em mais de 30 programas de TV, 19 livros publicados, 7 prêmios e 12 indicações. Durante 14 anos, atuou como crítico teatral e repórter especializado nos jornais “Tribuna da Imprensa”, “Última Hora” e “O Globo”, e colaborador fixo de revistas, como “Vogue”, “Visão”, “Elle” e “Manchete”. Atualmente, integra a equipe de autores da novela das 18h da TV Globo, “Além da Ilusão”. UM “CURRICULUM” INVEJÁVEL!!!



Um pouco sobre JUDY, extraído do “release”, a mim enviado por STELLA STEPHANY (JSPONTES ASSESSORIA DE IMPRENSA): “JUDY GARLAND, considerada um dos maiores nomes da era de ouro de Hollywood, e mãe da, também, atriz e cantora Liza Minnelli, se eternizou pela carreira brilhante, iniciada ainda na tenra infância, crescendo acompanhada pelos olhos de um mundo inteiro, até o final. Sua atuação, aos 16 anos, como Dorothy, no filme “O Mágico de Oz” (1939), e sua interpretação para a canção “Over The Rainbow” tornaram-se um clássico e marco definitivo na indústria cinematográfica. Por este trabalho, a atriz ganhou um ‘Oscar Juvenil’, prêmio honorário, concedido, poucas vezes, pela ‘Academia’, a artistas menores de 18 anos, em reconhecimento à sua ‘excepcional contribuição ao entretenimento na tela’. Em seus 47 anos de vida, JUDY GARLAND atuou em 38 filmes. Esse mesmo público que acompanhou suas glórias foi, também, testemunha das suas tragédias familiares e da luta contra as drogas e o álcool, mas pouco sabe sobre o humor e inteligência agudos de JUDY, uma mulher que sabia rir de si mesma.”.



Quem quiser saber detalhes sobra a vida e a carreira de JUDY, cheia de altos e baixos, pode recorrer ao “Google” ou ler alguma das muitas biografias escritas sobre ela, entretanto o espetáculo “JUDY - O ARCO-ÍRIS É AQUI” se propõe a falar de uma faceta pouco conhecida da estrela e da capacidade de todo ser humano de se reinventar e se redescobrir, assim como ela se viu obrigada a fazer, por muitas vezes, longe do olhar do seu público. Além disso, o espetáculo se propõe, também, a “fazer uma reflexão sobre as lutas diárias do artista, especialmente o brasileiro, desde sempre e mais ainda neste momento que o Brasil atravessa”.


 

      “A universalidade da história de JUDY encontra eco na vida dos artistas em geral, com reflexo na vida do cidadão comum. Neste momento de crise em que estamos vivendo, quis falar dessa mulher com três filhos e sua luta pela sobrevivência.”, explica FLAVIO MARINHO.



 

SINOPSE:

A peça entrelaça, de forma não linear, a biografia de JUDY GARLAND com a história pessoal de LUCIANA BRAGA, numa metalinguagem que navega entre passado e presente, ficção e realidade.


 



     A sinopse é extremamente curta, assim como a baixíssima estatura de JUDY GARLAND, mas não seria preciso dizer mais nada sobre a síntese da peça, porque o mais importante é ir ao Teatro Vannucci e se deliciar com uma magnífica montagem, que dura 90 minutos e deixa aquele sabor de “quero mais”. Que pena que acabou!!! E, aqui, me posiciono, mesmo sabendo que poderei ser execrado, pelo emprego de um incomensurável e, para muitos, um indefectível clichê: “é nos pequenos frascos que se encontram os melhores perfumes”. Não estou arrependido de ter apelado para o tal dito popular e não vou retirá-lo da minha crítica. JUDY é uma prova disso; LUCIANA também.



        FLAVIO MARINHO foi de uma felicidade ímpar, ao criar um texto que mesclasse a trajetória, pessoal e profissional, da grande JUDY com a vida pessoal e a vitoriosa carreira de LUCIANA BRAGA, a qual merece todo o nosso aplauso e respeito, por se deixar desnudar, na sua trajetória profissional, que é pública, e na intimidade de sua vida pessoal, que pertence a ela e aos que lhe são chegados, íntimos. Creio que, em relação à dramaturgia, esse é um dos grandes acertos do espetáculo, ao qual voltarei a assistir, no mais breve tempo possível.



        Quanto à montagem, o dramaturgo e diretor da peça assim se manifesta: “O espetáculo se sustenta no tripé da trajetória artística de Judy: o cinema, a TV e o ‘music hall’. Três veículos de representação artística com encontro marcado em um: o TEATRO.”.



        O espetáculo, além de tantos outros predicados, contém um que considero muito pertinente e importante, que é o fato de, por meio da autoficção, “enfatizar o paralelo entre as vidas do artista brasileiro e o estrangeiro”. Vida de artista é vida de artista em qualquer lugar do planeta – QUE É REDONDO -, ou seja, cheio de momentos de glória e de dificuldades. Assim aconteceu na vida de JUDY; assim, não exatamente da mesma forma, é verdade, aconteceu, e acontece, ainda, com LUCIANA e com tantos outros grandes artistas, nacionais e internacionais.



      Apesar de “fã de carteirinha” dos musicais, confesso que sou meio avesso aos biográficos, porque, via de regra, são mal escritos, o que, absolutamente, NÃO é o caso de “JUDY – O ARCO-ÍRIS É AQUI”. Muito pelo contrário!!! FLÁVIO MARINHO, sem ser piegas nem se fixar, exclusivamente, na cronologia da vida da personagem homenageada, criou um texto delicioso, com uma “costura” perfeita, na forma, acrescida de “bordados e aplicações de detalhes artesanais” que só fizeram tornar a sua dramaturgia mais rica, mais gostosa de se ouvir, leve, mesmo quando se trata dos momentos de “quase fundo do poço”, via LUCIANA BRAGA, que, em momento algum, se preocupa em imitar JUDY. Ela é LUCIANA BRAGA, a mulher, cidadã, atriz, interpretando uma personagem e falando, ora, de si própria, ela que, desde criança, era comparada a JUDY, fisicamente - era o que lhe diziam -, ora da, e como, a personagem. Essas variações, que permeiam toda a encenação, são de uma excelência sem par. E o espectador não chega a se confundir, graças ao talento de LUCIANA, e observa quando é a atriz quem está falando, de si ou de JUDY, ou quando é a própria personagem quem fala.



       Muito me chamou a atenção a qualidade da voz de LUCIANA, ao interpretar 14 dos maiores sucessos da carreira de JUDY, com destaques para, obviamente, as emblemáticas “Over The Rainbow”, “The Man That Got Away”, “Get Happy” e “That's  Entertainment”. Acompanhei, pelas redes sociais, o seu trabalho de preparação de voz, que ela fez com FELIPE ABREU, na parte musical, e ANGELA DE CASTRO (fonoaudiologia) e sei de sua total entrega a esse trabalho. E o resultado não poderia ser outro: além de ótima, como atriz, ela está cantando muito bem, com a alma, com muita emoção, afinadíssima e sustentando notas bem altas. Um bálsamo para os nossos ouvidos. Seu trabalho é, sem dúvida, merecedor de prêmios.



      Não vou tecer muitos comentários sobre a direção, de FLAVIO MARINHO, além de que, por ser o autor do texto, tenho a impressão de que ele já ia “visualizando” as cenas, à medida que as escrevia. E conseguiu dar, à montagem, beleza, leveza, emoção, com marcações bem naturais. Tem-se a impressão de que a atriz está com liberdade total, para se deslocar de um ponto a outros do palco, sem que sintamos que “está na hora de subir no banquinho, ou de se sentar no proscênio, ou de se debruçar num dos pianos, ou de dar um saltinho, ou de andar de lá para cá e vice-versa”. É tudo muito natural, em cena.



      Os dois musicistas que acompanham LUCIANA, nas canções, são excepcionais: LILIANE SECCO e ANDRÉ AMARAL. Ela também é responsável pela direção musical da peça e pelos arranjos musicais, além de ter composto algumas inserções musicais. Das canções do repertório de JUDY, todas cantadas ao vivo, a maioria é no original, em inglês, e alguma coisa foi versionada, para o português, por FLAVIO MARINHO.



      Um espetáculo como este não necessita de um cenário muito rebuscado, o que foi bem entendido por RONALD TEIXEIRA, o qual assina a cenografia: um painel neutro, ao fundo; um banquinho, com várias serventias; e um enorme baú de viagem, atrás do qual a atriz faz poucas trocas de roupa, do ótimo figurino, criado, também, por RONAD TEIXEIRA.



   Cada cena, com ou sem música, recebe uma bela e justa iluminação, que ajuda a construir o ambiente e o clima sugerido nos determinados momentos, obra de PAULO CESAR MEDEIROS.



     A direção de movimento contou com a luxuosa assinatura de TÂNIA NARDINI, de talento reconhecido internacionalmente. TÂNIA, para quem não sabe, coreografa e dirige musicais em vários países e é a diretora oficial de todas as montagens do musical “Chicago”, fora dos Estados Unidos. A propósito, muito recentemente, encerrou-se a temporada da segunda montagem feita no Brasil, em São Paulo, à qual assisti e adorei.



       A transformação externa de LUCIANA em JUDY GARLAND contou com o minucioso, e perfeito, trabalho de BETO CARRAMANHOS.



 

FICHA TÉCNICA:

Texto e Direção: Flavio Marinho

Versões das Canções para o português: Flavio Marinho

Diretora Assistente: Juliana Medella 

 

Elenco: Luciana Braga

 

Direção Musical e Arranjos: Liliane Secco 

Músicos: Liliane Secco e André Amaral 

Preparação Vocal: Felipe Abreu

Fonoaudiologia / "Vocal Coach": Angela de Castro 

Direção de Movimento: Tânia Nardini

Cenário e Figurino: Ronald Teixeira

Assistentes de Cenografia e Figurino: Ricardo Júnior e Jovana Souza

Alfaiataria: Macedo Leal

Iluminação: Paulo Cesar Medeiros 

Caracterização: Beto Carramanhos

Voz de Busby Berkeley: Marcos Breda

Fotos: Beti Niemeyer

"Design" Gráfico: Gamba Jr.

Operação de Luz: Marco Cardi 

Operação de Som: Vitor Granete

Cenotécnicos: Sr. Humberto e Humberto Júnior

Produção Executiva e Direção de Cena: Marcus Vinícius de Moraes

Assistente de Produção: Márcia Serra

Assistente Administrativo: Mádia Barata

Contabilidade: Guararapes Contabilidade

"Designer Gráfico": Gamba Jr.

Produção de CDs: Biscoito Fino 

Mídias Sociais: Marcus Vinícius de Moraes

Assessoria Jurídica: Roberto Silva

Direção de Produção e Administração: Fábio Oliveira

Coordenação de Projeto: Flavio Marinho

Uma Realização da Marinho D’Oliveira Produções Artísticas Ltda.

Assessoria de Imprensa: JSPontes Comunicação - João Pontes e Stella Stephany 

 

 





SERVIÇO:

Temporada: de 10 de junho a 07 de agosto de 2022.

Local: Teatro Vannucci.

Endereço: Rua Marquês de São Vicente, nº 52 – Gávea – Rio de Janeiro (Shopping da Gávea – 3º piso).

Telefone: (21)2274-7246.

Dias e Horários: 6ªs feiras e sábados, às 21h; domingos, às20h.

Valor dos Ingressos: R$90,00 (inteira) e R$45,00 (meia entrada).

Duração: 90 minutos.

Capacidade: 425 lugares.

Classificação Etária: 12 anos.

Gênero: Musical.


 



       

JUDY GARLAND achava que, no fundo, ela era uma personagem, como celebridade artística, criada pelos produtores e diretores, para uma franzina e frágil criatura, que nascera Frances Ethel Gumm.



Ouve-se a introdução de “Over The Rainbow”, alguém (JUDY, Ethel ou LUCIANA? Ou as três?!) se senta no proscênio e canta, tirando a voz do mais profundo de sua alma, a belíssima canção. Meus olhos focam marejados e percebo que todos nós, dentro daquele Teatro, havíamos chegado ao fim da nossa “viagem”, sem sentir o passar do tempo; havíamos atingido um lugar não “além do arco-íris, porque FLAVIO, LUCIANA, LILIANE, ANDRÉ e tantas outras pessoas haviam levado o arco-íris até nós, ali. “JUDY – O ARCO-ÍRIS É AQUI”.

 

 

 

REPERTÓRIO:

01. “If You Feel Like Singing Sing”

02. “You Made Me Love You”

03. “I Got Rhythm”

04. “The Wizard Of Oz”

05. “Zing, Went The Strings Of My Heart”

06. “Rock-A-Bye Your Baby”

07. “Trolley Song”

08. “Have Yourself A Merry Little Christmas”

09. “Get Happy”

10. “The Man That Got Away”

11. “That's Entertainment”

12. “For Once In My Life 

13. “Over the Rainbow”

OBSERVAÇÃO: As músicas instrumentais incidentais

foram compostas por LILIANE SECCO.

 




FOTOS: BETI NIEMEYER

  

GALERIA PARTICULAR:

 


Com Luciana Braga.




Idem.




Com Flavio Marinho.




Com Liliane Secco.




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