quarta-feira, 25 de maio de 2022

 

“CHICAGO”

ou

(UMA COMPETIÇÃO

NA QUAL 

O VENCEDOR

É O PÚBLICO.)

 






        Lamento, profundamente, de coração, que só agora, na última semana da temporada, esta crítica esteja sendo publicada. Dois fatores concorreram para isso. Um deles é o fato de eu só ter podido assistir ao espetáculo já no “apagar das luzes” da temporada, por falta de oportunidade para ir a São Paulo antes, e por total escassez de tempo, depois que consegui assistir a esta montagem, em virtude de compromissos particulares. Mas o que importa é que ela está aqui e eu jamais me perdoaria, se não escrevesse sobre este delicioso musical, um dos mais encenados, mundo afora, tão vitorioso nos palcos como nas telas, uma vez que também foi transformado em filme, em 2022, DVD que vai acabar se “desgastando”, de tanto que assisto a ele.




      “CHICAGO” é o tipo do musical que agrada a todos, mesmo àqueles que não são muito chegados ao gênero. É difícil encontrar alguém que não se interesse por ele e que não se deixe contagiar por suas canções, pelo seu ritmo, por suas coreografias. Os atores dançam, no palco, e o público, em suas poltronas. E isso já começa na abertura da cortina, quando a orquestra “ataca” com o “hit” “All That Jazz”. O espetáculo – isso é muito raro – já “começa no alto”. Daí em diante, só faz crescer, encantar e divertir qualquer plateia, ainda mais quando a montagem ganha todos os cuidados e um nível de qualidade como a que está em cartaz no Teatro Santander, em São Paulo, desde janeiro último (2022). Mas bem que a temporada poderia ser prorrogada!



 

SINOPSE:

"CHICAGO" apresenta uma crítica ácida e, muitas vezes, bem humorada do “show business”, trazendo à tona o tema das celebridades instantâneas, criminosos famosos e mentiras, numa Chicago da década de 1920.

Um conto universal, que contém uma discussão atemporal, atualíssima, para todos as pessoas e gerações, repleto de muito “jazz” e coreografias marcantes.

O musical, dividido em dois atos, nos transporta à “Cook County Jail”, um presídio feminino, onde duas assassinas – a recém-prisioneira, ROXIE HART (CAROL COSTA) e VELMA KELLY (EMANUELLE ARAÚJO), nome mais “quente” do pedaço – competem, entre si, para se tornarem a sensação midiática do momento, provar sua inocência, ganhar a liberdade, para, enfim, realizar um retorno triunfal do cárcere privado, repleto de “glamour e dinheiro”.

VELMA, que era a sensação de um clube noturno, estava presa por ter assassinado seu marido mulherengo. Então, BILLY FLYN (PAULO SZOT), o advogado mais esperto e requisitado de Chicago, é o escolhido para defendê-la.

A novata cantora ROXIE também acaba na prisão, por matar seu amante, e BILLY, “galã e oportunista”, conhecido por safar todos os seus clientes acusados de assassinatos, também pega seu caso e passa a ser peça fundamental nos casos de ROXIE E VELMA, transformando tudo em um circo da mídia. Agora, elas disputam, entre si, o topo do estrelato.

Para isso, as duas contam com a ajuda de “MAMA” MORTON (LILIAN VALESKA), uma espécie de carcereira, responsável pelas mulheres daquele bloco e que, pelo “valor correto”, pode dar informações valiosas ou, até mesmo, facilitar uma conexão com BILLY FLYNN.

 




   Como diz o “release” que me foi enviado por VINÍCIUS OLIVEIRA (MARRA COMUNICAÇÃO – Assessoria de Imprensa Teatro Santander), “Não há quem resista ao som do trompete e às vibrantes coreografias, ao melhor estilo Bob Fosse, anunciando a famosa introdução do clássico “All That Jazz”. É como se inicia a encenação de “CHICAGO” “com esse espírito ‘sexy’, com doses de fama, crime, luxúria e traição”.



“CHICAGO” é o musical americano mais longevo da história da Broadway e do West End” e um dos mais encenados, em várias partes do mundo, já tendo atingido um público que gira em torno de 35 milhões de pessoas. De fácil apelo e comunicação com as plateias de qualquer lugar, pela história, em si, pelas canções, pelas magníficas coreografias originais e por tantos outros predicados, “CHICAGO” é um musical “arrebatador, um dos maiores clássicos dos musicais e sucesso absoluto de público por onde passa” – e de crítica também, acrescento eu. Já foi montado em 36 países, incluindo Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, Austrália, Alemanha, Japão, Brasil, Suécia, Argentina, México, Rússia, África do Sul, Itália, Dinamarca, Holanda, Espanha, França e Coréia do Sul, entre outros, em 13 diferentes idiomas, com mais de 32.500 apresentações. “Até hoje, é o segundo musical há mais tempo em cartaz na história da Broadway, ultrapassando a marca de 9.690 ‘performances’, superando 'Cats', em novembro de 2014, e atrás, somente, de 'O Fantasma da Ópera'.



Escrita pela jornalista americana MAURINE DALLAS WATKINS, a história de "CHICAGO" é inspirada em fatos reais. Em 1975, o texto ganhou montagem na Broadway, com direção e coreografia de Bob Fosse, com letras de Fred Ebb e música de John Kander.



Não é a primeira vez que o público brasileiro recebe e aplaude uma montagem deste musical. A primeira, a que eu também tive a oportunidade de assistir, se deu em 2004, no antigo Teatro Abril, hoje Teatro Renault, uma superprodução, orçada, à época, em US$ 2 milhões, sob a direção geral de Scott Faris, que recriou a versão original, de Nova York, trazia, no elenco, DANIELLE WINITS (VELMA KELLY) e DANIEL BOAVENTURA (BILLY FLYNN), além de ADRIANA GARAMBONE (ROXY HART), SELMA REIS (MAMA MORTON) e JONATHAS JOBA (AMOS HART).


Lilian Valeska.


     A produção nacional compete com outras, a meu juízo, trazendo uma ficha técnica invejável, composta por alguns dos nossos melhores artistas de criação e com um elenco formado por gente de muita tarimba no TEATRO MUSICAL. Passo a fazer comentários, ainda que bem curtos e meio generalizados, sem tantos detalhamentos, uma das minhas digitais, como crítico, em função da falta de tempo e de maiores informações, na ficha técnica, sobre cada um dos elementos que se amalgamaram, para levantar esta, também, superprodução. Aliás, com relação à ficha técnica, a que recebi da parte da Assessoria de Imprensa do Teatro Santander e a da Assessoria de Imprensa do espetáculo, ambas são extremamente longas e, de certa forma, confusas, o que me leva a não citar nomes, a não ser os do elenco, porém, sem considerar esse anonimato, parabenizo a todos, um batalhão de profissionais, responsáveis pelo sucesso da atual montagem. Assim, nesta crítica, não publicarei a “caixa”, contendo a ficha técnica completa.



       O texto não é o forte do musical, penso eu, mas a história não deixa de ser interessante, principalmente se prestarmos atenção aos limites a que chega o ser humano, quando luta por um determinado intento, deixando de lado qualquer coisa que esteja ligado à ética. VELMA e ROXI são determinadas, no desejo de atingir o sucesso e, mais do isso, mostrar que uma é superior à outra, que tem mais talento que a “adversária”, e isso, dentro da peça, é extremamente bem explorado e requer a atuação de duas excelentes e completas atrizes de musical, como ocorre na produção ora analisada. A versão brasileira é excelente, feita por um mestre nesse trabalho, CLÁUDIO BOTELHO, que me levou a admirar muito o produto final do texto, a ótima construção dos diálogos, ágeis e bem claros.



    Dos elementos plásticos, o cenário é bem simples e prático, prestando-se a todas as cenas, graças à inventividade de TÂNIA NARDINI, a qual, graças ao seu imenso talento e profissionalismo, assina todas as direções fora dos Estados Unidos, motivo de orgulho para os brasileiros. Agradam-me, sobremaneira, os figurinos, tanto na forma como no acabamento, assim como o desenho de luz, gerando imagens que ficam, por longo tempo, nas nossas retinas.



   Um excelente trabalho, no desenho de som, faz com que os espectadores possam ouvir, com clareza, tudo o que é dito ou cantado, num Teatro com uma capacidade para receber 2085 pessoas.



     O elenco de “CHICAGO” merece um destaque especial. Em primeiro lugar, porque conta com um nome de um dos nossos maiores atores de musicais, respeitado, também, fora do país, PAULO SZOT. SZOT tornou-se conhecido fora do Brasil, ao protagonizar o musical South Pacific”, nos palcos da Broadway, e "Barbican", em Londres. Por este trabalho, consagrou-se como o primeiro brasileiro a ganhar um "Tony Award", o maior prêmio do TEATRO norte-americano, além de concorrer ao "Laurence Olivier Award", o maior prêmio do TEATRO britânico. Em 2010, quando estreou no "Metropolitan Opera", em Nova York, tornou-se o primeiro cantor brasileiro a se apresentar nesse palco. Já cantou nas principais casas de ópera do mundo, entre elas "Ópera Garnier de Paris" e  "La Scala de Milão". É um luxo contar com ele num elenco e é o “sonho de consumo” de qualquer diretor de musicais. O personagem BILLY FLYNN é, extremamente, valorizado, nas mãos de PAULO SZOT.




   Não tive a oportunidade de ter conferido a participação de EMANUELLE ARAÚJO, como VELMA KELLY, uma vez que, na sessão em que estive presente, a personagem foi interpretada, MAGNIFICAMENTE, por MOIRA OSÓRIO, cujo trabalho eu já conhecia e dele gostava, porém confesso que ela “me ganhou”, de vez e totalmente, com sua atuação. É impressionante a “química” que há entre MOIRA e CAROL COSTA, outra excepcional “cantriz”. Dois excelentes trabalhos, duas atrizes completas, talhadas para musicais, que só fazem agregar valores a esta montagem.





    Ainda sobram destaques para LILIAN VALESKA e todos os demais do elenco, por ordem alfabética:  ALBERTO VENCESLAU, ANDRÉ LUIZ ODIN, ESTELA RIBEIRO, ESTHER ARIEIV, FERNANDO ROCHA, GABRIEL MALO, GABRIELA GERMANO, GUILHERME PEREIRA, HELLEN DE CASTRO, LUCAS CÂNDIDO, MARCELO VASQUEZ, MARI ROSINSKI, MARIANA BARROS, NAY FERNANDES, RODRIGO GARCIA, VITOR LOSCHIAVO e YGOR ZAGO, além de uma ótima orquestra formada por 14 músicos.




















SERVIÇO:

Dia: A partir do dia 22 de janeiro de 2022 (conferir no "site" todas as datas disponíveis).

Horários: Quintas e sextas-feiras, às 21h; sábados, às 17h e 21h; e domingos, às 15h e 19h.

Local: Teatro Santander.

Endereço: Shopping JK Iguatemi - Av. Pres. Juscelino Kubitschek, 2041.

Classificação Etária: a partir de 14 anos.

Clientes Santander tem 30% de desconto nos ingressos inteiros, limitados a 2 por CPF.

Comprovante de Vacinação: De acordo com o decreto municipal n°60.488, de 27 de agosto de 2021, o Teatro Santander pedirá comprovante de vacinação (físico ou virtual) contra a Covid-19 e, para ajudar as pessoas que não possuírem, disponibilizará wi-fi e equipe, para auxiliar o "download" do aplicativo.

Valor dos Ingressos:

QUINTAS-FEIRAS:

SETOR   ½ ENTRADA   INTEIRA

PREMIUM: R$160,00 / R$320,00

VIP: R$150,00 / R$300,00

SUPERIOR: R$120,00 / R$240,00

FRISA SUPERIOR: R$120,00 / R$240,00

BALCÃO A: R$70,00 / R$140,00

BALCÃO B: R$37,50 / R$75,00

FRISA BALCÃO: R$37,50 / R$75,00


SEXTAS-FEIRAS, SÁBADOS E DOMINGOS:

SETOR   ½ ENTRADA   INTEIRA

PREMIUM: R$170,00 / R$340,00

VIP: R$160,00 / R$320,00

SUPERIOR: R$130,00 / R$260,00

FRISA SUPERIOR: R$130,00 / R$260,00

BALCÃO A: R$80,00 / R$160,00

BALCÃO B: R$37,50 / R$75,00

FRISA BALCÃO: R$37,50 / R$75,00


INGRESSOS:

Internet (com taxa de conveniência):

https://www.sympla.com.br/

Bilheteria física (sem taxa de conveniência:

Atendimento Presencial: Todos os dias, das 12h às 18h. Em dias de espetáculos, a bilheteria permanece aberta até o início da apresentação.

Autoatendimento: A bilheteria do Teatro Santander possui um totem de autoatendimento para compras de ingressos, sem taxa de conveniência, 24h por dia.


ASSESSORIA DE IMPRENSA:

VITOR DEYRMANDJIAN ROSALINO – vitor@motisukipr.com.br

REGIS MOTISUKI – regis@motisukipr.com.br

MARRA COMUNICAÇÃO – Assessoria de Imprensa Teatro Santander:

Vinícius Oliveira: vinicius@paulomarra.com.br - 11 95946-2063

Paulo Marra: paulo@paulomarra.com.br - 11 99255-3149

Redação: redacao@paulomarra.com.br – 11 3258-4780

"Site": http://marracomunica.com.br





    "CHICAGO" é um espetáculo imperdível, que merecia uma temporada maior, a julgar pelo sucesso de público, que vem lotando o Teatro Santander, em todas as sessões, da estreia até hoje, e pela boa receptividade, por parte da crítica especializada.






FOTOS: PEDRO DIMITROW

e

CAIO GALLUCCI




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