quarta-feira, 16 de março de 2022

 

“BARNUM,

O REI DO SHOW”

(VERSÃO CARIOCA)

ou

(MAGIA E TRAPAÇAS

 PARA TODOS.)

ou

(DE TUDO,

UM POUCO DE MUITO.)

ou

(POPULAR

E

CONTRADITÓRIO.)


 





 


      É a primeira vez, desde quando iniciei os trabalhos neste meu blogue, em 25 de agosto de 2013, “O TEATRO ME REPRESENTA”, que faço uma segunda crítica a um mesmo espetáculo. E faço-o com muita convicção, alegria, orgulho e agradecimento. Os motivos disso são dois: a sua extremíssima qualidade, mas não o principal, e, sim, o fato de estarmos analisando uma versão carioca de um dos melhores musicais já montados no Brasil. Tive a oportunidade de ter assistido a ele, em São Paulo, em meados de novembro do ano passado (2021), quando os Teatros estavam começando a voltar a um estágio de funcionamento já bem parecido com o que havia, antes desta terrível Pandemia de COVID-19, e fiquei encantado com o que vi, torcendo para que os cariocas também tivéssemos a chance de poder assistir àquela encenação no Rio de Janeiro, embora não acreditasse nisso, em função da complexidade da infraestrutura e logística necessárias, para deslocar tudo, da montagem paulistana, para uma outra cidade, a mais de 400km de distância. Foi para ver, principalmente “BARNUM...” que fiz aquela viagem, e lamentei ter de voltar, para o Rio, no dia seguinte. Gostaria de poder assistir ao espetáculo todos os dias, se possível fosse. E não me tomem por um fanático, por favor; sou, apenas, um amante dos grandes musicais. Mas a distância e todas as dificuldades pela frente não foram um empecilho, para GUSTAVO BARCHILON, sobre quem falarei mais adiante.





      É obvio que repetirei, aqui, muito, ou a maior parte, do que escrevi na crítica anterior, por não haver qualquer diferença entre as duas montagens, na maioria dos aspectos, mas, certamente, vou valorizar alguns detalhes, já que gostei mais desta segunda do que da primeira; ou melhor, considero ambas fantásticas, porém o fato de o palco do Teatro Casa Grande, no Rio, ser maior que o do Teatro Opus, em São Paulo (Assim me pareceu.), contribuiu, em muito, para que o espetáculo, que precisa de muito espaço, "crescesse". E é claro que serei obrigado a comentar o trabalho dos profissioinais que não atuaram em São Paulo e entraram no elenco aqui.




      Quando consegui assistir ao musical, pela primeira vez, ele já estava se encaminhando para encerrar a temporada, porém, muito antes de sua estreia, na capital paulista, eu já o aguardava com muita ansiedade, que só fez aumentar, depois da estreia e de eu ter lido e ouvido os comentários de amigos paulistanos, que gostam e entendem de TEATRO MUSICAL. Creio que o maior trunfo da peça resida no fato de ela amalgamar a grande magia do TEATRO com a, não menos grandiosa, do Circo, por coincidência duas das ARTES que mais me encantam e me emocionam. Mas que ideia formidável foi essa de resgatar o lúdico do universo circense, via TEATRO! E, ainda por cima, e o mais importante de tudo, trazendo a proposta de discutir a questão da igualdade, da empatia e da inclusão.

 

 


      

     A peça é uma grande superprodução (muitos atores, músicos e técnicos), bastante dispendiosa, que merece casas lotadas e boas críticas, além de uma temporada mais longa do que a prometida, no Rio, e a de São Paulo.

  



     Sua primeira estreia se deu em 1980, em New York, conquistando uma dezena de Prêmios “Tony”, o “Oscar do TEATRO”, recebendo, depois, em 2017, uma segunda versão cinematográfica, com o título de “O Rei do Show”, à cata da qual estava, mas já a encontrei, na plataforma Disney Plus. Só me falta, agora, tempo para assistir ao filme. Só na Broadway, houve 854 apresentações, o que atesta o grande valor do espetáculo. Seguiram-se, no palco, muitas outras montagens, não só nos Estados Unidos, mas também em West End (Londres)Madri, em outras cidades do Reino Unido e por outras partes do mundo, até que, quatro décadas depois de sua estreia universal, chegou ao Brasil, pelas mãos de GUSTAVO BARCHILON, numa ousada produção de BARHO PRODUÇÕES.

 




      

      “BARNUM...” é um musical biográfico, que conta a história de PHINEAS TAYLOR BARNUM (P.T.), um “showman” e empresário do ramo do entretenimento norte-americao, lembrado, principalmente, por promover as mais famosas críticas ao TEATRO e por fundar um Circo, que viria a se tornar, muito mais tarde, o "Ringling Brothers Circus", com suas atividades encerradas em 2017.

 



P.T. BARNUM foi tão bem sucedido em seus empreendimentos, que, talvez, mereça ser reconhecido como o primeiro grande nome de empresário milionário, às custas do “show business”Embora BARNUM tenha sido um autor, editor, filantropista e, por algum tempo, um político, ele disse o seguinte sobre si: 'Eu sou um ‘showman’ por profissão... e todo o embelezamento não fará de mim nada mais', e seus objetivos pessoais eram ‘colocar dinheiro no cofre’. BARNUM é, também, amplamente, e erroneamente, creditado como sendo o inventor da frase ‘Nasce um trouxa por minuto.’”(Wikipédia.). A verdade é que se diz, sobre ele, que, ao mesmo tempo, era um homem extremamente popular quanto, paradoxalmente, uma figura controversa, motivo de pesquisas e discussões até hoje. Provavelmente, uma coisa decorrente da outra. Afinal de contas, quem foi esse homem?

 

 

 



       Nosso personagem protagonista começou sua vida empresarial ainda muito jovem, aos 20 anos de idade, fundando um jornal semanal, na sua cidade natal, mas foi em 1834, quando chegou a New York, que se iniciou na carreira do entretenimento, por meio de um “show” de variedades, o “Barnum's Grand Scientific and Musical Theater" ("Grande Teatro Científico e Musical de Barnum"). Logo em seguida, adquiriu o "Scudder's American Museum", que renomeou em sua homenagem. Nada vaidoso esse senhor! BARNUM usava o museu, que funcionou até meados da metade do século XX, apresentando os “freak shows” (“shows” de horrores), um desfile de “aberrações humanas”, como plataforma para promover suas “hoaxes” (fraudes) e “curiosidades humanas”. Em 1850, ele promoveu uma turnê americana da cantora JENNY LIND, pagando-lhe a vultosa soma, sem precedentes, de US$ 1.000,00 por noite, por 150 noites.

 




 


 

Circo foi a origem de sua fama duradoura. Ele fundou o “P. T. Barnum Grande Museu, Zoológico e Hipódromo Itinerante”, uma mistura de Circo, zoológico e museu de freaks, que mudou de nome várias vezes. Foi casado com CHARITY HALLET e, depois da morte da esposa, casou-se, novamente, desta vez com Nancy FishBARNUM morreu dormindo, em casa, em 7 de abril de 1891.

 





“BARNUM...” conta com o libreto de MARK BRAMBLE, com letras de MICHAEL STEWART música de CY COLEMAN. A história cobre o período de 1835 a 1880, na América e nas principais cidades do mundo, para onde o empresário levou suas companhias performáticas. A produção combina elementos do TEATRO MUSICAL tradicional com o universo circense. Os personagens são atores e o elenco inclui, também, artistas de Circo, recrutados, como malabaristas, trapezistas e palhaços, que foram treinados para, além da apresentação de seus números de picadeiro, participar como atores, à exceção de THIAGO MACHADO, que já o era, assim como os atores também aprenderam números circenses, principalmente de palhaçaria.

 



 

 

 

Abaixo, segue a SINOPSE (Extraída da Wikipédia.) da montagem da Boadway, que pouco, ou quase nada, tem de diferente da nossa:

 




 




 

 

SINOPSE:

 

Em meados do século XIXPHINEAS TAYLOR (P.T.) BARNUM (MURILO ROSA) apresenta seus atos circenses, enquanto fica em frente a uma tenda, proclamando “Há um otário nascido em cada minuto.”.

Ele adora espetáculo e emoção, usando exagero e “farsa”, para promover suas exposições, “aberrações humanas” e “curiosidades patológicas”.

Sua esposa CHARITY (SABRINA KORGUT), uma mulher poderosa, ponderada, com muito bom senso e seu “porto seguro”, discorda de seu uso de “farsa”, mas o ama e pretende mantê-lo com os pés no chão.

BARNUM apresenta “a mulher mais velha viva”JOICE HETH (DIVA MENNER), que vem a se tornar um grande sucesso, para o público, muito por conta das mentiras (Hoje, “fake news”.) inventadas por ele, como, por exemplo, que ela havia sido “babá de George Washington”.

Sua esposa CHARITY (CHAIRY) o incentiva a conseguir um emprego, em uma fábrica, mas BARNUM se recusa, e a esposa admite e aceita, ironicamente, a disparidade entre seus pontos de vista.

BARNUM, então, recruta palhaços para ajudá-lo na construção de um museu, a fim de abrigar suas atrações (com resultados cômicos esperados) e cabe a CHARITY encorajá-lo a continuar, com o resultado de que “tudo sobre o museu foi espetacular”, no entanto ele pega fogo, acidentalmente.

BARNUM encontra duas novas atrações, duas grandes estrelas: o GENERAL TOM THUMB e JUMBO , o elefante.

Depois, torna-se empresário da famosa cantora de ópera sueca JENNY LIND (GIULIA NADRUZ), apaixona-se por ela e sente o desejo de sair em turnê, com sua estrela. Ele a acompanha, deixando CHARITY para trás.

Embora tudo pareça estar indo bem para BARNUM, ele descobre que, sem CHARITY, em sua vida, ele é miserável e decide romper os laços com JENNY e voltar para casa, para a mulher que ama.

Ao retornar à esposa, promete viver a vida mais tranquila que ela deseja para ele.

Depois de uma gestão fracassada, de uma fábrica de relojoaria e uma tentativa, idem, de construir sua própria cidade, ele se volta para a política.

Quando sua campanha parece fadada ao fracasso, devido à falta de interesse, CHARITY percebe a importância de seus talentos e paixão em sua vida e permite que ele injete cor e vida em sua campanha.

Ele é eleito prefeito de Bridgeport, e os dois reconhecem o valor, na abordagem um do outro, para a vida, e como eles se complementam.

BARNUM está preparado para concorrer a senador, mas sua amada CHARITY morre, repentinamente, deixando-o desolado e sozinho.

Quando se vê “roubado”, da indicação ao Senado, por seu partido político, BARBUMN lamenta sua posição, percebe que seu talento para a “farsa” nunca o deixará e fica muito desapontado.

JAMES ANTHONY BAILEY (GUILHERME LOGULO) chega e oferece a ele a chance de ter o “Join the Circus”.

Resistindo, inicialmente, ele cede, graças, em parte, à moeda de duas cabeças (uma moeda, para jogar “cara e coroa”, mas só com duas “caras”), de CHARITY, que ela usou para enganá-lo durante todo o “show”, e se junta a BAILEY, e eles formam o famoso “Circo Barnum and Bailey”.

 

 








Apesar do sucesso que o musical fez, no exterior, tendo permanecido em cartaz, em New York, por três anos, e conquistado tantos prêmios, no Brasil, ele e o seu protagonista não são tão conhecidos, e esta montagem, a meu juízo, veio bem a calhar e serve para nos ilustrar, mais ainda, sobre o mundo dos musicais e do “show business”. Acho que chegou numa boa hora, depois de os Teatros fechados por quase dois anos. Só temos a agradecer a GUSTAVO BARCHILON, estreante, com o pé direito, na função de diretor, após suas experiências em produções, no West End, e com os maravilhosos artistas do Cirque Du Soleil, além, de sua experiência com os diretores Charles Möeller e Claudio Botelho, por ter-nos apresentado a “BARNUM...”.

 


 

 

      Tenho um certo “ranço”, com relação a musicais biográficos, uma vez que, via de regra se limitam a focar o protagonista homenageado em sua linha do tempo, todos muito parecidos, intercalando as cenas com canções originais ou outras, pontuando, ou não, a cena a que se seguem ou antecipam, porém, aqui, não é só isso o que acontece. Há, sim, uma estrutura de musical biográfico tradicional, porém, ao fazer a adaptação do textoGUSTAVO BARCHILON procurou jogar mais luzes nas ações do personagem e no seu comportamento humano, explorando bastante todas as suas qualidades, os defeitos e as fraquezas, sem se desgrudar do seu lado humano. “Nossa versão foi atualizada e traz questões pontuais, como a diversidade e a necessidade de se aceitar o diferente.”, diz o adaptador do texto e diretor do espetáculo.

 

  


      Mantenho, aqui, um trecho do primeiro “release” da peça, que recebi, referente à montagem paulistana, do que, também, dependeu, para a montagem em tela: Um comitê diverso foi montado, para que a versão brasileira fizesse plena alusão aos dias atuais – afinal, a história do personagem principal fala de um mundo de outrora, mas com questões ainda pertinentes ao planeta atual. A diversidade é ponto central nesta versão contemporânea. Se, em sua época, ele poderia gerar controvérsias, é sabido que, amado ou odiado, verdadeiro ou mentiroso, BARNUM levantou discussões calorosas.”, afirma GUSTAVO BARCHILON. "Afinal, o que é diferente? E por que não incluir e aceitar tais diferenças?".

 

 

 

      O musical é um grande acerto e faz sucesso por conta de uma série de fatores, dentre os quais, ou os principais, destacam-se a história, a direção, o elenco e todos os elementos plásticos, que hipnotizam o público, de qualquer idade.

 

 

 

      Sobre quão interessante foi a vida de BARNUM, sua história, nada a acrescentar. A respeito da adaptação do texto, penso que GUSTVO foi bastante feliz, pois, não se afastando dos detalhes e características bem próprios da cultura norte-americana, soube dar um leve toque de brasilidade a seu trabalho, para facilitar a comunicação com o público brasileiro, de qualquer parte do país.

 



 

 

      Como já tive a oportunidade de me posicionar acima, com esta sua primeira direçãoGUSTAVO pode se considerar habilitado a novos voos, pois apresentou um resultado bastante positivo.

 


(GUSTAVO BARCHILON)


   É preciso discorrer um pouco sobre cada um dos quatro principais personagens da trama, a começar pelo protagonistaBARNUMconsiderado “inovador”, por alguns e “manipulador”, por outros, um homem dono de uma personalidade bastante discutível, mas um grande empreendedor, não se pode negar, que ficou rico e reconhecido por entreter as pessoas, vivido pelo ator MURILO ROSA, infelizmente, pouco frequente nos palcos, com uma dedicação maior à TV e ao cinema. MURILO é um excelente ator e me surpreendeu, protagonizando um musical. Sabia que ele cantava, mas só tive a oportunidade de vê-lo, como cantor, no “reality show”“Pop Star”, no qual não se saiu lá muito bem. Notei, nele, uma grande transformação, para melhor, é evidente, com relação à outra vez em que assisti à peça para hoje. É uma questão de treino, estudo e dedicação. MURILO está surpreendendo a plateia, quando canta, fator indispensável para se atuar num musical, uma vez que as partituras dos musicais, via de regra, são bem mais difíceis de serem cantadas do que as das “canções comuns”. MURILO ROSA apresenta-se com muito carisma e garra, tanto no canto como na sua brilhante atuação. Infelizmente, na sessão a que assisti, em São PauloMURILO não pôde fazer um tão esperado número circense, de andar sobre uma corda bamba, em função de um problema técnico ocorrido, na sessão anterior, com o equipamento. Graças aos "DEUSES DO TEATRO", pudemos ver a cena, que é desafiadora e leva o público a prender a respiração, torcendo para que o querido e consagrado ator chegue ao outro lado da corda bamba, sem sofrer nenhuma queda. E ele sempre o consegue. BRAVO!!!

 


 



 SABRINA KORGUT é uma das minhas “cantrizes” preferidas. Acompanho sua carreira, desde seus primeiros trabalhos, e percebo, nela, uma preocupação de estudar, cada vez mais, de se aprimorar, nas três áreas exigidas num musical. Como atriz, é excelente, sabe atender às coreografias e o que mais nela me encanta, ao lado de sua atuação, é a voz, possante, cristalina e afinadíssima, de um timbre belíssimo, além de sua invejável presença de cena e domínio do palco e do público. SABRINA carrega um currículo extenso e invejável, com quase total predominância em musicais, no qual só pontuam sucessos, de público e de crítica. Como canta essa querida amiga!!! SASSÁ, como a trato, carinhosamente, se sai muito bem na personagem que lhe coube, CHARITY, a primeira esposa de BARNUM. A personagem se destaca pela sensatez. Era uma mulher muito evoluída para a época. Assumiu a turnê, quando o marido teve que se ausentar, era a favor do voto para as mulheres, lutava pela emancipação dos direitos trabalhistas e se demonstrava sempre muito forte. SABRINA entrou no elenco do Rio, para somar, e muito, ao espetáculo, com a árdua missão de substituir outro grande nome do TEATRO MUSICAL BRASILEIRO, Kiara Sasso, e o fez como eu já esperava, à altura da personagem, graças ao seu profundo talento. A escolha, para a substituição, não poderia estar em melhores mãos que as dela.

 


 

      Tudo o que escrevi sobre SABRINA pode ser repetido para a outra atriz, cuja personagem faz balançar o coração de BARNUM e crescerem os cifrões que lhe parecem substituir as pupilas. Estou falando de GIULIA NADRUZ, outra veterana de musicais, ainda que bem jovem, a intérprete da cantora lírica sueca, JENNY LIND, que, com seus “predicados”, artísticos e “particulares”, soube roubar o coração de BARNUM. Trata-se de uma personagem que chega de repente, surge do nada, na história e provoca uma revolução, quando forma um triângulo amoroso com o casal de protagonistas. Suas aparições são sempre um encantamento, para todos. GIULIA já atuou em muitos dos principais musicais encenados no Brasil, quase sempre em papéis "maiores". Mas não existem papéis "menores" para quem é profissional que ocupa o topo da escada em que se encontram os melhores, com ela. Nesta peça, suas aparições são meio limitadas, quantitativamente, entretanto, quando ela se propõe a cantar, parece que a voz vem do céu, saída da boca de algum querubim. Sem falar no fato de que o palco parece ficar mais iluminado, com sua presença.

 







 

  

DIVA MENNER, uma mulher “trans”negra e nordestina, nascida em Recife e tendo estudado canto, no Conservatório Pernambucano, que interpreta JOICE HETH“a mulher que ultrapassou um centenário e meio de idade” (160 anos) e que teria sido “babá de Geoerge Washington”, uma das invenções "criativas" de BARNUM, é cantora; iniciou-se na noite cantando. É inexperiente, como atriz, mas dá conta, com muitíssima correção, da personagem que lhe coube. Uma agradabilíssima surpresa para mim. GUSTAVO afirma ser de suma importância sua presença no elenco, uma vez que “vivemos no país onde mais se matam representantes da comunidade LGBT+”, comentário do diretor, o qual ainda completa: “Ainda discutimos a diversidade. Nos chocamos com ela. E, tantas vezes, precisamos encará-la, para aceitar o que não nos é familiar.". Seu primeiro nome artístico, DIVA, se adéqua bem ao que ela é. Quero, sempre, vê-la brilhando, nos palcos, com sua luz própria e aquela voz singular.

 





 

Todos os demais que fazem parte do elenco cumprem suas funções com muito acerto e bastante precisão. São eles: Murilo OhlGuilherme Logulo, Marcos Lanza, Luisa ViannaTauã Delmiro. O mesmo se pode dizer de todos os que fazem parte da TRUPE DE CIRCO: Renata Ricci, Ana Araújo, Bruno Ospedal, Fernanda Muniz, Gabriela Camissoti, Giu Mallen, Preto Viana, Juliano Alvarenga, Marcos Fagundes, Rafael Barbosa, Flávio Arcoverde, João Siqueira, Luan Pretko, Sara Milca, Raphael Silva e Rodrigo Silva. Os maiores destaques vão para Guilerme Logulo, LuisaViannal, Murilo Ohl e Tauã Delmiro, já considerados veteranos em musicais.

OBSERVAÇÃO: Todos os nomes grafados em vermelho são de artistas que entraram no elenco carioca, além da já citada, e festejada, SABRINA KORGUT.




 


 


















A BANDA de "BARNUM..." (Foto Gilberto Bartholo.)

Voltado para a equipe criativa do espetáculo, caberão palavras de elogio para os responsáveis pela direção geral, a versão brasileira, a direção musical, a coreografia, os figurinos, a cenografia, a iluminação, o desenho de som e o visagismo, sem esquecer que a ficha técnica, como não poderia ser de outra forma, é extensa e cada um dos profissionais que nela estão presentes tem grande importância no somatório dos trabalhos, para que a plateia possa se deliciar com um belo “show”.

 

 

 

(Foto de Luiza Barbosa.


direção artística é assinada por GUSTAVO BARCHILON, o que já foi dito, da mesma forma como, também, já afirmei que ele estreou em grande estilo. Espero que tenha tomado gosto pela coisa e que continue nos presenteando com outras direções tão acertadas e lindas como se conduziu neste musical.




É sempre um grande acerto e uma tranquilidade, para uma produção, contratar CLAUDIO BOTELHO, para assumir a versão para o nosso idioma. Poucos são os bons versionistas entre nós, e BOTELHO, com toda a certeza, faz parte do pelotão de elite. Em sua longa e vitoriosa carreira nesse “métier”, é dele a grande maioria das versões dos maiores sucessos de musicais montados no Brasil.



Claudio Botelho.



 

É bastante correta a direção musical, a cargo de THIAGO GIMENES, sem maiores comentários, a não ser que essa função é vital, num espetáculo em que a música é uma espécie de personagem, e que ele administrou a sua parte com bastante competência. Na atual versão, o espetáculo ainda ganhou um reforço, com TONY LUCCHESI, como regente de uma excelente orquestra.



Thiago Gimenes.





Tony Lucchesi.


A "banda", de "BARNUM..." 

(Foto: Gilberto Bartholo.)


Eu já nem sei mais de onde vou tirar novos adjetivos elogiosos, para falar das coreografias criadas e assinadas por ALONSO BARROS! Penso ter sido um grande desafio, para o consagrado coreógrafo, saber dosar os passos coreográficos com as piruetas e estripulias contidas nos números circenses, saber onde começa uma coisa e termina outra e, em determinadas cenas, “mixá-las” de verdade. O espetáculo é muito dinâmico, graças à direção e à coreografia.



Alonso Barros.




Que encanto é o conjunto de figurinos, desenhados por FÁBIO NAMATAME! Elegantes, alegres, criativos, coloridos e muito bem acabados, uma de suas principais digitais, em suas criações. NAMATAME não economiza talento e criatividade para vestir os personagens.



Fábio Namatame.



Que belo cenário criou o premiado cenógrafo ROGÉRIO FALCÃO! Sempre admirei os seus trabalhos, não só pela criatividade, como também pelos acabamentos e detalhes. Aqui, lembrando um pouco, bem pouco, a cenografia de “Pippin”ROGÉRIO abusa, no melhor sentido da palavra, de detalhes, que são verdadeiras obras de arte, e das cores, para criar o mundo alegre do Circo.



Rogério Falcão.


Um dos detalhes do cenário. Foto: Rogério Falcão.


“BARNUM...” mereceu uma belíssima iluminação de um grande mestre, MANECO QUINDERÉ, responsável por boa parte da alegria e do “alto astral” que o musical proporciona ao público. Muitas cores, um festival delas, e muitas excelentes combinações, explorando, ao máximo, uma paleta inesgotável.



Maneco Quinderé.



 

TOCKO MICHALAZZO não permite, de forma alguma, que percamos algo dito ou cantado, uma vez que trabalhou corretamente no desenho de som, o qual, se falha, na produção de um musical“derruba” o máximo empenho de todos os demais envolvidos no projeto.



Tocko Michalazzo.


 

visagismo também não pode deixar de merecer um destaque, em “BARNUM...,”, já que DHIEGO DURSO procurou, e encontrou, um jeito de criar o visual dos personagens, de acordo com as características de cada um, com destaque para os personagens circenses e a caracterização da mulher de 160 anos.

 


Dhiego Durso.


 



 

FICHA TÉCNICA:

Direção Geral e Artística: Gustavo Barchilon              

Diretora Residente: Vanessa Costa

Versão Brasileira: Claudio Botelho

Direção Musical: Thiago Gimenes

Regente: Tony Lucchesi

Coreografia e Direção de Movimento: Alonso Barros

Figurino: Fábio Namatame

Cenografia: Rogério Falcão

Iluminação: Maneco Quinderé

"Design" de Som: Tocko Michelazzo

Visagismos: Dhiego Durso

Perucaria: Feliciano San Roman

Coordenadora de Circo: Alessandra Abrantes

Instrutora de Circo: Cinthia Nunes

Assistente de Coreografia: Cecília Simões

Tradução: Cláudia Costa

Adaptração: Gustavo Barchilon                                                                                                                                    

ELENCO: Murilo Rosa, como P. T. Barnum; Thiago Machado, como P.T. Barnum, alternante; Sabrina Korgut, como Charity; Giulia Nadruz, como Jenny Lind; Diva Menner, como Joice Heth; Murilo Ohl, como Tom Polegar e swing; Guilherme Logulo, como Bailey; Marcos Lanza, como Amos Scudder; Luisa Vianna, como Sra. Stratton; e Tauã Delmiro, como Goldsmith.


TRUPE DE CIRCO: Renata Ricci, Ana Araújo, Bruno Ospedal, Fernanda Muniz, Gabriela Camissoti, Giu Mallen, Preto Viana, Juliano Alvarenga, Marcos Fagundes, Rafael Barbosa, Flávio Arcoverde, João Siqueira, Luan Pretko, Sara Milca, Raphael Silva e Rodrigo Silva.

OBSERVAÇÃO: Nomes grafados em vermelho = artistas que entraram no elenco carioca.

Diretor de Produção: Thiago Hofman
Produtora Executiva: Graziele Saraiva
Produtor Local: Gerardo Franco
Coordenadora Financeira: Thamiles França                            
Coordenadora Administrativa: Renata Stilben                          Coordenadora do Projeto: Natália Egler

Assistente de Produção: Leandro Leal

Assessoria de Imprensa: Trigo Comunicação

Realização: BARHO Produções

 

 





 

SERVIÇO:

 

Temporada: De 11 de março até 01 de maio de 2022

Local: Teatro Casa Grande

Endereço: Avenida Afrânio de Melo Franco, 280 A – Leblon – Rio de Janeiro

Telefone: (21) 2511-0800

Dias e Horários: 6ª feira, às 20h30min; sábado, às 17h e às 20h30min; domingo, às 16h e às 19h30min

Valores dos Ingressos: De R$25,00 a R$200,00, dependendo da localização dos assentos.

1 (Plateia VIP = R$200,00 (inteira) e R$100,00 (meia entrada)

2) Plateia Setor 1 = R$180,00 (inteira) e R$90,00 (meia entrada)

3) Balcão Setor 1 = R$120,00 (inteira) e R$60,00 (meia entrada)

4) Balcão Setor 2 = R$50,00 (inteira) e R$25,00 (meia entrada) - PREÇOS POPULARES

Descontos Patrocinadores: Sulamérica, Eurofarma, Outback, Repom, Hospital São Lucas, Laboratórios Sérgio Franco e Patense – 30%

Compras via internet: https://www.eventim.com.br/artist/barnum  

Vendas na Bilheteria do Teatro – às terças e quartas-feiras, das 12h às 19h; de quinta-feira a domingo, das 15h até 30 minutos após o início da última sessão (Esta opção não cobra taxa de conveniência.)

Classificação Etária: Livre

Duração: 100 minutos

Gênero: Musical

 

 










 

      Reservem um tempo para ter um contato direto com esta, repito, que é uma das maiores produções, em TEATRO MUSICAL, que já aportaram no Brasil. Fica, aqui, portanto, a minha mais efusiva recomendaçãoNÃO DEIXEM DE ASSISTIR A ESTE BELÍSSIMO MUSICAL, que é mais um MOTIVO DE ORGULHO PARA NÓS, BRASILEIROS, APENAS POR CONTA DO EMPENHO E DO TALENTO DE TODOS OS ENVOLVIDOS NO PROJETO, uma vez que, por infelicidade, vivemos num país em que a ARTE não merece o menor valor, respeito e estímulo, por parte das “otoridades governantes”, principalmente na esfera federal, as quais só se preocupam em se locupletarem, em seus “postos do mando”.



 

 


FOTOS: CAIO GALLUCCI

(Pode ser que, equivocadamente, alguma foto, no corpo da crítica, possa ser da montagem paulistana, uma vez que, lamentavelmente, a assessoria de imprensa não dispõe de muitas fotos de cena, da versão carioca, e não consigo identificar bem algumas diferenças e artistas, pelo que já deixo, aqui, o meu pedido de desculpas.)

 

 

 

GALERIA PARTICULAR

(FOTOS FEITAS EM SÃO PAULO.)

(FOTOS: LEONARDO SOARES BRAGA)

 


Com Vanessa Costa e Renata Ricci.

 


Com Giulia Nadruz.

 



Com Alonso Barros.

 

 Com Gustavo Barchilon ("Selfie" feita no Rio.)




 

 


E VAMOS AO TEATRO,

COM TODOS OS CUIDADOS!!!

 

OCUPEMOS TODAS AS SALAS DE ESPETÁCULO

 DO BRASIL,

COM TODOS OS CUIDADOS!!!

 

A ARTE EDUCA E CONSTRÓI, SEMPRE!!!

 

RESISTAMOS, SEMPRE MAIS!!!

 

COMPARTILHEM ESTE TEXTO,

PARA QUE, JUNTOS,

POSSAMOS DIVULGAR

O QUE HÁ DE MELHOR NO

TEATRO BRASILEIRO!!!

 

 














 





























































































































































































































































































 

 

 

 

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