sábado, 1 de fevereiro de 2020


O MARIDO
DO 
DANIEL

(PENSOU QUE IA RIR?
ATÉ PODE...
MAS...INOCENTE!!!
ou
COMO DIMENSIONAR
O AMOR?)



        
          Será que alguém seria capaz de imaginar uma sensação provocada pela circunstância que passo a descrever abaixo?

Uma pessoa, numa hipótese bem esdrúxula, eu sei, passando por um momento de tristeza, por algum tipo de terrível dificuldade, de extremo sofrimento, talvez, caminhando por uma calçada, depara-se com uma fachada do que seria um templo religioso. Uma igreja, por exemplo, ligada a qualquer religião ou segmento. Ou um centro espírita, um terreiro, uma sinagoga... Tudo indica que é o lugar propício a se aliviar e resolver seus dramas, com a força da sua fé, se ela a tem, seja qual for. Empurra uma porta, semicerrada, e, ao entrar, dá de cara com um bordel, em pleno funcionamento. Muito louco isso, não é? Será que consegue sobreviver ao choque?

A imagem pode parecer bastante grosseira e, até mesmo, para alguns, um despautério, mas foi criada, propositalmente, para que o leitor entenda como se sente alguém que vai ao Teatro sem saber, absolutamente, nada acerca da temática de uma peça, atendendo a um triplo convite, do proprietário do Teatro, um amigo querido, da assessoria de imprensa do Teatro e de alguns outros amigos, do elenco. Penso que sem ler um “release”, uma sinopse, que não me foram enviados, previamente, pela assessora de imprensa da peça, seriam muito poucas as chances de eu me deslocar até um Teatro, no caso, o Petra Gold, para assistir a uma peça, supostamente uma comédia (NADA CONTRA AS COMÉDIAS; MUITO PELO CONTRÁRIO!!!), cujo título fosse “O MARIDO DO DANIEL”, que soa a algo como uma comédia de baixo nível, abordando o universo “gay” (NADA CONTRA O UNIVERSO “GAY”; MUITO PELO CONTRÁRIO!!!).

Acontece que o título da peça, “O MARIDO DO DANIEL”, não poderia ser outro mesmo. Quem já assistiu ou, ainda, assistirá ao espetáculo, certamente, há de concordar comigo, se conseguir alcançar – o que é muito fácil – a importância do vocábulo “MARIDO”, no referido título, tudo o que ele tem a ver com o contexto desta excelente obra, texto inédito, no Brasil, escrito pelo dramaturgo norte-americano MICHAEL MCKEEVER, o qual, também, é encenado, em solo brasileiro, pela primeira vez.

A minha sinceridade me obriga a dizer que não carregava comigo uma boa expectativa com relação à peça, conquanto já tivesse ouvido alguns comentários muito construtivos, edificantes, acerca da montagem, vindos de gente que merece a minha maior confiança e o meu respeito, por seu bom gosto teatral, dizendo se tratar de um espetáculo “lindo e surpreendente”.






E eu me esforçava muito, para entender aquilo, sempre “engasgado” com o tal do título. Seria uma espécie de “pré-conceito”? Eu não conhecia o autor do texto, mas sou apaixonado pelo diretor, também grande ator, GILBERTO GAWRONSKI, e sabia que o elenco era formado por bons profissionais, dois dos quais eu conheço bem a fundo e admiro, profundamente, seus trabalhos: ALEXANDRE LINO e CIRO SALES. Do trio restante, conheço e gosto do trabalho de DEDINA BERNARDELLI, porém nunca, antes, vira, atuando, BRUNO CABRERIZO e JOSÉ PEDRO PETER.

Mas o espetáculo não é apenas “lindo e surpreendente”; é muito mais do que isso. Muito mais, de verdade. A peça nos prega uma grande peça, na medida em que, com a abertura do pano e os primeiros diálogos entre quatro amigos, todos “gays”, dois casais, a plateia acha engraçado tudo o que é dito, e eu – pelo menos, eu – tive a impressão de que seria uma espécie de continuação de “A Gaiola das Loucas”, guardadas algumas devidas proporções, como escrevi numa postagem, em uma rede social, tão logo cheguei a casa, no dia em que vi a montagem.

Não me arrependi de ter “queimado” uma noite com uma “peça errada”, no “Teatro errado”, podendo tê-la aproveitado com outro espetáculo “mais interessante”, que valesse o meu deslocamento do Recreio dos Bandeirantes ao Leblon (Cerca de 33 km e 1 hora de trânsito.). Não havia espaço para um “arrependimento”, pois estava me divertindo muito, com os quatro atores e um texto leve, divertido, recheado de um humor bastante apreciável e inteligente. Se tivesse sido assim até o fechamento das cortinas, já teria valido a pena, com certeza, qualquer que fosse o desenrolar daquela suposta comédia, gênero que muito admiro e que só existe no primeiro terço da peça, a qual tem a duração total de 90 minutos. No fundo, porém, eu achava que deveria haver muito mais, por trás de um título “duvidoso”, porque sabia que GAWRONSKI jamais se prestaria a pôr em jogo seu nome de respeito, sua reputação profissional, no universo teatral. Ele devia saber, muito bem, onde havia se metido. E sabia mesmo!!!

Ao final de cerca dos primeiros 30 minutos, de repente, é como se o espectador fosse atingido por um violento soco na boca do estômago, que o pega desprevenido. E, daquele momento em diante, o que não falta são golpes certeiros, vindos de várias direções, numa sucessão de surpresas e provocações, capazes de gerar uma série de incômodos e reações diversas na plateia, tirando o público de uma zona de conforto e obrigando-o a seguir por um atalho cheio de espinhos. Tudo começa a ficar diferente a partir de uma fatalidade, que atinge DANIEL (CIRO SALES), e com a intervenção da personagem LÍDIA BRAGANÇA (DEDINA BERNARDELLI), sua mãe.

Mais que óbvio, não cabe, aqui, qualquer “spoiler”, a fim de não estragar a surpresa para os que ainda não viram a peça, razão pela qual preciso ser bem comedido e atento, ao escrever a sinopse da peça. Geralmente, não me importo – digo com relação a mim - com “estraga-prazeres”, uma tradução bem próxima de “spoiler”, entretanto, neste espetáculo, particularmente, eu não perdoaria a quem me contasse a história, até seu final. Menos, ainda, com detalhes.









SINOPSE:

         DANIEL (CIRO SALES), renomado arquiteto, e MURILO (BRUNO CABRERIZO), escritor, em crise existencial, quanto à profissão, formam o que se poderia chamar de um casal perfeito.

Os dois demonstram se amar muito.

Moram numa casa sofisticada e têm amigos divertidos, como o agente literário de MURILOBARTHÔ DUARTE (ALEXANDRE LINO) e o jovem idealista FRED (JOSÉ PEDRO PETER), o recém-namorado daquele (Há uma grande diferença de idade entre os dois; BARTHÔ se interessa sempre por “novinhos”.).

DANIEL e MURILO são os anfitriões de um jantar, preparado por DANI, com fama de ótimo cozinheiro, oferecido aos dois amigos, os quais estavam se relacionando havia duas semanas apenas.

Era a primeira vez que o casal de protagonistas estava vendo e conhecendo FRED.

MURILO não acredita em casamento “gay” nem acha que a oficialização desse tipo de relacionamento alteraria alguma coisa na vida do casal.

Ao contrário, casar, no papel, oficialmente, era o grande sonho de DANIEL, a ratificação e a complementação de uma relação homoafetiva perfeita, o que gerava pequenos atritos, entre os dois, sempre que o assunto vinha à tona.

Para contribuir com a trama, de forma bem marcante, entre em cena LÍDIA BRAGANÇA (DEDINA BERNARDELLI), uma mulher sofisticada, rica e de fino gosto, mãe de DANIEL, que não é muito querida pelo filho, o qual tinha lá seus motivos para isso, embora ela aceitasse e apoiasse, totalmente, a orientação sexual do filho e gostasse muito do genro.

LÍDIA aprovava o casamento dos dois e torcia muito por isso, o que irritava bastante DANIEL.

Acontece uma fulminante reviravolta na vida do casal de protagonistas e MURILO não é mais capaz de reparar, modificar, suas escolhas.

A partir disso, não convém adiantar mais nada, a não ser chamar a sua atenção para o embate, por amor, entre o “marido” do DANIEL e LÍDIA, que levará a um desfecho surpreendente e emocionante.









Enquanto iniciava a escrita desta crítica, estava pensando num pequeno detalhe, talvez, desimportante, despercebido por quase todos, mas que me leva a uma reflexão, que, até, pode parecer, e ser mesmo, tola. Trata-se da questão dos sobrenomes dos personagens, sua presença ou ausência, no texto. Apenas em dois, eles aparecem: o BRAGANÇA, sobrenome pomposo, da mãe de DANIEL, por ser uma mulher que ocupa um espaço de destaque na sociedade, e o DUARTE, de BARTHÔ, em virtude de este ser um profissional bem conhecido e respeitado no meio literário, uma espécie de “nome artístico”. Os protagonistas não têm seus sobrenomes revelados, porque, talvez, seja intenção do autor mostrar que existem muitos “murilos” e “daniéis” pelo mundo. No caso de MURILO, também, em função de não se acreditar um artista das letras. FRED também não deve ter recebido sobrenome em função de sua meteórica passagem pela vida de BARTHÔ. A peça mostra isso. Será que me afastei muito do chão e voei alto? Não me importa. Apraz-me esse tipo de exercício de interpretação.

Sem intenção de dar “spoiler”, se já não ouviram falar em “síndrome do encarceramento”, deixem para ler sobre isso depois de terem assistido à peça.

            Só sei que, deixando o Teatro Petra Gold, naquela noite de 22 de janeiro próximo passado, dirigi até a minha casa com o pensamento fixo na peça. E chorei. Sim, chorei. O forte que eu quis ser, na plateia, cedeu o lugar a um homem sensível e empático, que sou e procuro ser. Eu desmoronei, no banco do carro. Não conseguia pensar em outra coisa. Custou-me um pouco pegar no sono e, no outro dia, acordei ainda muito impactado com o que vira na noite anterior. Uma experiência inesquecível, que voltarei a experimentar, mesmo sabendo que vou sofrer de novo, quando for rever o espetáculo, para o que já estou me programando.

        Os brasileiros – sim, porque tenho certeza de que o espetáculo haverá de ser encenado em outras praças -, não só os cariocas, merecem assistir a ele. Devemos a alegria de conhecer esta peça a JOSÉ PEDRO PETER, que viu, em outubro de 2018, “Daniel’s Husband” (título original), no Westside Theatre, circuito “Off-Broadway”, quando a peça já era, por lá, um grande sucesso de público e de crítica, apaixonou-se pelo texto, comprou seus direitos de montagem no Brasil, encarregou-se traduzi-lo e se empenhou na sua encenação, ou seja, na concretização de um sonho, pelo que lhe seremos eternamente gratos.






Segundo PETER, que, além de ser o tradutor do texto e vive, no palco, o personagem FRED, “Fiquei emocionado com a forma sensível da abordagem do tema”, um dos motivos que me movem a escrever esta crítica.

       Considero irretocável esse texto, um dos melhores com os quais tive contato, nos últimos tempos, concordando com JOSÉ PEDRO PETER, pela sensibilidade do dramaturgo, por sua capacidade de construir teias intermináveis e tecidas nos mínimos detalhes, o que é capaz de manter o público completamente atento às ações e demonstrando muita empatia pelos cinco personagens. Isso é muito difícil de acontecer. Se, tecnicamente falando, a peça conta com dois protagonistas, há protagonismo em todos os cinco em cena, de uma certa forma.

            Que texto lindo!!! Nada de vulgaridades, de histrionismos, de caricaturas.

Outro detalhe muito importante e extremamente curioso, o qual, inclusive, é expresso na peça, no texto da peça, e que é a mais pura verdade, é que MICHAEL MCKEEVER, também ator e “designer” premiado, com seu talento dramatúrgico, inteligência, perspicácia e uma dose saudável de senso de humor, que apurei ser uma constante em suas outras produções dramáticas, criou uma situação, construiu cenas e diálogos, concebeu uma peça em que não se pode dizer, diante de uma “contenda”, que, em tal embate, para provar um grau de amor, exista a figura de um “mocinho” e de um “bandido”. Não há, realmente, antagonistas. Não existe quem esteja certo ou errado. O maniqueísmo não passa nem por perto, embora se possa pensar nele, de vez em quando, numa ou noutra cena. Mas ele “não se cria” e desaparece, como uma nuvem de poeira, no ar.

Em “O MARIDO DO DANIEL”, não há vencedores nem vencidos; todos, com a melhor das intenções, saem feridos, machucados, com marcas, indeléveis, de um sofrimento que não foi buscado, não foi desejado, mas imposto pela crueldade de um destino, para os que nele acreditam.






Manifesta-se o diretor, GILBERTO GAWRONSKI: “O texto transcende uma questão que seria dentro da perspectiva de uma peça ‘gay’. Para mim, não existe essa definição como gênero teatral. Existe, sim, uma literatura Queer, que está em cena. O espetáculo fala sobre qualquer tipo de relacionamento: mazelas e vantagens de uma proteção legal, para qualquer forma de amor”.

Fiel à declaração acima, GAWRONSKI não se apoia em muletas que sustentam a temática “gay” e que poderiam render uma boa bilheteria, de forma apelativa, apostando na exploração de um relacionamento homoafetivo. GIBA percebeu, claramente, a intenção do autor e explora, enfática e intencionalmente, a luta, entre duas pessoas bem intencionadas, na tentativa de, por meio de um amor, impossível de ser mensurado e comparado, porque são diferentes, tornar menos pesado o fardo que fora destinado a DANIEL.

Cada personagem é muito diferente do outro e isso fica patente, em cena, pelo talento de cada um do quinteto e, também, e muito, pelo trabalho de direção, que controla o avanço e o recuo de cada um, dosando as emoções e as ações dos personagens. Percebemos que, durante o processo de criação do espetáculo, a direção levou os atores a construir cada cena mentalmente, antes de tentar fazê-la. Isso leva o ator a saber jogar com o público, saber entendê-lo e fazer-se entendido. Um belíssimo trabalho de direção!!!
  
De nada, ou pouco, valeriam um texto primoroso e uma direção corretíssima, se não houvesse um bom elenco, para contar a história. A escolha dos cinco nomes foi perfeita. O entrosamento entre os atores é aquilo que se espera de um elenco ideal. Transborda, de cada um deles, tudo o que deve fazer parte da bagagem de um bom profissional da interpretação. De forma bem natural, todos conseguem passar a emoção de seus personagens, com bastante “fé cênica”, o que equivale a ser, mais do que parecer ser, ou seja, fazer com que a cena pareça real, colocando-se, de corpo e alma, na pele, no lugar do personagem.  Há um comprometimento total com o papel que representam. Expressam-se, magnificamente bem, por meio dos silêncios; sabem explorar a quarta parede, como é uma proposta da peça; fazem uso, com maestria, na dosagem exata, das pausas dramáticas; entendem o que estão dizendo, não apenas repetindo um belo texto decorado. Todos demonstram uma enorme paixão pelo que estão fazendo, um amor muito grande por seus personagens. Todos, sem exceção, demonstram um total domínio do espaço cênico e, para encerrar, nos fazem esquecer que estamos diante de um ator interpretando um personagem e nos convencem de uma “verdade ficcional”.






Há uma grande dose de cumplicidade profissional, de parceria e generosidade, entre todos, o que resulta num fascinante espetáculo de TEATRO.

CIRO SALES, cuja carreira acompanho desde seu nascedouro - e não me arrependo -, nos brinda com um excelente trabalho, emocionante e num grau de profissionalismo que se aprimora, a cada novo projeto de que faz parte. Seu DANIEL é cativante, carismático, convincente... O autor escreveu, o diretor orientou e o ator obedeceu: Pela arte e o talento de CIRO, DANIEL não nos provoca piedade, mas muito amor; por um semelhante desafortunado.

De BRUNO CABRERIZO, cujo trabalho, repito, eu não conhecia, não me ficou a impressão de mais um “bonitinho ator global” (Sinto até vergonha de usar tal expressão, infelizmente, aplicável a tantos galãs da telinha.), que foi escalado para atrair público, mas sim a certeza de que conheci mais um ótimo ator (de TEATRO), com uma carga dramática à flor da pele, num trabalho bem visceral, que me leva a incluí-lo no meu particular, e restrito, rol dos verdadeiros atores de TEATRO, que é, exatamente, o lugar onde os reais talentos da arte dramática nos são revelados.

Falar sobre ALEXANDRE LINO é arriscar-se a cair na mesmice de sempre: ótimo ator, eclético, que transita entre a comédia e o drama com a mesma facilidade e talento. LINO, um dos nomes mais conceituados e respeitados no meio artístico e entre o público, acostumado a representar protagonistas, prova que “coadjuvante” é o personagem, e não o ator, representando com a força e o vigor de um protagonista, desenvolvendo, com muita habilidade as características de seu BARTHÔ.

DEDINA BERNARDELLI, uma veterana dos palcos, também nos convence de que quantidade e qualidade não devem ser confundidas. Suas aparições não são tantas, porém muito marcantes. A personagem vai crescendo, na trama, da metade da peça em diante, e ganhando uma proporção não imaginada pela plateia. Fazia tempo que não a via atuando e afirmo que, na minha visão, este é o seu melhor desempenho, numa personagem coadjuvante “de luxo”.

Outra grata surpresa, para mim, pelo menos, foi a atuação de JOSÉ PEDRO PETER, que eu também não conhecia, o qual representa o mais coadjuvante dos personagens, mas o faz de forma muito correta, tanto quando é apresentado como o meteórico namorado de BARTHÔ, um pouco, digamos, alienado e deslumbrado, como na fase final da peça, quando o personagem, numa postura bem mais madura, executa uma função profissional, a sua forma de ganhar o pão de cada dia, que não revelarei, para aguçar a imaginação dos que me leem e não dar pistas para um “spoiler” certeiro.






Com a função de “stand-in”, ainda faz parte da trupe TOM PIRES, o qual não vi atuando neste espetáculo.

Está de parabéns todo o homogêneo elenco do espetáculo!!!  
CLÍVIA COHEN assina um cenário muito “especial”. É simples, porém tem uma importância muito grande na peça. Poucos elementos em cena, na sala de estar de uma casa – creio que um apartamento – bem relacionada a um espaço habitado, e decorado, por um arquiteto. Tudo muito “clean”. A base da cenografia é um sofá modulado, ocupando o centro do palco, móvel este que, a partir de um determinado momento, vai sendo desmembrado, desmantelado, espalhado pela sala, uma metáfora do que passa a ser a vida daquele casal, até então, perfeito. O ambiente, a princípio, é muito limpo e organizado, mas vai sofrendo modificações, proporcionais ao desmoronamento de uma linda relação homoafetiva, que não dependeu da vontade do casal protagonista. Uma mesa, uma vitrola, que reproduz sucessos de Cazuza, em vinil. Uma descomunal moldura, vazada, quase no proscênio, de um quadro que fora pintado pelo pai de DANIEL, muito bem explorada pela direção. Ao fundo, uma moldura bem menor, representando uma janela (?).

Os figurinos foram criados por HUMBERTO CORREIA e estão bem de acordo com as personalidades dos cinco actantes. Os personagens masculinos se vestem num estilo moderno, “casual”; LÍDIA usa trajes refinados e mais clássicos, um pouco sóbrios.

A iluminação, criada por FELÍCIO MAFRA, também conhecido, no meio artístico, como RUSSINHO, acompanha a intensidade das ações e cumpre bem a sua função.

Ainda preciso falar da importância e adequabilidade do visagismo, na peça, cujo responsável é FERNANDO OCAZIONE, e quero ressaltar o bom gosto de quem é responsável pela boa trilha sonora, cujo crédito fico devendo, por não constar na ficha técnica.








FICHA TÉCNICA:

Texto: Michael Mckeever
Tradução: José Pedro Peter
Direção: Gilberto Gawronski

Elenco (por ordem alfabética): Alexandre Lino, Bruno Cabrerizo, Ciro Sales, Dedina Bernardelli e José Pedro Peter
“Stand-in”: TOM PIRES

Cenografia: Clívia Cohen
Figurino: Humberto Correia
Iluminação: Felício Mafra (Russinho)
Visagismo: Fernando Ocazione
Fotos: Cristina Granato.
Produção: Barata Comunicação
Direção de Produção: Elaine Moreira
Assessoria de Imprensa: Barata Comunicação












SERVIÇO:

Temporada: De 15 de janeiro a 20 de fevereiro de 2020.
Local: Teatro Petra Gold (Antigo Teatro do Leblon – Sala Marília Pêra).
Endereço: Rua Conde de Bernadotte, 26 - Leblon, Rio de Janeiro - RJ.
Dias e Horário: 4ªs e 5ªs feiras, às 20h.
Valor dos Ingressos: R$80,00 (inteira) e R$40,00 (meia entrada).
Vendas “on line”: www.sympla.com.br
Classificação Etária: 14 anos.
Duração: 100 minutos.
Gênero: Comédia Dramática.









“O MARIDO DO DANIEL” é uma formidável comédia dramática de costumes, cujo objetivo maior é falar das mazelas e das proteções legais relativas aos relacionamentos, não deixando de ser, também, “uma ousada reflexão sobre amor, compromisso e família”.

Fui assistir à montagem com um determinado grau de expectativa, não tão elevada, confesso, e fiquei deslumbrado, impactado e muitíssimo emocionado com o lindo e comovente trabalho que vi em cena.

Vocês, os que ainda não viram a peça, não fazem a menor ideia da maravilha a que assistirão, e os que já tiveram esse prazer devem concordar comigo. Assim espero.

Recomendo, com o maior empenho, o espetáculo e espero revê-lo muito em breve.




(FOTOS: CRISTINA GRANATO.)


(GALERIA PARTICULAR.
FOTOS MARISA SÁ:)




 


Com o querido amigo Alexandre Lino.

Com o querido amigo Ciro Sales.


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