sexta-feira, 1 de novembro de 2019


SYLVIA

(“O QUE DÁ PRA RIR
DÁ PRA CHORAR”.
ou
UMA COMÉDIA NO TOM CERTO.)



            Depois de grande sucesso, em São Paulo, com casas lotadas e total aprovação do público, além de elogios da crítica, chegou, ao Rio de Janeiro, para curta temporada, uma deliciosa comédia romântica, a qual, de saída, já recomendo, na certeza de que os que me leem haverão de concordar comigo. Chama-se “SYLVIA” e está em cartaz no Teatro PetroRio das Artes (VER SERVIÇO.).

            Comecemos pela sinopse da peça, inserida no “release”, enviado por JULYANA CALDAS (JC ASSESSORIA DE IMPRENSA).








SINOPSE:

KATE (CLÁUDIA VENTURA) é uma professora universitária, de literatura, com uma carreira promissora, à procura de atrair mais luzes para o seu trabalho.

Ao chegar a casa e se deparar com a presença de SYLVIA (SIMONE ZUCATO), age de forma extremamente negativa e pede ao marido, GREG (ALEXANDRE DANTAS), um bem sucedido engenheiro de produção, que “se livre” dela.

Com muita dificuldade, ele tenta convencer a esposa a ficar com SYLVIA e, então, decidem que o motivo da discussão poderia ficar ali por alguns dias.

Era apenas isso o que ficara acordado entre o casal, entretanto GREG e SYLVIA, protetor e protegida, respectivamente, se apegam de tal forma, um ao outro, que, a partir disso, uma grande crise conjugal se instala, ou melhor, ganha potência, entre o casal, conquanto já vinha tomando forma, havia algum tempo.

SYLVIA passa a ser um empecilho naquela relação conjugal (mais um) e se transforma, ingenuamente (e não poderia ser de outra forma), no terceiro vértice de um “triângulo amoroso”.

GREG e SYLVIA passam mais e mais dias juntos, até que o homem decide largar o trabalho e aproveitar mais as coisas simples da vida.

Ele se dá conta de que, apesar de ser uma pessoa bem sucedida, seus dias são dedicados, exclusivamente, ao trabalho e que, por isso, deixou passar despercebidas muitas coisas de extrema simplicidade e importância na vida.

A tensão aumenta entre o casal, GREG se torna obcecado por SYLVIA e KATE teme por seu casamento.

SYLVIA ama GREG profundamente, no que é “correspondida”, e ambos demonstram isso da forma mais explícita possível.

Os conflitos, as incertezas e os sonhos desses personagens começam a mexer com um casamento de 22 anos.







            Um “triângulo amoroso”? Poderíamos, até, dizer que sim, porém não é o que possam estar pensando, uma vez que SYLVIA não é um “humano”; é uma cadela, que GREG encontrou na rua, mais precisamente, num parque, e resolveu levar para casa, o seu “ninho vazio”, com a intenção de  ampará-la, dar-lhe um lar, com amor, carinho e atenção. Na verdade, para preencher o seu vazio interior. Um “triângulo amoroso”, que fica só no terreno do sentimento. “Amor” entre dois seres humanos (KATE e GREG) e amor (GREG e SYLVIA) e desamor (KATE e SYLVIA), entre um humanoide e um animal “irracional” (Será?). Muitas vezes, o amor entre um ser humano e um animal diferente pode ser até mais sincero e profundo que aquele entre dois iguais, humanos.

            A peça foi encenada, pela primeira vez, no circuito Off-Broadway, em 1995, tendo como protagonista nada menos que a grande atriz Sarah Jessica Parker, interpretando a personagem, SYLVIA. Em 2015, teve sua reestreia na Broadway, com Annaleigh Ashford, no papel principal desta comédia. Sim, “SYLVIA” é uma deliciosa comédia romântica, que leva o espectador a dar boas gargalhadas, até o desfecho, o qual é, de certa forma, surpreendente, provocando muita emoção no público. Não raro, algumas pessoas chegam às lágrimas. Eu, por exemplo, amante dos cães.

            Como “o que dá pra rir dá pra chorar” (Billy Blanco, em “Canto Chorado”), apesar de ser uma fantasia deliciosamente divertida”, também abre espaço para “uma visão psicológica da crise de um homem de meia idade, da síndrome do ninho vazio e da importância de um cachorro dentro de uma família”. (Os trechos destacados foram pinçados do já referido “release”.).





            O autor do texto original é A. R. GURNEY (Albert Ramsdell Gurney Jr.), dramaturgo e romancista norte-americano, falecido em 2017, aos 86 anos de idade. No Brasil, ganhou tradução de SIMONE ZUCATO, que interpreta a protagonista e é, também, a produtora e idealizadora do projeto.

            Não é a primeira vez que a peça é encenada no Brasil, já que havia sido montada em 2002, dirigida por Aderbal Freire-­Filho, tendo Louise Cardoso no papel-título. Lá se vão 17 anos e creio que a proposta do texto ganha maior relevância agora, se considerarmos o espantoso crescimento que envolve o mercado dos animais de estimação (Tenho verdadeira ojeriza ao termo “pet”!!!), o que acabou gerando um aquecimento na economia, por mais incrível que isso possa parecer, e mostra o quanto o ser humano evoluiu em termos de um melhor relacionamento com os animaizinhos, os quais “passaram a fazer parte da família”. É comum, muito comum mesmo, as pessoas se referirem a seus cães, gatos e outros animais como “meu/minha filho/filha”, sem que isso cause qualquer constrangimento a quem quer que seja, inclusive àqueles que não são tão amantes dos bichos. É verdade, também, que, muitas vezes, alguns donos, ou “pais", dos animais de estimação exageram no tratamento a eles, como se humanos fossem. Isso, de certa forma, ocorre, na peça, na relação GREG / SYLVIA.

            Por se tratar de uma fantasia, o autor tomou a si a liberdade e o direito de fazer com que a cadelinha “falasse”. De início, sem saber nada sobre a peça, o espectador pode ficar, por pouco tempo, sem entender bem quem é SYLVIA, uma vez que a personagem se apresenta na forma humana, sem qualquer caracterização canina, e em função de um texto inicial meio dúbio, propositalmente. Mas, logo, a identidade da personagem é captada e é só o público entrar no jogo do “faz de conta” e se divertir muito.



  


            Se percebermos, com atenção, iremos constatar que uma das intenções principais do autor é não estabelecer diferença entre o Homem e os animais “irracionais” (Mais uma vez: Será que o são? Para mim – só para registro -, os cães é que são a verdadeira obra-prima de Deus. #prontofalei.). A reboque, vêm outras, como chamar a atenção para a “solidão a dois”, representada pelos 22 anos de casamento de duas pessoas, dois “seres humanos”, numa relação desgastada por tantas causas: o excesso de trabalho e responsabilidades; as cobranças mútuas; a pressão externa, influenciando na vida particular das pessoas; a síndrome do “ninho vazio”, depois que os filhos saem de casa e vão morar sozinhos, investidos de uma autonomia, nem sempre sustentada por muito tempo; a necessidade que o ser (dito) humano tem de estar sempre se reinventando...

            Com relação à dramaturgia, esta, a meu juízo, é muito bem construída, do ponto de vista estrutural, ainda que simples e, aparentemente, despretensiosa, marcada por diálogos, inseridos num contexto – isso tem de ficar bem claro -, que provocam muitas gargalhadas, no espectador que se deixa mergulhar na fantasia, porém essa mesma dramaturgia é capaz de, num repente, ao final da peça, dar uma guinada de 360°, e provocar lágrimas, principalmente naqueles que se identificam com o personagem GREG, quanto ao amor por seu animal de estimação. O autor se fixa bastante no aspecto da relação entre o homem e a cadela, e aborda, um pouco diretamente, ou nas entrelinhas, outros problemas, sem se aprofundar muito neles, o que não acho um erro, e sim uma provocação, para que os espectadores reflitam sobre eles e cheguem, sozinhos, a suas conclusões.

            No que diz respeito à direção, penso que GUSTAVO WABNER encontrou o melhor ponto de equilíbrio, em seu trabalho, conduzindo o enredo de forma bastante criativa e com o cuidado de explorar o potencial de seu excelente elenco, cada personagem alcançando extremos comportamentais, sem, contudo, cair nos clichês e estereótipos. Por exigência do texto, a peça tem de passar, ao público, de forma bem definida, o estilo de vida típico de uma família norte-americana, mas que pode se aplicar também a nós, brasileiros, para o que o diretor atentou, sem, apelar para exageros. Na verdade, aquele “non sense” que se vê no palco é apresentado de uma forma muito natural. WABNER, generosa e acertadamente – e isso merece aplausos, porque nem sempre acontece - cria condições para que os atores se coloquem em posição de destaque, mantendo-se em seu correto lugar, de orientador, de encenador.





            O cenário, de CAMILA SCHMTZ, pareceu-me bastante adequado ao texto. Sem ostentações, representa, com bastante precisão, a sala de estar de uma família norte-americana de classe média (Alta?), de muito bom gosto, com móveis bonitos, em cores vivas, tendo, ao fundo, uma saída para o que me pareceu ser um quintal arborizado ou um jardim de inverno. Os postes de luz, dentro da sala, são um detalhe interessante e, a princípio, intrigantes, porém a sua existência ali, no decorrer da peça, é explicada. Ponto positivo para a encenação. O mesmo se aplica aos figurinos, de MARCELO MARQUES, sóbrios e correspondendo, perfeitamente, à personalidade de quem (Aqui, incluo SYLVIA.) os veste. Não há muito o que dizer acerca da iluminação, idealizada por WAGNER FREIRE, a não ser que se aplica, sem grandes variações e detalhes, à proposta da peça. SUELI GUERRA faz um bom trabalho de direção de movimento, e DANIEL MAIA assina uma agradável trilha sonora.

            Para o final, reservei os comentários direcionados ao elenco, muito afinado, diga-se de passagem. Na versão carioca, houve duas substituições. O casal ALEXANDRE DANTAS e CLÁUDIA VENTURA interpretam os personagens vividos, em São Paulo, por Cássio Scapin e Françoise Forton. Substituições, num elenco, são sempre algo que pode despertar dúvidas e preocupações. Pode dar certo ou não. Ainda que não tenha assistido à peça com Scapin e Forton, estou seguro de que foi muito bem feita a escolha do casal de substitutos. Começando por eles, digo-lhes que acompanho o trabalho da dupla e, a cada novo projeto em que atuam, juntos ou separados, mais os aprecio em cena. Talvez pelo fato de serem casados, na vida real, sem deixar de lado, evidentemente, o talento individual de ambos, há uma química perfeita entre os dois, uma intimidade totalmente necessária, no TEATRO, e, especificamente, entre o casal de personagens desta peça.





            O GREG, de ALEXANDRE, talvez pudesse levá-lo a uma interpretação comum e voltada para o ridículo, apesar de se tratar de uma fantasia, não fosse ele muito competente no seu ofício. O personagem cai nas graças dos espectadores, principalmente daqueles que amam os animais e, em particular, os cães, como eu, exatamente por sua interpretação, até certo ponto, contida, embora, em muitas cenas, possa-se pensar que ele, o personagem, esteja exagerando, nas suas ações e falas, passando a imagem de um “homo sapiens” que sabe pôr em pratica sua humanidade e que, como autodefesa, para se livrar do tédio, provocado pela síndrome do “ninho vazio”, vê, numa cadelinha abandonada (como ele), a possibilidade de encontrar estímulo para viver e fazer novas descobertas; em resumo, reinventar-se. Com o “voo” dos filhos, GREG sente que perdeu um pedaço de si e encontra-o numa frágil e graciosa cadelinha. Faz de tudo para convencer a mulher, que odeia cães e que só se preocupa com sua ascensão profissional, a aceitar a “adoção de uma filha”, batalha difícil de travar e, mais ainda, de vencer, embora... (“Spoiler” não!!!).




  
            O talento de CLÁUDIA VENTURA faz com que ela valorize bastante a sua personagem, uma mulher que chega à meia-idade, já livre das atribuições de mãe, voltada, quase que unicamente, para a sua profissão, sem dar a devida atenção ao marido. Com a “intromissão” de SYLVIA, na sua “vida conjugal”, ela acaba por se sentir ameaçada, quando percebe que o marido passa a dar mais atenção a uma cachorrinha do que a ela, sem se dar conta, porém, de que isso, no caso dos dois, era recíproco. Completamente perturbada com a presença de SYLVIA, KATE “declara guerra” contra a “inimiga” e não mede esforços, até utilizando as mais estranhas e radicais estratégias para conseguir se ver livre da “rival”, tais como mudar-se para Londres, usando, como muleta e desculpa esfarrapada, um curso naquela capital, e indo em busca de um apoio terapêutico, via psicanálise, momento, na peça, muito engraçado, embora, paradoxalmente, não tivesse nada para isso.

            E o que dizer sobre RODRIGO FAGUNDES? Muito!!! O difícil é começar. Sem dúvida, um dos nossos melhores atores que se aplicam à comédia, embora também se saia bem em papéis dramáticos, coisa rara, porém, na sua carreira, RODRIGO brilha, em “SYLVIA”, ratificando seu talento, com um dos melhores “timings” para a comédia, dentre os atores que conheço, sem falar na sua facilidade de improvisar, com “cacos” muito bem colocados, os quais, certamente, não desagradam aos autores e diretores, porque, até para fazer uso deles, o talento é indispensável. Com muita facilidade para criar tipos, aqui, ele vive três personagens, duas mulheres, inclusive, totalmente diferentes. Nestas, o ator se destaca e consegue roubar as cenas, sem desmerecer, em absoluto, o trabalho dos colegas que contracenam com ele. Aparece como TOM, amigo de GREG e também amante de cachorros (Os dois passeiam, juntos, com os seus, no parque.); SÔNIA CUNHA, uma amiga rica de KATE, a qual, como a “mulher” de GREG, odeia cães, e NADIR, uma psicóloga muito “estranha”, que “diz boas verdades”, como ressalta o próprio RODRIGO. A peça é romântica, sim, porém, acima de tudo uma comédia, uma deliciosa comédia, que ganha robustez nas cenas em que RODRIGO FAGUNDES está presente. Além de tudo, de seu talento, de sua veia cômica, de grande calibre, o ator ainda é dono de um carisma incomensurável, construído, ao longo dos anos, principalmente, por alguns de seus personagens na TV, onde marcou território com seu Patrick e o bordão “Olha a faca!”. Nas duas personagens femininas, FAGUNDES leva o público ao delírio, aplaudido em cena aberta, por serem, ambas, hilárias, principalmente a SÔNIA CUNHA, viciada em álcool.





            SIMONE ZUCATO é merecedora de todos os aplausos, primeiramente, pela coragem, nos dias sombrios de hoje, para o TEATRO e as artes, em geral, de focar num grande projeto e erguer um espetáculo como “SYLVIA” e, também, por sua atuação na pele da protagonista, personagem à qual ela se entregou e interpreta de forma excepcional. É visível o seu crescimento, ao longo da peça. A personagem começa meio “fora da caixinha’, deslumbrada, diante de um universo novo para ela, amparada por alguém bem diferente de quem a abandonara, “cética” (Os “irracionais” também o são. Por que não?), e vai conquistando o amor e atenção de seu novo “dono” e a simpatia (Ou seria “empatia”?) da plateia. Deve ter sido um grande desafio, para a atriz, vestir-se de uma personagem já interpretada por uma atriz do gabarito de Sarah Jessica Parker, porém parece que isso não pesou no seu trabalho. Como SIMONE, SYLVIA é muito carismática, misturando pureza, inocência, candura, humor delicado e uma certa fragilidade emocional, que, às vezes, desaparece, quando, direta ou indiretamente, a personagem diz coisas que causam incômodos a quem não gostaria de ouvi-las. Não é mesmo, KATE? Fiquei muito impressionado com sua atuação, valorizada pela postura física, de um humano, e pela falta de caracterização. Representar uma cadelinha de forma não estereotipada ou clássica, sustentada por duas pernas, com trajes de gente, sem qualquer maquiagem e tendo de fazer com que a plateia “veja” uma cadelinha em cena não é tarefa para qualquer atriz. Caricatura é coisa que passa na outra calçada de uma larga avenida, quando se fala na interpretação de SIMONE ZUCATO, como SYLVIA. O amor de um cão por seu “dono” é incondicional. Os cães só desejam ser amados e poder contar com a atenção de quem cuida deles. Esse tipo de amor é, exatamente, o que SIMONE nos mostra.








FICHA TÉCNICA:

Texto: A. R. Gurney
Tradução: Simone Zucato
Direção: Gustavo Wabner

Elenco: Claudia Ventura (Kate)Rodrigo Fagundes (Tom, Sônia Cunha e Nadir), Simone Zucato (Sylvia) e Alexandre Dantas (Greg)

Cenário: Camila Schimtz
Figurino: Marcelo Marques
Iluminação: Wagner Freire
Trilha Sonora: Daniel Maia
Preparação Vocal: Edi Montecchi
Direção de Movimento: Sueli Guerra
Visagismo: Tainá Lasmar
Social Media: Deivid Andrade
Programação Visual: Victor Hugo Cecatto
Fotografias: Victor Hugo Cecatto
Assessoria de Imprensa: Julyana Caldas – JC Assessoria de Imprensa
Assistente de Direção: Chris Penna
Assistente de Cenografia: Sheila Zago
Administração Financeira: Victor Fioravanti
Assistente de Produção: Amanda Leones
“Marketing” Cultural: Rodrigo Medeiros e Gheu Tibério
Diretora Técnica: Débora Zats
Camareiras: Cycy Kalpakian e Leila Viana
Operador de Som: Rafael Junqueira
Operador de Luz: Marcelo Andrade
ContrarregraRafael Alexandre
Captação de Recursos: Gheu Tibério
Leis de Incentivo: Sodila Projetos Culturais 
Contabilidade: Beltrame Contabilidade
Direção de Produção: Simone Zucato
Idealização: Simone Zucato
Realização: SPZ Produções Artísticas










SERVIÇO:

Temporada: De 09 de outubro a 14 de novembro de 2019.
Local:Teatro PetroRio das Artes.
Endereço: Rua Marquês de São Vicente, 52 (Shopping da Gávea – 2º piso) – Gávea - Rio de Janeiro. 
Dias e Horários: 4ªs e 5s feiras, às 21h.
Valor dos Ingressos: R$70,00 e R$35,00 (meia entrada).
Duração: 80 minutos.
Classificação Etária: 12 anos.
Vendas pelo “site” Divertix.
Gênero: Comédia Romântica.






            “SYLVIA” é uma peça voltada para a família, porque fala de relacionamento familiar, mas, também, dirige focos marcantes para a necessidade de mais tolerância e humanização, por parte das pessoas, e põe luzes e cores berrantes sobre a importância do amor, de uma forma geral, além de ser um espetáculo com uma produção cuidadíssima, que respeita o espectador, e um grande entretenimento, justificando a ida ao Teatro, sem falar no fato de ser um agente provocador de reflexões sobre temas que, de há muito, fazem parte de um cardápio de preocupações do ser humano, na sociedade moderna, tais como a crise da meia-idade; a necessidade de afirmação profissional; um comportamento emocional considerado “normal”; as cíclicas crises conjugais; a independência dos filhos, gerando a já tão citada, aqui, “síndrome do ninho vazio”, que vem ocorrendo cada vez mais cedo; a solidão a dois; e o relacionamento, sem distinção, entre o Homem e os outros animais.

            Pelo exposto, motivos não me faltam para recomendar o espetáculo, sem pestanejar, já pensando numa oportunidade de poder revê-lo.





 E VAMOS AO TEATRO!!!


OCUPEMOS TODAS AS SALAS DE ESPETÁCULO DO BRASIL!!!


A ARTE EDUCA E CONSTRÓI!!!


RESISTAMOS!!!


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TEATRO BRASILEIRO!!!


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(FOTOS: VICTOR HUGO CECATTO.)




(GALERIA PARTICULAR:

FOTOS: GILBERTO BARTHOLO.)



 


























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