segunda-feira, 27 de março de 2017


SOBRE RATOS

E

HOMENS

 

(“TEATRÃO”,

COMO, HÁ MUITO TEMPO,

NÃO SE VIA POR CÁ.

ou

SOBRE OS LIMITES

E AS IMPLICAÇÕES

DA AMIZADE

E DA FORÇA.

ou

“EU QUERIA TER NA VIDA,

SIMPLESMENTE,

UM LUGAR DE MATO VERDE,

PRA PLANTAR E PRA COLHER.

TER UMA CASINHA BRANCA,

DE VARANDA,

UM QUINTAL E UMA JANELA,

PARA VER O SOL NASCER”.

– Peninha.)







     Depois de uma longa espera, finalmente, os cariocas estão podendo assistir a um espetáculo tão aguardado, que ficou muito tempo em cartaz, em São Paulo, merecedor de muitos prêmios. A peça em questão é “SOBRE RATOS E HOMENS”, em cartaz no Teatro I, do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), de 4ª feira a domingo, às 19h, até o dia 30 de abril (2017).

            A peça é uma criação do grande escritor norte-americano JOHN STEINBECK (1902 / 1968), Prêmio Nobel da Literatura, em 1962, publicada em 1937. Na verdade, surgiu como um romance, ao qual o próprio autor resolveu dar forma para o TEATRO, no mesmo ano de sua publicação. Além do Nobel, STEINBECK também recebeu um Prêmio Pulitzer.

            A história já ganhou várias versões, no cinema e na TV, e já foi encenada em muitos países, em diferentes idiomas. No Brasil, além de algumas adaptações para teledramas, ficou célebre uma montagem teatral, há 60 anos, dirigida por Augusto Boal, sua primeira direção, para o emblemático Teatro de Arena, com Gianfrancesco Guarnieri, José Serber, Nilo Odália, Riva Nimitz, Mílton Gonçalves, Geraldo Ferraz, Nelo Pinheiro, Salomão Guz, Sérgio Rosa e Taran Dach.

A peça, inédita no Rio de Janeiro, chega aqui, trazendo, na bagagem, muitos prêmios, como o APCA, de Melhor Espetáculo de Teatro; o Cenym, da Academia de Artes no Teatro do Brasil, de 2016, como Melhor Espetáculo Teatral, Melhor Qualidade Técnica, Melhor Direção de Arte, Melhor Iluminação e Melhor Cenografia; o de Melhores do Ano do Guia da Folha – Voto Popular: Melhor Estreia de Teatro.






            O título da peça (“Of Mice and Men”) surgiu, baseado em versos do poeta Robert Burns, que traduzem a sua essência: Os projetos mais bem elaborados, sejam de ratos, sejam de homens, fracassam, muitas vezes, e nos fornecem só tristeza e sofrimento, em vez do prêmio prometido.”

            A peça é um tratado do culto à verdadeira amizade, à fidelidade nas relações humanas e um chamado à percepção dos limites da força e do poder, além de tocar fundo na questão da tolerância.

            Não concordo com o “release” da peça, enviado pela assessoria de imprensa (CATHARINA ROCHA), quando diz que SOBRE RATOS E HOMENS transita entre a comédia e o drama...”. Não consigo enxergar, no texto, elementos de humor, a não ser algumas palavras e ações do personagem LENNIE, absolutamente patéticas, creditadas à sua condição de abobalhado, de seu retardo mental. Mas isso não é suficiente para rotular o texto como comédia. Trata-se de um grande drama, sim, feito em forma de um TEATRÃO, aqui empregado o termo apenas com conotação positiva.

            Dois personagens meio enigmáticos, uma vez que não se tem notícia de suas origens, menos ainda de como se iniciou aquela amizade nem de algum grau de parentesco que os una, nos dão uma lição de amor ao próximo, de companheirismo, de cumplicidade, de que tanto estamos carentes.

“No palco, os atores RICARDO MONASTERO e ANDO CAMARGO dão vida aos personagens GEORGE e LENNIE, respectivamente, uma oportunidade de viver sonhos, verdadeira amizade e a esperança de uma realidade mais acolhedora.

São duas pessoas bem diferentes: o primeiro é de raciocínio ágil e o outro, tão forte quanto ingênuo. Unidos pelo sonho de trabalhar, juntar dinheiro e comprar um pedaço de terra onde possam finalmente viver. São forçados a lidar com a realidade e só a verdadeira amizade permitirá que continuem sonhando”. (Extraído do já citado “release”.
 


           
         Em comoventes e irretocáveis interpretações, RICARDO e ANDO fazem parte de um excelente elenco, completado por NATALLIA RODRIGUES (MAE), TOM NUNES (CROOKS), CÁSSIO INÁCIO BIGNARDI (CURLEY), ROBERTO BORENSTEIN (CANDY), PEDRO PAULO EVA (CARLSON) e THIAGO FREITAS (SLIN), sob a magnífica direção de KIKO MARQUES. Desses, ROBERTO, PEDRO PAULO e THIAGO fazem suas estreias, no elenco, substituindo, respectivamente, Luiz Serra, Luciano Schwhab e Gustavo Vaz.

A respeito do texto, diz o diretor: “‘Sobre Ratos e Homens’ foi um dos primeiros romances que li em minha vida intelectual adulta. Não me lembrava disso. Também não tinha ideia da influência que o romance havia exercido sobre mim, até receber o convite para dirigir o espetáculo. Veio-me, então, à cabeça tudo o que senti, pensei e fiz a partir da história dos dois amigos e seu sonho e o quanto fui tocado por ela. Hoje, diante da tarefa de transpor esse encontro para o palco, entendo esses dois personagens e sua trajetória como parte do conteúdo arquetípico que nos forma. Assim como é impossível ler ‘Dom Quixote’ sem ter a certeza, desde as primeiras páginas, de já conhecermos, profundamente, aquele senhor magro, montado em seu cavalo, e seu fiel escudeiro, também em ‘Sobre Ratos e Homens’ é impossível não ter, para com LENNIE e GEORGE, uma afinidade onírica e um pacto de amizade eterna”.

Essas palavras, de KIKO MARQUES, justificam seu brilhante trabalho de direção, com uma leitura que não se afasta das intenções do dramaturgo, criando um espetáculo que mexe com o espectador, até o menos sensível. Não li o livro, mas creio que o que lá está escrito materializou-se, em cena, por conta da sensibilidade de KIKO, indiscutivelmente, um de nossos melhores diretores de TEATRO. Jamais assisti a uma direção sua que não merecesse a adjetivação de “obra-prima”.

Toda a densidade do texto, o que existe, nas entrelinhas, surge, como imagens diáfanas, graças ao trabalho de um diretor e a magistral atuação do elenco.
 

 
 
 

 
SINOPSE:
 
GEORGE (RICARDO MONASTERO) e LENNIE (ANDO CAMARGO) são dois amigos bem diferentes. O primeiro, de raciocínio ágil, e o segundo, tão forte quanto ingênuo, unidos pelo sonho de trabalhar, juntar dinheiro e comprar um pedaço de terra, onde possam, finalmente, viver.
 
Forçados a lidar com a realidade, só a verdadeira amizade permitirá que continuem sonhando.
 
A história se inicia com os dois fugindo de uma fazenda, cujos proprietários queriam punir, severamente, LENNIE, porque este, teoricamente, teria desrespeitado uma mulher. É que LENNIE tinha uma fixação por tocar tudo o que fosse macio e, completamente inconsciente de sua força física e, por consequência, de seus atos, quando não lhe permitiam os toques e as carícias, embrutecia-se e acabava por causar sérios danos materiais ao que estava tocando, a ponto de chegar a matar um ser vivo. Sua atitude agressiva, quando repelido pela mulher, quando apalpava seu vestido macio, gerou um mal-entendido. Achavam que ele estava tentando estuprá-la, daí a perseguição.
 
Sai, então, a dupla, peregrinando, em busca de uma outra fazenda, onde pudessem encontrar trabalho.
 
Uma vez parados, no caminho, para descansar, GEORGE notou que LENNIE estava escondendo algo, que nada mais era do que um ratinho morto. Apesar de adorar filhotes de animais e de querer ter sempre um, de estimação, o brutamontes, por força do seu retardo mental, acabava matando-os, em função de sua desproporcional e incontrolável força.
 
GEORGE obrigou-o a se desfazer do ratinho morto e passou a contar-lhe os planos para o futuro: comprar um acre de terra, construir sua própria fazenda e, nela, criar galinhas, porcos, e o que LENNIE mais queria, coelhinhos. Também falavam da importância da amizade e da companhia que um fazia ao outro, do quanto um necessitava do outro. GEORGE, o cérebro; LENNIE, o corpo.
 
Acabaram, finalmente, chegando à tal fazenda, onde travaram conhecimento com outros peões, fazendo amizade com todos, à exceção do patrão, homem de má fama, um grande explorador, que estava aborrecido, por terem se atrasado na chegada, e o filho deste, CURLEY (CÁSSIO INÁCIO BIGNARDI), cópia fiel do pai, uma pessoa agressiva, insegura, casado, há duas semanas, com uma aspirante a atriz, MAE (NATALLIA RODRIGUES), a única mulher na fazenda, que se fazia prevalecer de tal prerrogativa, para suscitar o desejo nos machos, para o desespero do marido, o qual – depois, fica-se sabendo -, parece que não lhe dava a devida atenção, nem como esposo, nem como homem.
 
 
 
 
Uma maior aproximação da dupla se dá com o velho CANDY (ROBERTO BORENSTEIN), com quem dividem o tão almejado sonho de terra própria. Os dois quase não tinham dinheiro, mas CANDY oferece uma boa parte de suas economias, para fazerem uma sociedade. Precisariam, contudo, de um pouco mais de dinheiro, cuja solução estava no trabalho que iriam executar ali, por algum tempo, até que juntassem a quantia suficiente para a realização do sonho dos três.
 
Tudo poderia ter dado certo, se LENNIE, encantado com a maciez dos cabelos de MAE, numa das vezes em que ela invadiu o alojamento dos homens, “apenas para ter com quem conversar”, segundo ela, não a tivesse, acidentalmente, matado, quando a mulher achava que ele estava desejando-a, tentando possuí-la.
 
 
 
 
Um “tsunâmi” se formou na vida dos dois amigos, uma vez que, descoberto o “crime”, iniciou-se uma caçada de morte ao “assassino”, para fazer vingança, da forma mais cruel possível.
 
Todos se organizaram num grupo e partiram para a procura de LENNIE. GEORGE, porém, querendo poupar o amigo, que sabia ser inocente, usando de sua inteligência, propôs que o grupo se desfizesse e que cada um procurasse por um lado da propriedade, escolhendo o seu e tendo tomado o caminho de um lugar para o qual sempre mandava que LENNIE fosse, caso percebesse ter feito algo errado. Sabia que lá o encontaria. E assim se deu.
 
Reservo-me o direito de omitir o epílogo, que é surpreendente, triste, comovente...
 

 
 
 


ANDO CAMARGO dignifica o ofício de ator, ele, que, por tantas vezes, já mereceu meus contundentes aplausos.

Seu LENNIE é feito com tanta verdade, que emociona e provoca, no público, um sentimento que supera a comiseração. Dá vontade de pô-lo no colo, a despeito de seu tamanho, como se fosse um frágil bebê, totalmente inimputável.

Assim como o grande e fiel amigo, GEORGE, LENNIE é um homem sem instrução, de estirpe simples, ingênuo, de alma boa, acostumado ao trabalho braçal, pesado, das fazendas, indo da limpeza ao plantio, passando pela colheita e pelo trato com os animais. Só pensa em criar seus coelhos, porque são o protótipo do macio, da delicadeza, da fragilidade, que ele tanto apreciava.

É dotado de anormal força física, capaz de trabalhar por ele e por mais alguns homens, de transportar cargas pesadíssimas, porém, em função de um retardo intelectual e de uma profunda ingenuidade, é incapaz de controlar sua força física e seus instintos, quando contrariado. Seu comportamento infantil é o que move o coração da plateia. Sem qualquer esforço, nós o perdoamos.

O grande mérito de ANDO é não fazer um personagem caricato, o que seria muito comum encontrar em outros atores, dada a complexidade que há na sua construção. Já vi vários intérpretes, fazendo personagens na mesma linha, porém todos “pasteurizados”, como se saídos de uma linha de produção. Tudo igual. Parabéns ao ator, por sua criatividade, sensibilidade e capacidade de ser genuíno em sua criação!
 
 


RICARDO MONASTERO, com seu personagem, GEORGE, faz o grande contraponto, em relação ao de ANDO CAMARGO, com uma interpretação também digna de todos os elogios.

GEORGE supre a sua fraqueza física, em relação ao outro, com sua inteligência, perspicácia e, acima de tudo, consciência do mundo em que vive e de seus desejos. Pensa pelos dois, sente pelos dois, sofre pelos dois.

Cuida de LENNIE, afetuosamente e com o desvelo de um pai, como se lhe tivesse sido confiado tal fardo. Mas ele o faz, reclamando, sim, porém só da boca para fora. No fundo, por amor, respeito e tolerância, com relação àquele próximo, sente-se feliz na companhia do amigo.

Sua maior preocupação, além de pensar num lugar para viverem felizes e tranquilos, na velhice, era cuidar que LENNIE não fizesse “coisas erradas”, que pudessem pôr a perder os planos para uma vida digna e feliz.

            O personagem é pleno de uma determinação e de uma capacidade de se colocar no lugar do outro. Para mim, foi um raro prazer ver RICARDO vivendo esse personagem, de uma forma tão robusta e verdadeira.
 
 
 

            O denominador comum aos dois personagens é o grau de marginalidade em que vivem, sempre à cata de emprego, mendigando por migalhas, pela subsistência, e o sonho da terra própria, o que, na época, era difícil de ser alçançado, pelo fato de os Estados Unidos estarem mergulhados na Era da Grande Depressão (1929-1939). O que ganham mal dá para a alimentação, sobrando-lhes muito pouco, ou quase nada, para a realização do grande sonho.

            Que belo trabalho faz ROBERTO BORENSTEIN, como o velho e simpático CANDY (doce como o nome)! É o que mais se aproxima dos dois novos empregados da fazenda. Cria-se um bela amizade entre os três, já que CANDY, sabedor dos planos da dupla, ansioso por uma segurança futura, propõe, aos dois, uma sociedade, com vistas ao sonho, a um futuro seguro, de paz e felicidade, livre da tirania do patrão. Ele perdera uma das mãos, na execução de uma tarefa rural, e se tornou meio inválido, para a lida no campo, entretanto o patrão pagou-lhe uma espécie de indenização, pela quase invalidez, e permitiu que ele permanecesse na fazenda, não por piedade, mas para utilizá-lo em tarefas mais leves.

CANDY era apegado a um velho e moribundo cão, que vivia carregando, de um lado para o outro. O animal fedia, insuportavelmente, provocando a ira de CARLSON (PEDRO PAULO EVA), que estimulava o velho a sacrificar o pobre animal.
 
 
 

NATALLIA RODRIGUES é a única presença feminina no elenco e acaba sendo, sem querer, o pivô do triste final. Sua personagem, MAE, é recém-casada com CURLEY (CÁSSIO INÁCIO BIGNARDI), o filho do fazendeiro.

Com apenas duas semanas de casada, ela, que aspirava à carreira de atriz, se sente totalmente arrependida do casamento, entediada com a vida no campo e desprezada pelo marido, que a troca por meretrizes, no vilarejo mais próximo à fazenda. Sua solidão faz com que ela frequente, às escondidas, o alojamento dos peões, segundo ela, apenas com a intenção de conhecer gente e conversar. Fica no ar, de uma forma meio explícita, no entanto, uma sugestão de que ela procurava, também, algo mais, aquilo que o marido lhe negava: amor e sexo.

Muitas vezes, não é o/a personagem nem o tempo em que o/a ator/atriz permanece em cena que vão definir a sua atuação num espetáculo, e sim o seu nível de atuação. A personagem de NATALLIA participa de poucas cenas, contudo a atriz merecia fazer parte, mesmo, de um elenco tão homogêneo e competente.
 
 


STEINBECK aproveitou-se do texto, para fazer sua crítica veemente ao racismo, na figura de CROOKS, personagem muito bem vivido por TOM NUNES, o único trabalhador negro, que era segregado pelos brancos, ainda que tão trabalhadores, miseráveis e explorados quanto ele. Vivia isolado, num minúsculo quarto, quase soterrado de livros. Era lendo, compulsivamente, que ele tocava a sua vida. Descobrira uma forma de sofrer menos.
 
 


CÁSSIO INÁCIO BIGNARDI acumula dois papéis: CURLEY e seu PAI, chamado apenas de “PATRÃO”, este em breves aparições. É como o filho, que herdou o péssimo caráter do PAI, que o ator se destaca.

Prepotente e arrogante com todos os empregados, CURLEY era muito inseguro e tinha um grande ciúme da jovem esposa. Estava sempre à procura dela, proibindo-a de estar entre os outros homens da fazenda. Motivos para isso não lhe faltavam (?), pois ele a tinha como, talvez, um objeto de valor, de uma coleção qualquer. Não se sabe o que o levou a desposar MAE, se não demonstra amá-la, muito menos ser feliz no casamento. Talvez a tivesse como uma espécie de troféu, símbolo do seu poder. 
 
 
 
 


            Nos demais papéis, também em excelentes atuações, temos PEDRO PAULO EVA (CARLSON) e THIAGO FREITAS (SLIN).

Aquele era, talvez, o mais rude, dentre os demais personagens, à exceção, obviamente, de CURLEY e o PAI. Vivia incomodado e implicando com o fétido cheiro que exalava o cão de estimação de CANDY e estava, sempre, a lhe propor que o sacrificasse, oferecendo-se, inclusive, para o tiro de misericórdia. Essa proposta se acentua, quando a cadela de SLIN dá cria e CARLSON sugere a troca do animal fedorento por um filhotinho.

            SLIN é, por seu comportamento na trama, o mais centrado, o mais sensato e tranquilo de todos. Parece, também, reunir, em seu caráter, sensibilidade, pelo menos em nível superior ao dos demais. Sabedor do interesse de LENNIE por animais “fofinhos”, dá-lhe, de presente, um filhote da ninhada nascida, o qual, infelizmente, acaba se tornando mais uma das inocentes vítimas da inocência de LENNIE.
 



Ao adentrar o Teatro, já nos encantamos com o incrível cenário, de MÁRCIO VINÍCIUS, que reproduz, com muita precisão o ambiente rural, o interior de um alojamento de peões e, numa das laterais do palco, a minúscula cela onde CROOKS (TOM NUNES) habitava. Um trabalho digno de premiação!

Os figurinos, de FÁBIO NAMATAME, são fiéis à época e ao estilo do ambiente, em cores neutras, confeccionados rusticamente. Ajudam, bastante, na composição dos personagens, com o suporte de um bom visagismo, assinado por RAPHAEL CARDOSO, e a maquiagem, de CHLOÉ GAYA. Ainda sobre os figurinos, a única exceção à descrição feita é quanto aos trajes utilizados por MAE, uma moça fina, que veio da cidade para o campo, portanto dona de um guarda-roupa fino, elegante e de bom gosto.

GUILHERME BONFANTI faz uma ótima iluminação, que se adequa às várias situações, para auxiliar nas diversas e distintas cenas.

Há de se ressaltar, ainda, o bom trabalho executado por MARTIN EIKMEIER, responsável pela trilha sonora, que se faz presente ao longo de quase duas horas de espetáculo.

            “SOBRE RATOS E HOMENS” é, assertivamente, um espetáculo que marcará o ano teatral carioca, de 2017, e, também, deverá entrar em muitas listas de indicações a prêmios, pela altíssima qualidade da montagem, em todos os seus aspectos.

 
 
 
 
FICHA TÉCNICA:


Texto: John Steinbeck
Tradução: Ricardo Monastero
Direção Artística: KIKO MARQUES 
 
Elenco: 
RICARDO MONASTERO (GEORGE)
ANDO CAMARGO (LENNIE)
NATALLIA RODRIGUES (MAE)
TOM NUNES (CROOKS)
CÁSSIO INÁCIO BIGNARDI (CURLEY e PAI)
ROBERTO BORENSTEIN (CANDY)
PEDRO PAULO EVA (CARLSON)
THIAGO FREITAS (SLIN).

Cenografia: Márcio Vinícius
Figurinos: Fábio Namatame
Trilha Sonora: Martin Eikmeier
Iluminação: Guilherme Bonfanti
Visagismo: Raphael Cardoso
Maquiagem: Chloé Gaya
Contrarregra: Sidney Felippe
Técnica de Som: Carol Andrade
Técnica de Luz: Kuka Batista
Comunicação Visual: Cristiano Canguçu
Fotos: Luciano Alves
Gestão de Projeto e Sustentabilidade: Celso Monastero
Coordenadora Administrativa: Sônia Odila
Assessoria de Imprensa: Máquina de Escrever Comunicação - Catharina Rocha
Assessoria Jurídica: Francez e Alonso Advogados Associados
Direção de Produção: Antônio Ranieri
Produção: Dendileão Produções Artísticas
Patrocínio: Banco do Brasil
Realização: Centro Cultural Banco do Brasil
 

 

 

 

 
SERVIÇO:
 
Temporada: De 23 de março a 30 de abril de 2017.
Local: Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) Rio de Janeiro – Teatro 1.
Endereço: Rua Primeiro de Março, 66 – Centro – Rio de Janeiro.
Tel.: (21) 3808 2020.
Dias e Horários: De 4ª feira a domingo, às 19h.
Valor do Ingresso: R$20,00 (inteira) e R$10,00 (meia-entrada).
Funcionamento da Bilheteria: De 4ª feira a 2ª feira, das 9h às 19h30min.
Venda antecipada: Inicia-se na segunda-feira da semana anterior à do evento, restrita a quatro ingressos por pessoa.
Duração: 100 minutos. 
Classificação Etária: 10 anos. 
Lotação: 180 lugares
 

 
 
 

            Assistam à peça e entendam o verdadeiro sentido da pergunta, que já foi feita a todos, diante de alguma situação embaraçosa, quando se tem de tomar uma decisão: “VOCÊ É UM HOMEM OU UM RATO?”.

            Homens são os corajosos e dignos; ratos são os covardes e vis.

E atentem para a cena final, que é de tirar o fôlego. Coloquem-se no lugar de GEORGE e procurem entender o sentido de uma amizade e até que ponto podemos, ou devemos, ir por ela!

            Após assistir a “SOBRE RATOS E HOMENS”, é muito difícil que uma pessoa de sensibilidade apurada continue a mesma.

Confiram! E não precisam me agradecer pela indicação; apenas recomendem o espetáculo ao maior número possível de pessoas!





FOTOS: LUCIANO ALVES.)
 
 
 

 
 
 

 

 



 



 

 

 

 

 

 





 

 

 

 

 

 

 





 

 
 
 



 
 
 

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