sábado, 4 de agosto de 2018


A
NOVIÇA
REBELDE

(UM CLÁSSICO QUE SEMPRE AGRADA,
FEITO POR QUEM, REALMENTE,
MAIS ENTENDE DE
TEATRO MUSICAL.)














            quase seis décadas, o mundo vem aplaudindo um dos maiores musicais de toda a história desse gênero teatral. Falo de “A NOVIÇA REBELDE” (“The Sound of Music”), um drama musical, baseado no livro de memórias The Story of the Trapp Family Singers”, escrito por Maria von Trapp, que foi levado aos palcos da Broadway, pela primeira vez, em 1959, grande sucesso de público e de crítica, com libreto escrito por HOWARD LINDSAY e RUSSEL CROUSE, com canções de RICHARD RODGERS e OSCAR HAMMESRSTEIN II.

            Desde sua estreia, “A NOVIÇA REBELDE” se tornou um fenômeno à parte. Nenhum outro espetáculo conquistou uma trajetória de sucesso tão duradoura como a desse musical.

            Em 1965, ganhou uma versão cinematográfica, que se tornou um dos filmes mais vistos em todo o mundo e, até hoje, faz sucesso, quando exibido. Tenho uma cópia, em DVD, e não me canso se assistir a ele. Tanto a versão para o palco como o filme receberam inumeráveis prêmios, tornando-se “A NOVIÇA REBELDE” uma referência para os musicais e filmes do mesmo gênero, um clássico, eterno. Na Broadway, conquistou o Tony, em oito categorias, além de indicações em tantas outras. O disco com a belíssima trilha sonora do filme foi recordista de vendas e, até os dias atuais, as pessoas, passando de geração a geração, sabem cantar as suas canções, que caíram, totalmente, no gosto popular.











SINOPSE:

A peça conta a história verídica da família de cantores VON TRAPP, mostrando, desde os dias da, então, NOVIÇA MARIA (MALU RODRIGUES), a qual, antes de se tornar VON TRAPP, tinha o sobrenome Kutscher, num convento em Salzburgo, Áustria, até o momento em que a família foge do país, quando este é ocupado pelos nazistas, os quais estão prestes a preparar o Anschluss (anexação político-militar da Áustria, por parte da Alemanha, em 1938).

MARIA, que não consegue seguir as rígidas normas de conduta das religiosas, é enviada para trabalhar como governanta dos sete filhos do CAPITÃO GEORG VON TRAPP (GABRIEL BRAGA NUNES), viúvo e, desde a morte de sua esposa, responsável pela educação das crianças, com extremado rigor militar.

A chegada de MARIA modifica, drasticamente, a vida da família, ao trazer alegria e conquistar o carinho e o respeito das crianças. No início, ela enfrenta alguns problemas com o CAPITÃO, mas este acaba desenvolvendo um grande afeto pela jovem, ao ver que ela conseguiu fazer o que nenhuma outra governanta havia antes feito por seus filhos. Eles acabam se apaixonando e o CAPITÃO, antes comprometido com ELSA SCHRAEDER (ALESSANDRA VERNEY), uma rica baronesa de Viena, rompe o noivado, para poder se casar com a jovem MARIA.

Daí para frente, porém, nem tudo, na vida da família, será tão fácil assim, pois, quando os nazistas dominam a Áustria, o CAPITÃO é convocado para servir na marinha alemã. A família decide, então, fugir de carro, através da fronteira, mas estas são fechadas e eles se veem obrigados a caminhar pelas montanhas, numa das mais emocionantes cenas do musical, embalada pela canção “Sobe a Montanha” (“Climb Ev'ry Mountain”).

A peça termina em “final aberto”, com a família nas montanhas, mostrando a importância de viver em família, um ajudando o outro, pela sobrevivência de suas vidas e de seus ideais.










            No Brasil, o musical “A NOVIÇA REBELDE”, como foi batizado “The Sound of Music”, título original, foi montado, pela primeira vez, pela grande dupla de encenadores CHARLES MÖELLER e CLAUDIO BOTELHO, em maio de 2008, no, então, recém-construído Teatro Oi Casa Grande (inaugurou o Teatro), no Rio de Janeiro, um fenômeno de bilheteria (O Teatro conta com 926 lugares.), sucesso de público e de crítica. Em março de 2009, depois de estrondosa e longa temporada no palco carioca, o musical iniciou outra temporada, com o mesmo sucesso, no Teatro Alfa (A capacidade do Teatro é para 1422 espectadores.), em São Paulo, sofrendo o elenco algumas alterações.

A inesquecível montagem recebeu inúmeras indicações a prêmios e conquistou alguns. Tratava-se de uma superprodução, com um elenco de grandes nomes, liderado por Kiara Sasso, no papel da NOVIÇA, e Herson Capri, depois substituído por Saulo Vasconcelos, como o CAPITÃO GEORG VON TRAPP, à frente de um elenco de 44 atores/cantores, que se revezaram entre 31 personagens.






Dez anos depois desse grande feito, voltam MÖELLER e BOTELHO a dirigir uma nova versão do musical, desta vez produzido pelo Atelier de Cultura, de São Paulo, responsável pela fantástica montagem de “O Homem de La Mancha”, associado à M&B, que já produziu mais de 40 espetáculos. Agora, a grande estrela da produção, a protagonista do drama musical é MALU RODRIGUES, a qual, curiosamente, participou da primeira montagem, aos quinze anos de idade, como LOUISA. De lá para cá, MALU já atuou em dez musicais assinados pela dupla M&B, todos com total destaque, sempre conquistando a admiração do público.

De acordo com o “release”, que me chegou às mãos, via TINA SALLES, Coordenadora Artística do musical, Möeller & Botelho (...) planejaram um trabalho absolutamente diferente do passado, com uma gama maior de recursos técnicos e profissionais especializados. ‘Será algo, realmente novo, tanto na concepção artística como na realização. O mais interessante é observar como a história está ainda mais atual e que os valores passados pela NOVIÇA, como lealdade, verdade e bondade, são mais necessários do que nunca. MARIA VON TRAPP é uma das mulheres mais empoderadas de seu tempo. Ela consegue, sempre, com amor e música, amolecer corações e enfrentar inimigos tão desumanos, embrutecidos pelo nazismo ascendente da época’, observa CHARLES MÖELLER.”. Tudo isso é a mais pura verdade. Está tudo em cena.






Ainda extraído do mencionado “release”: “O Rio de Janeiro pode esperar uma superprodução, que reunirá um texto e músicas repletos de romantismo e heroísmo, um elenco estelar, combinado com os mais envolventes recursos de luz, projeção e design de som”, afirma CLETO BACCIC, presidente do Atelier de Cultura. Isso também é verdade e sou capaz de assinar embaixo.

Interessante é o fato de que fizeram parte daquela montagem de 2008, como crianças e/ou adolescentes, alguns nomes que, hoje, adultos, brilham no TEATRO MUSICAL, todos com passagens por outros espetáculos assinados por CHARLES e CLAUDIO, como, Elton Towersey, Davi Guilhermme, Júlia Bernat, Estrela Blanco e Daniel Rocha, por exemplo, este também no atual elenco, todos atuando na temporada do Rio de Janeiro. Quando o espetáculo esteve em cartaz em São Paulo, anda em 2008, houve, como já disse, alterações no elenco, e outros nomes de crianças e adolescentes, que, também, passaram, posteriormente, em outras produções, pelas mãos de M&B, compuseram o elenco “teen”, como Carol Puntel, Maria Netto, André Torquato e uma menininha, no papel de GRETL, a mascote da turma, a qual era, nada mais, nada menos que LARISSA MANOELA, hoje, ídolo do público jovem, que, na atual montagem, é um dos grandes nomes do elenco, no papel de LIESL, a mais velha dos filhos.






Esta nova montagem chegou ao Rio de Janeiro, depois de ter encantado 100.000 pessoas, em São Paulo, durante a temporada no Teatro Renault, e está em cartaz na Grande Sala da Cidade das Artes (VER SERVIÇO.).

            Já tive a grata oportunidade de assistir à peça duas vezes: em São Paulo e na sessão para convidados, no Rio. E ainda quero mais. Esta crítica se pauta na versão carioca, lembrando que, para esta, também houve algumas mudanças no elenco, principalmente as crianças. Fiquei completamente encantado, extasiado, com o que vi lá e, mais ainda, aqui. Sem nenhum propósito de estabelecer comparações, não posso negar que o espetáculo, que já era ótimo, ficou melhor, ainda, na versão carioca. E, quanto à primeira montagem, ambas primam por uma excelente qualidade, embora sejam completamente diferentes, seguindo o firme propósito da dupla de diretores. Quero deixar bem claro que, nas duas vezes em que assisti a esta nova versão, me fixei num exercício de me desligar da primeira montagem, para não ser tentado a fazer comparações, o que, por maior que seja o esforço, é inevitável.

            Creio não ser necessário tecer comentários sobre o texto, já tão amplamente conhecido, mas cabe, evidentemente, um crédito mais que positivo para a excelente versão de CLAUDIO BOTELHO, tanto para o texto como para as letras das belas canções.






            A direção de cena, de CHARLES MÖELLER, também dispensa qualquer análise, pois, brilhante, como sempre, ele assina um de seus mais belos e completos trabalhos. O diretor das duas montagens é o mesmo, porém são duas leituras totalmente diferentes, que se estendem aos demais elementos de uma montagem teatral, além do elenco, acompanhando o frescor desta e a presença da tecnologia, dando apoio à encenação.

Já que falamos em tecnologia, é bom que se fale logo dos deslumbrantes cenários, em que ela tem uma enorme participação, na presença das muitas belíssimas projeções, ao fundo, que dão a dimensão a cada ambiente, assim como ajudam o espectador a identificá-lo. Além dessas projeções, o cenário, assinado por DAVID HARRIS, inclui móveis e outros elementos concretos, como portas, escadas, chafariz e plantas, necessários à composição de cada espaço. Uma verdadeira obra de arte!









Do ponto de vista plástico, o musical também ganha grande relevo com os lindos e ajustados figurinos, criados por SIMON WELLS, todos de um bom gosto invejável, de acordo com a época em que se dá a trama, e confeccionados com grande apuro técnico, com excelentes e finos acabamentos.

Sem dúvida alguma, cenários e figurinos, deslumbrantes, são dois dos pontos altos do espetáculo. HARRIS e WELLS são britânicos, colaboradores de Cameron Mackintosh e passaram uma temporada no Brasil, especialmente para a confecção dos cenários e figurinos.

Se o assunto é TEATRO MUSICAL, dois elementos são de suma importância: música e dança. Neste, não poderiam ser mais bem escolhidos os nomes de MARCELO CASTRO e ALONSO BARROS, respectivamente.






O trabalho de MARCELO, na direção musical, é impecável, digno de premiação, uma vez que, sob sua responsabilidade, ficaram os arranjos musicais e vocais, os quais resultaram num efeito divino, para os ouvidos. A entrada do coro de freiras, pela plateia, abrindo o espetáculo, com um canto, em latim, “a capella”, é algo supremo, para o que, evidentemente, contribui o enorme talento das atrizes/cantoras. É de fazer arrepiar. Nos demais números musicais, a harmonia, entre vozes e instrumentos, seja nos solos, seja nas canções interpretadas em coletivo, merece um destaque nesta crítica. A parte musical é para ficar na memória afetiva de cada espectador, graças ao talento de quem canta, de quem toca os instrumentos, na excelente orquestra, de 18 extraordinários músicos, e de MARCELO CASTRO, o grande maestro, denotativa e conotativamente falando, de tudo o que a ela se refere.

As coreografias, de ALONSO BARROS, são todas muito leves, lindas e “limpas”, incorporadas e totalmente integradas a cada cena em que estão presentes. Nada complicado; tudo gracioso e milimetricamente pensado. O resultado é excelente, com são todos os trabalhos assinados por ALONSO, um dos mais destacados e premiados profissionais da dança, no TEATRO. Tenho a impressão de que o público, como eu, “dança” nas suas poltronas ou sente vontade disso.

Voltando aos aspectos plásticos do espetáculo, DRIKA MATHEUS colabora, sobremaneira, para o destaque de tudo o que se encontra no palco, por meio de uma iluminação perfeita: bonita, funcional, expressiva, valorizando, na medida, o que deve ser valorizado em cada cena, com trocas de luz que só fazem agregar beleza e pontos positivos à montagem.






A construção física de cada personagem deve muito ao trabalho de SIMONE MOMO, no visagismo.

Quanto à clareza do som, capaz de fazer com que todas as vozes e os demais sons sejam bem ouvidos e identificados, num Teatro de grandes proporções, isso não se dá por milagre; deve-se, sim, ao trabalho técnico de equalização, distribuição e ajuste de toda a parafernália técnica ligada à parte sonora, sob a responsabilidade de um grande profissional, como MARCELO CLARET. Não se perde, absolutamente, nada do que é dito ou cantado.

Sempre reservo o final das minhas críticas para falar sobre o elenco, não me limitando a comentar apenas o trabalho dos que representam os principais papéis, pois, sendo o TEATRO uma obra em equipe, de nada adiantaria um/uma grande protagonista, sem a correta participação de seus colegas de cena.






Começando pela protagonista, MALU RODRIGUES, já me vejo numa situação complicada. Como encontrar novos adjetivos para qualificar o magnífico (este já está mais que desgastado e não basta para qualificá-la) trabalho desta grande cantriz, que, desde sua inesquecível atuação em outro musical com a chancela M&B, “O Despertar da Primavera”, em 2009, aos 16 anos, um apenas após ter participado da primeira montagem de “A NOVIÇA REBELDE”, já provou ser uma das mais qualificadas atrizes moldadas para o TEATRO MUSICAL. MALU tem a graciosidade de uma fada, a doçura do canto de um rouxinol e uma garra leonina, quando interpreta, o que faz dela uma atriz perfeita e completa, juntando a tudo a sua capacidade de se adaptar às coreografias que lhe são confiadas. Sua MARIA fascina, faz com que nossos olhos ganhem um brilho diferente; ela nos emociona com seu incomensurável talento e carisma. Dentro da personagem, amalgama um lado moleque com uma responsabilidade precoce e ainda sobra espaço para ser a jovem mulher apaixonada. Quando canta, consegue nos transportar aos céus. É só fechar os olhos e se deixar levar, montanha a cima.




GABRIEL BRAGA NUNES é um neófito em musicais, embora já toque numa banda, o que é bem diferente de cantar com uma orquestra, num musical, e, corajosamente, estreia com uma grande responsabilidade, na pele do CAPITÃO VON TRAPP. Com relação ao personagem, o ator, que não deixa a desejar na interpretação, com muito esforço, dedicação e disciplina, o que já é digno de elogios e respeito, consegue dar o seu recado, com dignidade, deixando, um pouco, a desejar, quando canta, embora eu tenha percebido um considerável e notório crescimento, da sua primeira atuação a que assisti para a de agora. É lógico que isso se dá por conta do empenho do ator e do próprio azeitamento do espetáculo. Interpretar uma linda e difícil canção, como “Edelweis”, por exemplo, exige muito de quem a interpreta. GABRIEL já está quase no ponto de uma interpretação perfeita e, logo, tenho certeza, chegará lá. O que ele nos mostra, no momento, entretanto, já o credencia a continuar no ramo.




ALESSANDRA VERNEY, também do time das grandes cantrizes brasileiras, está perfeita, no papel da BARONESA ELZA VON SCHRADER, a noiva do CAPITÃO, ao lado de MARCELO SERRADO, como o inconveniente TIO MAX DELWEILER , este já um pouco fora do prumo, de acordo com a minha visão.

VERNEY, linda e grande atriz e cantora, compõe, com precisão, a personagem meio fútil, meio deslumbrada, meio interesseira, que acaba sendo preterida, para a alegria dos que torcem por MARIA. Aproveito o momento para, em forma de homenagem, lembrar que, na primeira versão, o papel da BARONESA foi lindamente interpretado pela inesquecível, querida e saudosa Solange Badin.




SERRADO, a meu juízo, exagera nas tintas, o que acontece, obviamente, com a aquiescência da direção, que não vê problemas no excesso de humor que o ator põe em cena, na pele de um homem gaiato, sim, mas não tanto, na minha humilde visão. MARCELO, como todos julgamos, é um ótimo ator e tem uma facilidade para explorar o lado cômico, porém – repito: a meu juízo – extrapola na medida, tanto nos gestos quanto na voz que encontrou para o personagem. Agrada-me? Não. Agrada ao público? Sim. Isso é o que importa. Se, a mim, incomoda, do público, em geral, arranca risos e gargalhadas. Funciona na peça? Para mim, insisto, virou “overdose”, ainda que sirva para atenuar um pouco o peso dramático da situação em que vive a família. Creio que a intenção é provocar um contraponto entre a tristeza e a alegria. Para o grande público, funciona, sim. Vida que segue...




Quero dar um destaque a outra que honra o enorme quadro das grandes cantrizes nacionais e que é responsável por alguns momentos inesquecíveis da peça, principalmente o final do primeiro ato e a cena derradeira, quando, magistralmente, interpreta a bela canção “Sobe a Montanha”. Estou falando de GOTTSHA, que encarna a MADRE SUPERIORA, interpretada, na primeira versão, por duas mestras do canto, Mirna Rubim e Vera do Canto e Mello (alternantes). Longe de mim, como já disse, a intenção de me deixar levar por comparações, principalmente apelando para o “melhor” ou pior”, até porque Mirna e Vera foram magníficas, em suas atuações, entretanto, com interpretações mais “pesadas”, sérias, fechadas, seguindo um estereótipo de uma MADRE SUPERIORA. Já a MADRE de GOTTSHA é diferente: é mais jovem, menos severa, mais carismática, mais afetiva, mais "leve". A personagem ganhou um frescor, totalmente dentro da nova proposta, e, quando canta, nos leva às lágrimas, solando, em coro ou num belo dueto com MALU, em “My Favorite Things” (Não tenho certeza de que o título da canção tenha sido traduzido, literalmente, para o português: “Minhas Coisas Favoritas”.).




O outro nome do quarteto que encabeça, na mídia, as chamadas para o espetáculo, no elenco desta montagem, é o de LARISSA MANOELA, uma jovem atriz, idolatrada pelo público infantil e juvenil, que já tem uma boa bagagem em musicais, e cujo trabalho, confesso, até humilde e envergonhado, eu não conhecia, uma vez que a minha idade está mais para outros ídolos. Quando assisti à peça, em São Paulo, sua personagem, LIESL, foi interpretada por sua alternante, Marianna Alexandre, que muito me agradou. Vi LARISSA aqui, no Rio, e confesso que, cético, queria ver até onde iria o talento da atriz. E ela, então, me mostrou que tem um grande potencial, interpretando e cantando, merecendo, portanto, meus aplausos.  


  


No núcleo da mansão dos VON TRAPP, ainda atuam ROBERTO PIRILLO, como FRANZ, o mordomo, e ERIKA RIBA, como FRAU SCHMIDT, a governanta, ambos em atuações corretíssimas. Mais uma vez, aproveito para prestar outra homenagem póstuma, desta vez à queridíssima Ada Chaseliov, a FRAU SCHMIDT da primeira montagem.






Todo o elenco que atua em papéis coadjuvantes colabora para o brilho do espetáculo, uma vez que a importância de um/uma personagem acaba girando na proporção direta do trabalho de quem o/a interpreta. Assim, faço questão de mencionar todos os demais do elenco, perfeitos, sem exceção, com seus respectivos personagens, na ordem em que aparecem no programa da peça: TALITA SILVEIRA (IRMÃ BERTHE), JANA AMORIM (IRMÃ SOPHIA e substituta eventual da BARONESA ELSA SCHRAEDER), RAQUEL ANTUNES (IRMÃ MARGARETTA e substituta eventual da MADRE SUPERIORA), DIEGO MONTEZ (ROLF), RUBEN GABIRA (HERR ZELLER e substituto eventual de MAX DELWEILER), DANIEL CARNEIRO (ALMIRANTE VON SCHREIBER e substituto eventual do CAPITÃO GEORG VON TRAPP), CARLOS ARRUZA (BARÃO ELBERFELD e substituto eventual de HERR ZELLER e FRANZ), ANA CATHARINA OLIVEIRA (FREIRA / ESSEMBLE), ANA LUIZA FERREIRA (FREIRA / ESSEMBLE e substituta eventual de FRAU SCHMIDT), ANDRESSA INÁCIO (FREIRA / ESSEMBLE), AURORA DIAS (FREIRA / ESSEMBLE), JULIE (FREIRA e substituta eventual de MARIA), LETHÍCIA LOYOLA (FREIRA / ESSEMBLE), LUIZA LAPA (FREIRA / ESSEMBLE e substituta eventual de IRMÃ SOPHIA), MAFÊ MASSYLIOUK (SWING FEMININO e substituta eventual de LIESL), LEONARDO IGLÉSIAS (PADRE / ESSEMBLE), DANIEL ROCHA (ESSEMBLE e substituto eventual de ROLF) e ANDREI LAMBERG (SWING MASCULINO e substituto eventual de ROLF). São, ao todo, 45 atores.

O time infantojuvenil é uma atração à parte. Por conta de uma exigência legal, um elenco em que atuem crianças e menores de idade deve ser constituído por mais de um nome para cada personagem. Assim, à exceção de LARISSA MANOELA (LIESL), que conta com apenas uma alternante, MARIANNA ALEXANDRE, e LEONARDO CIDADE (FRIEDRICH), que tem, também, ALEX JÚNIOR, como seu único alternante, todos os demais cinco personagens “filhos” contam com três nomes para cada papel. Assim, temos: BEATRIZ MESSIAS, CAROL ENNE e PAOLA CASTRO (LOUISA); RAFFA PIETTRO, TIAGO HENRIQUE e VINÍCIUS PIERI (KURT); ÁGATHA FÉLIX, ANY MAIA e LARA CARIELLO (BRIGITTA); BRUNA NEGENDANK, JÚLIA TEODORA e LUÍSA ERLANGER (MARTA); e ANANDA TERRA, DUDA BATISTA e MARIA CAROLINA BASÍLIO (GRETL). Na sessão em que assisti, no Rio, atuaram, como os filhos, além de LARISSA MANOELA e LEONARDO CIDADE, todos os nomes assinalados em vermelho. Sem dúvida o elenco infantojuvenil do Rio está muito mais harmonioso do que o de São Paulo, todos afinadíssimos e atentos às coreografias e às falas; pelo menos em relação ao que atuou no dia em que lá assisti à peça. Sem querer, acabei fazendo uma comparação, porém julgo-a necessária.










 










É interessante dizer que, fora os atores convidados, apenas alguns, os demais foram selecionados, após uma maratona de audições com mais de três mil inscritos.








FICHA TÉCNICA:

Música: Richard Rodgers
Letra: Oscar Hammerstein II
Libreto: Howard Lindsay e Russel Crouse

Um espetáculo de Charles Möeller & Claudio Botelho

Versão Brasileira: Claudio Botelho
Direção: Charles Möeller
Direção de Produção Associada: Vinícius Munhoz
Coordenação Artística: Tina Salles
Cenografia: David Harris
Cenografia Associada: Stella Tennenbaum  
Figurinos: Simon Wells
Direção Musical: Marcelo Castro
Assistência de Direção / Residente: Gláucia da Fonseca
Coreografia: Alonso Barros
Visagismo: Simone Momo
Design de Som: Marcelo Claret
Design de Luz: Drika Matheus
Design de Projeção: Maze FX
Direção Técnica: Carlos Costa Jr.
Produção de Elenco: Marcela Altberg
Produção: Atelier de Cultura e M&B




 






SERVIÇO:

Temporada: de 19 de Julho a 02 de Setembro de 2018.
Local: Cidade das Artes – Grande Sala
Endereço: Avenida das Américas, 5300 - Barra da Tijuca, Rio de Janeiro – RJ
Dias e Horários: De 5ª feira a domingo: 5ªs e 6ªs feiras, às 21h; sábados, às 16h e 21h; domingos, às 14h e 19h.
Vendas em: http://ingressorapido.com.br ou Bilheteria Oficial (sem taxa de conveniência): Cidade das Artes – Grande Sala.
Valor dos Ingressos: Variam de R$ 200,00 a R$ 75,00.
Duração: 2h45min.
Classificação Etária: Livre.
Gênero: Drama Musical.









            Algumas das cenas ficam marcadas na mente e no coração do espectador, como, por exemplo, a do casamento entre MARIA e o BARÃO VON TRAPP, a magnífica cena final, todas as que envolvem as “crianças” e a da fuga, quando a família se vê, cercada por nazistas, num cemitério, antes de conseguir atingir a montanha. Na primeira versão e no filme, a cena é muito tensa, para quem assiste a ela, na torcida de que os heróis não sejam descobertos e presos pelos vilões, porém, na atual versão, ela se reveste de um ar de romantismo, de pureza, que não provoca a mesma sensação de pânico, no público. Ficou mais leve e mais bonita, mais humana. Foi essa a minha sensação.

            É indubitável que “A NOVIÇA REBELDE” é um dos mais lindos e importantes musicais da história desse gênero, que eu amo, e que, felizmente, nas duas vezes em que foi montado, no Brasil, caiu nas mãos sensíveis e competentes da dupla CHARLES MÖELLER e CLAUDIO BOTELHO.

          Trata-se de um espetáculo imperdível, que eu não me canso de rever e de recomendar, direcionado às famílias. Encanta do neto ao avô.




(FOTOS PARTICULARES):












E VAMOS AO TEATRO!!!

OCUPEMOS TODAS AS SALAS DE ESPETÁCULO DO BRASIL!!!

COMPARTILHEM ESTA CRÍTICA, PARA QUE, JUNTOS,
POSSAMOS DIVULGAR O BOM TEATRO BRASILEIRO!!!



 



(FOTOS: DIVULGAÇÃO / PRODUÇÃO.)

























































Nenhum comentário:

Postar um comentário