quarta-feira, 22 de junho de 2016


2ª MARATONA TEATRAL

EM SÃO PAULO - 2016

 

 

(PARTE II)

 

 

 GATA EM TELHADO DE ZINCO QUENTE

 

(“GATAS PULAM DO TELHADO, SEM SE MACHUCAR”.

- TENNESSEE WILIAMS, PELA BOCA DE BRICK.

SEMPRE?!... SERÁ?!...)

 

 


Arte para o CCBB de São Paulo.

 

 


Arte para o CCBB do Rio de Janeiro.

 

 

            Um clássico sempre será um clássico. Um texto clássico de TEATRO sempre será motivo para atrair público, desde que bem montado, sob todos os aspectos.

 

            Em visita recente a São Paulo, tive a felicidade plena de poder assistir a uma montagem de “GATA EM TELHADO DE ZINCO QUENTE”, em cartaz, até o dia 26 de junho, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) paulista. O espetáculo, que já foi transformado num excelente filme, com Elizabeth Taylor e Paul Newman, é encenado, até hoje, em diversos países, sendo um clássico do teatro americano, fruto da genialidade de um dos maiores dramaturgos universais de todos os tempos: TENNESSEE WILIAMS. É um dos meus autores de TEATRO de cabeceira. Sua obra que mais me fascina é “The Glass Managerie”, aqui traduzido por “O Zoológico de Vidro” ou “À Margem da Vida”, como o conheci, ou, ainda, “Algemas de Cristal” (1944), a primeira peça a que assisti, na minha adolescência e aquela que foi decisiva na minha escolha pelo TEATRO, como profissão.

 

            Não nego, porém, que tenho dificuldade em definir qual a peça de TENNESSEE que ocupa a segunda colocação na minha escala de preferência: “Um Bonde Chamado Desejo” (“A Streetcar Named Desire” (1947), “Doce Pássaro Da Juventude” (“Sweet Bird Of Youth”) (1959), ou “GATA EM TELHADO DE ZINCO QUENTE” (“Cat On A Hot Tin Roof”) (1955). Acho que fico com a “GATA”, que, depois de algumas boas montagens no Brasil, sempre traduzida de forma errada (Não é “teto” – “ceiling”, e sim “telhado” – “roof”, no original), está, mais uma vez, em cena, com montagem do fabuloso GRUPO TAPA, com direção estupenda de EDUARDO TOLENTINO DE ARAÚJO.

 

BÁRBARA PAZ lidera o elenco, em interpretação antológica, na pele de MAGGIE POLLITTI, um dos papéis femininos, no TEATRO, mais cobiçados pelas grandes atrizes. Em palcos brasileiros, tive a oportunidade de assistir a duas montagens: uma, há bastante tempo, com Tereza Rachel, e outra, um pouco mais recente, com Vera Fischer, no papel da protagonista. Infelizmente, tinha apenas sete anos, em 1956, quando MAGGIE foi representada por Cacilda Becker, no TBC. Mas, com todo respeito às atrizes citadas, Tereza “in memoriam”, e aos demais integrantes dos dois elencos que vi atuando, considero a encenação que está em cartaz, no momento, a melhor de todas que tive a oportunidade de ver.

 

 

 

Gata em Teto de Zinco Quente (DVD)

Para os amantes da telona,

Paul Newman e Elizabeth Taylor.

 

 

            Duas frases muito parecidas, que resumem o espetáculo e que provam a minha afirmação, em estaque, acima: Os personagens parecem ter sido escritos para aqueles atores. Os atores parecem que nasceram para interpretar aqueles personagens. Essa é a impressão que nos causa a peça. É assim que saímos do teatro, com a alma lavada, depois de ter assistido a um espetáculo, que, sem a menor conotação pejorativa, pode ser classificado como um “TEATRÃO”, daqueles que guardamos na memória, e no coração, de décadas passadas.

 

            Assistir, no domingo, 5 de junho (2016), ao espetáculo, para mim, representa um troféu, a materialização de uma grande conquista, pois era um dos motivos de minha ida a São Paulo e, sendo a temporada um grande sucesso, de público e de crítica, tentei, por mais de uma vez, comprar ingressos, por um “site” de vendas, e fui infeliz nas duas tentativas. Parti para conseguir convites, com amigos locais, da classe, mas foram tentativas infrutíferas. Não havia lugar. Simplesmente, não havia lugar disponível. Lotação esgotada, com duas semanas de antecedência, para todas as sessões. Devo esse privilégio e imenso prazer, o de conseguir ter visto ao espetáculo, a FLÁVIA FUSCO, assessora de imprensa da peça, a quem não conhecia, mas solicitei, por aquele “inbox” salvador, que me facilitasse o acesso ao espetáculo, no que fui, pronta e gentilmente, atendido. Minha gratidão à FLÁVIA, que, ainda por cima, me enviou o “release” completo da peça, gesto, depois, repetido por STELLA PONTES, que fará a assessoria no Rio de Janeiro, quando a peça estrear aqui, no final de junho (VER SERVIÇO), e que está me ajudando nestes escritos, além de belas fotos de cena.

 

            Vários fatores me serviam de motivação e faziam com que eu desejasse tanto assistir ao espetáculo: o texto, mais um trabalho do TAPA, a direção de TOLENTINO, o elenco e, acima de tudo, a curiosidade de ver a MAGGIE de BÁRBARA PAZ, que reconheço como uma das melhores atrizes de sua geração.

 

 

 


Bárbara Paz e Augusto Zacchi.

 

 

 

 
 
SINOPSE:
 
A peça narra a celebração do aniversário de 65 anos de PAIZÃO (ZÉCARLOS MACHADO), um rico fazendeiro, patriarca de uma família sulista americana.
 
Ao lado de MÃEZONA (NOEMI MARINHO), ele recebe a visita dos filhos BRICK (AUGUSTO ZACCHI) e GOOPER (ANDRÉ GAROLLI), acompanhados das respectivas esposas, MAGGIE (BÁRBARA PAZ) e MAE (FERNANDA VIACAVA).
 
PAIZÃO ignora que tem um câncer terminal. GOOPER e MAE têm cinco filhos, esperam o sexto e cobiçam os milhões do velho.
 
BRICK, alcoólatra e ex-astro de futebol americano, vive um casamento infeliz, e sem filhos, com a frustrada MAGGIE, que o ama, mas não é correspondida.
 
Num dia de calor intenso, a ambição pela herança de PAIZÃO deflagra conflitos de forma inesperada e implacável. Intimidades são dissecadas e expostas, de forma devastadora, numa explosão de revelações pessoais e familiares. Segredos são desenterrados e verdades cruéis são ditas, sem a menor parcimônia. Farpas cruzam os céus. Mágoas do passado, recente e distante, são ameaças a uma estabilidade totalmente impossível de ser alcançada. A sempre e eterna luta pelo poder.
 
            E ninguém se suporta.
 
 

 




 


BRICK é um ex-famoso jogador de futebol americano, agora alcóolatra, que se recusa a intimidades físicas com sua bela esposa, MAGGIE, a quem culpa, por causa de um incidente com seu amigo de campo, SKIPPER, de ter abandonado sua carreira profissional. BRICK também não quer saber de seu pai, HARVEY, que todos chamam de PAIZÃO, pois ambos nunca tiveram um diálogo aberto e são demasiadamente orgulhosos, para se tornarem amigos nessa altura da vida.

            Segundo o “release” da peça, “O projeto da montagem de “GATA EM TELHADO DE ZINCO QUENTE” nasceu durante a série de estudos promovidos pelo Grupo Tapa sobre os textos curtos de TENNESSEE WILLIAMS. As adaptações geraram novas traduções, comandadas, então, pela pesquisadora teatral, professora universitária e tradutora MARIA SÍLVIA BETTI. O material foi editado pela ‘É Realizações’, chegando, agora, ao 4º volume da série, com a tradução assinada por AUGUSTO CÉSAR para o clássico, versão utilizada nesta montagem”.


 


            Antes de mais nada, com apoio no já referido “release”, comecemos por falar um pouco de TENNESSEE WILLIAMS, que nos brinda com esta obra-prima de texto. “Dono de um invejável currículo na literatura, no teatro e no cinema, TENNESSEE WILLIAMS (1911-1983), autor de mais de uma centena de peças, pode ser considerado, hoje, um dos dramaturgos mais aclamados e bem sucedidos do século XX. É um dos poucos a terem realizado a façanha de levar para casa dois prêmios Pulitzer, um Tony e seis indicações ao Oscar. Também foi eternizado, pela crítica, como um dos autores mais influentes de sua geração e o de maior relevância, numa época marcada por censuras e barreiras. Seus textos afiados, marcados por diálogos inteligentes e por duplos sentidos, elevaram a dramaturgia americana a um nível de refinamento e força acima do esperado à época”.


 


            Ele nunca teve uma relação fácil com seus familiares. Nasceu e cresceu numa família disfuncional. Já adulto, tímido e reprimido, acabou por se descobrir homossexual, quando foi obrigado a servir ao Exército, na mesma medida que foi descobrindo uma vontade incontrolável de escrever histórias, que, geralmente, se focavam em dramas familiares, similares aos seus. A partir de então, foi seguindo seu próprio caminho, até ganhar reconhecimento com suas peças e se tornar quem nós conhecemos hoje.


 


            Acho desnecessário iniciar a análise do espetáculo pelo texto, uma vez que não encontraria palavras para qualificá-lo, não só pela esplêndida estrutura dramatúrgica, traduzida, de forma brilhante, por AUGUSTO CÉSAR, assim como pelo “plot”, a genial ideia do enredo.


 



 



 


 



            Quanto à direção da peça, nunca vou assistir a um trabalho dirigido por EDUARDO TOLENTINO DE ARAÚJO, esperando encontrar nada menos do que ótimo. TOLENTINO acumula, em seu currículo, de mais de três décadas, quase quatro, uma coleção de grandes sucessos. “GATA EM TELHADO DE ZINCO QUENTE” é mais um. O texto é um desafio para qualquer diretor e EDUARDO conseguiu uma montagem dinâmica, ainda que com algumas cenas longas, mas nem por isso monótonas, totalmente moderna, ainda que o texto original tenha sido escrito em 1955 e a ação se passe na década de 50, do século XX. A direção tratou o texto com a atemporalidade que ele traz em si, já que os dramas, familiares e existenciais, vividos pelos personagens, só mudam de uma casa para outra, ou pulam de uma época a outra adiante, adquirindo matizes particulares e regionais, aqui ou ali. Os sentimentos nele presentes, os bons e, principalmente os ruins, existem desde que o ser humano surgiu no mundo.


 


            A trama se passa numa região do sul dos Estados Unidos, conhecida por seu passado escravagista. Sobre isso, que acaba exercendo uma grande influência nos personagens e no enredo, diz o diretor: “Esta família de latifundiários, mimados e sem  valores culturais, permanece presa aos preconceitos e à juventude”. Essa fala de TOLENTINO ratifica o que já falei em termos da atemporalidade do texto, do quanto ele é, ainda, atual.  


A escolha do elenco foi de uma felicidade total, em termos de talento e de cumplicidade entre todos. É formado por atores familiares ao GRUPO TAPA e traz de volta a atriz NOEMI MARINHO, a MÃEZONA, que não atuava com o GRUPO desde os anos 90. Sua personagem é acomodada, procura, à sua maneira comedida, evitar os choques entre os demais, mas tem plena consciência de que é um ser quase amorfo naquela família, sem vez e voz, submetendo-se aos caprichos e maus tratos do marido, porque viver ali, gozando de todas as benesses que o dinheiro proporciona, talvez, seja seu maior interesse. Voltou a pisar o palco em grande estilo a atriz, cujo trabalho aplaudo.

 





 




 

O patriarca do clã, o PAIZÃO, um homem bastante rude, arraigado ao campo, é vivido por um dos maiores atores brasileiros, na minha modesta opinião, por tudo o que já vi ZÉCARLOS MACHADO fazer, no TEATRO, na TV e no cinema; principalmente no TEATRO, onde o ator mostra, realmente, se é “do ramo”. Trata-se de um profissional que tem um profundo domínio dos personagens que interpreta, mergulha fundo, nas características deles e, daí, surge, sempre, uma excelente composição. PAIZÃO demora um pouco a entrar em cena, ainda que seja mencionado, pelos outros personagens, inúmeras vezes, o que já vai provocando uma grande curiosidade na plateia, para aqueles que não conhecem ainda o texto. Quando surge, o ator traz consigo um brilho tal, que, por vezes, absorve totalmente a atenção do público. Se isso se dá pela força do personagem, mais ainda acontece em função da plena e irretocável interpretação de ZÉCARLOS.
 

É o dia do seu aniversário, mas ele não tem muito, ou nada, a comemorar. Não pelo fato de ter pouco tempo de vida, em função de um câncer de um tipo fulminante, do qual ele ainda não tem conhecimento, mas por ter levado uma vida infeliz, pela qual ele mesmo é responsável – e isso, talvez, seja o que mais lhe dói -, vivendo um casamento, de 40 anos, quase de fachada, não sabendo educar os filhos e vendo o tempo passar, sem conseguir segurar o que de bom lhe passava à frente dos olhos. É assim que o vejo. Todos, à sua volta, não o tratam pelo verdadeiro nome, mas por um apelido, em que está contido um sufixo, na tradução para o português (-ÃO), que pode assumir várias conotações, como a de aumento de tamanho, até mesmo com sentido afetivo e positivo, o que, absolutamente, não se aplica a este caso. Vejo o emprego de tal afixo como uma referência ao poder exacerbado do personagem.



 


Zécararlos Machado.

 


BRICK é vivido por AUGUSTO ZACCHI, certamente, em sua melhor atuação, dentre seus ótimos trabalhos que vi; o último foi num excelente desempenho em “O Anti-Nelson Rodrigues”, também no GRUPO TAPA. Desde a morte do melhor amigo, ele não larga o uísque, é um alcoólatra assumido, e rejeita qualquer aproximação conjugal, carnal, com MAGGIE, a despeito da estonteante presença feminina da esposa. “Vivemos na falsidade. A morte é uma saída; a bebida é outra” (BRICK). Pesa sobre ele a desconfiança de um relacionamento homoafetivo com o falecido amigo, e também atleta, SKIPPER, detalhe omitido no filme, talvez em função dos parâmetros de censura da época em que foi filmado e lançado (1958), porém bastante sugerido na peça, levando o espectador a oscilar, entre crer ou não, a cada nova situação que surge, deixando pistas no ar. O ator não comete um deslize em cena e merece, ainda, um voto de louvor pelo esforço físico a que está submetido, em função de ter de se apoiar, durante duas horas de encenação, numa muleta, já que se acidentara, “estranhamente” (há muito de “estranho” no personagem), quando, torceu o pé, à noite, segundo ele, enquanto “treinava sozinho”, para não perder a forma. Que belo trabalho do ator!

 






 

Para contrastar com a distância, em todos os sentidos, entre MAGGIE e BRICK, creio ser oportuno falar, no mesmo parágrafo, do casal GOOPER, o filho mais velho, papel vivido por ANDRÉ GAROLLI, casado com a ardilosa MAE (FERNANDA VIACAVA). Isso porque os dois foram um casal “perfeito”, que combina em tudo, até nas intenções de se apoderar da fortuna do patriarca, logo após a sua morte, se bem que já a discutam ainda em vida deste. GOOPER é advogado, profundamente ambicioso e esperto, que não para de tentar humilhar o irmão mais novo, tocando-lhe as feridas, testando seus pontos fracos. Não parece dar a menor importância à iminente morte do pai, menos ainda se comove com o sofrimento alheio. MAE,  sua esposa, “parideira profissional”, é de um sarcasmo só comparável ao de MAGGIE, com quem trava alguns embates, pela língua, que são admiráveis, mais ainda pela atuação das duas atrizes. Sente-se como a dona da casa, quase ignorando a sogra, é bastante intrometida, nos casos da família, da qual ela seria uma “agregada”. Não perde uma oportunidade de jogar, na cara da cunhada, o fato de ser mãe de cinco herdeiros, em véspera do sexto, que levarão adiante a fortuna e o nome dos POLLITT, fato que deixa MAGGIE profundamente irritada, descontando seu ódio contra as crianças.

 


André Garolli, Fernanda Viacava e Noemi Marinho.

 


André Garolli e Zécarlos Machado.

 

Encerrando os comentáros sobre a galeria dos grandes personagens desta peça, de propósito, deixei, para o final, o nome de BÁRBARA PAZ, que dá vida à protagonista MAGGIE, quase monopolizando todo o espetáculo. Custa-me encontrar adjetivos para qualificar a atuação de BÁRBARA nesse papel, a melhor “GATA” que conheci. Nota-se uma entrega total à personagem, uma interpretação visceral da atriz, responsável por momentos de total êxtase, para quem sabe admirar a arte da representação. No fundo, no fundo, a personagem não teria “tanta” oportunidade de marcar terreno e de se destacar na trama (atentem para o “tanta”), em função da grandeza e importância de todos os outros personagens, porém é a qualidade de quem a representa que valoriza, mais e mais, a participação de MAGGIE na trama. E isso BÁRBARA faz espendidamente.

O título da peça é muito interessante e sugestivo, pela metáfora nele contido. MAGGIE vive como uma “GATA EM TELHADO DE ZINCO QUENTE”, sofrendo as “queimaduras” e vendo, como única solução para se livrar delas, o saltar ao chão. Mas o telhado deve ser muito “alto”, mesmo para um felino, que, por natureza, dizem ter “sete vidas” e está acostumado a “grandes saltos”. Mas ela suporta o calor da chapa quente, sob todas as humilhações a que é submetida, por tudo e por todos. Por ser totalmente apaixonada e não ser corerespondida.  Por estar à beira dos 40 anos e não ter conseguido ser mãe. Por se sentir uma sombra a ofuscar o brilho do marido, perdido por ele mesmo. Por uma culpa, que carrega, sem motivo. Por uma cobrança pela maternidade, que não depende só dela, mas também do marido, que a rejeita na cama, e que a faz se sentir inferiorizada. Por querer assumir um comportamento moderno, lutando contra seus próprios princípios conservadores. Pela humilhação de ouvir, da boca do próprio marido, que procure um amante, para ser feliz. Por ver que todos percebem o desamor entre ela e BRICK.

MAGGIE é uma mulher que apresenta profundos transtornos psicológicos, em função do já exposto. E não seria sem motivo. Fica a critério de cada espectador tentar entender por que ela não “salta do telhado”, “não tita o seu time de campo”. Insegurança? Medo? Covardia? Parece que ela consegue sobreviver àquela hecatombe, graças a uma extrema dose de sarcasmo e uma capacidade de fazer parte do jogo de hipocrisia em que se vê envolvida. Uma atriz bastante madura, depois de tantos trabalhos importantes na sua carreira, BÁRBARA PAZ arrebata a plateia, numa interpretação que ficará nos anais dos grandes trabalhos de atrizes brasileiras e que a eleva à categoria das “divas”.

 

"Gata em Telhado De Zinco Quente" - foto: Ronaldo Gutierrez

Bárbara Paz.

 


Maggie.

 


 

            Fiquei fascinado pelo belíssimo cenário, “clean”, de ANA MARIA ABREU e ALEXANDRE TORO. Simples, perfeito, bonito e criativo. Em cena, apenas uma enorme cama e um sofá, também grande e confortável, cujo detalhe criativo está no material utilizado e na maneira como foram fabricados. Ambos são feitos de camadas, prensadas, de tecido de algodão, branco, presas por umas amarras, numa alusão ao local onde se passa a trama, uma fazenda que cultiva algodão. Ao fundo, quatro painéis/portas, espelhados, que giram sobre os seus eixos, permitindo a entrada e a saída dos personagens. Uma delas, quando virada ao contrário, torna-se um pequeno tocador, a fim de que MAGGIE se arrume para a festa de aniversário do sogro. Outra, também, ao inverso, tem uns cabides, com alguns vestidos pendurados, como se fosse o interior de um guarda-roupas. As demais servem apenas de portas.

 



 


Detalhes do cenário.

 

 


Discutindo a relação.

 

 


“Dois bicudos não se beijam”.

 

 

            Pela primeira vez, a conceituada consultora de moda, GLÓRIA KALIL investe, a convite de EDUARDO TOLENTINO, na carreira de figurinista e faz uma bela estreia, acertando no requinte e na adequação de todos os trajes, principalmente com relação aos modelos vestidos pela personagem de BÁRBARA PAZ, a qual, os valoriza, com sua beleza, sua plástica e sua proposital sensualidade.

 

            A iluminação, de NÉLSON FERREIRA, acompanha os demais elementos técnicos, em qualidade, não havendo muitas mudanças de luz, a não ser quando há necessidade de valorizar, por excesso ou por economia, algum detalhe de cena. A iluminação valoriza o cenário da peça.

 

 

 


Diferenças.

 

 

 

 
FICHA TÉCNICA:
 
 
Realização: Centro Cultural Banco do Brasil
Texto: Tennessee Williams
Tradução: Augusto César
 
Direção: Eduardo Tolentino de Araújo
 
Elenco / Personagem:
Bárbara Paz / Maggie
Augusto Zacchi / Brick
Fernanda Viacava / Mae
Noemi Marinho / Mãezona
André Garolli / Gooper
Zécarlos Machado / Paizão
 
Figurino: Glória Kalil
Cenário: Ana Mara Abreu e Alexandre Toro
Iluminação: Nélson Ferreira
Cenotécnicos: Jorge Ferreira e Denis Nascimento
Supervisão Musical e Sound Design: Marcelo Pellegrini
Produção Musical: Surdina
Hair Stylist: Ricardo Rodrigues
Fotos: Ronaldo Gutierrez
Arte: Rafael Branco
Assistente de Produção (São Paulo): Ariel Cannal
Produção Executiva: Paloma Galasso
Produção Geral: César Baccan / Baccan Produções
Idealização e Produção Geral: Grupo TAPA
Assessoria de Imprensa: Flávia Fusco Comunicação (São Paulo) e JSPontes Comunicação – João Pontes e Stella Stephany (Rio de Janeiro)
 

 

 

 


Augusto Zacchi.

 

 

 
 
SERVIÇO (São Paulo): 

Local: Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) São Paulo.
Endereço: Rua Álvares Penteado, nº 112 – Centro – São Paulo.
Próximo às estações Sé e São Bento, do metrô.
Temporada: De 5 de maio a 26 de junho (2016).
Dias e Horários: De 4ª feira a sábado, às 20h; domingo, às 19h. 
Duração: 120min.
Recomendação Etária: 14 anos.
Gênero: Drama
Valor dos Ingressos: R$20,00 / R$10,00 (meia-entrada).
Informações: (11) 3113-3651/3652.
Capacidade do Teatro: 130 lugares.
Funcionamento da Bilheteria: Das 9h às 21h, de 4ª a 2ª feira.
Acessibilidade para pessoas com deficiência física.
Ingresso pela Internet: www.ingressorapido.com.br.
Estacionamento Conveniado: Estapar - Rua Santo Amaro, 272.
Informações pelo telefone (11) 3113-3651.
R$ 15,00, pelo período de 5 horas. (Necessário validar o tíquete na bilheteria do CCBB.).
Traslado gratuito.
Transporte gratuito, até as proximidades do CCBB – embarque e desembarque na Rua Santo Amaro, 272, e na Rua da Quitanda, próximo ao CCBB. No trajeto de volta, há parada no Metrô República.
 
 

 

 

 


Não há necessidade de legenda.

 

 


Idem.

 

 

Felizmente, o espetáculo “GATA EM TELHADO DE ZINCO QUENTE” estreia, para o público carioca, no dia 30 de junho, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) do Rio de Janeiro, com o elenco original.

 

 

 

 
SERVIÇO (Rio de Janeiro):
 
 
Local: Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) Rio de Janeiro. – Teatro I.
Endereço: Rua 1º de Março, 66 – Centro – Rio de Janeiro.
Temporada: De 30 de junho a 21 de agosto (2016).
Dias e Horários: De 4ª feira a domingo, sempre às 19h. 
Duração: 120min.
Recomendação Etária: 14 anos.
Gênero: Drama.
Valor dos Ingressos: R$20,00 / R$10,00 (meia-entrada).
Informações: Tel: (21) 3808-2020
Capacidade do Teatro: 172 lugares.
Funcionamento da Bilheteria: Das 9h às 21h, de 4ª a 2ª feira.
Acessibilidade para pessoas com deficiência física.
Ingresso pela Internet: www.ingressorapido.com.br.
 

 

 

 


 

 

 

(FOTOS: RONALDO GUTIERREZ.)

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