“MUDANÇA DE HÁBITO”
ou
(EXEMPLO DO QUE 
É BOM, EM MATÉRIA DE 
COMÉDIA MUSICAL.)
No
início da década de 1990, um filme norte-americano, uma COMÉDIA
musical e policial, foi um sucesso estrondoso, na América do
Norte e em tantos outras nações, incluindo o Brasil, já
tendo sido assistido, em dezenas de países, por mais de
duas centenas de milhões de espectadores. A película alavancou, de vez,
a carreira da atriz Whoopi Goldeberg. Em 2009, o
filme ganhou uma adaptação para os palcos, em West End, Londres,
com grande sucesso de público e de crítica, e, depois, na Broadway
e em outras praças. A peça musical chegou ao Brasil, para uma que
seria a sua primeira montagem em solo brasileiro, e teve sua estreia em março
de 2015, no icônico Teatro Renault, uma das
grandes casas dos musicais, em São Paulo, tendo ficado em cartaz
por uma extensa temporada. Felizmente, tive a oportunidade de ter assistido
àquela excelente montagem. Estamos falando de “MUDANÇA DE HÁBITO”, um
delicioso espetáculo, ora em cartaz no Teatro Multiplan - Village Mall,
no Rio de Janeiro, já com temporada agendada para 2026,
em São Paulo.
SINOPSE:
O musical
conta a história de uma cantora de bares e boates,
Deloris Van Cartier (“do relógio”) (AMANDA VICENTE),
forçada a se refugiar num convento de freiras, após ter
presenciado um crime, cometido por seu amante, o gângster Curtis Jackson
(JUNNO ANDRADE), colocada sob um programa de proteção a
testemunhas. 
Deloris levava uma vida boêmia e tinha a certeza de que a ideia de ser
escondida num convento não poderia dar certo. 
        Tanto
Deloris quanto a descontente freira-chefe de local, a Reverenda
Madre (GOTTSHA), se opõem àquela medida protetora, no entanto
são convencidas a aceitar, diante da condição adicional de que a polícia pagasse
uma boa quantia em dinheiro ao convento, este enfrentando problemas financeiros.
Assumindo uma outra identidade, Deloris encontra
dificuldades em se adaptar ao local simples e calmo, com suas regras rígidas,
entrando em constante atrito com a Reverenda, mas fazendo amizade
com as outras freiras. 
Por determinação da Madre Superiora, Deloris
é alçada à condição de regente do coral das freiras, que era de um pendor
artístico como um zero à esquerda e que, sob a regência da foragida, se
transformou num coral harmonioso.
Essa permanência da cantora entre as religiosas dá origem a uma séria de
quiprocós, os quais levam o público a gargalhar com tantas trapalhadas, sendo
que tudo acaba bem, para a alegria de todos.
      Acho extremamente válida a remontagem
de grandes espetáculos de TEATRO, que fizeram muito sucesso, para
oferecer, a novas gerações, a oportunidade de conhecer aquelas obras e, quando assisto
às novas montagens procuro me policiar, ao máximo, para não estabelecer
comparações, porque penso que isso não faz o menor sentido, uma vez que são
visões diferentes dos diretores, em épocas diferentes também. Se, muito feliz e
satisfeito, deixei o Teatro, em 2015, após ter
assistido à versão dirigida por Fernanda Chamma, da mesma forma,
reagi diante do esplêndido trabalho de TADEU AGUIAR.
         TADEU pôs em prática, a partir
de sua vasta e comprovada competência, uma direção cirúrgica e
dinâmica, lapidando cada um do elenco, tirando grande proveito do talento de
todos. No dia em que assisti à peça, houve duas alterações no elenco:
TATI CHRISTINE interpretou o papel da protagonista, Deloris,
no lugar da titular do papel, AMANDA VICENTE, e foi substituída por MARY
MINÓBOLI, no papel da Irmã Maria Patrícia. Gostaria muito de
voltar e reassistir à peça com todos os titulares dos papéis, porém não posso
deixar de dizer que aplaudi muito as duas substituições. O elenco
foi muito bem escolhido, todos convidados, e todos, ou que, trazem uma boa bagagem em musicais,
o que valoriza muito esta montagem. Cada ator ou atriz, estando à frente de um
dos principais papéis ou defendendo os de menor importância na trama, executa,
com bastante força e talento, o/a personagem que lhe cabe. Não desmerecendo nenhum dos artistas, sinto-me no desejo e na obrigação de aplaudir, calorosamente, VÂNIA CANTO, que considero uma das melhores "cantrizes" brasileiras e por quem tenho um enorme carinho e respeito.   
Esta COMÉDIA musical policial é uma das que existem de
melhor no gênero, por conta da insólita e criativa ideia do enredo,
assim como pelo texto, leve, bastante engraçado e bem escrito, além
da beleza e da alegria das canções. A versão brasileira
caiu na mão de dois craques em tal função, BIANCA TADINI e LUCIANNO
ANDREY, que tentaram, e conseguiram, acrescentar um toque de brasilidade aos
diálogos. 
Na versão para os palcos, o musical apresenta uma trilha sonora
marcante, inspirada nos estilos musicais da Motown (“soul” e “funk”),
passando por influências de Barry White, até grandes temas da “disco
music”, e muitas das canções se tornaram “hits”, nas
vozes de grandes e festejados cantores e cantoras. 
Ainda em se falando da parte musical, merece um registro
elogioso, bastante elogioso mesmo, o trabalho de direção musical,
a cargo de LAURA VISCONTI.
         Os lindos cenários
e figurinos, bem suntuosos, foram, especial e cuidadosamente, criados para esta
produção. Aqueles, assinados por FLÁVIA JUNQUEIRA e JOÃO AZEVEDO; estes
trazem a marca de FLÁVIO RAMOS. O requinte visual ganha destaque com a iluminação,
alegre, colorida, dinâmica e muito variada, criada por MANECO QUINDERÉ. 
         Outros
grandes profissionais também marcam o brilho desta produção, como ALONSO
BARROS (coreografias) e GABRIEL D’ANGELO (desenho
de som), sem que possamos nos esquecer de citar o nome de RENATA
BORGES, que assina esta superprodução (Touché Entretenimento),
sempre no comando de grandes montagens de inesquecíveis musicais. Assinando, a
quatro mãos, esta produção, ainda há o nome de EDUARDO JUFFER (Juffer
Entretenimento). 
      Ao
se sentar em sua poltrona, no Teatro Multiplan – Village Mall, o
espectador só deve se preocupar em relaxar, por completo, e se deixar penetrar por um espetáculo que mostra, no palco, uma trama envolvente, repleta de ótimo humor
e músicas vibrantes, enquanto aborda temas como amizade, transformação e fé.
Deve perceber, também, no decorrer da peça, que esta nova adaptação lança um
olhar contemporâneo sobre a obra, celebrando o poder do afeto, da empatia e da
reinvenção pessoal.
FICHA
TÉCNICA:
Idealização:
Eduardo Juffer e Renata Borges
Texto
Original: Paul Rudinick  
Versão
Brasileira: Bianca Tadini e Lucianno Andrey
Direção Artística: Tadeu Aguiar
Elenco:
Amanda Vicente (Deloris Van Cartier), Gottsha (Madre Superiora), Junno Andrade
(Curtis Jackson), Fábio Ventura (Eddie Souther), Vânia Canto (Irmã Maria Roberta),
Daniela Cury (Irmã Maria Lazarus), Tati Christine (Irmã Maria Patrícia), WD
(TJ), Lucas Britto (Pablo), Léo Wagner (Joey), Saulo Rodrigues (Monsenhor O’hara),
Cozme Mota (Ensemble), Bia Passos (Ensamble), Bruno Ospedal (Ensamble), Kelson
Guedes (Ensemble), Fábio Viecelli (Ensemble), Val Coutinho (Ensamble), Bel
Miranda (Michele e Ensamble), Jéssica Ferreira (Tine e Ensamble), Carol Pita
(Ensamble), Priscila Araújo (Ensamble), Laura Loup (Ensamble), Mary Minóboli
(Ensamble), Mariana Alexandre (Ensamble) e Talita Silveira (Ensamble)  
Direção
Musical: Laura Visconti
Coreografias: Alonso Barros
Cenografia: Flávia Junqueira e João Azevedo
Figurinos: Flávio Ramos
Desenho de Luz: Maneco Quinderé
Desenho de Som: Gabriel D’Angelo
Direção de Produção: Robson Lins
Direção de Produção: Roberta Juricic
Gerente de Produção: Gustavo Mariano
Gerente de Produção: Alyzandra Pessanha
Fotos:
Ariel Santos
Assessoria de Imprensa: GPress Comunicação (Grazy Pisacane)
Produção Executiva: Eduardo Juffer e Renata Borges
SERVIÇO:
Temporada: De 08 de outubro a 23 de novembro de
2025.
Local:
Teatro Multiplan - Shopping VillageMall.
Endereço: Avenida das Américas, nº 3900 - Barra da Tijuca, Rio de Janeiro.
Telefone:
(21) 3030-9970.
Dias e Horários: De 4ª feira a 6ª feira, às 20h; sábado, às 16h e às 20h;
Domingo, às 16h e às 19h30min.
Valor
dos Ingressos: PLATEIA VIP - Inteira: R$ 350 | Meia-entrada: R$ 175; PLATEIA
- Inteira: R$ 280 | Meia-entrada: R$ 140; PLATEIA SUPERIOR - Inteira: R$ 50 |
Meia-entrada: R$ 25; FRISAS - Inteira: R$ 120 | Meia-entrada: R$ 60; CAMAROTES
- Inteira: R$ 120 | Meia-entrada: R$ 60.
*Ingressos
populares: R$ 25 (meia-entrada) e R$ 50 (inteira)
– Limitado a 10% da capacidade. Válido para todos os setores, exceto Plateia
VIP. Lugares aleatórios.
Vendas:
Site da Sympla: https://bileto.sympla.com.br/event/103284 (com taxa de serviço) e
Bilheteria física (sem taxa de serviço).
Horário
de funcionamento da bilheteria física: De 3ª feira a sábado, das 13h às 21h; domingo,
das 13h às 20h.
Totem
de Autoatendimento no VillageMall.
Duração:
150 minutos. 
Classificação:
Livre.
Gênero: TEATRO Musical.
         É IMPOSSÍVEL NÃO RECOMENDAR
ESTE EXCELENTE ESPETÁCULO, já com data para iniciar uma segunda
temporada, em São Paulo, no Teatro Liberdade, a partir
do dia 05 de março de 2026.
FOTOS: ARIEL SANTOS
É preciso ir ao TEATRO, ocupar todas as salas de espetáculo, visto que a arte educa e
constrói, sempre; e salva. Faz-se necessário resistir sempre mais. Compartilhem esta
crítica, para que, juntos, possamos divulgar o que há de melhor no TEATRO
BRASILEIRO!
 
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