segunda-feira, 3 de novembro de 2025

  

“MUDANÇA DE HÁBITO”

ou

(EXEMPLO DO QUE

É BOM, EM MATÉRIA DE

COMÉDIA MUSICAL.)

 




No início da década de 1990, um filme norte-americano, uma COMÉDIA musical e policial, foi um sucesso estrondoso, na América do Norte e em tantos outras nações, incluindo o Brasil, já tendo sido assistido, em dezenas de países, por mais de duas centenas de milhões de espectadores. A película alavancou, de vez, a carreira da atriz Whoopi Goldeberg. Em 2009, o filme ganhou uma adaptação para os palcos, em West End, Londres, com grande sucesso de público e de crítica, e, depois, na Broadway e em outras praças. A peça musical chegou ao Brasil, para uma que seria a sua primeira montagem em solo brasileiro, e teve sua estreia em março de 2015, no icônico Teatro Renault, uma das grandes casas dos musicais, em São Paulo, tendo ficado em cartaz por uma extensa temporada. Felizmente, tive a oportunidade de ter assistido àquela excelente montagem. Estamos falando de “MUDANÇA DE HÁBITO”, um delicioso espetáculo, ora em cartaz no Teatro Multiplan - Village Mall, no Rio de Janeiro, já com temporada agendada para 2026, em São Paulo.

 



 

SINOPSE:

O musical conta a história de uma cantora de bares e boates, Deloris Van Cartier (“do relógio”) (AMANDA VICENTE), forçada a se refugiar num convento de freiras, após ter presenciado um crime, cometido por seu amante, o gângster Curtis Jackson (JUNNO ANDRADE), colocada sob um programa de proteção a testemunhas.

Deloris levava uma vida boêmia e tinha a certeza de que a ideia de ser escondida num convento não poderia dar certo.

        Tanto Deloris quanto a descontente freira-chefe de local, a Reverenda Madre (GOTTSHA), se opõem àquela medida protetora, no entanto são convencidas a aceitar, diante da condição adicional de que a polícia pagasse uma boa quantia em dinheiro ao convento, este enfrentando problemas financeiros.

Assumindo uma outra identidade, Deloris encontra dificuldades em se adaptar ao local simples e calmo, com suas regras rígidas, entrando em constante atrito com a Reverenda, mas fazendo amizade com as outras freiras.

Por determinação da Madre Superiora, Deloris é alçada à condição de regente do coral das freiras, que era de um pendor artístico como um zero à esquerda e que, sob a regência da foragida, se transformou num coral harmonioso.

Essa permanência da cantora entre as religiosas dá origem a uma séria de quiprocós, os quais levam o público a gargalhar com tantas trapalhadas, sendo que tudo acaba bem, para a alegria de todos.


 

 



      Acho extremamente válida a remontagem de grandes espetáculos de TEATRO, que fizeram muito sucesso, para oferecer, a novas gerações, a oportunidade de conhecer aquelas obras e, quando assisto às novas montagens procuro me policiar, ao máximo, para não estabelecer comparações, porque penso que isso não faz o menor sentido, uma vez que são visões diferentes dos diretores, em épocas diferentes também. Se, muito feliz e satisfeito, deixei o Teatro, em 2015, após ter assistido à versão dirigida por Fernanda Chamma, da mesma forma, reagi diante do esplêndido trabalho de TADEU AGUIAR.




         TADEU pôs em prática, a partir de sua vasta e comprovada competência, uma direção cirúrgica e dinâmica, lapidando cada um do elenco, tirando grande proveito do talento de todos. No dia em que assisti à peça, houve duas alterações no elenco: TATI CHRISTINE interpretou o papel da protagonista, Deloris, no lugar da titular do papel, AMANDA VICENTE, e foi substituída por MARY MINÓBOLI, no papel da Irmã Maria Patrícia. Gostaria muito de voltar e reassistir à peça com todos os titulares dos papéis, porém não posso deixar de dizer que aplaudi muito as duas substituições. O elenco foi muito bem escolhido, todos convidados, e todos, ou que, trazem uma boa bagagem em musicais, o que valoriza muito esta montagem. Cada ator ou atriz, estando à frente de um dos principais papéis ou defendendo os de menor importância na trama, executa, com bastante força e talento, o/a personagem que lhe cabe. Não desmerecendo nenhum dos artistas, sinto-me no desejo e na obrigação de aplaudir, calorosamente, VÂNIA CANTO, que considero uma das melhores "cantrizes" brasileiras e por quem tenho um enorme carinho e respeito.   





Esta COMÉDIA musical policial é uma das que existem de melhor no gênero, por conta da insólita e criativa ideia do enredo, assim como pelo texto, leve, bastante engraçado e bem escrito, além da beleza e da alegria das canções. A versão brasileira caiu na mão de dois craques em tal função, BIANCA TADINI e LUCIANNO ANDREY, que tentaram, e conseguiram, acrescentar um toque de brasilidade aos diálogos.




Na versão para os palcos, o musical apresenta uma trilha sonora marcante, inspirada nos estilos musicais da Motown (“soul” e “funk”), passando por influências de Barry White, até grandes temas da “disco music”, e muitas das canções se tornaram “hits”, nas vozes de grandes e festejados cantores e cantoras.




Ainda em se falando da parte musical, merece um registro elogioso, bastante elogioso mesmo, o trabalho de direção musical, a cargo de LAURA VISCONTI.



         Os lindos cenários e figurinos, bem suntuosos, foram, especial e cuidadosamente, criados para esta produção. Aqueles, assinados por FLÁVIA JUNQUEIRA e JOÃO AZEVEDO; estes trazem a marca de FLÁVIO RAMOS. O requinte visual ganha destaque com a iluminação, alegre, colorida, dinâmica e muito variada, criada por MANECO QUINDERÉ.



         Outros grandes profissionais também marcam o brilho desta produção, como ALONSO BARROS (coreografias) e GABRIEL D’ANGELO (desenho de som), sem que possamos nos esquecer de citar o nome de RENATA BORGES, que assina esta superprodução (Touché Entretenimento), sempre no comando de grandes montagens de inesquecíveis musicais. Assinando, a quatro mãos, esta produção, ainda há o nome de EDUARDO JUFFER (Juffer Entretenimento).




      Ao se sentar em sua poltrona, no Teatro Multiplan – Village Mall, o espectador só deve se preocupar em relaxar, por completo, e se deixar penetrar por um espetáculo que mostra, no palco, uma trama envolvente, repleta de ótimo humor e músicas vibrantes, enquanto aborda temas como amizade, transformação e fé. Deve perceber, também, no decorrer da peça, que esta nova adaptação lança um olhar contemporâneo sobre a obra, celebrando o poder do afeto, da empatia e da reinvenção pessoal.




 


FICHA TÉCNICA:

Idealização: Eduardo Juffer e Renata Borges

Texto Original: Paul Rudinick  

Versão Brasileira: Bianca Tadini e Lucianno Andrey
Direção Artística: Tadeu Aguiar

 

Elenco: Amanda Vicente (Deloris Van Cartier), Gottsha (Madre Superiora), Junno Andrade (Curtis Jackson), Fábio Ventura (Eddie Souther), Vânia Canto (Irmã Maria Roberta), Daniela Cury (Irmã Maria Lazarus), Tati Christine (Irmã Maria Patrícia), WD (TJ), Lucas Britto (Pablo), Léo Wagner (Joey), Saulo Rodrigues (Monsenhor O’hara), Cozme Mota (Ensemble), Bia Passos (Ensamble), Bruno Ospedal (Ensamble), Kelson Guedes (Ensemble), Fábio Viecelli (Ensemble), Val Coutinho (Ensamble), Bel Miranda (Michele e Ensamble), Jéssica Ferreira (Tine e Ensamble), Carol Pita (Ensamble), Priscila Araújo (Ensamble), Laura Loup (Ensamble), Mary Minóboli (Ensamble), Mariana Alexandre (Ensamble) e Talita Silveira (Ensamble)  

Direção Musical: Laura Visconti
Coreografias: Alonso Barros
Cenografia: Flávia Junqueira e João Azevedo
Figurinos: Flávio Ramos
Desenho de Luz: Maneco Quinderé
Desenho de Som: Gabriel D’Angelo
Direção de Produção: Robson Lins
Direção de Produção: Roberta Juricic
Gerente de Produção: Gustavo Mariano
Gerente de Produção: Alyzandra Pessanha

Fotos: Ariel Santos
Assessoria de Imprensa: GPress Comunicação (Grazy Pisacane)

Produção Executiva: Eduardo Juffer e Renata Borges

 




 

SERVIÇO:

Temporada: De 08 de outubro a 23 de novembro de 2025.

Local: Teatro Multiplan - Shopping VillageMall.
Endereço: Avenida das Américas, nº 3900 - Barra da Tijuca, Rio de Janeiro.

Telefone: (21) 3030-9970.
Dias e Horários: De 4ª feira a 6ª feira, às 20h; sábado, às 16h e às 20h; Domingo, às 16h e às 19h30min.

Valor dos Ingressos: PLATEIA VIP - Inteira: R$ 350 | Meia-entrada: R$ 175; PLATEIA - Inteira: R$ 280 | Meia-entrada: R$ 140; PLATEIA SUPERIOR - Inteira: R$ 50 | Meia-entrada: R$ 25; FRISAS - Inteira: R$ 120 | Meia-entrada: R$ 60; CAMAROTES - Inteira: R$ 120 | Meia-entrada: R$ 60.

*Ingressos populares: R$ 25 (meia-entrada) e R$ 50 (inteira) – Limitado a 10% da capacidade. Válido para todos os setores, exceto Plateia VIP. Lugares aleatórios.

Vendas: Site da Sympla: https://bileto.sympla.com.br/event/103284 (com taxa de serviço) e Bilheteria física (sem taxa de serviço).

Horário de funcionamento da bilheteria física: De 3ª feira a sábado, das 13h às 21h; domingo, das 13h às 20h.

Totem de Autoatendimento no VillageMall.

Duração: 150 minutos. 

Classificação: Livre.
Gênero: TEATRO Musical.

 







 


         É IMPOSSÍVEL NÃO RECOMENDAR ESTE EXCELENTE ESPETÁCULO, já com data para iniciar uma segunda temporada, em São Paulo, no Teatro Liberdade, a partir do dia 05 de março de 2026.

 

 


 

 

FOTOS: ARIEL SANTOS

 

 

 

 





 

É preciso ir ao TEATRO, ocupar todas as salas de espetáculo, visto que a arte educa e constrói, sempre; e salva. Faz-se necessário resistir sempre mais. Compartilhem esta crítica, para que, juntos, possamos divulgar o que há de melhor no TEATRO BRASILEIRO!







 





 

 






























































































































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