“O MERCADOR DE
VENEZA”
ou
(UMA PROFÍCUA
AULA DE TEATRO.)
ou
(O TOM CRÍTICO
DA BOA COMÉDIA.)
Das 64 peças a que assisti,
até agora, neste ano de 2025, “O MERCADOR DE VENEZA” ocupa uma destacada posição entre os melhores
espetáculos que tive a oportunidade de conferir, pelo conjunto da obra. A
montagem, que veio de São Paulo, está em cartaz no Teatro
Nelson Rodrigues (VER SERVIÇO) e vem lotando todas as sessões,
certamente pela força da divulgação boca a boca, uma vez que o fabuloso elenco,
um dos pontos altos da encenação, é formado por atores desconhecidos dos
cariocas, mesmo dos mais frequentes espectadores dos teatros, à exceção do
magistral DAN STULBACH, popularizado
pelas novelas de TV, ao lado do qual brilham, em ordem alfabética, AUGUSTO
POMPEO, AMAURIH OLIVEIRA,
CESAR BACCAN, GABRIELA WESTPHAL, JÚNIOR CABRAL, MARCELO
DIAZ, MARCELO ULLMANN, MARISOL MARCONDES, REBECA OLIVEIRA,
RENATO CALDAS e THIAGO SAK.
Das
muitas tragédias e COMÉDIAS
escritas por WILLIAM SHAKESPEARE, é dificílimo, pelo menos para mim,
apontar a(s) melhor(es), mas,
sem dúvida, “O MERCADOR DE VENEZA” é um dos mais emblemáticos,
festejados e encenados textos do bardo inglês. A atemporalidade e a
universalidade encontradas nas obras do grande dramaturgo são admiráveis. Com
esta peça, não é diferente, a ponto de sua diretora, DANIELA STIRBULOV, de forma muito inteligente e própria, ter-se
decidido pela proposta de montar o texto, cuja escrita remonta, segundo
estimativa, a um tempo entre 1596 e 1598, numa inteligentíssima versão
contemporânea, muito moderna, ainda que as falas tenham sido bastante preservadas
dentro da linguagem da época em que o texto foi concebido.
SINOPSE 1 (BEM COMPACTA):
A
trama acompanha Antônio (CESAR BACCAN),
um mercador, que contrai uma dívida com o agiota judeu Shylock (DAN STULBACH), para ajudar seu amigo Bassânio
(MARCELO ULLMANN).
Como
garantia, Antônio oferece uma libra (equivalente a 453,592 gramas) de
sua própria carne, caso a dívida não fosse saldada no tempo aprazado.
Com
o não pagamento da dívida, o contrato desencadeia um julgamento dramático,
colocando em pauta temas como justiça e preconceito.
SINOPSE 2 (MAIS DESENVOLVIDA):
No século XVI, a cidade de Veneza, na Itália, era uma das mais ricas do
mundo.
Entre os mais abastados de seus comerciantes, estava Antônio
(CESAR BACCAN) uma pessoa boa e
generosa.
Bassânio (MARCELO
ULLMANN), um jovem veneziano, de origem nobre, mas que gastou
todo o seu patrimônio, deseja viajar para Belmonte, onde pretendia
cortejar Pórcia (GABRIELA
WESTPHAL), uma bela e rica herdeira.
Bassânio contacta seu amigo, Antônio, que havia sido
seu fiador, por diversas vezes, para pedir-lhe um empréstimo de três mil
coroas, necessárias para pagar os custos da viagem, durante três meses.
Antônio concorda, porém está com pouco dinheiro, uma vez que seus
navios e suas mercadorias estão no mar, e ele promete ser o fiador, se Bassânio
conseguisse um empréstimo, e este procura o financista judeu Shylock (DAN STULBACH), que odeia Antônio,
por seu antissemitismo, demonstrado, certa vez,
em que ele o insultou e cuspiu no judeu.
Além disso, Antônio faz empréstimos sem suros, o
que atrapalha os negócios de Shylock.
Este propõe, então, uma condição para o empréstimo:
se Antônio
não conseguisse pagar-lhe na data especificada, ele receberia uma libra da
carne do fiador.
Bassânio não quer que Antônio aceite uma condição tão
arriscada, porém este se surpreende com o que ele vê como uma “generosidade”, por parte do agiota, já que este não lhe pede juros, e assina o contrato.
Com o dinheiro em mãos, Bassânio parte para Belmonte
com seu amigo, Graciano (JÚNIOR CABRAL),
que lhe pediu para acompanhá-lo.
Graciano é um jovem gentil, porém impertinente,
extremamente falante e com grande falta de tato.
Bassânio pede a seu amigo que tente se controlar, e os dois
partem para Belmonte, ao encontro de Pórcia.
Enquanto isso, em Belmonte, Pórcia
está sendo visitada por diversos pretendentes.
Seu pai lhe deixou um testamento, estipulando que
cada um dos seus pretendentes devia escolher, corretamente, um de três cofres - um
de ouro, outro de prata e o terceiro de cobre -, cada um com uma inscrição.
Quem escolhesse o correto conquistaria a moça; caso
contrário, deveria ir embora e nunca mais incomodá-la, ou a qualquer outra
mulher, com uma proposta de casamento.
O primeiro pretendente, o Príncipe do Marrocos (AMAURIH OLIVEIRA), obcecado por luxo e dinheiro, escolhe o cofre
de ouro: ao ver o de cobre, cujo texto diz “Aquele que me escolher deve dar
e apostar tudo o que tem.”, o príncipe afirma não desejar arriscar tudo
por este metal; o de prata diz que “Aquele que me escolher ganhará aquilo que
merece.”, o que lhe soou como um convite à tortura; por sua vez, o de
ouro diz “Aquele que me escolher ganhará o que muitos homens desejam.”, e
soa, a ele, como a indicação de que quem
o escolhesse conquistaria Pórcia.
O cofre do vencedor deveria conter uma foto de Pórcia.
Dentro do cofre escolhido pelo Príncipe do Marrocos, no entanto, estão outros objetos,
que não a foto.
O segundo pretendente é o arrogante Príncipe de Aragão (THIAGO
SAK), que decide não escolher o cofre de cobre, por ser muito ordinário, nem o de ouro, porque, então, ele irá conquistar aquilo que é desejado por muitos
homens, e ele quer se distinguir das multidões bárbaras.
Decide, então, escolher a prata, pois o cofre
prateado, que lhe prometia dar aquilo que ele merecesse, devia reservar-lhe
algo grande, uma vez que ele se imagina, de maneira egoísta, como sendo uma
grande pessoa.
Dentro do cofre, no entanto, também não está a
referida foto.
O último pretendente é Bassânio, que escolhe o
cofre de cobre, em cujo interior se encontra a tal fotografia, e ele ganha a
mão de Pórcia.
Em Veneza, chega a notícia de que os
navios de Antônio se perderam em alto-mar, o que lhe impossibilitaria
pagar a fiança.
Shylock fica, então, ainda mais determinado a conquistar
sua vingança sobre um cristão, depois que sua
filha, Jéssica (MARISOL
MARCONDES) abandona o seu lar, e se converte ao cristianismo, para se casar com
Lourenzo
(AMAURIH OLIVEIRA), com quem fugiu,
levando consigo uma grande quantidade do dinheiro de Shylock e um anel,
presente que o pai havia ganhado de sua falecida esposa.
Shylock consegue que Antônio seja preso e levado ao
tribunal.
Em Belmonte, Pórcia e Bassânio
acabaram de se casar, juntamente com Graciano e a criada de Pórcia,
Nerissa
(REBECA OLIVEIRA).
Bassânio recebe, então, uma carta que lhe conta sobre o
ocorrido com Antônio e, em choque, ambos partem para Veneza, imediatamente,
com dinheiro emprestado por Pórcia, para pagar a Shylock
e salvar a vida de Antônio.
Sem que Bassânio e Graciano saibam, Pórcia
faz com que um seu criado peça a ajuda do seu primo, um advogado de Pádua.
O auge da peça ocorre no tribunal do Duque de Veneza (ANTÔNIO POMPEU).
Shylock recusa a oferta de 6.000 coroas, feita por Bassânio,
o dobro do que havia sido emprestado originalmente, e exige sua libra de carne
de Antônio.
O Duque, querendo salvar Antônio,
porém evitando abrir o perigoso precedente legal de invalidar um contrato, entrega o caso a um
visitante que se apresenta como Baltazar (disfarce de Pórcia), um
jovem “doutor em direito”, que traz uma carta de recomendação para o Duque,
do célebre advogado Belário.
O “doutor”, na verdade, é Pórcia,
disfarçada, e o seu “ajudante” é Nerissa, também disfarçada.
Pórcia, no papel de Baltazar, pede a Shylock
que tenha misericórdia de Antônio, implorando-lhe pelo perdão da dívida, porém Shylock se recusa.
O tribunal, então, se vê obrigado a permitir a Shylock
que retire, do corpo do devedor, sua libra de carne.
Shylock manda Antônio “se preparar”, entretanto,
no mesmo instante, Pórcia aponta uma "falha" no contrato: os seus termos permitem
que Shylock
remova apenas a “carne”,
e não o "sangue" de Antônio,
de modo que, se Shylock derramasse uma gota sequer do sangue de Antônio,
suas “terras
e bens” seriam confiscados, de acordo com as leis de Veneza.
Derrotado, Shylock admite aceitar a oferta de
dinheiro feita por Bassânio, porém Pórcia argumenta que ele não teria
mais direito a ela, por tê-la recusado antes.
Cita, então, uma lei, segundo a qual Shylock,
na qualidade de judeu e, portanto, “estrangeiro”, tinha aberto mão de sua
propriedade, ao tentar tirar a vida de um cidadão da cidade, e deve legar
metade do que tem ao governo e metade a Antônio,
com sua vida à mercê do Duque.
O Duque, imediatamente, poupa sua vida,
e Antônio
pede por sua parte “em uso”, isto é, mantendo uma parte em poupança, enquanto
utiliza apenas os rendimentos, até a morte de Shylock, quando a quantia
deve ser dada a Lourenzo e Jéssica.
A pedido de Antônio, o Duque abre mão da metade
destinada ao Estado, porém, em troca, Shylock é obrigado a se converter ao
cristianismo e fazer um testamento, legando toda sua propriedade à sua filha e
seu marido.
Bassânio não reconhece sua esposa disfarçada, porém oferece
um presente ao suposto advogado.
Pórcia, ainda sob disfarce, primeiro recusa o presente,
porém, após alguma insistência, pede o seu anel e as luvas de
Antônio.
Este dá as luvas sem qualquer hesitação, porém Bassânio
só se desfaz de seu anel após muita insistência de Antônio, já que ele havia
prometido à sua esposa jamais perdê-lo, vendê-lo ou dá-lo.
Nerissa, ainda como ajudante do advogado, também consegue
obter o anel que havia dado a Graciano em circunstâncias
semelhantes, sem que este perceba o que está acontecendo.
Em Belmonte, Pórcia e Nerissa
provocam e fingem revolta com seus maridos, antes de revelarem a eles quem
eram, na realidade: o advogado e seu ajudante.
Depois de todos os personagens fazerem as pazes,
Antônio ouve, de Pórcia, a notícia de que três de
seus navios não se perderam, e acabaram chegando com segurança ao porto.
“O MERCADOR DE VENEZA”, “The Merchant of Venice”, no original,
é uma COMÉDIA dramática, das
primeiras peças escritas por SHAKESPEARE, sempre lembrada por uma fala,
uma pergunta acusatória, um outro tipo de cobrança, do judeu sovina e vingativo: “Hath not a Jew eyes?” (“Não tem um judeu olhos?”). Um
detalhe curioso deste texto é que o personagem que dá título a ele não é o
protagonista da história; este é Shylock,
o judeu avarento, que alimentava uma ideia cruel de se vingar de quem dele guardava
um ódio, que se tornou recíproco.
O elenco pode ser considerado não “A,
mas UMA DAS duas cereja(s) deste bolo”. Certamente, a outra corresponde
à direção,
despojada de “pompas e circunstâncias” e voltada, no aspecto plástico, ao
momento atual, o que pode ser comprovado pela cenografia e pelos figurinos.
A estupenda diretora DANIELA
STIRBULOV se encarregou de deslocar
a trama da Itália do século XVI para os dias atuais, de
uma forma inteligente, criativa e totalmente personalíssima, focada em
questões atuais, como o antissemitismo, que tantas vidas vem
dizimando, o preconceito racial, idem, e as guerras motivadas pelo lucro e
pelo capital, que acabam por ganhar mais potência frente à narrativa. A
história poderia ter sido contada sob outro ponto de vista, que não fosse o do verdadeiro
protagonista, o judeu Shylock, contudo não teria a menor
graça nem provocaria, na plateia, as reflexões que cria. “Mergulhando em temas como preconceito e intolerância a todos aqueles que são estrangeiros,
a montagem é uma reflexão acerca das transformações nas relações humanas e tensões sociais que transcendem séculos.” (Trecho retirado do “release”
que me foi enviado pela assessoria de imprensa (STELLA STEPHANY).
São palavras da diretora: “A obra, atravessada por tensões religiosas e
preconceitos, nos confronta com questões sobre intolerância, identidade e
justiça - tão atuais quanto no tempo em que foi escrita.”. Não tenho eu a
menor dúvida de que nisso está o sucesso que a peça vem fazendo em mais
de três séculos de apresentações e que faz lotar os teatros em que a
montagem em tela vem sendo apresentada.
Volto ao elenco, para dizer que, em poucas vezes, tenho visto, num palco, um grupo numeroso, de 12 grandes artistas, tão
bem amalgamado, coeso, num nivelamento superlativo, que vai do protagonista ao personagem que tem uma menor importância na trama. Obviamente, meus aplausos mais calorosos
vão para DAN STULBACH, por sua
magistral construção de Shylock, porém, com quase igual
potência, aplaudo os seus demais 11 colegas de cena. Todos, sem a
menor exceção, cumprem, com total perfeição, a parte que lhes cabe nesta
versão, sem dúvida, a melhor leitura que já vi deste texto. Fiquei,
realmente, impressionado com a qualidade da peça.
Mais
uma vez, valho-me das palavras da diretora, para justificar meu imenso apreço pela obra encenada: “Estar à frente da
direção me possibilitou criar um universo contemporâneo. A história, escrita no
contexto do capitalismo emergente do século XVI, foi transportada para os anos
1990 — década marcada pela aceleração da globalização e pelo surgimento de uma
nova ordem mundial. Estabelecemos a Bolsa de Valores como espaço central,
implantando a atmosfera das negociações financeiras do tempo presente e o dinheiro
como motor principal das relações.”. Não é essa visão genial, que merece ser
muito reverenciada?
A cenografia da peça (CARMEM GUERRA) é de uma criatividade
quase indescritível, com destaque para um painel circular de “led”, de grande resolução, ao
centro do palco, no alto, o qual mostra desenhos de palavras e frases ligadas à
ação, assim como imagens, em tempo real, captadas por um operador de câmera. Ainda
que nem todas as pessoas possam, talvez, entender o que seja aquele painel,
logo o identifiquei com um daqueles que se veem no interior das bolsa de
valores. Que sacada genial!!!
Outro grande acerto da
direção foi colocar, no palco, fora do espaço cênico, mas à vista do público (As
coxias, inclusive, ficam à mostra.) uma baterista, que, com sua
música, executada ao vivo, enriquece a ótima trilha sonora gravada.
Os figurinos (ALLAN FERC) são discretos e elegantes,
ganhando um e outro adereços interessantes.
Cem por cento correto é o desenho
de luz, criado, a quatro mãos, por WAGNER
PINTO e GABRIEL GREGHI.
FICHA TÉCNICA:
Texto:
William Shakespeare
Direção:
Daniela Stirbulov
Tradução,
Adaptação e Assistência de Direção: Bruno Cavalcanti
Elenco
/ Personagem: Dan Stulbach (Shylock), Augusto Pompeo (Duque de Veneza), Amaurih
Oliveira (Lorenzo e Príncipe de Marrocos), Cesar Baccan (Antônio), Gabriela
Westphal (Pórcia), Júnior Cabral (Graciano), Marcelo Diaz (Lancelotte Gobbo), Marcelo
Ullmann (Bassânio), Marisol Marcondes (Jéssica), Rebeca Oliveira (Nerissa), Renato
Caldas (Solânio e Tubal) e Thiago Sak (Salarino e Príncipe de Aragão)
Baterista
em Cena: Caroline Calê
Cenografia:
Carmem Guerra
Cenotécnico:
Douglas Caldas
Figurino:
Allan Ferc
Desenho
de Luz: Wagner Pinto e Gabriel Greghi
Visagismo:
Allan Ferc
Assistente
de Figurino: Denise Evangelista
Peruqueiros:
Dhiego Durso e Raquel Reis
Direção
de Movimento: Marisol Marcondes
Aderecista:
Rebeca Oliveira
Consultoria
Sobre Shakespeare: Ricardo Cardoso
Vídeo
e Imagem: André Voulgaris
Fotos:
Ronaldo Gutierrez
“Design”
Gráfico: Rafael Oliveira Branco
Operação
de Luz: Jorge Leal
Operação
de Som: Rodrigo Rios
Motorista:
Cosme Araújo
Assistente
de Produção: Amanda Nolleto
Produção
Executiva: Raquel Murano
Direção
de Produção: Cesar Baccan e Marcelo Ullmann
Produção:
Kavaná Produções e Baccan Produções
Realização:
Caixa Cultural
Assessoria de Imprensa: JSPontes Comunicação – João
Pontes e Stella Sephany
SERVIÇO:
Temporada: De 22 de maio a 15 de junho de 2025.
Local: Teatro Nelson Rodrigues (Caixa Cultural).
Endereço: Avenida República do Paraguai, nº 230 –
Centro – Rio de Janeiro.
Telefone:
(21) 3509-9621.
Dias e Horários: 5ª e 6ª feira, às 19h; sábado e
domingo, às 18h.
Valor dos Ingressos: Plateia = R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia-entrada); Balcão
= R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia-entrada).
Ingressos
à venda na bilheteria do Teatro, de 4ª feira a dom, das 13h às 19h ou em https://www.bilheteriacultural.com.br/
ACESSIBILIDADE:
4 lugares para cadeirantes, na plateia, e mais 4, no balcão.
Capacidade:
417 lugares.
Duração:
100 minutos (sem intervalo).
Indicação
Etária: 12 anos.
Gênero:
COMÉDIA Dramática.
Por
tudo quanto escrevi, na mais perfeita tradução do que senti, assistindo à peça,
é que a RECOMENDO
e, até mesmo, gostaria de revê-la, para ampliar o meu deleite com tão
importante montagem.
FOTOS: RONALDO
GUTIERREZ
É preciso ir ao
TEATRO, ocupar todas as salas de espetáculo,
visto que a arte educa e constrói, sempre; e salva. Faz-se necessário resistir sempre
mais. Compartilhem esta crítica, para que, juntos, possamos divulgar o que há
de melhor no TEATRO BRASILEIRO!