sexta-feira, 4 de agosto de 2023

 “O MÁGICO DE OZ”

ou

(UMA ‘ODE’

À AMIZADE

E À CORAGEM.)

ou

(UMA MUITO

BEM-VINDA

SURPRESA.)

 

 


 

        Quem dispensa surpresas agradáveis? Eu sempre as recebo de bom grado, como ocorreu no último domingo, dia 30 de julho (2023), quando, a convite de JÚLIA ARCOS (Ava Comunicação), fui ao Teatro Procópio Ferreira, em São Paulo, para assistir a “O MÁGICO DE OZ”. Motivado pela FICHA TÉCNICA e por gostar bastante do musical, não fui esperando assistir a “mais uma montagem daquela história”, entretanto confesso que fiquei boquiaberto, diante do que me foi oferecido, surpresas após surpresas, o mesmo tendo acontecido com os três amigos que me acompanhavam.

 

 


 


SINOPSE:

Baseado na obra de LYMAN FRANK BAUM, publicada, pela primeira vez, em 1900, “O MÁGICO DE OZ” (“The Wonderful Wizard of Oz”, no original) conta a história de Dorothy (DUDA PIMENTA), uma garota de 11 anos, que morava com seus tios Henry (MAURÍCIO ALVES) e Emy (BIA BARROS), e seu cãozinho de estimação, Totó, numa fazenda do Kansas, que tem sua casa, dentro da qual ela e o cão se abrigaram, levada por um ciclone, perde-se em um mundo fantástico e, para saber o caminho de volta, precisa encontrar o Grande Mágico de Oz (FREDERICO REUTER).

Com a ajuda da Bruxa Boa do Norte, Glinda (SIENNA BELLE), e de seus amigos, que foi encontrando pelo caminho, Espantalho (IVAN PARENTE), que não tinha cérebro; Homem de Lata (VINÍCIUS LOYOLA), que não tinha coração; e Leão (MAURÍCIO XAVIER), a quem faltava coragem, Dorothy segue pela estrada de tijolos amarelos, em direção à Cidade das Esmeraldas.

O quarteto não conta, porém, com as maldades da terrível Bruxa Má do Oeste (Dani Winits), que resolve atrapalhar os planos da garota e seus amigos, com feitiços, magias e gargalhadas.

Será que o Mágico conseguirá ajudar os quatro?

 


 


 

        Esperava encontrar um bom espetáculo, porém uma montagem modesta, a despeito de ter os nomes de SANDRO CHAIM e FERNANDA CHAMMA envolvidos no projeto, dois profissionais merecedores de todo o respeito no campo do TEATRO MUSICAL e que já nos legaram tantas ótimas produções, contudo jamais imaginaria ver uma superprodução, com mais de 30 atores/cantores/bailarinos no palco, cenários e figurinos encantadores e muitos efeitos especiais, que tanto agradam ao público, principalmente o infantil, embora a peça seja para toda a família. Os adultos, como eu, também se divertem e se deleitam com o desfile de tantas novidades numa só encenação.

 

 


 

        Além do filme, de 1939, que alçou a adolescente Judy Garland, então com 16 anos, ao estrelato, já havia assistido a algumas versões da obra, no TEATRO, em forma de musical ou não, a mais célebre delas a icônica montagem de Charles Möeller e Claudio Botelho, em 2012, grande sucesso de público e de crítica. Estaria, então, eu diante de “mais uma”? Poderia até ser, todavia, graças ao empenho e ao talento de um grande contingente de ótimos profissionais, chego à conclusão de que o espetáculo que está em cartaz no Teatro Procópio Ferreira – até o dia 24 de setembro (2023) – é “uma” e, de antemão, antes de fazer os meus comentários críticos, já o RECOMENDO.

 

  



        Para justificar minha empolgação com esta montagem, digo que não encontrei nenhuma falha consistente, que merecesse um óbice, um senão. Se alguma aconteceu, não foi por mim percebida, passou sem que eu a notasse, não foi captada pelos meus “olhos de lince”; não os daquele tipo de crítico que parte para o Teatro com o objetivo de encontrar erros e criticar negativamente um espetáculo, mas, sim, com o olhar de alguém com um bom conhecimento técnico que sempre espera gostar daquilo que vê e, facilmente, identifica incorreções.

 

 



        Todas as versões para as tábuas a que assisti são adaptações do que está no filme, cada encenador fazendo a sua leitura, entretanto esta é a que mais se aproxima da película, com, salvo engano, o acréscimo de duas canções, sendo uma delas um “rap”, da Glinda, um divertido e alegre toque de contemporaneidade.


 


 

    SANDRO CHAIM assina uma direção inteligente, criativa e dinâmica, tornando todas as cenas ágeis e bastante divertidas. Os 105 minutos de duração do espetáculo, com um intervalo de 20, existem do ponto de vista cronológico, apenas, porque não sentimos o giro dos ponteiros do relógio. O tempo psicológico “voa”. DANI CURY se encarregou da correta direção de atores.

 


 

        Além de aparecer, na FICHA TÉCNICA, com codiretora (geral), FERNANDA CHAMMA é responsável pelas muitas coreografias, todas muito bem executadas pelo elenco, as quais transformam a montagem numa grande festa, uma celebração. Crianças exigem muita ação e movimento no palco. FERNANDA, atenta a isso, cumpre sua parte, por conta de seus desenhos coreográficos.

 

 






     DANIEL ROCHA e ADALBERTO NETO também são nomes importantes nesta produção. Aquele, assinando a direção musical (Não há músicos tocando ao vivo, porém todos os “playbacks” foram gravados com excelente qualidade, para que os atores colocassem suas vozes, no palco.); este escreveu o roteiro da peça, atendo-se, ao máximo, e com muito brilho, ao original do filme, que deu origem a todas as montagens teatrais de “O MÁGICO DE OZ”.

 


 

 As versões das letras foram feitas por SILVANO VIEIRA e SOFIA BRAGANÇA e estão muito próximas à nossa realidade contemporânea, sendo por isso muito bem recebidas pelo público de todas as idades.

 


 

       Muitos são os destaques desta cuidadosa produção, sendo um deles a bela cenografia, criada por algum(a) artista, cujo nome eu gostaria de citar, se ele aparecesse na FICHA TÉCNICA que me chegou às mãos.  Ao todo, são mais de 15 cenários, com mais de 40 trocas, contando com os virtuais, projetados numa grande tela de “led”, de alta resolução, ao fundo, além dos físicos, que são agregados ao espaço cênico, representando distintas locações, como a fazenda em que Dorothy morava, a estrada de tijolos amarelos e o a Cidade das Esmeraldas. Destaques para o Castelo de Oz, por dentro e por fora, o milharal, o Jardim das Papoulas e a floresta, tudo muito bem projetado.

 





    ANTARA GOLD, uma estilista de alta costura, também está presente na FICHA TÉCNICA, assinando um conjunto de mais de 150 figurinos, todos de muito bom gosto e convergindo para um acerto total. São lindos, criativos e totalmente de acordo com os personagens. A figurinista utilizou uma variada paleta de cores, alegres e vivas, o que concede ao espetáculo alegria e um astral bem positivo. Lamento que, na FICHA TÉCNICA, também não exista o registro do nome de um profissional responsável pela maquiagem e o visagismo, que, junto com o figurino, “vestem” os personagens. Apreciei todo o visagismo da peça, mas me detive no do personagem Espantalho, que torna o ator Ivan Parente irreconhecível. Aqui, também cabe uma menção aos ótimos adereços, criados por CLAU CARMO.

 





 

       Outra falha observada na FICHA TÉCNICA é a ausência do nome do(a) responsável pelo desenho de luz, que nos apresenta um trabalho digno dos maiores elogios, pela diversidade de cores e intensidade de luminosidade que emprega, sempre a serviço de cada cena: mais intensa aqui, mais comedida ali, quando se faz necessário mais sombra que luz. De acordo com o “release” que recebi de JÚLIA ARCOS (Ava Comunicação – Assessoria de Imprensa), Todo o palco é iluminado com fibra ótica, somando mais de 100 mil pontos que se espalham pelos cenários e pela plateia, criando uma atmosfera mágica e envolvente”. Isso não está escrito apenas num papel; é de verdade mesmo.

 





 

A iluminação está muito relacionada aos efeitos visuais e sensoriais, “que inserem o público, diretamente, no universo do espetáculo”. São mais de 50 efeitos especiais, incluindo pirotecnia, voos sobre a plateia e ilusionismo, “garantindo momentos inesquecíveis, de pura emoção, para todos os espectadores”. Isso também é verdade. Sabia, previamente, que, num determinado momento do espetáculo, a Bruxa Má do Oeste voaria, mas não espera ver o que vi. A certa altura da representação, DANI WINITS surge, inesperadamente (elemento surpresa) numa das laterais do meio da plateia, pendurada por cabos de aço, com todo o ambiente às escuras, e dá o seu texto, após o qual, desaparece e eu fiquei me perguntando se aquilo era o que foi anunciado como um “voo”. Não! Não era! A surpresa maior estava reservada para o final do primeiro ato, quando a personagem surge, do fundo do palco, e é projetada, pelo ar, ao que parece por uma espécie de guindaste ou grua, que fica oculta pela escuridão, até o meio do público. Ali, sim, estava o tal “voo”, incrementado por fachos de raio laser, que partiam de cada um dos dedos da personagem. Uma visão fantástica e arrebatadora!

 






 

 Como são muitos os efeitos especiais, não posso deixar de mencionar a cena do ciclone, quando a casa em que Dorothy e Totó haviam buscado abrigo também voa pelo espaço, aqui já deixando à mostra o mecanismo responsável por tal efeito, sem que isso o torne menos interessante.

 


 

Um elemento de criação que, se não for bem executado, pode, num musical, destruir o trabalho de muitos profissionais, é o som, que, aqui, não apresenta problemas. É perfeito o desenho de som, de EDUARDO PINHEIRO.

 



 

 Reservei, para o final, os comentários referentes ao elenco da peça, que se apresenta, de forma geral, com um bom rendimento. Agradaram-me muito, em especial, algumas atuações, como a da jovem DUDA PIMENTA, cujo trabalho, salvo engano, eu desconhecia, até então, como Dorothy, uma menina de forte personalidade e coragem, além de se mostrar uma grande líder na busca de seus objetivos.

 

 





O trio dos “necessitados e carentes” está muito bem representado por três excelentes atores de musicais. O carisma dos seus personagens, somado a suas capacidades pessoais de “sedução” e habilidade em se relacionar com a plateia, rende ao trio muitos aplausos, pelas gargalhadas que provocam.



 

VINÍCIUS LOYOLA, é o Homem de Lata, que carecia de um coração; IVAN PARENTE, o Espantalho, que precisava de um cérebro; e MAURÍCIO XAVIER, o Leão, que, apesar de ser temido, como o “Rei da Selva”, estava à procura da coragem, que o faria jus à sua “fama de mau”. Três ótimos trabalhos. Não destacaria nenhum, visto que os considero no mesmo patamar de atuação, mas não posso me furtar a um comentário, acerca do rendimento de MAURÍCIO, um veterano em musicais, assim como IVAN, este um “PhD” em “O MÁGICO DE OZ” (Nem todos entenderão a “piada”.). Ache genial a postura “diferente” do Leão (Cada um entenda o adjetivo como o eufemismo que quiser. Assistam ao espetáculo, por favor!). Ri muito com suas “esquisitices”.

 

 







Uma das coisas mais interessantes que percebo nesta obra é que a Bruxa Má, nesta história, não é tão mal recebida e odiada pelas crianças. Seu texto é farto em bom humor, muito valorizado, no caso desta montagem, pelo excelente trabalho de DANI WINITS, a quem louvo a coragem de ter topado voltar a “voar”, depois do que lhe ocorreu, anos atrás, em outro musical, que não vale a pena ser lembrado.




FREDERICO REUTER, cuja brilhante carreira, principalmente em musicais, venho acompanhando há muitos anos, como o Mágico de Oz, ratifica seu talento num palco.

 


 

Todos os demais atores e bailarinos que interpretam papéis de menor relevância na trama (Os personagens; não os artistas.) também executam, de forma apreciável, suas participações na montagem. Um destaque para o ator, cujo nome, infelizmente, desconheço, que manipula uma espécie de "robô", representando Totó.

 




  


FICHA TÉCNICA:

Baseado no livro Homônimo de Lymam Frank Baum

Versão Brasileira: Silvano Vieira e Sofia Bragança


EQUIPE CRIATIVA:

Direção Geral: Sandro Chaim

Codireção: Fernanda Chamma

Coreografia: Fernanda Chamma

Direção de Atores: Dani Cury

Direção Musical: Daniel Rocha

Roteiro: Adalberto Neto

Direção Residente: Bia Lucci

Dance Captain e Coreografia de Sapateado: Manu Casado

“Design” de Som: Eduardo Pinheiro

Produção Geral: Miçairi Guimarães

Produção Executiva: Rita Ferradaes

“Stage Manager”: Eduardo Munhoz

Pianista Ensaiador: Renan Achar

Figurinos: Antara Gold

Adereços: Clau Carmo

Fotos: Caio Galucci

Assessoria de imprensa: Ava Comunicalção (Júlia Arcos e Sandra Calvi)

 

Elenco / Personagem: Dani Winits (Bruxa Má do Oeste), Duda Pimenta (Dorothy), Ivan Parente (Espantalho), Maurício Xavier (Leão), Vinícius Loyola (Homem de Lata), Sienna Belle (Glinda), Frederico Reuter (Mágico de Oz), Bia Barros (Tia Emy / Ensemble), Maurício Alves (Tio Henry / Ensemble)


ENSEMBLE: Alana Campos, Alice Pietra, Andreas, Ana Luiza de Abreu Leal, Anna Beatriz Xuxinha, Cassio Collares, Christian Julius, Davi Tostes, Gustavo Ferreira, Gustavo Spinosa, Helô Carril, Isabelle Daneluz, Jujú Gaspar, Julia Berlim, Letícia Anry, Lucas Cordeiro, Lucy Dalle, Malu Lozano, Milena Blank, Nathia, Paula Serra, Pedro Meirelles, Rodrigo Spinosa, Sidinho e tetéu Cabrera


 


 




 

SERVIÇO:

Temporada: De 22 de julho a 24 de setembro de 2023.

Local: Teatro Procópio Ferreira.

Endereço: Rua Augusta, nº 2823 – Cerqueira César – São Paulo.

Dias e Horários; 5ª e 6ª feira, às 20h, sábado e domingo, às 15h30min.

Valor dos Ingressos:  5ª e 6ª feira: Esmeralda (Premium) = R$250,00; Diamante (VIP) = R$200,00; Setor OZ = R$120,00. Sábado e domingo: Esmeralda (Premium) = R$280,00; Diamante (VIP) = R$ 220,00; Setor OZ = R$150,00. Há a prática de meia-entrada para aqueles que, legalmente, fazem jus ao benefício.

Horário de funcionamento da Bilheteria: Aberta às 3ªs e 4ªs feiras, das 14h às 19h; de 5ª feira a domingo, das 14h até o início do espetáculo.

Abertura da casa: 1 hora antes de cada espetáculo.

Capacidade: 624 lugares, incluindo 07 poltronas adaptadas para obesos e mais 12 lugares reservados para cadeirantes.

Duração: 1h45min, com 20 minutos de intervalo.

Contato: (11)3083.4475 grupos@omagicodeoz.com.br

Formas de Pagamento: Dinheiro, cartão de débito e crédito (todas as bandeiras) e PIX.

Preços especiais para vendas de grupo: grupos@chaimproducoes.com

O Teatro possui ar-condicionado e acesso universal.

Vendas “on line”https://www.omagicodeozmusical.com.br;

Redes Sociais:  @magicodeozmusical

Assessoria de imprensa “O MÁGICO DE OZ”: AVA Comunicação 

Jornalismo: Sandra Calvi: (11)99142-4433 - sandra@avacom.com.br e Julia Arcos: (11)96301-4925 - julia@avacom.com.br

 




 

     O espetáculo nos passa mensagens atemporais, por meio dos diálogos e de um subtexto, como amizadecoragem, determinação e superação, às quais se somam outras, de grande importância, principalmente para o momento que atravessamos: diversidaderespeito preconceito. Mas esses ensinamentos não nos chegam de forma didática e “careta”, mas, sim, por meio do lúdico, com toques de humor, de uma forma bem leve. Aprendemos que é preciso acreditar em nós mesmos, já que nossas qualidades estão dentro de cada um de nós, embora, muitas vezes, não nos demos conta delas.

 


 

        Adorei ter visto o Teatro lotado e a forma, muito positiva, como o público recebu o espetáculo. E eu me incluo nesse público, razão pela qual RECOMENDO O MUSICAL.

 

 




 



FOTOS: CAIO GALUCCI

 

 

GALERIA PARTICULAR:

(FOTO: CARLOS EDUARDO

SABBAG PEREIRA.)

 


 

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