sábado, 9 de abril de 2022

 “CORCUNDA –

DUETO PARA ATOR E CATEDRAL GÓTICA”

ou

(DE COMO SE

CONSTRUIR UMA

OBRA-PRIMA.)


 






 

      Parece que a temporada de OBRAS-PRIMAS, na área do TEATRO INFANTOJUVENIL, está chegando, ao Rio de Janeiro, com toda força, neste retorno, ainda meio morno, à “normalidade” do TEATRO. Tenho assistido a algumas, escrito sobre elas e, mais uma vez, me disponho a gastar algumas horas do meu precioso tempo, diante de um computador, para dar forma a uma crítica à mais recente produção do gênero a que assisti, no último domingo, dia 3 de abril de 2022, no Teatro do OI Futuro Flamengo. O espetáculo que será, aqui, avaliado é uma magnífica produção, sob todos os aspectos, com direção, sempre competente, de DANIEL HERZ, “CORCUNDA – DUETO PARA ATOR E CATEDRAL GÓTICA” (VER SERVIÇO.), numa interpretação magistral e comovente do ator MAURICIO GRECCO.



      Trata-se de uma livre adaptação, muito próxima ao texto original, do romance de Victor Hugo (1802 – 1885), “O Corcunda de Notre-Dame”, título que só surgiu em 1833, quando da tradução para a língua inglesa. Em sua primeira edição, em 1831, era “Notre-Dame de Paris”. A intenção maior do autor era escrever um romance histórico, direcionado o público adulto, objetivando a conscientizá-lo para a necessidade de se conservar a Catedral de Notre-Dame, que se via na iminência de ser demolida. A história passa-se em 1482, em Paris, capital francesa. A ação desenrola-se dentro e em torno da Catedral de Notre-Dame, na Ile de la Cité, no meio do rio Sena, onde estavam situadas os dois grandes monumentos da cidade à época: a Catedral e o Palácio da Justiça, “o que centralizava, na ilha, a religião e o governo de Paris”.



 Um pouco sobre “Notre-Dame”: “A Catedral, construída em 1330, era a principal igreja de Paris. Além de importante local de oração, aceitava órfãos e pessoas que ali procuravam refúgio da lei. As personagens da história provêm de todas as camadas sociais existentes em Paris, na Idade Média: membros do clero e fidalgos cruzavam-se com ciganos e mendigos nas ruas da Île de la Cité. Luís XI de França era o soberano, à época, e costumava assistir, diariamente, à missa na Catedral. Paris não possuía uma força policial. Oficiais da guarda pessoal do rei e grupos de fidalgos patrulhavam as ruas para manterem a ordem. Havia, então, em Paris, muitos pobres e sem-abrigo. Alguns destes proscritos eram pedintes, ciganos, pessoas com deficiências, doentes e ladrões. Estes elementos eram percebidos pela sociedade como uma ameaça.”.



  “CORCUNDA – DUETO PARA ATOR E CATEDRAL GÓTICA” utiliza-se de uma obra original, para tratar de um assunto muito importante e, cada vez mais, necessário, que é a discussão acerca de como lidamos com a diferença. Vê-se, portanto, que o problema atravessa séculos (No caso do original que deu origem à peça, quase dois.) e, infelizmente, ainda precisa ser trabalhado, a começar pelas crianças, as quais, para que atinjamos um patamar de civilidade, de vida num mundo, realmente, igualitário e, verdadeiramente, humano, precisam aprender a lidar com os seus diferentes, sejam por suas etnias, origens, posição social, deficiências físicas ou mentais, orientações sexuais...


 


 

SINOPSE:

 

O corcunda QUASÍMODO, um bebê deformado, é abandonado na porta da “Catedral de Notre-Dame de Paris” e passa a ser criado, como filho, pelo responsável pela Catedral, o poderoso Arquidiácono CLAUDE FROLLO.

O CORCUNDA cresce, longe da sociedade, dedicado à sua paixão - os sinos de “Notre-Dame”.

Até que, um dia, FROLLO se apaixona por uma bela cigana ESMERALDA.

QUASÍMODO também se apaixona pela moça, mesmo se dando conta da impossibilidade de realizar este amor.

FROLLO, rejeitado pela cigana, reage de forma violenta, num crescendo de destruição de si mesmo e da própria cigana.

A partir daí, um inevitável confronto entre FROLLO e QUASÍMODO vai ser estabelecido.

 

 



  Não darei maiores detalhes da trama, para não lhes roubar algumas surpresas, muito interessantes, da peça, inclusive o seu desfecho.



 Faz-se necessário dizer que ESMERALDA é uma personagem que representa uma espécie de beleza suprema, quase celestial, entretanto o amor que os dois, FROLLO e QUASÍMODO, dedicam a ela é completamente diferente. Enquando aquele demonstra, por ela, uma enorme paixão, repleta de desejo sexual, embora, muitas vezes, se note uma grande ternura e carinho pela cigana, este se afeiçoa pela mulher de uma forma “desinteressada”, um quase amor fraternal. Mas o fato é que a bela “gitana” não corresponde à benquerença de nenhum dos dois, preferindo amar PHOEBUS DE CHÂTEAUPERS, um oficial da guarda real, que, apesar de dizer que a ama, tem uma noiva e não nutre nenhum tipo de sentimento por ESMERALDA, a não ser desejo carnal.



    Desde o seu lançamento, a história popularizou-se e a obra literária foi adaptada para outras linguagens, além do TEATRO, como a ópera, o cinema e, até mesmo, o desenho animado. O grande sucesso do romance atraiu inúmeros visitantes à Catedral, ávidos por ver, de perto, cada canto em que se passava a celebrada história, a ponto de tal prestígio renovado ter garantido a ela, que estava "caindo aos pedaços", a sua restauração, devolvendo à cidade uma de suas referências mais importantes. Vale muito a pena uma visita àquela construção, o que já tive a oportunidade de fazer e que me deixou, extremamente, emocionado. Quero lá retornar e tenho esperança de que isso irá acontecer. Ir à França e não conhecer a Catedral de Notre-Dame é o mesmo que vir ao Rio e não pisar as areias (sujas e contaminadas) de Copacabana.



 Apropriando-me do “release”, enviado por STELLA STEPHANY (JSPONTES COMUNICAÇÃO – JOÃO PONTES E STELLA STEPHANY), “CORCUNDA – DUETO PARA ATOR E CATEDRAL GÓTICA” conta a história de um homem excluído, por não se encaixar no que seria um padrão estético aceitável aos olhos do povo de sua cidade. Tanto o CORCUNDA QUASÍMODO quanto a bela, mas pobre, cigana ESMERALDA, por quem se apaixona, representam os párias de uma sociedade que contrapõe ‘o belo e o feio’, e hipervaloriza aparência e poder, em detrimento da verdade e do amor”.



    Segundo palavras do idealizador do projeto, um dos autores da dramaturgia e ator do solo, MAURICIO GRECCO, Todos nós somos singulares e diferentes, vivendo num mundo normativo, que cultua e impõe padrões estabelecidos. Tudo que escapa à norma vigente tende a ser incompreendido e rechaçado. O CORCUNDA, de Hugo, gira em torno da questão da intolerância com as diferenças, do processo de marginalização a que QUASÍMODO e a cigana ESMERALDA são submetidos, por não estarem enquadrados”.



  Encontrei, no já referido “release”, uma frase muito interessante, cunhada pelo diretor, DANIEL HERZ, acerca da montagem: Um ator sozinho, enfrentando a saga de um palco, com seu corpo, sua voz, sua energia, para mostrar, como diria o bardo: ‘o belo é feio e o feio é belo!’”.



  Com relação à montagem, ao seu processo, ainda que mereçam os maiores elogios todos os elementos que contribuem para que ela ocorra, não resta a menor dúvida de que se trata de um “espetáculo para um ator”. Para um ator, com seu corpo, voz, talento e sensibilidade, o que não falta a MAURICIO GRECCO, mostrar como pode, de forma visceral, se comunicar com um público, de variadas idades, e levar, a cada um espectador uma mensagem, ou mais de uma, tão importante e necessária, cada vez mais, nos dias de hoje, principalmente no Brasil.



   Confesso a minha incompetência, para traduzir, em palavras, do que é capaz MAURICIO GRECCO, em cena, interpretando, simultaneamente, vários personagens, como o NARRADOR, QUASÍMODO, FROLLO, ESMERALDA e o CAPITÃO PHOEBUS, com mudanças bruscas e perfeitas de postura corporal e voz, utilizando, apenas, alguns detalhes e objetos cênicos que os identificam, sem, em momento algum, se perder numa dessas trocas de identidade. É de merecer aplausos em cena aberta. Além disso, como se já não o bastasse, para os meus efusivos aplausos de pé, seguidos de gritos de “BRAVO!”, “ao longo da encenação, o ator interage/contracena com uma maquete da Catedral de Notre-Dame, total­mente vazada, em aramado cromado, que se articula, através de imãs e mecanismos, num jogo de montar e desmontar, como um grande quebra-cabeças. A Catedral é uma personagem viva na encenação, e cada cena remete a um espaço físico da sua arquitetura gótica. Este e outros elementos de cena como escadas, cordas e passarelas, são transformados pelo ator continuamente, criando variados ambientes que ora acolhem, ora desafiam as personagens e a narrativa. O ator ocupa o espaço como num vigoroso “parkour”, um praticante de um tipo de atividade física, que exige muito do corpo de quem a pratica, inspirada no “método natural de educação física”, o qual consiste em fazer um determinado percurso, com os mais insólitos obstáculos, uma série de movimentos físicos, com a proposta de utilizar os elementos dos meios rurais e urbanos, como obstáculos a serem ultrapassados. Ousaria dizer, num tom meio exagerado, que, durante uma sessão do espetáculo, o ator percorre, andando e correndo, alguns quilômetros e perde um pouco de peso, de tanto que o seu impecável trabalho exige do seu corpo.


 

   E já que estou falando do magnífico trabalho do ator, preciso fazer alusão às suas máscaras faciais e a toda a expressão que cada uma delas traduz. O trabalho de MAURICIO é esplendoroso e indescritível. Ele, que já foi dirigido por alguns dos mais consagrados diretores brasileiros, como Aderbal Freire-Filho, Domingos Oliveira, Gabriel Villela, Ulisses Cruz, Luiz Arthur Nunes, Karen Acioly e Paulo de Moraes, entre outros, agora, vive a experiência de ser dirigido por outros grande dos nossos diretores teatrais, DANIEL HERZ , cuja direção explorou bastante o potencial do ator, assim como teve a oportunidade de propor resoluções muito inteligentes, que funcionam, perfeita e corretamente, em cena, principalmente quando se propõe a pôr em cena um “diálogo” entre o homem e o objeto, o QUASÍMODO e a CATEDRAL, aquele sustentando esta, às costas.



      Diretor, professor, ator e autor DANIEL HERZ é um dos mais renomados e reconhecidos profissionais do TEATRO BRASILEIRO, premiado, nas várias vertentes em que atua, além de fundador e diretor artístico da “Companhia Atores de Laura”. Mais uma vez, o trabalho de direção de HERZ merece ser posto em relevo, contando com a assistência de direção de TIAGO HERZ, seu filho, que lhe segue os passos. A adaptação, a seis mãos, foi pensada como uma proposta de exercício para um ator, sozinho, em cena, experimentando vivenciar vários personagens, sem contar, no palco, com a presença física de outros atores ao seu redor, o que, também, guarda uma relação com a solidão do protagonista, que também, de certa forma, nos atingiu, a todos, durante esses dois últimos anos de confinamento. Há, para todos nós, uma necessidade de liberdade, de reconhecimento pelo próximo e, mais do que isso, sermos aceitos e dividir a experiência de viver em grupo, numa sociedade organizada e sadia de mente. Aprofundando, um pouco mais, uma reflexão, é possível enxergar, na solidão do CORCUNDA, por sua rejeição, por parte da sociedade, dita “normal”, uma semelhança com a solidão dos artistas, de uma forma geral, abandonados e, mais que isso, criminalizados, por um (DES)governo federal, que não tem a menor empatia pelo próximo e odeia os ARTISTAS.



  O isolamento do personagem, que passa a sua vida encerrado naquela Catedral, isso, a dramaturgia, tendo nascido durante uma pandemia, tem a ver com o nosso isolamento compulsório. Ambos aconteceram sem que o desejássemos. O dele, pela rejeição, de uma sociedade, em função de suas deformidades; o nosso, pela necessidade de autoproteção e de não infectar um próximo; questão de empatia. A diferença é que a sociedade não o acolhia, por sua dificuldade em aceitar a “diferença”, ao passo que a nossa se traduzia num ato, como já disse, de autoproteção, proteção, amor e respeito ao outro e, sem nenhum exagero, preservar e garantir a continuidade da espécie humana, a qual parecia que estava condenada a desaparecer do mapa, vítima de um "mísero" vírus.  


 

  Quando analisei o trabalho de ator, de MAURICIO GRECCO, acabei enveredando, sem o perceber, por comentários à belíssima e criativa cenografia, a qual, nesta montagem, é um dos elementos mais importantes. Não vale a pena repetir o que, lá em cima, foi dito, porém vale, sim, acrescentar, alguns detalhes ainda não tornados públicos. Antes, repetir - Por que não? - , a genial ideia de um ator/personagem “contracenar” com o espaço cênico, no qual ganha relevo, quase ao final do espetáculo a presença de uma miniatura/réplica da afamada Catedral, uma obra de arte indescritível, desmontável e remontável, por meio da utilização de ímãs, obra do artista plástico JÚNIOR ALEXANDRE, sobre o qual faço questão de transcrever parte de uma ligeira conversa que tive com a cenógrafa, a grande artista DORIS ROLEMBREG (Tomei essa liberdade.): "Maravilhoso! Ele é artista de carnaval e nunca tinha feito nada parecido. Ele faz estruturas de ombreiras, chapéu e anquinha, por exemplo. Eu fiz os desenhos em escala real, imprimi diversos desenhos e ele foi montando, a partir desses impressos. Ele se empolgou com o trabalho e foi um parceiro maravilhoso. Apaixonado pela maquete". Mas o ator também “contracena” com os demais objetos de cena, que se resumen a duas escadas “especiais” (Isso é um segredo.), duas tábuas e um aro de bicicleta, que se prestam à construção dos locais percorridos pelo CORCUNDA. Segundo uma conversa que tive com DANIEL HERZ, “o processo para a criação da cenografia (...) foi sendo pensado e construído no decorrer dos experimentos. Na sala de ensaio. Propor, pensar e construir. Pensar = fazer. Experimentando ideias, refazendo-as, ato contínuo, para serem descartadas ou para serem assumidas como dispositivo cênico a ser incorporado à cena. Uma experiência de descobertas realizada no fazer cotidiano e exaustivo do ensaiar. (...) Criando desenhos e soluções, a partir das vivências trabalhadas. Não sabíamos, ou não aceitamos, por princípio, uma cenografia pré-concebida, como ponto de partida para a sala de ensaio. Mais do que reproduzir ou representar a Catedral, nos interessávamos por desvendar a relação de ocupação do corpo do ator com esse espaço. Assim, o movimento, os deslocamentos, a ocupação do espaço temporal foram o mote para a criação dos dispositivos cênicos, que não pretendem aludir, de forma direta, aos elementos arquitetônicos da Notre-Dame, mas que trazem, em si, a proposta de fragmentação, de explosão do espaço total.  A Catedral de Notre- Dame encontra-se, em determinado momento, inteira na cena. Contudo, ela é miniaturizada e composta pelo frágil arame, que, tramado, apresenta, simultaneamente, solidez e diafaneidade, fazendo com que a luz a atravesse, como faz com os seus vitrais. Assina essa cenografia, como já disse, a grande artista DORIS ROLLEMBEREG. 



   O cenógrafo pensa, cria; e o cenotécnico executa a obra. Aplausos para ANDERSON DIAS, o construtor de toda aquela “parafernália cênica”.



   Uma coisa puxa outra e, feita, acima, uma citação com relação à luz que atravessa a CATEDRAL, aproveito para avaliar o excelente trabalho – o que, de longa data, não é nenhuma novidade – de RENATO MACHADO, o qual criou um desenho de luz que parece dialogar – parece, não; “conversa” mesmo - o tempo todo com a cenografia, pondo em relevo detalhes da cada cena e criando belas imagens também.



     CLÍVIA COHEN e LUCILA BELCIC são as duas pessoas de mentes privilegiadas, que pensaram num único figurino, extremamente genial e criativo, que, ao mesmo tempo, facilitasse todos os “trocentos” movimentos de um ator solitário em cena, da mesma forma como agregaram, a essa roupa, detalhes que não posso revelar, para não dar “spoiler” e tirar o prazer e a surpresa dos que ainda vão assistir ao espetáculo. Mas posso adiantar que são detalhes fantásticos, ligados a todos os personagens vividos pelo ator. O único que acredito que não vá diminuir esse prazer é o fato de – isso por conta da direção – a cigana ESMERALDA ser representada por um enorme lenço vermelho. Vão colocando a imaginação para trabalhar. até que possam ver, “in loco”, ao vivo e em cores, como um homem e um lenço “contracenam”.



   O espetáculo obteve um grande ganho com a música original, composta por LEANDRO CASTILHO. Ela pontua as cenas e acrescenta a elas uma pitada do que precisam, para atrair mais a atenção do público: momentos de alegria, de tristeza, de suspense, de medo...


 

 

 

FICHA TÉCNICA:

 

Dramaturgia: Daniel Herz, Mauricio Grecco e Tiago Herz

Direção: Daniel Herz

Diretor Assistente: Tiago Herz

 

Elenco: Mauricio Grecco

 

Cenografia: Doris Rollemberg e Mauricio Grecco

Música Original: Leandro Castilho

Figurinos e Adereços: Clívia Cohen e Lucila Belcic

Desenho de Luz: Renato Machado

Cenotécnico: Anderson Dias

Fotografia: Jackeline Nigri

Projeto Gráfico: Lygia Santiago

Patrocínio: OI, Governo do Estado do Rio de Janeiro e Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura

Produção Executiva: Mônica Farias

Direção de Produção: Marta Paiva

Coordenação e Idealização: Mauricio Grecco

Realização: Horizonte Produções Artísticas

Assessoria de imprensa: JSPontes Comunicação – João Pontes e Stella Stephany

 

 


 

 


SERVIÇO:


Temporada: de 26 de março a 01 de maio de 2022

Local: OI Futuro Flamengo

Endereço: Rua Dois de dezembro, 63 – Flamengo – Rio de Janeiro

Telefone: (21)3131-3060

Dias e Horários: sábados e domingos, às 16h

Valor dos Ingressos: INGRESSOS GRATUITOS. Retirada no site SYMPLA.

Duração: 60 minutos

Capacidade: 63 espectadores

Recomendação Etária: Livre, recomendada a partir de 06 anos.

Gênero: Teatro Infantojuvenil

 

 



     Não há como não recomendar, esta OBRA-PRIMA, que não nos poupa do dever de refletir e olhar para como lidamos mal com a diferença, via a adaptação de um clássico da literatura, que se mantém universal e contemporâneo. Basta olhar para o lado, e para dentro de si mesmo, e ver que, no mundo de hoje, muita gente ainda precisa e tem que aprender a lidar com os seus diferentes, que, na verdade, são iguais a todos nós. “CORCUNDA – DUETO PARA ATOR E CATEDRAL GÓTICA” conta a história de um homem excluído, por não se encaixar no que seria um padrão estético aceitável aos olhos do povo de sua cidade. Tanto o QUASÍMODO quanto a bela, mas pobre, cigana ESMERALDA representam, como já foi dito, os “párias” de uma sociedade que contrapõe “o belo e o feio”, assim como o “ter e o ser”, e hipervaloriza aparência e poder, em detrimento da verdade e do amor.



  De certa forma, todos nós, para alguns, também somos “párias”.

E NÃO QUEREMOS, NÃO DEVEMOS E NÃO PODEMOS MAIS SÊ-LOS.

 




FOTOS: JACKELINE NIGRI

 

 

 



GALERIA PARTICULAR:

 


Com Daniel Herz.




Com Mauricio Grecco.




Com Tiago Herz.





 

E VAMOS AO TEATRO,

COM TODOS OS CUIDADOS!!!

 

OCUPEMOS TODAS AS SALAS DE ESPETÁCULO

 DO BRASIL,

COM TODOS OS CUIDADOS!!!

 

A ARTE EDUCA E CONSTRÓI, SEMPRE!!!

 

RESISTAMOS, SEMPRE MAIS!!!

 

COMPARTILHEM ESTE TEXTO,

PARA QUE, JUNTOS,

POSSAMOS DIVULGAR

O QUE HÁ DE MELHOR NO

TEATRO BRASILEIRO!!!








































































Nenhum comentário:

Postar um comentário