sábado, 27 de dezembro de 2014


O HOMEM
DE LA MANCHA
 
(UMA OBRA-PRIMA! 
BELEZA E EMOÇÃO À FLOR DA PELE!
ou
A POSSIBILIDADE DE UM SONHO IMPOSSÍVEL!)
 
Parte 2
 
 
 
 
 
 
Alguns comentários sobre a FICHA TÉCNICA:
1) O texto já se tornou um clássico do TEATRO, pela beleza de seu tema e por sua arquitetura, com diálogos curtos (e alguns poucos “bifes”), que mantêm uma linguagem requintada, mas de acesso ao público em geral, graças à excelente tradução e adaptação de MIGUEL FALABELLA.
2) As canções do espetáculo são lindas e receberam uma excelente versão, também de  FALABELLA, igualando-se, em qualidade, às versões de Chico Buarque e Ruy Guerra, para a primeira montagem.  Todos os que entendem de musicais sabem o quanto é ingrata a tarefa de verter letras para o português, uma vez que é necessário manter o conteúdo original, que também serve para contar a história, é texto, combinando sílabas métricas com compassos e ritmos.  Cláudio Botelho é o grande mestre nessa arte, e FALABELLA também se saiu muito bem neste espetáculo.
3) Dirigir um elenco de 35 atores, 17 músicos e comandar mais dezenas de técnicos e outros profissionais não é tarefa para amador.  É preciso muito profissionalismo, determinação, liderança, capacidade de dialogar e, acima de tudo, muita competência, sensibilidade e bom gosto.  Tudo isso, e mais alguma coisa, é o que não faltou a MIGUEL FALABELLA na direção deste espetáculo.  Foram dois meses e meio de ensaios, pelo que apurei, que devem ter sido muito “puxados”, para que o resultado fosse a maravilha que se pode ver em cena.  Tudo muito “limpo”, acontecendo, com perfeição, à hora e à maneira certa, sem um “furo”, sem um contratempo.  FALABELLA tem uma facilidade muito grande para trabalhar com elencos numerosos e atribuir funções a todos os atores, de modo que, mesmo sem participar diretamente das cenas, cada um, na sua mínima e quase imperceptível atuação, acaba, no fundo, por superlativizá-la, concorrendo para encher o palco de ações paralelas.  O diretor pensou em tudo e o resultado de seu trabalho é irrepreensível.
4) Tudo o que está ligado à parte de direção musical é de responsabilidade de um profissional que, por tantas vezes, já demonstrou seu potencial, em musicais de sucesso, e que, mais uma vez, honra a sua profissão: CARLOS BAUZYS.  Já assisti a muitos espetáculos com a sua assinatura, na direção musical, e, apesar de ter gostado de todos, neste, ele se supera, com arranjos belíssimos, tanto para instrumentos como para vozes.
5) A orquestra é formada por músicos de primeiríssima qualidade, como requer um espetáculo do porte de O HOMEM DE LA MANCHA, com destaque para os muitos metais, várias percussões e uma abundância de sopros, tendo, como detalhe curioso, o fato de não contar com instrumentos de cordas.  Todos estão de parabéns!
6) Quanto à coreografia, de KÁTIA BARROS, todas merecem destaque, pela dose certa de vigor aplicada a cada um dos números, com alguns destaques, poucos, pois cada uma das danças se reveste de características próprias e todas são excelentes, como a cena dos ciganos e todas as da hospedagem / castelo.  Sem exceção, as coreografias da peça exigem muito dos executantes, que fazem um trabalho perfeito, valorizando, em muito, a encenação.
7) A cenografia é impactante, suprema, exageradamente fantástica!  Quase que reproduzirei, com algumas adaptações, um texto do programa da peça. 
A construção do cenário foi realizada pelo Senai-SP, na escola de Lençóis Paulista – concebido como uma opressiva estrutura metálica semicircular, de oito metros de altura, quase o dobro da última produção, com elementos visuais da arquitetura do início do século XX, com quatro escadas em curva, interligadas por uma passarela, que conduzem ao nível do palco, o território dos loucos. É essa estrutura que cria o cenário do manicômio.  Nele, a visão de um manicômio remete, ainda, a um local abaixo do solo, assim como na versão original, que era ambientada num calabouço da Inquisição.  A estrutura é recoberta por mais de 400 metros quadrados de tule importado, pintada, a mão, pelo artista cênico VINCENT GUILMOTO, com escrita ao estilo de Bispo do Rosário. 
Essas escritas também me trouxeram à mente (e isso pode ser uma leitura exagerada ou equivocada da minha parte) um pouco do trabalho de uma outra figura legendária do Rio de Janeiro, o Profeta Gentileza (José Datrino), que pregava paz e amor, em inscrições nos muros e pilares dos viadutos do Rio, autor da famosa frase “Gentileza gera gentileza”.  Tornou-se insano, após um incêncdio que destruiu o Gran Circus Norte-Americano, em 1961, na cidade de Niterói, que matou mais de 500 pessoas, a maioria crianças. 
Como cenógrafos, o Atelier de Cultura trouxe MATT KINLEY, responsável por cenários de grandes musicais na Broadway e em outras grandes cidades, e seu associado, DAVID HARRIS, ambos radicados em Londres.  A utilização, em várias cenas, de elementos de hospitais, como biombos, cadeiras de rodas e macas, com aplicações de outros objetos, como panelas, talheres, canecas, frigideiras é uma grande ideia.
 
A cozinha da hospedaria / castelo.
 
8) Ter CLÁUDIO TOVAR como figurinista de uma peça já é um grande acerto.  Seus figurinos prontos e em cena, o acerto é ainda maior.  Aqui, não poderia ser diferente.  Todos, sem exceção, trazem a marca do talento de TOVAR, com destaque para a capa do GOVERNADOR, uma verdadeira obra de arte (como os trabalhos do Bispo do Rosário), a capa do PADRE, outra bela peça, e o figurino do protagonista, atentando-se para o emprego de objetos do cotidiano, utilizados como adornos e detalhes, para costumizar peças simples do vestuário.  É o próprio TOVAR quem diz: “Brincar com a ‘loucura’ do Bispo do Rosário é um delírio!  Joias feitas com latas amassadas, coroas de prendedores de roupas, trapos que se transformam em luxuosos figurinos.  Tudo vale no mundo de Arthur Bispo do Rosário”.  São utilizados elementos da cultura brasileira, sem qualquer interferência do universo “high-tech”.  O figurino é um dos maiores acertos do espetáculo, se é que se pode estabelecer uma hierarquia quanto a eles.
9) Responsável pelo desenho de luz, DRIKA MATHEUS desenvolveu um projeto intimamente combinado à estrutura do imponente cenário, que resulta em efeitos extraordinários, deixando bem marcantes os contrastes entre o real e a fantasia.  Belo trabalho!  Uma das mais lindas e expressivas iluminações que já vi, até hoje, num palco.
10) Fiquei bastante bem impressionado com o trabalho de GABRIEL D’ANGELO, responsável pela tarefa de sonorizar o espetáculo (designer de som).  Equalizar dezenas de microfones e atingir um resulado próximo à perfeição, que permita, ao espectador, ouvir e identificar até as falas ditas quase como sussurros, assim como distinguir as diversas vozes, nas canções, e os diferentes timbres dos intrumentos musicais é uma tarefa de difícil execução, que GABRIEL soube resolver.
11) O visagismo, neste espetáculo, se reveste de grande importância.  DICKO LOURENZO merece um crédito mais que positivo por seu trabalho.
12) Com relação ao elenco, aplaudo, de pé, com muitos gritos de “BRAVO!”, a todos, dos protagonistas aos que representam os mais simples papéis.  É um time que soube treinar bastante, para jogar junto, em conjunto, e atingir o nível de excelência desta montagem.  Merecem destaque:
 
 
CLETO BACCIC (MIGUEL DE CERVANTES / DOM QUIXOTE): Já o vira em outros musicais de sucesso, mas confesso que, em nenhum deles, o ator me chamou a atenção, porém estes MIGUEL DE CERVANTES / DOM QUIXOTE (principalmente o segundo) haverão de marcar a vida profissional deste magnífico ator, já vencedor do Prêmio APCA de 2014, por seu trabalho neste musical.  E outros hão de vir!  CLETO transpira emoção e sensibilidade, nos dois personagens.  A doce loucura mansa do QUIXOTE e a mansa sensatez doce de CERVANTES fazem do trabalho do ator algo que ficará, certamente, para os anais do TEATRO MUSICAL BRASILEIRO, como sinônimo de perfeição.  Ainda que venha a se superar em outros papéis, creio ter atingido o ápice de sua relativa curta carreira.  Ele se entrega totalmente na representação dos dois personagens e imprime a ela a necessária “verdade”, que faz o público se emocionar, chegando às lágrimas.  Seu trabalho explora, com maestria, a utilização não só da voz, como também do corpo.  Quando deixa de ser QUIXOTE, para se transformar em CERVANTES, mantém uma deformidade, na mão esquerda, fruto de um ferimento que o escritor adquiriu, depois de um incidente em que fora ferido, num duelo, com Antônio Sigura, em 1569, na Itália.  É comovente vê-lo em cena.  Tornei-me seu mais ardoroso fã.  Jamais perderei um trabalho seu.
 
Cleto Baccic.
 
SARA SARRES (ALDONZA / DULCINEIA): Seu nome está ligado a alguns dos maiores musicais já montados no Brasil, já que se trata de uma das mais completas cantrizes brasileiras.  Dona de uma bela presença em cena e de uma linda voz, sabe atribuir à sua personagem a força de que ela precisa, para enfrentar o assédio dos homens e o ambiente insalubre em que vive, ao mesmo tempo que demonstra uma fragilidade e uma profunda ternura pelo protagonista, pondo-se à sua altura profissional em cena.  Seus solos são um bálsamo para os nossos ouvidos.  Mais um grande trabalho em seu vasto e vitoriosos currículo.
 
Sara Sarres.
 
“Eu não sou Dulcineia!  Sou Aldonza!”
 
JORGE MAIA (SANCHO): Como na primeira montagem, MIGUEL FALABELLA optou por um (grande) ator negro para representar SANCHO PANÇA (ideia brilhante) e convidou JORGE MAIA para o papel.  Não poderia ter sido melhor a escolha.  Não sendo o principal protagonista da história (“Principal protagonista” não deve ser considerado um pleonasmo; aqui, há três), graças ao talento deste ator, seu personagem arranca aplausos em cena aberta, o que ocorreu nas duas sessões a que assisti.  MAIA já tem bastante experiência em musicais, sempre em papéis que puxam mais para a comicidade, terreno que ele domina bastante.  O forte carisma do ator e do personagem logo chamam a atenção da plateia, que vibra com suas intervenções.
 
Cleto Baccic e Jorge Maia.
 
GUILHERME SANT’ANNA (GOVERNADOR): Detentor de vários prêmios, este grande ator, de voz marcante, extremamente grave, é uma das mais belas presenças no palco.  Mesmo quando não está diretamente ligado à cena, é difícil não percebê-lo.  Causou-me grande alegria a sua atuação e despertou-me a atenção o seu jeito de olhar, como se revirasse os olhos para cima, deixando destacar o branco do seu globo ocular.  (Ou teria sido apenas uma impressão de minha parte?  Ou uma alucinação minha?)  Muitos aplausos para ele!
 
Guilherme, em destaque.

 
CARLOS CAPELETTI (DUQUE): Excelente ator, mesmo quando lhe é conferido um papel de menor destaque, consegue fazê-lo grande, no caso, aqui, apelando para o humor.  Belo trabalho!
 
Carlos Capeletti.
 

 FRED SILVEIRA (cover de CERVANTES / QUIXOTE e ENSAMBLE): FRED é um dos mais versáteis atores de musicais, circulando nos universos de Avenida Q, de algumas óperas, de Evita, de Jesus Cristo Superstar e neste espetáculo, por exemplo, em papéis totalmente diferentes, sempre com desempenho satisfatório, merecendo elogios da crítica e do público.  Aprecio e respeito muito o seu trabalho.
 
Fred, em destaque.
 

KIARA SASSO (ANTÔNIA): Depois de ter protagonizado grandes musicais e de ser indicada a prêmios, KIARA empresta seu talento para interpretar um papel secundário na trama, porém, por sua bela presença em cena, associada a uma das melhores vozes femininas do TEATRO MUSICAL BRASILEIRO, a cantriz é sempre muito aplaudida, ao terminar seus solos.  Sou fã, de carteirinha, da eterna Noviça Rebelde.  Substituída, no primeiro dia em que vi o musical, tive a grata satisfação de vê-la atuando, na segunda.  Devo acrescentar que também gostei do trabalho da atriz que a substituiu.  É uma pena que não lembro quem tenha sido, já que há mais de uma “sub” para ela.    
 
Kiara, à esquerda.
 

IVAN PARENTE (PADRE): Excelente ator, dono de uma belíssima voz, uma das melhores dentre todos os do elenco masculino, já o vi atuando em outros musicais e sempre me deixo encantar por seus trabalhos.  Tornei-me seu grande admirador, desde que o vi, no ano passado, fazendo O Homem da Poltrona, em A Madrinha Embriagada, papel que lhe rendeu indicações a prêmios.  Apesar de representar um personagem de menor relevância no espetáculo, o ator, com seu talento, o valoriza bastante.  Só o vi atuando numa das sessões, mas seria injusto não mencionar o bom trabalho de seu “sub”, PHILIPE AZEVEDO, na segunda vez em que vi a peça.
 
Ivan Parente.
 

IVANNA DOMENYCO (CRIADA): Veterana em musicais, IVANNA cumpre, com perfeição, a sua parte, neste espetáculo, demonstrando um amadurecimento profissional muito grande, desde a primeira vez em que a vi atuando, já faz um bom tempo.
 
Ivana, em destaque, à direita.
 

FREDERICO REUTER (DR. SANSÃO CARRASCO): Acompanho a carreira deste ator, desde 2006, quando ele era responsável por um dos momentos mais brilhantes de um outro grande musical com a “grife” FALABELLA, Império, interpretando a canção Raro Destino, na pele do personagem Chalaça.  Aqui, seu momento de maior brilho é na belpíssima cena em que, na tentativa de fazer com que o protagonista enxergue a realidade, apresenta-se como o Cavaleiro do Espelho.  Trata-se de uma das melhores cenas do espetáculo, com méritos para a direção, a iluminação e, obviamente, a atuação de FREDERICO e CLETO.
 

O Cavaleiro do Espelho.

 
A batalha entre o real e o sonho.

 
EDGAR BUSTAMANTE (HOSPEDEIRO): Que excelente ator!  Discreto, quando deve ser, e extrovertido, quando o texto o exige, o personagem caiu em mãos certas.
 
Edgard Bustamente.

 
ARÍZIO MAGALHÃES (BARBEIRO): Embora seja um papel secundário, é bem defendido pelo ator.   
FABI BANG (CIGANA): Sabe aproveitar seu momento na trama.  Bela presença em cena.      
LUCIANA MILANO (MARIA): Boa atriz.  Fica parecendo clichê, mas não posso deixar de repetir: todas as vezes em que é chamada à cena, prende a atenção do público, com boas doses de humor, apesar da pouca relevância da personagem.
 
12) Nunca pensei que, um dia, bateria palmas para a classe dos empresários brasileiros, que, em primeiro lugar, estão preocupados com o lucro.  Independentemente dos benefícios indiretos que possam auferir com a manutenção do projeto TEATRO MUSICAL, devo dizer, para fazer justiça, que se trata de uma bela e pioneira iniciativa, que deveria ser seguida por outros setores , como o comércio, por exemplo.  Sugiro uma pssquisa, na internet, nos sites do SESI-SP e da FIESP, para conhecer a grandiosidade desse projeto e tudo de positivo que ele já proporcionou a milhares de pessoas, que nunca teriam a oportunidade de assistir a um espetáculo padrão Broadway totalmente grátis.
 
Sempre disse, inclusive ao próprio, que MIGUEL FALABELLA não precisaria fazer mais nada na vida, depois de ter escrito e dirigido (e até interpretado o personagem D. João, em substituições eventuais) o magnífico musical IMPÉRIO, em 2006, no Teatro Carlos Gomes, no Rio de Janeiro, em parceria com Josimar Carneiro.  Agora (e, também, recentemente, já disse a ele), acrescento, como fator que possa “perdoar” qualquer equívoco teatral que venha a ser cometido por MIGUEL, a versão e direção de O HOMEM DE LA MANCHA. 
O que se vê, no palco do Teatro SESI-SP, que está comemorando 50 anos de existência, não fica nada a dever aos grandes espetáculos da Broadway e, pelo contrário, até supera alguns que tive a oportunidade de ver. 
            O HOMEM DE LA MANCHA é uma prova cabal de que o que nos difere das grandes produções da Broadway e de outros locais onde se concentram as grandes produções de musicais, como em Londres, por exemplo, é o fator “verba para a produção”.  Falta-nos dinheiro, mas, em contrapartida, sobram-nos talento e criatividade.  É preciso que se invista mais e mais nesse setor do TEATRO, que já não é mais uma promessa; tornou-se uma grata realidade, motivo de orgulho para os brasileiros.
Prova, também, de que deixamos de engatinhar; também não caminhamos trôpegos e indecisos, rumo a uma consagração.  Não!  Nossos passos já são largos e firmes, na direção, agora, de um reconhecimento além de nossas fronteiras, porque, no Brasil, já atingimos um nível de excelência, sucesso e reconhecimento nesse nicho,  merecidamente comprovados.
            Que venham outros espetáculos como A Madrinha Embriagada e O HOMEM DE LA MANCHA!  E que venham para o Rio!
            Que os grandes dramaturgos e compositores nacionais escrevam, cada vez mais, para o TEATRO MUSICAL BRASILEIRO!
            Que se reproduzam bandos de “loucos” como os que, desde setembro deste ano (2014) e até junho de 2015, pisam, e continuarão pisando, o palco do Teatro SESI-SP!
            Viva CERVANTES!
            Viva DOM QUIXOTE!
            VIVA O TEATRO MUSICAL BRASILEIRO!
 
"EU SOU EU, DOM QUIXOTE, SENHOR DE LA MANCHA, E O MEU DESTINO É LUTAR, POIS QUEM NÃO SE AVENTURA, COM FÉ E TERNURA, O MUNDO NÃO PODE MUDAR.
 NÃO PODE O MUNDO MUDAR QUEM NÃO SE AVENTURAR!!!"
 
            (Fiquem atentos, sempre ligados nos “sites” do SESI-SP e da FIESP, pois os ingressos, GRÁTIS, para a temporada de 2015, poderão ser reservados por aqueles “sites”.  Se não me engano, a partir do dia 10 de janeiro próximo.  Mas não custa nada acessar aquelas páginas a partir do primeiro dia útil do ano.)
 
 
homem de la mancha joao caldas1 Crítica: O Homem de la Mancha é o musical do ano
O “fim” do sonho?
 
 
Apoteose!
 
 
 
 
Reverência à orquestra.
 
 
 
 
(FOTOS: JOÃO CALDAS, BETO MOUSSALLI, LENISE PINHEIRO, MARCELLA BRAUN, ROBERTO IKEDA e GRAZIELA VIEIRA.)
 
 
 
 
 
 

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