“NORMA”
ou
(PARA AGUÇAR
A EMPATIA E
AQUECER
CORAÇÕES.)
Há 22
anos, eu me apaixonei por uma peça à qual assisti no antigo Teatro
do Leblon (Não me lembro em qual das três salas). Era “NORMA”, tendo Ana Lucia Torre e Du Moscovis como
intérpretes. Chorei litros, experimentei a sensação de falta de ar e
taquicardia e voltei àquele Teatro, alguns dias depois, para
rever o espetáculo, a convite dos atores, depois de, não resistindo, lhes ter
enviado um “e-mail”, cumprimentando-os pelo desempenho da dupla. Não nos
conhecíamos pessoalmente, então. De qualquer forma, eu já estava disposto a
rever a peça, mesmo sabendo que iria me emocionar e me “despedaçar” de novo. Na
noite do dia 12 de maio (2024), não me emocionei menos, assistindo a uma
nova leitura do texto, com direção de GUILHERME PIVA e uma interpretação, não menos belíssima, irretocável e comovente, de NÍVEA MARIA e RAINER CADETE. De antemão, já RECOMENDO MUITÍSSIMO o tocante drama, ao qual não me permito deixar de assistir novamente, nesta
nova roupagem. O espetáculo continua em cartaz até o próximo dia 30 de
junho (VER SERVIÇO.).
Mas,
se já sabia que iria sofrer novamente, por que decidiu rever, lá atrás, a peça,
além de ter assistido a uma nova montagem do texto agora e, ainda por cima,
pretender voltar ao Teatro dos Grandes Atores? Seria mais que óbvio ouvir tal pergunta,
vinda de alguém que não consegue alcançar a capacidade de movimento de que o TEATRO
é capaz sobre seus amantes. És masoquista? Outra pergunta, do(a) mesmo(a)
insensível. Não! Sou apenas um grande apreciador e amante do bom
TEATRO e não desperdiço a oportunidade de exercitar a minha empatia. Quando
vi a peça pela primeira vez, acho que não existiam blogues nem redes sociais ou, pelo menos, eu não havia sido “abduzido” por elas, “atraído
pelo canto da sereia”. Não escrevi nenhuma crítica, em 2002,
porém não tenho condições de deixar passar em branco o meu reencontro com “NORMA” e Norma, aquela mulher que
a gente sente vontade de abraçar forte, reservando a metade desse gesto de
empatia e solidariedade para Renato. Sintam-se, portanto, fortemente
abraçados, Norma, Renato, NÍVEA MARIA e RAINER CADETE.
SINOPSE:
Norma (NÍVEA MARIA) e Renato (RAINER CADETE).
Dois seres humanos que se movimentam de
forma muito diversa pela vida.
Ela é rígida, segue padrões, “leis”,
vive dentro dos códigos de “normalidade” e está completamente
solitária, mas vai se redescobrindo e ressignificando a sua existência.
Ele se permite correr riscos, fazer
escolhas, mudar, renascer; ser autêntico, resumindo.
Esse encontro é o ponto de partida
de “NORMA”.
Completamente solitária, Norma
está no apartamento que acabou de alugar, quando conhece Renato, antigo inquilino
do imóvel, que aparece para pedir a ela que informe seu novo endereço e
telefone aos que o procurarem.
A liberdade de Renato incomoda Norma,
as diferenças começam a vir à tona e o embate é inevitável.
Mas expurgar as dores é também uma
forma de se alcançar a liberdade.
E, no decorrer do espetáculo, revelações
surpreendentes mudam os destinos dos personagens e novas possibilidades nascem
do que, antes, parecia ser apenas o vazio.
Norma
está sozinha
e solitária,
que são conceitos diferentes, e Renato surge em seu caminho, representando
uma possibilidade de “renascimento”.
Sairá vitorioso, ao final da conversa
entre ambos?
Quem receberá o troféu de “campeão”,
se é que isso cabe aqui?
Talvez só vença o público.
Quando de sua montagem, em 2002, a peça obteve tanto
sucesso, de público - o mais importante – e de crítica, a ponto de ter percorrido o
país por mais de quatro anos e de ter recebido
várias indicações a prêmios e conquistas de alguns. Sempre que assisto a uma
peça como “NORMA”, além de torcer
para que ela faça uma longeva carreira, fico pensando em quão feliz eu ficaria,
se ela voltasse ao cartaz, em outro momento, mesmo que numa leitura diferente,
porém não menos brilhante, como aconteceu com esta. Vez por outra, pego-me pensando em como seria bom se a
peça “X”
fosse remontada, para que novas gerações a conhecessem. Tenho uma lista de
dezenas delas, às quais venho assistindo ao logo de cerca de 60
anos de “rato-de-TEATRO”. Quase duas décadas depois da última sessão
da peça, quando foi, pela primeira vez, apresentada ao público, vi-me diante de
um feliz reencontro com esse lindo e emocionante texto, de DORA CASTELLAR, que, além de dramaturga, é roteirista de novelas e outros produtos da TV, e TONIO CARVALHO, o qual, com a função de dramaturgo, acumula outras, como ator, cenógrafo, roteirista, escritor e diretor teatral. Aliás, foi dele
a direção da primeira montagem da peça em tela.
Desde quando ouvi falar que “NORMA” estava em vias de ser
remontada, meu coração já começou a “preparar a casa para a festa”. Como
a peça estreou em São Paulo, no Teatro Vivo, onde ficou em cartaz,
em curta temporada (Não consigo entender essa coisa e, muito menos, aceitá-la.), de 11
de abril a 02 de maio deste ano, já estava me preparando para viajar à
capital paulista, porque não poderia perder tal evento, entretanto segurei a
ansiedade e passei a aguardar que a montagem viesse para o Rio, depois de ter
ouvido, “pelo suave cantar de um passarinho”, que nossa cidade também
teria a oportunidade de receber o espetáculo, o qual, sem a menor sombra de dúvida,
fez história no TEATRO nacional. E parece que
continuará fazendo, a julgar pelos lotações esgotadas, até agora, durante a
atual temporada.
O sucesso da peça pode ser explicado
por vários motivos, entre os quais, de certo, está, além da direção, o
desempenho dos intérpretes de Norma e Renato, contudo creio que
o maior dos fatores seja o próprio texto, elemento que, a meu juízo, sempre
será a espinha dorsal de qualquer montagem teatral, acima de tudo, e, no caso
deste, pelo fato de ele ser universal e atemporal, tratar de um
assunto tão delicado e estar muito mais próximo de cada espectador do que se
pode imaginar. Todo mundo, se não viveu o drama de um dos dois protagonistas, conhece
alguém que já passou por situação análoga ou, quando menos, já ouviu falar de alguém
que conhece alguém que já o experimentou.
Está em evidência, no palco, visto sob dois
diferentes ângulos, o mais sublime de todos os sentimentos, o que salva e faz
cicatrizar feridas; o que enobrece e está sempre a uma cabeça de vantagem de
qualquer outro que "lhe faz parelha": o amor, o qual também cria as tais feridas,
que traz a ameaça de ruína de castelos idealizados e que, também, é parâmetro
para a aferição do grau de humanidade e empatia do Homem. Tão importante
quanto a necessidade da prática do amor estão a carência e a obrigação de
acolher o outro, quando em situação de vulnerabilidade emocional, de “necessidade
de um colo”.
É assaz interessante notar como uma
determinada “provocação”, atingindo-nos em momentos diferentes, gera
distintos comportamentos de reação. Se fui às lágrimas, quando tinha 52
anos de idade e trazia uma determinada visão de mundo, desta vez,
consegui driblar o desejo que o fluido produzido pelas glândulas lacrimais
ameaçava, de ganhar o mundo exterior (Um pouco de eufemismo sempre é bom. Momento
descontração! Estou precisando dele.), e “não deixei a peteca cair”,
embora me livrar totalmente de um quase sufocamento estivesse fora de qualquer
cogitação. Parece que era essa a sensação dos 421 espectadores que
superlotavam o auditório do Teatro das Artes. É impossível
assistir a esta peça sem se deixar emocionar. Engoli em seco, até o final dos 70
minutos de espetáculo. Acho que o consegui, porque, quanto mais a gente
vai envelhecendo, mais calejado vai ficando, diante de tanta coisa ruim,
negativa e destruidora que o próprio ser, dito, “humano” vai construindo,
para os outros e para si próprio, e “aprimorando” essa construção. O texto
mostra-se ainda mais atual, conquanto, nos dias der hoje, um sopro de um pouco
mais de compreensão e valorização da dor alheia possa ser sentido no ar, muito distante
ainda do que seria o ideal. Mas sempre será necessário reforçar e reafirmar o
poder transformador do acolhimento, da escuta, do amor.
DORA CASTELLAR e TONIO CARVALHO fazem com
que duas pessoas machucadas pela vida se cruzem, se enxerguem e tentem expurgar
“seus
medos e fraturas, compreender o outro, com todas as suas incoerências e
complexidades”, por vieses diferentes, mas não opostos. “Cada
um sabe onde lhe dói o calo” e, exatamente, por ter experimentado a
potência dessa dor, consegue avaliar a do outro semelhante. São, como está
escrito no bem cuidado “release” que me chegou às mãos por
meio de ALAN DINIZ, assessor
de imprensa do espetáculo, “duas dores que se encontram, para falar de
um amor”. E, quando existe essa soma, a dor pode ser aplacada. Dor por
um amor perdido (Perdido?), mas que ainda vive, incondicionalmente, dentro de
cada um daqueles dois. Ainda retirado do referido “release”: “É
preciso ir fundo, para enfrentar medos, preconceitos, crenças negativas, cascas
que colocamos durante a vida, para nos protegermos.”. “É
uma peça que fala de amor e superação.”, explica GUILHERME PIVA, diretor da peça.
Pela temática abordada e, principalmente, pela forma como o
texto foi construído, o espetáculo consegue chegar facilmente ao público, de
uma forma geral, pela atemporalidade e universalidade
de que é revestido, porque “fala sobre a liberdade de dialogar com o outro,
expondo pensamentos, sentimentos, emoções, raivas, impulsos, sofrimentos, como
em uma montanha-russa, que nos ajuda, no final, a cair na real, ficar em paz,
nos sentindo mais leve”, como a ele se refere NÍVEA MARIA, enquanto RAINER
CADETE afirma que “Ele tem uma mensagem muito clara: viva e
seja feliz! Não devemos estar presos a conceitos e a ninguém.”, ambas
as declarações também extraídas daquele “release”.
O espetáculo me ganhou, lá atrás,
voltou a me impactar hoje e assim será, sempre que eu voltar a revê-lo, porque
gosto de falar, e ouvir também, de amor, de liberdade e de escolhas, o que vem
se tornando, cada vez mais, urgente e uma prioridade mesmo, num mundo tão
mexido e ameaçado de sucumbir, por tanta guerra, violência, desamor e
desrespeito ao próximo. Torna-se, como sempre foi, imperativo “ouvir
o outro, respeitar as diferenças, dialogar”, como única maneira de “transformar,
renascer, abandonar as normas que engessam”. Isso pode resumir a
mensagem deste belo espetáculo.
Creio que todas as pessoas devem esperar,
quando a cortinas se abrem e tão logo a peça começa, rir e se divertir
bastante, por conta de uns 10 ou 15 minutos, talvez, do diálogo
inicial entre os personagens, imaginando a que nos poderia levar aquela espécie
de "quiproquó", um mal-entendido, e continuar “navegando em águas calmas”,
num “mar
de almirante”, até o final da peça, não mais além do que um determinado
momento, quando o ar começa a se tornar “pesado”, a partir do qual a reação
do público passa a ser outra: começam a se preocupar com uma “tempestade
que começa a se apresentar no horizonte” e que pode “fazer
o barco virar” (Adoro as metáforas!); a resposta da
plateia é mudada, radicalmente, como se tocada por uma “mudança de chave”. Trata-se,
realmente, de um texto fascinante, que, da mesma forma como foi muito bem
interpretado por Ana Lucia Torre e Du Moscovis, que, à época, ainda era
“Eduardo”,
recebe, aqui, duas incontestes e brilhantes leituras e representações de dois
dos mais competentes atores, de gerações distantes: NÍVEA, do alto dos seus 77 anos, e RAINER, com 36.
NÍVEA
MARIA iniciou-se na carreira de atriz, aos 17 nos, na televisão, na
sua primeira telenovela, de um total de mais de 40. A TV é, sem dúvida, o
veículo que a catapultou à fama e ao sucesso. O cinema contou com seu talento
em poucas produções. No TEATRO, além de “NORMA”, pôde ser vista em outros vários espetáculos. Sua
personagem aqui exige muito da atriz, para que não acabasse se transformando num
ser piegas e vitimizado. É óbvio que Norma é, sim, uma vítima; de si
mesma, de seu comportamento para com o filho, personagem que apenas é citado,
na trama, não aparecendo em cena. Para que a interpretação saísse “no
ponto”, a atriz dosou bastante a emoção e faz com que a personagem chegue
até nós sem exageros, embora merecedora, até mesmo, da nossa comiseração, mas
não por conta de uma interpretação falsa, “capenga”. Muito pelo contrário,
verdade é o que não falta à atuação de NÍVEA.
Como é bom tê-la de volta a um palco!
Do outro lado da rua, na outra calçada,
está o personagem Renato, vivido, com total correção, por RAINER CADETE, um ator muito experiente, a despeito de ser jovem, o
qual já pode se dizer um ator de renome e aplaudido por uma legião de fãs, com
um vasto e profícuo currículo, tanto no TEATRO, como na TV e no cinema. Sua
sólida carreira
de ator, um dos melhores de sua geração, desenvolveu-se mais na televisão, que
lhe rendeu prestigio e mais visibilidade (A TV, queiramos ou não, é uma excelente
vitrina.). Gosto de vê-lo atuando na telinha e na telona. Naquela, em
novelas e alguns projetos; nesta, um pouco menos. No TEATRO, em algumas
produções, sempre dando destaque a seus personagens, mesmo que estes sejam
secundários, nas tramas. A relação desenvolvida entre Renato, o extrovertido, e
Norma,
a ensimesmada, se dá por conta de uma feliz coincidência. Ou será que pode não
ter sido? O importante é que eles se encontraram, e a cumplicidade que passa a
existir entre os dois personagens, um servindo de “muleta” para o outro,
via talento do casal de atores, é fascinante.
GUILHERME
PIVA apostou na força e expressividade do texto e na potência e
sensibilidade da dupla de intérpretes e assina uma direção “enxuta”,
na qual estes elementos são o cerne da encenação, a alma do espetáculo, não se
preocupando tanto com os outros elementos de uma montagem teatral, os de criação,
ainda que não abrindo mão de se cercar de excelentes profissionais, os quais
respondem, por exemplo, pela cenografia (RONALD TEIXEIRA), econômica, de mundo bom gosto e que define um
pouco da personalidade de Norma, em cuja sala de estar/jantar
toda a ação se passa; pelos figurinos (BIA SALGADO), sóbrios e elegantes, que dizem bem do caráter e
individualidade de cada um dos personagens, bem espelhando o interior de ambos;
pelo desenho
de luz (ANA LUZIA DE SIMONI),
sem muitas variações de cores e intensidade, nada que pudesse se sobressair ao
texto e à interpretação dos atores, mas, isto sim, a serviço de ambos; e pelo correto
visagismo (FERNANDO OCAZIONE).
FICHA
TÉCNICA:
Texto: Dora Castellar e Tônio Carvalho
Direção:
Guilherme Piva
Elenco:
Nívea Maria e Rainer Cadete
Cenário:
Ronald Teixeira
Figurinos:
Bia Salgado
Desenho
de Luz: Ana Luzia de Simoni
Visagismo:
Fernando Ocazione
Assessoria
de imprensa: Alan Dinz (Xavante Comunicação)
Fotos: Gisela Schlogel
“Designer”: Alexandre Furtado
“Marketing” Cultural: Gheu Tiberio
Produção Geral: Joana Motta e Edgard Jordão
SERVIÇO:
Temporada:
De 10 de maio até 30 de junho de 2024.
Local:
Teatro das Artes (Shopping da Gávea).
Endereço:
Rua Marquês de São Vicente, nº 52 – Shopping da Gávea – 2º piso.
Telefone:
(21)2540-6004.
Dias e Horários:
Sexta-Feira e sábado, às 20h; domingo, às 19h.
Valor
dos Ingressos: R$ 140 (inteira) – R$ 70 (meia-entrada) – R$ 40 (ingresso
popular).
Vendas
Presenciais: Bilheteria do Teatro das Artes (sem taxa de conveniência), nos
seguintes horários: de terça-feira a domingo, das 13h às 19h. Em dias de
espetáculo, de 13h até 30 minutos após o início do espetáculo.
Vendas “on-line”: Plataforma Divertix (com taxa
de conveniência).
Duração:
70 minutos.
Classificação
Etária: 12 anos.
Gênero:
Drama.
Voltemos à SINOPSE: “Norma
está sozinha e solitária, que são conceitos diferentes...”. Até a
chegada de Renato, a personagem não tem alguém perto de si; está “sozinha”,
o que não implicaria, obrigatoriamente, “ser solitária”. Nunca
devemos nos esquecer do conceito de “solidão a dois”, quando um casal
convive sob o mesmo teto, mas vivem suas individualidades, sem interagir, em
termos de sentimentos e emoções, como muitos que todos conhecemos. Mas “Norma
está sozinha e solitária...”. O “se sentir solitário” independe do
outro. E alguém pode escolher estar sozinho(a), porque,
por opção, não deseja viver rodeado(a) de outras pessoas, prefere estar sozinho(a) a viver em sociedade, convivendo com semelhantes, em estado de “solitude”,
ideia associada a sentimentos positivos, à alegria de estar sozinho, o que não
era o caso de Norma, a qual vivia na solidão compulsoriamente. A solidão
é a vivência de se sentir sozinho, um estado associado
à dor e à tristeza, é um sentimento de
vazio, o desejo de ter a companhia das pessoas, mas não ter; é uma situação não
voluntária, em que a pessoa se sente sozinha e “não pertencente” a um
grupo ou a alguém. O surgimento de Renato representa uma possibilidade de Norma “renascer”,
“voltar
à vida”, o que também poderia contagiá-lo. É assistir ao espetáculo,
para ver onde “desaguará o rio”.
Para concluir um agradecimento
especial a JOANA MOTTA e EDGARD JORDÃO, produtores da peça, por
terem tido a sensibilidade tocada, trazendo à cena, um pouco mais de duas
décadas depois de sua primeira montagem, um espetáculo tão especial, marcante e útil às
pessoas.
FOTOS: GISELA SCHLOGEL
GALERIA PARTICULAR
(Fotos: Produção.)
VAMOS AO TEATRO!
OCUPEMOS TODAS AS SALAS DE
ESPETÁCULO DO BRASIL!
A ARTE EDUCA E CONSTRÓI, SEMPRE; E
SALVA!
RESISTAMOS SEMPRE MAIS!
COMPARTILHEM ESTA CRÍTICA, PARA
QUE, JUNTOS, POSSAMOS DIVULGAR O QUE HÁ DE MELHOR NO TEATRO BRASILEIRO!
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