segunda-feira, 27 de maio de 2024

 

“NORMA”

ou

(PARA AGUÇAR

A EMPATIA E

AQUECER CORAÇÕES.)

 

 











 Há 22 anos, eu me apaixonei por uma peça à qual assisti no antigo Teatro do Leblon (Não me lembro em qual das três salas). Era “NORMA”, tendo Ana Lucia Torre e Du Moscovis como intérpretes. Chorei litros, experimentei a sensação de falta de ar e taquicardia e voltei àquele Teatro, alguns dias depois, para rever o espetáculo, a convite dos atores, depois de, não resistindo, lhes ter enviado um “e-mail”, cumprimentando-os pelo desempenho da dupla. Não nos conhecíamos pessoalmente, então. De qualquer forma, eu já estava disposto a rever a peça, mesmo sabendo que iria me emocionar e me “despedaçar” de novo. Na noite do dia 12 de maio (2024), não me emocionei menos, assistindo a uma nova leitura do texto, com direção de GUILHERME PIVA e uma interpretação, não menos belíssima, irretocável e comovente, de NÍVEA MARIA e RAINER CADETE. De antemão, já RECOMENDO MUITÍSSIMO o tocante drama, ao qual não me permito deixar de assistir novamente, nesta nova roupagem. O espetáculo continua em cartaz até o próximo dia 30 de junho (VER SERVIÇO.).

 

 



  Mas, se já sabia que iria sofrer novamente, por que decidiu rever, lá atrás, a peça, além de ter assistido a uma nova montagem do texto agora e, ainda por cima, pretender voltar ao Teatro dos Grandes Atores? Seria mais que óbvio ouvir tal pergunta, vinda de alguém que não consegue alcançar a capacidade de movimento de que o TEATRO é capaz sobre seus amantes. És masoquista? Outra pergunta, do(a) mesmo(a) insensível. Não! Sou apenas um grande apreciador e amante do bom TEATRO e não desperdiço a oportunidade de exercitar a minha empatia. Quando vi a peça pela primeira vez, acho que não existiam blogues nem redes sociais ou, pelo menos, eu não havia sido “abduzido” por elas, “atraído pelo canto da sereia”. Não escrevi nenhuma crítica, em 2002, porém não tenho condições de deixar passar em branco o meu reencontro com “NORMA” e Norma, aquela mulher que a gente sente vontade de abraçar forte, reservando a metade desse gesto de empatia e solidariedade para Renato. Sintam-se, portanto, fortemente abraçados, Norma, Renato, NÍVEA MARIA e RAINER CADETE.

 

 



 

SINOPSE:

Norma (NÍVEA MARIA) e Renato (RAINER CADETE).

Dois seres humanos que se movimentam de forma muito diversa pela vida.

Ela é rígida, segue padrões, “leis”, vive dentro dos códigos de “normalidade” e está completamente solitária, mas vai se redescobrindo e ressignificando a sua existência.

Ele se permite correr riscos, fazer escolhas, mudar, renascer; ser autêntico, resumindo.

Esse encontro é o ponto de partida de “NORMA”

Completamente solitária, Norma está no apartamento que acabou de alugar, quando conhece Renato, antigo inquilino do imóvel, que aparece para pedir a ela que informe seu novo endereço e telefone aos que o procurarem.

A liberdade de Renato incomoda Norma, as diferenças começam a vir à tona e o embate é inevitável.

Mas expurgar as dores é também uma forma de se alcançar a liberdade.

E, no decorrer do espetáculo, revelações surpreendentes mudam os destinos dos personagens e novas possibilidades nascem do que, antes, parecia ser apenas o vazio.

Norma está sozinha e solitária, que são conceitos diferentes, e Renato surge em seu caminho, representando uma possibilidade de “renascimento”.

Sairá vitorioso, ao final da conversa entre ambos?

Quem receberá o troféu de “campeão”, se é que isso cabe aqui?

Talvez só vença o público.

 


 



         Quando de sua montagem, em 2002, a peça obteve tanto sucesso, de público - o mais importante – e de crítica, a ponto de ter percorrido o país por mais de quatro anos e de ter recebido várias indicações a prêmios e conquistas de alguns. Sempre que assisto a uma peça como “NORMA”, além de torcer para que ela faça uma longeva carreira, fico pensando em quão feliz eu ficaria, se ela voltasse ao cartaz, em outro momento, mesmo que numa leitura diferente, porém não menos brilhante, como aconteceu com esta. Vez por outra, pego-me pensando em como seria bom se a peça “X” fosse remontada, para que novas gerações a conhecessem. Tenho uma lista de dezenas delas, às quais venho assistindo ao logo de cerca de 60 anos de “rato-de-TEATRO”. Quase duas décadas depois da última sessão da peça, quando foi, pela primeira vez, apresentada ao público, vi-me diante de um feliz reencontro com esse lindo e emocionante texto, de DORA CASTELLAR, que, além de dramaturga, é roteirista de novelas e outros produtos da TV, e TONIO CARVALHO, o qual, com a função de dramaturgo, acumula outras, como ator, cenógrafo, roteirista, escritor e diretor teatral. Aliás, foi dele a direção da primeira montagem da peça em tela.

 

 



      Desde quando ouvi falar que “NORMA” estava em vias de ser remontada, meu coração já começou a “preparar a casa para a festa”. Como a peça estreou em São Paulo, no Teatro Vivo, onde ficou em cartaz, em curta temporada (Não consigo entender essa coisa e, muito menos, aceitá-la.), de 11 de abril a 02 de maio deste ano, já estava me preparando para viajar à capital paulista, porque não poderia perder tal evento, entretanto segurei a ansiedade e passei a aguardar que a montagem viesse para o Rio, depois de ter ouvido, “pelo suave cantar de um passarinho”, que nossa cidade também teria a oportunidade de receber o espetáculo, o qual, sem a menor sombra de dúvida, fez história no TEATRO nacional. E parece que continuará fazendo, a julgar pelos lotações esgotadas, até agora, durante a atual temporada.

 

 



         O sucesso da peça pode ser explicado por vários motivos, entre os quais, de certo, está, além da direção, o desempenho dos intérpretes de Norma e Renato, contudo creio que o maior dos fatores seja o próprio texto, elemento que, a meu juízo, sempre será a espinha dorsal de qualquer montagem teatral, acima de tudo, e, no caso deste, pelo fato de ele ser universal e atemporal, tratar de um assunto tão delicado e estar muito mais próximo de cada espectador do que se pode imaginar. Todo mundo, se não viveu o drama de um dos dois protagonistas, conhece alguém que já passou por situação análoga ou, quando menos, já ouviu falar de alguém que conhece alguém que já o experimentou.

 

 



         Está em evidência, no palco, visto sob dois diferentes ângulos, o mais sublime de todos os sentimentos, o que salva e faz cicatrizar feridas; o que enobrece e está sempre a uma cabeça de vantagem de qualquer outro que "lhe faz parelha": o amor, o qual também cria as tais feridas, que traz a ameaça de ruína de castelos idealizados e que, também, é parâmetro para a aferição do grau de humanidade e empatia do Homem. Tão importante quanto a necessidade da prática do amor estão a carência e a obrigação de acolher o outro, quando em situação de vulnerabilidade emocional, de “necessidade de um colo”.

 

 



         É assaz interessante notar como uma determinada “provocação”, atingindo-nos em momentos diferentes, gera distintos comportamentos de reação. Se fui às lágrimas, quando tinha 52 anos de idade e trazia uma determinada visão de mundo, desta vez, consegui driblar o desejo que o fluido produzido pelas glândulas lacrimais ameaçava, de ganhar o mundo exterior (Um pouco de eufemismo sempre é bom. Momento descontração! Estou precisando dele.), e “não deixei a peteca cair”, embora me livrar totalmente de um quase sufocamento estivesse fora de qualquer cogitação. Parece que era essa a sensação dos 421 espectadores que superlotavam o auditório do Teatro das Artes. É impossível assistir a esta peça sem se deixar emocionar. Engoli em seco, até o final dos 70 minutos de espetáculo. Acho que o consegui, porque, quanto mais a gente vai envelhecendo, mais calejado vai ficando, diante de tanta coisa ruim, negativa e destruidora que o próprio ser, dito, “humano” vai construindo, para os outros e para si próprio, e “aprimorando” essa construção. O texto mostra-se ainda mais atual, conquanto, nos dias der hoje, um sopro de um pouco mais de compreensão e valorização da dor alheia possa ser sentido no ar, muito distante ainda do que seria o ideal. Mas sempre será necessário reforçar e reafirmar o poder transformador do acolhimento, da escuta, do amor.

 

 


 

 DORA CASTELLAR e TONIO CARVALHO fazem com que duas pessoas machucadas pela vida se cruzem, se enxerguem e tentem expurgar “seus medos e fraturas, compreender o outro, com todas as suas incoerências e complexidades”, por vieses diferentes, mas não opostos. “Cada um sabe onde lhe dói o calo” e, exatamente, por ter experimentado a potência dessa dor, consegue avaliar a do outro semelhante. São, como está escrito no bem cuidado “release” que me chegou às mãos por meio de ALAN DINIZ, assessor de imprensa do espetáculo, “duas dores que se encontram, para falar de um amor”. E, quando existe essa soma, a dor pode ser aplacada. Dor por um amor perdido (Perdido?), mas que ainda vive, incondicionalmente, dentro de cada um daqueles dois. Ainda retirado do referido “release”: “É preciso ir fundo, para enfrentar medos, preconceitos, crenças negativas, cascas que colocamos durante a vida, para nos protegermos.”. “É uma peça que fala de amor e superação.”, explica GUILHERME PIVA, diretor da peça.

 

 



 Pela temática abordada e, principalmente, pela forma como o texto foi construído, o espetáculo consegue chegar facilmente ao público, de uma forma geral, pela atemporalidade e universalidade de que é revestido, porque “fala sobre a liberdade de dialogar com o outro, expondo pensamentos, sentimentos, emoções, raivas, impulsos, sofrimentos, como em uma montanha-russa, que nos ajuda, no final, a cair na real, ficar em paz, nos sentindo mais leve”, como a ele se refere NÍVEA MARIA, enquanto RAINER CADETE afirma que “Ele tem uma mensagem muito clara: viva e seja feliz! Não devemos estar presos a conceitos e a ninguém.”, ambas as declarações também extraídas daquele “release”.

 


 






           O espetáculo me ganhou, lá atrás, voltou a me impactar hoje e assim será, sempre que eu voltar a revê-lo, porque gosto de falar, e ouvir também, de amor, de liberdade e de escolhas, o que vem se tornando, cada vez mais, urgente e uma prioridade mesmo, num mundo tão mexido e ameaçado de sucumbir, por tanta guerra, violência, desamor e desrespeito ao próximo. Torna-se, como sempre foi, imperativo “ouvir o outro, respeitar as diferenças, dialogar”, como única maneira de “transformar, renascer, abandonar as normas que engessam”. Isso pode resumir a mensagem deste belo espetáculo.







 

           Creio que todas as pessoas devem esperar, quando a cortinas se abrem e tão logo a peça começa, rir e se divertir bastante, por conta de uns 10 ou 15 minutos, talvez, do diálogo inicial entre os personagens, imaginando a que nos poderia levar aquela espécie de "quiproquó", um mal-entendido, e continuar “navegando em águas calmas”, num “mar de almirante”, até o final da peça, não mais além do que um determinado momento, quando o ar começa a se tornar “pesado”, a partir do qual a reação do público passa a ser outra: começam a se preocupar com uma “tempestade que começa a se apresentar no horizonte” e que pode “fazer o barco virar” (Adoro as metáforas!); a resposta da plateia é mudada, radicalmente, como se tocada por uma “mudança de chave”. Trata-se, realmente, de um texto fascinante, que, da mesma forma como foi muito bem interpretado por Ana Lucia Torre e Du Moscovis, que, à época, ainda era “Eduardo”, recebe, aqui, duas incontestes e brilhantes leituras e representações de dois dos mais competentes atores, de gerações distantes: NÍVEA, do alto dos seus 77 anos, e RAINER, com 36.

 

 





 

 

           NÍVEA MARIA iniciou-se na carreira de atriz, aos 17 nos, na televisão, na sua primeira telenovela, de um total de mais de 40. A TV é, sem dúvida, o veículo que a catapultou à fama e ao sucesso. O cinema contou com seu talento em poucas produções. No TEATRO, além de “NORMA”, pôde ser vista em outros vários espetáculos. Sua personagem aqui exige muito da atriz, para que não acabasse se transformando num ser piegas e vitimizado. É óbvio que Norma é, sim, uma vítima; de si mesma, de seu comportamento para com o filho, personagem que apenas é citado, na trama, não aparecendo em cena. Para que a interpretação saísse “no ponto”, a atriz dosou bastante a emoção e faz com que a personagem chegue até nós sem exageros, embora merecedora, até mesmo, da nossa comiseração, mas não por conta de uma interpretação falsa, “capenga”. Muito pelo contrário, verdade é o que não falta à atuação de NÍVEA. Como é bom tê-la de volta a um palco!

 

 

 






   

           Do outro lado da rua, na outra calçada, está o personagem Renato, vivido, com total correção, por RAINER CADETE, um ator muito experiente, a despeito de ser jovem, o qual já pode se dizer um ator de renome e aplaudido por uma legião de fãs, com um vasto e profícuo currículo, tanto no TEATRO, como na TV e no cinema. Sua sólida carreira de ator, um dos melhores de sua geração, desenvolveu-se mais na televisão, que lhe rendeu prestigio e mais visibilidade (A TV, queiramos ou não, é uma excelente vitrina.). Gosto de vê-lo atuando na telinha e na telona. Naquela, em novelas e alguns projetos; nesta, um pouco menos. No TEATRO, em algumas produções, sempre dando destaque a seus personagens, mesmo que estes sejam secundários, nas tramas. A relação desenvolvida entre Renato, o extrovertido, e Norma, a ensimesmada, se dá por conta de uma feliz coincidência. Ou será que pode não ter sido? O importante é que eles se encontraram, e a cumplicidade que passa a existir entre os dois personagens, um servindo de “muleta” para o outro, via talento do casal de atores, é fascinante.

 

 

 




 

 

 

         GUILHERME PIVA apostou na força e expressividade do texto e na potência e sensibilidade da dupla de intérpretes e assina uma direção “enxuta”, na qual estes elementos são o cerne da encenação, a alma do espetáculo, não se preocupando tanto com os outros elementos de uma montagem teatral, os de criação, ainda que não abrindo mão de se cercar de excelentes profissionais, os quais respondem, por exemplo, pela cenografia (RONALD TEIXEIRA), econômica, de mundo bom gosto e que define um pouco da personalidade de Norma, em cuja sala de estar/jantar toda a ação se passa; pelos figurinos (BIA SALGADO), sóbrios e elegantes, que dizem bem do caráter e individualidade de cada um dos personagens, bem espelhando o interior de ambos; pelo desenho de luz (ANA LUZIA DE SIMONI), sem muitas variações de cores e intensidade, nada que pudesse se sobressair ao texto e à interpretação dos atores, mas, isto sim, a serviço de ambos; e pelo correto visagismo (FERNANDO OCAZIONE).   




 




 

 


 

FICHA TÉCNICA:

Texto: Dora Castellar e Tônio Carvalho

Direção: Guilherme Piva

 

Elenco: Nívea Maria e Rainer Cadete

 

Cenário: Ronald Teixeira

Figurinos: Bia Salgado

Desenho de Luz: Ana Luzia de Simoni

Visagismo: Fernando Ocazione

Assessoria de imprensa: Alan Dinz (Xavante Comunicação)

Fotos: Gisela Schlogel

“Designer”: Alexandre Furtado

“Marketing” Cultural: Gheu Tiberio

 Produção Geral: Joana Motta e Edgard Jordão

 



 

 




 

 

 


 

SERVIÇO:

 

Temporada: De 10 de maio até 30 de junho de 2024.

Local: Teatro das Artes (Shopping da Gávea).

Endereço: Rua Marquês de São Vicente, nº 52 – Shopping da Gávea – 2º piso.

Telefone: (21)2540-6004.

Dias e Horários: Sexta-Feira e sábado, às 20h; domingo, às 19h.

Valor dos Ingressos: R$ 140 (inteira) – R$ 70 (meia-entrada) – R$ 40 (ingresso popular).

Vendas Presenciais: Bilheteria do Teatro das Artes (sem taxa de conveniência), nos seguintes horários: de terça-feira a domingo, das 13h às 19h. Em dias de espetáculo, de 13h até 30 minutos após o início do espetáculo.

Vendas “on-line”: Plataforma Divertix (com taxa de conveniência).

Duração: 70 minutos.

Classificação Etária: 12 anos.

Gênero: Drama.



 

  Voltemos à SINOPSE: “Norma está sozinha e solitária, que são conceitos diferentes...”. Até a chegada de Renato, a personagem não tem alguém perto de si; está “sozinha”, o que não implicaria, obrigatoriamente, “ser solitária”. Nunca devemos nos esquecer do conceito de “solidão a dois”, quando um casal convive sob o mesmo teto, mas vivem suas individualidades, sem interagir, em termos de sentimentos e emoções, como muitos que todos conhecemos. Mas “Norma está sozinha e solitária...”. O “se sentir solitário” independe do outro. E alguém pode escolher estar sozinho(a), porque, por opção, não deseja viver rodeado(a) de outras pessoas, prefere estar sozinho(a) a viver em sociedade, convivendo com semelhantes, em estado de “solitude”, ideia associada a sentimentos positivos, à alegria de estar sozinho, o que não era o caso de Norma, a qual vivia na solidão compulsoriamente. A solidão é a vivência de se sentir sozinho, um estado associado à dor e à tristeza, é um sentimento de vazio, o desejo de ter a companhia das pessoas, mas não ter; é uma situação não voluntária, em que a pessoa se sente sozinha e “não pertencente” a um grupo ou a alguém. O surgimento de Renato representa uma possibilidade de Norma “renascer”, “voltar à vida”, o que também poderia contagiá-lo. É assistir ao espetáculo, para ver onde “desaguará o rio”.

 

 


 

 

          Para concluir um agradecimento especial a JOANA MOTTA e EDGARD JORDÃO, produtores da peça, por terem tido a sensibilidade tocada, trazendo à cena, um pouco mais de duas décadas depois de sua primeira montagem, um espetáculo tão especial, marcante e útil às pessoas.

 

 


 

 




FOTOS: GISELA SCHLOGEL


 

GALERIA PARTICULAR

(Fotos: Produção.)

 

Com Rainer Cadete, Nívea Maria e
Guilherme Piva.

Idem.


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