quarta-feira, 29 de maio de 2024


"CANTANDO

NA CHUVA"

ou

(O LADO BOM 

DA CHUVA.)

ou

(DEIXA CHOVER!)



 

           Em 2017, quando completava 65 anos de sua estreia no cinema, o festejado musical “CANTANDO NA CHUVA” ganhou uma versão para as tábuas num Teatro brasileiro, mais exatamente, o Teatro Santander, em São Paulo, que vem servindo de palco para grandes montagens de musicais que marcaram, e ainda marcam, época mundo afora. A produção foi anunciada como “algo jamais visto nos palcos brasileiros”: iria chover “de verdade” em cena. Eu já havia visto “chover num palco”, algumas vezes, porém não com aquela intensidade e “verdade”. Esse detalhe era o grande atrativo, para vender o espetáculo. Não para mim, que tinha, é verdade, muita curiosidade de constatar o “fenômeno meteorológico indoor”, entretanto o que mais eu queria mesmo ver, na minha frente, a poucos metros de distância e não com o distanciamento do cinema, eram os números de dança, as fantásticas coreografias, principalmente a icônica cena em que o protagonista canta e dança “na chuva”, pois, de há muito, já era fã incondicional do talento de Jarbas Homem de Mello, protagonista naquela produção. A montagem chegou até nós, trazida por Cláudia Raia e Jarbas, os quais haviam adquirido os direitos de montagem no Brasil, depois de terem assistido à de Londres. Pensaram, porém, numa produção grandiosa, sim, como realmente foi, mas diferente da que conheceram na capital inglesa e da que foi montada na Broadway. E conseguiram. Foi um grande sucesso, de público e de crítica.

 

 

 

 

             Sei que a maior parte das dezenas de milhares de pessoas que assistiram àquele espetáculo, no Brasil, fizeram-no atraídas pela “cena da chuva” – Vão entender, no próximo parágrafo, o motivo da minha insistência -, que, aliás, se repetia, ao final da peça, depois de também finalizar o primeiro ato. Tudo acontecia por conta de um surpreendente efeito especial, criado pela mesma equipe que trabalhou na montagem londrina, contratada e levada a São Paulo. Era uma estrutura complexa, que ficava ao redor do palco: uma rede de canos, não vista pela plateia, recebia a água, por meio de canaletas e ralos bem discretos, e a conduzia para dois enormes tanques, os quais tinham capacidade para 10 mil litros cada um. Essa água, aquecida a 29°, para conforto do elenco, não era desperdiçada, uma vez que retornava aos referidos reservatórios, para ser reutilizada. Deixei o Teatro Santander, após ter me deliciado com a peça, sentindo-me muito recompensado pelo que me foi dado ver e, como faço, sempre que uma montagem teatral me agrada, escrevi uma crítica sobre o musical, da mesma forma como neste momento, sobre uma recente encenação, também em São Paulo – desta vez, no Teatro Sérgio Cardoso (VER SERVIÇO.) -, à qual tive o prazer de assistir há cerca de um mês. E, como me senti igualmente gratificado, disponho-me a escrever sobre ela.

 

 

 

 

 

            Antes, todavia, preciso dizer como é impressionante e, acrescento, assustador o nível de comentários e observações absurdas de determinadas pessoas que não entendem, ABSOLUTAMENTE, nada de TEATRO e, muito menos, não têm noção do que seja educação e ética. Enquanto aguardava, próximo à bilheteria, a chegada da lista de convidados – eu era um deles –, para ter acesso aos meus convites, um sujeito, que “representa ou chefia” uma dessas “ongs que se propõem a formar plateias” (“Me engana, que eu gosto!”), ao ser questionado por uma mulher (“Será que eu vou gostar da peça?”), assim lhe respondeu: “Acho que vai, sim. É legal. Eu já vi. Mas, olha, você viu a da Cláudia Raia? Porque lá chovia, era um temporal, mas aqui é apenas uma garoazinha de São Paulo”. “Estômago embrulhado”, consegui “contar até 1000” e frear o meu ímpeto de... Deixa para lá! Tinha ele, obviamente, o direito de expor sua opinião, ainda que “estúpida e mentirosa”, mas não projetando a voz, para que as dezenas de pessoas que estavam à nossa volta pudessem ouvir, o que era, notadamente, sua intenção. O sujeito mede a qualidade de um espetáculo musical pela quantidade de água que cai em cena. (%$&***%@!#¨@!). Entenderam, agora, o motivo da minha fixação na tal “cena da chuva”, que é, sem dúvida, a mais esperada pelo grande público, mas não é só aquilo que o espetáculo tem de bom? E, só para que não paire nenhuma dúvida quanto à “precipitação pluvial, em milímetros” (Momento descontração e deboche!) –, Não sei dizer se “choveu” mais ou menos. Isso pouco me interessa! -, a mecânica para a realização da cena, nesta montagem, foi executada pela mesma empresa londrina responsável pelo equivalente momento, na encenação de 2017. E esta cena, agora, é tão e impactante e bem construída como aquela. E chega desse assunto!

 

 


 

         Qualquer um, como eu, que assistiu à primeira produção brasileira do musical e a atual, tem o direito de estabelecer comparações, mas não é isso o que me interessa, não é isso o que me move, não é isso o que faço. Não é com essa intenção que me proponho a escrever sobre a atual montagem, que fica em cartaz, no Teatro Sérgio Cardoso, até o próximo dia 16 de junho, se não houver prorrogação (Tomara que haja!), e eu pretendo rever, na última semana da temporada, quando, de novo, estarei em São Paulo. É claro que fui àquele Teatro ainda com a outra produção na cabeça (e no coração também) - isso é inegável, e não poderia ser de outra forma -, porém sem a menor expectativa de ver alguma coisa igual à outra, melhor ou pior, ou, menos ainda, para compará-las. Se lá, em 2017, tudo estava nas mãos de dois excelentes artistas e produtores, Cláudia e Jarbas, aqui, não era diferente, pois se tratava de mais uma produção, em conjunto, do INSTITUTO ARTIUM DE CULTURA e do ATELIER DE CULTURA, que são duas importantes referências no mercado do entretenimento ao vivo, para os espectadores, devido ao destaque do padrão técnico e artístico de suas produções, inegavelmente, equiparadas às internacionais, haja vista a relação de títulos que vêm levando o selo de qualidade das duas instituições, desde 2013: “A Madrinha Embriagada”, “O Homem de La Mancha”, “A Noviça Rebelde”, “Annie”, “Billy Elliot”, “Escola do Rock”, “Charlie e a Fantástica Fábrica de Chocolate”, “Evita Open Air”, “Wicked – A História Não Contada das bruxas de Oz” e o mais recente, até então, “Matilda - O Musical”. Dessas, quatro eu considero "OBRAS-PRIMAS". Assisti a todas essas montagens, até mais de uma vez, adorei-as, sem exceção, mais umas que outras, e não foi diferente com relação a este “CANTANDO NA CHUVA”.

 

 

 

 

 

            Reproduzir, ao vivo, a magia do cinema, com todas as suas vantagens, decorrentes de uma parafernália tecnológica, que se moderniza mais a cada dia, evidentemente, é impossível, porém afirmo que os produtores se empenharam ao máximo para que o espetáculo chegasse próximo à versão para as telas, nesse sentido, para o que não pouparam esforços, de verdade. E acrescento que, pelo menos para mim, que troco qualquer filme por uma peça teatral, não desprezando a “sétima arte”, o que seria uma “heresia”, para quem é ator e crítico de TEATRO, a proximidade estabelecida entre mim e o palco; a música ao vivo, executada por uma excepcional orquestra; o dinamismo das cenas, com destaque para as coreografias; e a magnitude da cenografia, dos figurinos e da iluminação, tudo isso somado ao desempenho de um numeroso e magnífico elenco, não fica a menor dúvida de que assisti a um dos melhores musicais dos últimos tempos, o que, de antemão, já me faz RECOMENDÁ-LO.

 

 

 

 

 

 

SINOPSE:

Baseado no clássico filme, de 1952, o musical “CANTANDO NA CHUVA” se passa em Hollywood, a “Meca do Cinema”, no final da década de 1920.

As estrelas do cinema mudo Don Lockwood (RODRIGO GARCIA) e Lina Lamont (FEFE MUNIZ) vivenciam a “impossível” transição para o cinema falado, por conta da voz estridente de Lina, que arranca risadas da plateia.

Enaltecida por doses certeiras de comédia, romance, dança e sapateado, a trama se aquece com a paixão inesperada de Don pela corista Kathy Selden (GIGI DEBEI), contratada para dublar a superestrela Lina.

O musical é divertidíssimo e indicado para toda a família, com coreografias inesquecíveis, além do memorável número da canção “Singin’ in the Rain”, levado aos palcos com o desafio técnico de “fazer chover em cena”.

Os atores Don Lockwood e Lina Lamont, sinônimos de grandes bilheterias, são as estrelas da época, o casal preferido da indústria cinematográfica.

Sucesso entre o público, os dois são os “queridinhos” da mídia, a qual aposta num relacionamento mais íntimo entres eles, o que poderia render muitos cifrões a muita gente, mas isso é algo que jamais existiu entre os dois.

A glória do “casal 20”, entretanto, é abalada com o advento do áudio, que significou uma grande revolução na linguagem cinematográfica e a consequente transição do cinema mudo para o falado, tornando-se, logo, a sensação do mercado.

Com isso, muitos artistas, até então reverenciados, tiveram suas carreiras dizimadas, da noite para o dia, por não conseguirem se adaptar à novidade tecnológica, como o caso da temperamental Lina Lamont, cuja voz esganiçada acabou incomodando os produtores, os quais não queriam mais bancar a estrela, porque, ao abrir a boca, ela provocava uma cascata de risos na plateia.

Dispostos a não perder o que conquistaram, Don e Lina se veem obrigados a produzirem um filme, para atender às expectativas da época.

Juntos, eles precisam superar as dificuldades que essa “nova interpretação” representa para os dois e, assim, se manter no topo do pódio.

Nesse processo, entram duas figuras importantes para o sucesso da investida do casal: Kathy Selden e Cosmo Brown (MATEUS RIBEIRO).

A peça, que acompanha, de forma bem humorada, a mudança de paradigma na forma de fazer filmes, embute outros temas importantes, bem explorados na montagem.


 


  

 




 

 

        Tenham a certeza – e eu já disse isso no parágrafo que abre estas considerações – de que este musical não se resume a apenas uma admirável cena que “faz chover num palco de Teatro”. Pode passar despercebida, ou chamar menos a atenção, mas é importante avaliar o que representou o momento em que o cinema ganhou um “up”, com o advento do som, agregado aos filmes mudos. Foi uma grande revolução na arte cinética, suscitando muitos comentários e previsões negativas, principalmente relacionados à perda de empregos. Ou o artista se reciclava e apostava na inovação ou teria que mudar de profissão. Estaria aí um problema social criado. Algo semelhante ocorreu com a chegada da televisão. Não eram poucas as antevisões de que a TV iria “matar” o rádio e o próprio cinema, o que todos sabemos não aconteceu, e os artistas que, pelo rádio, só eram conhecidos por suas marcantes vozes, passaram a ocupar as telinhas e a ampliar seu âmbito profissional. Também falavam, os “urubulinos de plantão”, com relação ao TEATRO, que este estava com os dias contados. É possível que, a princípio, possa ter diminuído um pouco a afluência de público às salas de espetáculo, porém, hoje em dia, há legiões de pessoas que querem ir ao Teatro para ver, de perto, seus artistas preferidos da TV.

 

 

 




 

 

 

           Outro ponto interessante, que bem pode vender o musical, é a sua intenção de divertir as plateias, sem se preocupar com faixas etárias, o que é facilmente alcançado. É uma COMÉDIA MUSICAL bastante engraçada, para toda a família, quase “água-com-açúcar” (E isso NÃO é depreciativo!), que nos faz rir bastante, por meio de um humor até ingênuo, por vezes. Para isso, contribui bastante a ótima versão da dupla MARIANA ELISABETSKY e VICTOR MÜHLETHALER, que, mais uma vez, se une para colorir um pouco de verde e amarelo um texto escrito em outro idioma, com a utilização de piadas que, certamente, não fariam rir fora do Brasil. Isso, é importante que se diga, sem descaracterizar a obra.

 

 

 




        

        

      Ainda digo que outro grande chamariz no espetáculo é o conjunto de coreografias (FLORIANO NOGUEIRA). São excelentes os desenhos coreográficos, alguns de difícil execução, o que me pareceu, na visão de um leigo como eu, arrojados e extremamente criativos. O destaque maior, como não poderia deixar de ser, vai para a coreografia na “cena da chuva”, mas os vários números de sapateado, estilo de dança do qual gosto imensamente, me tiram do sério. Pela primeira vez vi alguém, no caso duas pessoas (MATEUS REIBEIRO e RODRIGO GARCIA) sapateando deitadas no chão e contra uma mesa com o tampo virado, um número inesquecível. Uma boa coreografia só alcança seu objetivo quando bem executada. A dança é um dos pontos altos do espetáculo, porque, indubitavelmente, todos do elenco são exímios bailarinos, os de formação e os “atrevidos”, termo carinhoso que atribuo àqueles que aprendem as coreografias, sem serem profissionais da dança, e “tiram de letra” a exigente tarefa de materializar as ideias do coreógrafo.   

 

 

 


 

 

 

 

   A direção do espetáculo ficou em excelentes mãos. É assinada por JOHN STEFANIUK, um canadense de renome internacional, responsável por ter sido o dono do bastão em grandes musicais de sucesso dos mesmos produtores deste “CANTANDO NA CHUVA”, no Brasil: “Billy Elliot”, “Escola do Rock”, “Charlie e a Fantástica Fábrica de Chocolate”, “Evita Open Air”, “Wicked” e “Matilda”. STEFANIUK tem larga e comprovada experiência em dirigir arrojadas e desafiadoras produções de musicais no exterior. O que é preciso dizer sobre alguém que, simplesmente, foi o diretor associado mundial de “O Rei Leão da Disney”, baseado na produção da Broadway? Dirigiu este musical em Paris, Londres, Sydney, São Paulo montagem de 2013), Madrid, Cidade do México, Amsterdã, Cingapura, Taipai e Joanesburgo, bem como turnês no Reino Unido. Falar de seu corretíssimo trabalho de direção neste espetáculo torna-se redundante.

 

 

 


JOHN STEFANIUK

 

 

   Como não poderia ser de outra forma, considerando-se o nível de profissionalismo e bom gosto por parte de todos os artistas criativos relacionados na FICHA TÉCNICA, não consegui detectar nenhuma falha na bela cenografia (JAMES KRONZER), nos elegantes e datados figurinos (LIGIA ROCHA, MARCO PACHECO e JEMIMA TUANY), nos corretos desenho de luz (BEN JACOBS) e desenho de som (GASTÓN BRISKI), bem como no excelente visagismo de época, cujo responsável, sempre um importante artista numa produção teatral, infelizmente, por um lapso, creio, não é citado na referida FICHA TÉCNICA.


 

 

 


(Foto: Gilberto Bartholo.)




 

 

 

  Outro dos vários destaques nesta ótima produção é o alto nível dos artistas que formam o elenco, não só os que representam os principais papéis, como os secundários e os que formam o “ensemble”. Há uma impressionante homogeneidade de talentos, na interpretação, no canto e na dança. A meu juízo, considerando não só a importância dos(as) personagem na trama, como, principalmente, o rendimento dos atores em cena, percebo protagonismo no quarteto RODRIGO GARCIA, GIGI DEBEI, MATEUS RIBEIRO e ESTHER ARIEIV, esta interpretando a personagem Lina Lamont, no dia em que assisti ao espetáculo, papel que, normalmente é vivido por FEFE MUNIZ. A dupla masculina, a cada novo espetáculo, mais solidifica as suas carreiras, e em papéis totalmente diversos, o que é motivo de lembrança.

 

 

 


                        Rodrigo Garcia, Gigi Debei,                                                   Mateus Ribeiro e Fefe Muniz.                               

 

  RODRIGO mantém o seu elegante e galanteador Don Lockwood, protótipo da “dignidade” (Quem assistir à peça entenderá as aspas.) do princípio ao fim da peça, dentro das quatro linhas que o personagem comporta. Canta, dança e representa magnificamente bem. Além de ator, tem uma sólida formação em música, o que facilita bastante o seu trabalho. Nos últimos anos, tenho gostado muito de vê-lo em grandes musicais e jamais esquecerei sua atuação, como protagonista, interpretando o personagem Dimitry, no musical da Broadway, “Anastasia“.

 





 

 

 GIGI DEBEI é das minhas favoritas atrizes de musicais, dos últimos tempos, sempre se destacando em suas composições, como aconteceu, por exemplo, no recente “O Jovem Frankenstein”, quando a vi substituindo Dani Calabresa, na personagem Elizabeth Benning. Ao escrever a minha crítica sobre aquele espetáculo, fiz questão de fazer um depoimento que transcrevo aqui:

 


“Vou ‘jogar bem limpo’, como sempre faço, nas minhas críticas. Logo que cheguei ao Teatro, na primeira vez, para ver "O Jovem Frankenstein", fiquei sabendo que Dani Calabresa seria substituída por GIGI DEBEI, uma excelente cantriz, a quem sempre dediquei os merecidos elogios. Ouvi, porém, de um querido amigo que ‘a substituição era boa, por um lado, e ruim, por outro’. Fiquei curioso, perguntei-lhe o motivo e ele me disse que ‘GIGI canta muito bem, melhor que a DANI’, entretanto, ‘para compensar, não sabe ser uma ATRIZ CÔMICA’, como a titular do papel. Agora, com toda a minha sinceridade (Assisti a ‘O Jovem Frankenstein’ duas vezes, a segunda com a Dani no papel.), posso afirmar que tive duas ótimas surpresas, vendo as duas em cena. Que GIGI cantava muito bem, eu já sabia, todavia ela me surpreendeu e também recebe o meu aval como ATRIZ CÔMICA (A outra boa surpresa foi ver como Dani canta bem.)”.


 


    Toda a admiração que eu já sentia por GIGI ganhou maior robustez depois daquela personagem e se estende à sua Kathy Selden.

 


 

 




 

 

 

Preciso me conter para falar de MATEUS RIBEIRO, pois sempre me emociono muito ao vê-lo num palco. A impressão que ele me deixa, a cada novo trabalho, é a de que consegue se sair melhor do que em todos os personagens anteriores reunidos, também fantásticos. Cosmo Brown é o melhor amigo de Don e oferece ao ator a oportunidade de exercitar seu lado cômico, já expresso em personagens anteriores. Com o devido respeito a todos os grandes atores de musicais, tenho-o na conta de o melhor de sua geração. É um ator completíssimo e se torna difícil apontar em qual habilidade – canto, dança ou interpretação – MATEUS ganha maior relevo.

 


 





 

 

  E sobre ESTHER ARIEIV? A atriz me cativou de tal forma, que nem sabia o que lhe dizer, quando nos encontramos no final da peça. É interessante notar que eu já a havia visto em outros musicais, nos quais, em papéis de menor importância nos enredos, a atriz não se fazia notar tanto como em “CANTANDO NA CHUVA”. Confiem um bom papel a uma excelente atriz e vejam o resultado! Foi uma das melhores surpresas que o TEATRO me reservou nos últimos tempos. A personagem Lina Lamont é ingênua, ambiciosa, “insípida” e totalmente “fora da caixinha”, de dificílima construção para qualquer atriz, uma vez que é obrigada, por conta da personagem, a manter, durante os 140 minutos da peça, uma voz esganiçada, totalmente fora dos padrões, para uma atriz. Enquanto os filmes eram mudos, não havia problema, todavia a chegada do som ao cinema foi, para ela, um grande obstáculo. Com muita naturalidade, ESTHER me fez dar muitas e prolongadas gargalhadas, principalmente numa cena em que a personagem se atrapalha, ao usar o microfone, durante a tomada de uma cena do filme “O Cavaleiro Galante”, que acabou se transformando em “O Cavaleiro Dançante”, que a personagem rodava com Don, cena que lembra muito uma chanchada da Atlântida ou um besteirol.

 

 

 







 Esther Arieiv.

 

 

  Todos os atores que interpretam personagens coadjuvantes – Nunca perco a oportunidade de lembrar que coadjuvantes são os personagens, não os atores.MARCELO GOES, PAULO GROSSI, MARI ROSINSKI e SANDRO CONTE defendem, com a maior competência, os papéis que lhes foram destinados. Da mesma forma, com muita garra se colocam todos os demais que se apresentam com a rubrica “ensemble”. Por oportuno, para quem não sabe, o termo “ensemble”, de origem francesa, significa, literalmente, “conjunto” e poderia ser entendido como “coro”, não de menor importância, aqueles que estão no palco para ajudar nas músicas e nas coreografias, sem que, necessariamente, tenham um personagem a interpretar. E, aproveitando o momento, penso que também cabe aqui uma explicação do que seja “swing”, num espetáculo teatral: o ator ou atriz “swing” é aquele que é preparado para substituir qualquer membro do “ensemble”, para que o elenco não fique desfalcado, ou entrar como “cover” (substituto) de um personagem.


 

 




 

 

FICHA TÉCNICA (Simplificada):


EQUIPE CRIATIVA:

Versão Brasileira: Mariana Elisabetsky e Victor Mühlethaler

Direção Geral: John Stefaniuk 

Direção Musical: Adriano Machado 

Cenário: James Kronzer

Figurino: Ligia Rocha, Marco Pacheco e Jemima Tuany

Coreografia: Floriano Nogueira

“Design” de Som: Gastón Briski

“Design” de Luz: Ben Jacobs

 

ELENCO: Rodrigo Garcia (Don Lockwood), Gigi Debei (Kathy Selden), Mateus Ribeiro (Cosmo Brown), Fefe Muniz (Lina Lamont), Marcelo Goes (R.F. Simpson), Paulo Grossi (Roscoe Dexter), Mari Rosinski (Dora Bailey e Srta Dinsmore), Sandro Conte (Rod) Andreina Szoboszlai (Ensemble), Cárolin Von Siegert (Ensemble), Caru Truzzi (Ensemble), Esther Arieiv (Ensemble), Giselle Alfano (Ensemble), Thaiane Chuvas (Ensemble), Thays Parente (Ensemble), Danilo Barbieri (Ensemble), Danilo Martho (Ensemble),  Dudu Martinz (Ensemble), Fábio Brasile (Ensemble), Fábio Galvão (Ensemble), Felipe Hideky (Ensemble), Madson de Paula (Ensemble), Julia Sanchis (Swing), Leonardo Aroni (Swing), Nina Sato (Swing e “Dance Captain”).

 

Fotos de Cena: João Caldas Filho

Assessoria de imprensa: Taga Comunicação Estratégica (Diogo Locci)

 

 

 


(Foto: Guilherme de Rose.)




(Foto: Guilherme de Rose.)

 

 

SERVIÇO:


Temporada: De 04 de abril até 16 de Junho de 2024.

Local: Teatro Sérgio Cardoso (Sala Nydia Licia).

Endereço: Rua Rui Barbosa, nº 153 - Bela Vista, São Paulo – SP.

Capacidade: 827 pessoas.

Dias e Horários: De quarta a sexta-feira, às 20h; sábado e domingo, às 15h30min e 19:30min.

Valores dos Ingressos: De R$ 19,80 a R$ 400, variando de acordo com a localização das poltronas. Há valores para a meia-entrada (Consultar os “sites” do Teatro e da peça.).

Classificação Etária: Livre. (Menores de 12 anos devem estar acompanhados dos pais e/ou responsáveis legais.) 

Duração do Espetáculo: 140 minutos, com 15 minutos de intervalo.


INFORMAÇÕES IMPORTANTES: 

1) O ELENCO PODERÁ SOFRER ALTERAÇÕES SEM AVISO PRÉVIO.

2) EVITE ATRASOS! 

3) RECOMENDAMOS A CHEGADA COM, NO MÍNIMO, 30 MINUTOS DE ANTECEDÊNCIA. 

4) APÓS O INÍCIO DO ESPETÁCULO, SOMENTE SERÁ PERMITIDA A ENTRADA APÓS A PRIMEIRA CENA. 

 

CANAIS OFICIAIS DE VENDA

Bilheteria "on-line"SYMPLA (com taxa de conveniência)cantandonachuvabrasil.com

Bilheteria Física (sem taxa de conveniência) Rua Rui Barbosa, nº 153 - Bela Vista, São Paulo - SP.

Horário de funcionamento: De terça-feira a sábado, das 14h às 19h. Em dia de espetáculo, das 14h até o horário de início da sessão. 

Telefone: (11) 3288-0136

Gênero: Musical

 


 

 

 

 

             “CANTANDO NA CHUVA” é uma megaprodução, que encanta o público e, além de fazer chover no palco”, reúne números imperdíveis e indeléveis de dança, principalmente os de  sapateado, além de ser uma divertida COMÉDIA MUSICAL, uma verdadeira viagem no tempo. Tudo o que eu já esperava ver naquele palco lá estava, e muito além da minha expectativa, que já era bem grande. E, como se não bastasse, é mais uma produção de TEATRO que emprega dezenas de profissionais para o os seus sustentos e o de suas famílias. Aqui, são, ao todo, 286 profissionais em empregos diretos, promovendo o aquecimento da economia, via ARTE. “CANTANDO NA CHUVA” é o TEATRO celebrando, num palco, a história do cinema.

 

 

 

FOTOS: JOÃO CALDAS FILHO

 

 

 

GALERIA PARTICULAR

(Fotos: Guilherme De Rose.):

 

 

Com Rodrigo Garcia.


Com Mateus Ribeiro e  Esther Arieiv.






 

 








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