O
LIVRO DOS MONSTROS GUARDADOS
(A
HORA DE CADA UM
“SAIR
DO ARMÁRIO”
No Centro
Cultural da Justiça Federal, para uma “longa” temporada, se considerarmos
que, infelizmente, hoje em dia – pelo menos, no Rio de Janeiro – um espetáculo
conseguir emplacar um mês em cena já é considerado uma grande vitória, está em
cartaz uma peça surpreendente, hilária e bastante interessante: “O LIVRO DOS
MONSTROS GUARDADOS”.
A
peça já foi encenada, em São Paulo, com outro elenco e direção, em 2009, e
ganhou o Prêmio Shell São Paulo, de Melhor Texto, em 2010,
conferido a seu autor, RAFAEL PRIMOT.
Na
verdade, o texto é uma adaptação, do próprio autor, para os
palcos, de seu livro, do mesmo título, que reúne onze contos, os quais se
entrecruzam, resumidos a sete monólogos, na peça.
Erom Cordeiro e Carolina Pismel.
O “armário”
não serve apenas para ocultar a sexualidade de muitas pessoas. É, também, um
lugar seguro, para cada um esconder a sua porção “monstro”, que nunca
deve ser revelada, para que esse mesmo “monstro” possa ter liberdade de
agir, quando achar conveniente o momento. Ou você acha que foi privilegiado, nascendo sem
essa sua parte? Ou já conseguiu se livrar dela, pagando penitências a esta ou àquela
igreja ou seita? Ou, ainda, que estará imune à ação do “monstro” ao seu
lado. Ou, então, não sabe que não dorme com um e convive com todos?
De acordo com o “release”
da peça, enviado por JSPontes Assessoria de Imprensa, “partindo
do mote de revelar os detalhes sórdidos e secretos de cada um, RAFAEL PRIMOT reúne, na peça, sete monólogos, de
personagens com seu próprio universo e particularidades, que se entrecruzam,
como em um caleidoscópio.”
MAGALI, MADÁ, MAURÍCIO, MAX, MÍLTON, MESTRE M e MOJO. Sete “monstros”, os sete “MONSTROS
DA LETRA M”.
Ainda, do “release”: “Sete
personagens, em cena, narram, em primeira pessoa, as suas histórias pessoais. Nem vilões, nem mocinhos; são tipos
urbanos, solitários, perdidos e em busca de uma redenção para suas vidas. O que
os liga é a exposição de suas intimidades.
Sufocados por situações-limite, acabam expondo seus lados menos nobres,
revelando, de maneira humana e crível, seus comportamentos por vezes ‘monstruosos’”.
Continuando: “Ao contrário de uma estrutura convencional, não há ação
presente. São depoimentos dos personagens sobre seus sentimentos e ações
passadas. Todas as falas são intercaladas, ligando os fatos apresentados pelos
personagens, sem que, no entanto, eles se encontrem.”
Visão geral do cenário.
E segue: “Constrói-se, assim, um microcosmo da sociedade urbana contemporânea, com seus desvios, neuroses, perversões
- uma pequena fábula sobre o mal que habita dentro de todos nós.”
Conclusão do “release”: “‘O LIVRO DOS MONSTROS GUARDADOS’ é um
espetáculo sobre a precariedade humana, mas também uma declaração de amor ao
ser humano: ‘Na sociedade contemporânea,
evitamos, a todo custo, aprofundar relações, olhar, realmente, para dentro do
outro e perceber suas incertezas, inseguranças, defeitos, vontades em comum.”,
afirma o autor.
RAFAEL PRIMOT, além do bom
ator que é, escreve com uma fluência invejável. Os detalhes e requintes dos
depoimentos dos personagens da peça não param de me impelir a comprar e ler,
imediatamente, o livro, o que espero fazer no mais breve espaço de tempo. A
peça gera esse desejo no espectador. E tenho certeza de que a leitura será
feita de uma tacada só, pois o livro deve ser daqueles que nos fazem adiar, ao
extremo, até mesmo as precisões mais urgentes. Um livro “devorável”, como é a
peça.
Durante o espetáculo, nem pisquei, tão atento permaneci aos “bifes” de
cada personagem, de repente, interrompidos pelo de um outro, as histórias
entrecruzando-se, dialogando, entre si, de forma espetacular. Ficamos, sempre,
na expectativa de quem será o próximo a interromper uma fala, qual será a
continuidade do relato interrompido e que “monstruosidade mais monstruosa”
ainda estará por vir.
Troca de espaços.
A peça se apresenta num formato já explorado muitas vezes, porém de
forma bastante interessante, do ponto de vista da ligação ator/público,
palco/plateia. Não precisa dizer quão dinâmico e surpreendente é o espetáculo.
O texto é atemporal e os personagens, amorais – creio não estar cometendo
nenhum engano -, cada um mais natural que o outro, expondo seus segredos e
intimidades, confessando suas tortuosidades, como uma autoconfissão, que vazasse,
dando margens a julgamentos, os quais, no fundo, no fundo, ficam só nas
intenções, no desejo de fazê-lo, por parte dos espectadores, uma vez que o
telhado de vidro de cada um é fino demais, frágil, sujeito a “acidentes”. É
como se cada um de nós fosse aquela mosquinha, que consegue entrar no
confessionário, mas ninguém consegue jogar a primeira pedra. Se não se vê
projetado em um ou mais personagens, conhece alguém, “muito chegado”, que é “meio monstro” como aquele(s).
Poucos autores conseguem explorar o humor, sempre crítico, é claro, como
RAFAEL PRIMOT, ao tratar de temas áridos
e “proibidos”, como insanidade, solidão, sordidez, pedofilia, assassinatos,
crimes e violência, para não falar de outros.
Discordo dos que dizem que o texto de “O LIVRO DOS MONSTROS GUARDADOS” fala “daquilo que não se vê”. Na
verdade, FALA DAQUILO QUE NÃO SE QUER
VER, MAS QUE SE SABE SER.
Para quem não o conhece, DANIEL
GALERA, em quem RAFAEL PRIMOT se
baseou para criar dois dos personagens da peça, é
um escritor e tradutor literário brasileiro, um dos precursores do uso da internet para a
literatura, editando e publicando textos em portais e fanzines eletrônicos, ainda
muito jovem, entre 1997 e 2001. Já traduziu treze livros, predominantemente das novas
gerações de autores ingleses e norte-americanos. Publicou, até então, quatro
livros, além de ter participado em algumas antologias de contos e de já ter
ganhado alguns prêmios por suas obras.
Na peça, PRIMOT
cita, também, pequenos trechos de James
Joyce e Nietzsche, muito bem
encaixados ao texto final.
Falar do elenco e dos personagens é o meu próximo objetivo.
O elenco (da esquerda
para a direita):
Carolina Pismel,
Guilherme Gonzalez, Rafael Primot,
Erom Cordeiro, Laila
Zaid, Jefferson Schroeder e Leandro Daniel.
Os sete atores se equivalem
nas suas respectivas atuações. É claro que cada espectador pode manifestar suas
preferências, por um(uns) ou por outro(s), o que acredito se dê, muito mais,
por uma maior identificação com o(s) personagem(ns) por ele(s) representado(s)
e, talvez pela história de cada um.
Não nego que desejo rever o espetáculo, logo no início do ano, por ele,
em si, é claro, mas, também, para rever e aplaudir, mais ainda, os trabalhos de
alguns atores.
LAILA ZAID é MARIA DAS DORES, conhecida como MADÁ, uma alma “bondosa” (cada um
escolhe a máscara que deseja, para esconder o seu “monstro”), que trabalha, voluntariamente, num órgão como o CVV (Centro de Valorização da Vida),
cujo objetivo é demover pessoas do extremo ato do suicídio.
Na peça, a instituição é o Centro
de Ajuda à Vida (CAV), como se fosse a “vida” que precisasse de ajuda, e
não as pessoas, para saberem vivê-la.
O que a leva se envolver nesse trabalho é seu enorme desejo de ajudar, a
todo custo, os semelhantes. É, exatamente, no “a todo custo” que mora o perigo, já que isso pode representar as
mais “monstruosas” transgressões.
Em sua jornada obsessiva de benevolência, se transforma numa justiceira,
às avessas, uma “serial killer“, e acaba matando pessoas, para beneficiar
outras. É a pessoa errada, agindo errado, numa função certa. É brilhante a atuação da atriz, um dos
destaques da peça!
Laila Zaid e Carolina
Pismel.
CAROLINA PISMEL se transforma
em MAGALI, uma menina, de oito ou
nove anos, filha de pais separados, que mora com a mãe e uma “amiga” desta, a
quem, carinhosamente, chama de “TIA”.
MAGALI relata as agruras de
uma pré-adolescente, bem “ingênua”. É nessa “ingenuidade” que mora o perigo.
Através de pequenas artimanhas, manipula os adultos e toma decisões
importantes para sua vida. Tenta se proteger de uma espécie de “fogo cruzado”,
entre o pai e a mãe, com intervenções descabidas da “TIA”.
Os motivos desse “fogo” a plateia percebe, logo nas primeiras palavras
da personagem, mas só ela “não percebe”.
Vive na indecisão de que partido tomar, avaliando, sempre, o proveito
material que pode tirar de cada lado. CAROLINA,
que, daqui a quatro ou cinco meses, será mãe, na vida real, dá uma aula de
interpretação e representa um dos personagens mais carismáticos da peça, assim
como ela o é, como pessoa.
Uma de suas mais engraçadas preocupações é a fixação em esconder dos
adultos sua primeira menstruação, por temer o uso de absorventes, a partir de
uma analogia que a menina faz com um vibrador, pertencente à mãe, que MAGALI descobrira no quarto da mãe e da
“TIA”. Excelente atuação!
Raro momento de
encontro de todos os personagens.
ERON CORDEIRO, um dos meus
prediletos atores de TEATRO, por sua
total entrega aos personagens que representa, interpreta MOJO, surgido a partir de um conto de Daniel Galera.
O personagem trabalha numa videolocadora (Alguém se lembra deste
arcaísmo?) e se utiliza de um método nada convencional, menos ainda
compreensível, para aliviar o
tédio e as tensões, provocadas pelo estresse urbano: ele, simplesmente,
dedica-se, deliberadamente, a atropelar cachorros, no centro da cidade, o que
lhe provoca um prazer quase orgásmico, “sem motivo aparente”.
Essa “falta de motivo” é que é o perigo. Mais um bom personagem na galeria de
sucessos do ator!
RAFAEL PRIMOT faz o personagem MAX, também criado a partir de um conto de Daniel Galera.
O “monstro” do MAX vive, há anos, em um sanatório, crendo ser um indivíduo são,
mas opta por “guardar sua sanidade em sigilo”, pois prefere permanecer
internado a viver as “loucuras” do macrocosmo exterior.
Vive criando
personagens e histórias, que consigam mantê-lo ali, como louco, o que o mostra duplamente “monstro”.
Uma ou duas vezes, por
ano, recebe a visita de sua mãe.
É um dissimulado por
excelência, e essa “dissimulação” é
que representa perigo para quem o cerca.
“Monstros” dissimuladores, por si, já representam um
pleonasmo. O adjetivo “dissimulado”,
então, no caso, potencializa sua “monstruosidade”.
Rafael cobra o escanteio e corre, para
marcar o gol, numa bela cabeçada!
Ao ator LEANDRO DANIEL, cabe o papel de MESTRE M (não confundir com o mágico “fake” Mister M), um alto executivo, viciado na internet.
Entre uma teclada e outra, o inquestionável e exemplar pai de família declara,
a um desconhecido, sua prática sexual e defende sua opção excêntrica, cujo ápice
é representado pela prática do “fisting”.
É o que se chamaria de um “pervertido
sexual”, se é que tal termo pode, ou deve, ser aplicado a alguém que apresenta
fixação por práticas não-convencionais, no sexo, sente prazer, ao executá-las,
e não faz mal a ninguém, nem mesmo a quem aceita ser parceiro(a), em tais
práticas, o que se justifica pela consensualidade. Essa “perversão” é que seria perigosa. Ou não?!
Com relação a este personagem, há uma grande revelação/surpresa, ao
final da peça, que faz com que a plateia não consiga reprimir algumas onomatopeias
de espanto, já que boa parte das “barbaridades” ditas pelo personagem não
saíram das teclas do computador de RAFAEL
PRIMOT, mas da pena de um consagrado escritor.
“Cada um no seu
quadrado”.
Quem me conhece sabe o quanto
abomino, não tolero mesmo, escatologia, recurso muito utilizado pelo
personagem, nesta peça. E eu adorei ter
ouvido tudo o que ele disse. Como assim?!
Já havia descoberto que a escatologia - não a barata, a vulgar, a
sem-propósito - também pode ser “poética”, pelas palavras de um certo João Ubaldo Ribeiro, por exemplo, em “A Casa dos Budas Ditosos”. Foi a
primeira vez que a aceitei e, com ela, me diverti muito, graças, bastante, ao
talento do escritor, quando li o livro, e de Fernanda Torres, quando assisti à peça, por três vezes.
Em “O LIVRO DOS MONSTROS GUARDADOS”
(Por que será que, toda vez que tenho de escrever o nome desta peça, ou, até
mesmo, pronunciá-lo, tenho de me policiar, para não substituir o “GUARDADOS” por “SAGRADOS”? Com a palavra o espírito do Dr. Freud!), aplaudi, bastante, a escatologia do MESTRE M, um “mestre”, mesmo, no
assunto e no ofício de representar. Parabéns
ao ator LEANDRO DANIEL!
Laila Zaid, Guilherme
Gonzalez, Erom Cordeiro e Leandro Daniel.
MAURÍCIO
é o personagem que coube a GUILHERME GONZALEZ.
Sempre que MAURICIO sai da escola, às
quartas-feiras, se depara com a figura de uma velha, na janela, a observar algo
que ele não consegue ver. Essa “falta de
percepção” chama-se “perigo”.
Com o passar dos dias, essa imagem acaba perturbando o garoto, que
decide ir ao encontro da tal senhora.
Confira o “perigo” que
representa o “monstro” que habita MAURÍCIO” Bom trabalho do ator!
Não foi de propósito que deixei para
falar de JEFFERSON SCHROEDER
(MÍLTON) por
último. Foi, nada mais, nada menos, apenas, do que uma coincidência freudiana. É
que sou um grande admirador do seu trabalho.
MÍLTON é maníaco por limpeza, assim como sua esposa e grande
paixão, com quem vive uma vida feliz e asseada. Conheci um “milton”, do Humaitá, e, posteriormente à sua morte, entendi a sua “mania
de higiene”. E é nesse “asseio
exacerbado” que se concentra o perigo.
Mas, um dia, é despedido de seu emprego e, ao voltar para casa mais
cedo, tem uma surpresa desagradável. Não vou revelá-la.
JEFFERSON é um dos melhores
atores de sua geração, e já o demonstrou em grandes trabalhos anteriores, quase
todos dirigidos por Inez Viana, na Cia. OmondÉ. A cada novo personagem, o
ator demonstra um amadurecimento, próprio de quem é dedicado ao ofício.
Uma de suas maiores habilidades está em criar vozes engraçadas, para
seus personagens e em pequenos vídeos, que grava, de brincadeira, e os publica
em redes sociais. Nesta peça, ele criou, não só um sotaque mineiro/paulista, do
interior, como também uma postura corporal, para o personagem, que já faz o público
começar a rir, sempre que é a sua vez de falar. O personagem, apesar de “monstro”, é hilário e penso ser o que
mais agrada ao público, assim como o de CAROLINA
PISMEL. Foi o que notei. Grande
trabalho!
A posição dos
personagens em destaque fala por si.
O
espetáculo foi dirigido, a quatro mãos, por JOÃO FONSECA e RAFAEL
PRIMOT, este neófito na função.
Nada a destacar, a não ser o
fato de terem conseguido um excelente resultado, utilizando fórmulas simples e
descomplicadas dentro do formato já mencionado.
Gosto da ideia de todos os
atores em cena, o tempo todo, não interagindo, mas “autoagindo”, “cada um
no seu quadrado”, sendo que, às vezes, a falta de texto, “concreto”, de
um chama mais a atenção do espectador do que aquele que está dizendo o seu texto,
evidenciado pela boa iluminação de ADRIANA ORTIZ. O comportamento
de CAROLINA PISMEL serve como um dos melhores exemplos disso. Ao final
da peça, preste atenção ao que ela faz com as duas bonequinhas, despidas, que
manipula, durante todo o espetáculo.
Cada personagem ocupa o seu
espaço, delimitado por uma plaquinha, na qual está escrito o seu nome.
Raramente, trocam de espaços, embora as plaquinhas permaneçam no mesmo lugar. É
uma bela e simples maneira, não só de mostrar que as histórias apresentam relação
entre si, como também de revelar que todos nós temos um pouco de cada uma
daquelas monstruosidades. Ao ocupar o espaço do outro, ninguém se modifica, os “monstros”
lá continuam, com suas idiossincrasias. E nós com as nossas.
Trocando de espaços.
Os
cenários e figurinos são de NELLO MARRESE. Simples e
previsíveis, num espetáculo de baixo custo, em que o foco está mais voltado ao texto
e ao trabalho dos atores.
A
cenografia é constituída de poucos elementos em cena, com destaque para
um balanço, pilastras com lâmpadas e assentos destinados aos personagens. O
resto fica por conta da imaginação do espectador.
Panorâmica do cenário.
Recomendo
o espetáculo, com um conselho (“Ouça um bom conselho, que lhe dou de graça...”
– Chico Buarque de Holanda):
Não tente
negar que também tem um “monstro” dentro de si e aprenda a conviver com ele! Dói
menos!
FICHA TÉCNICA:
Texto: Rafael Primot
Direção: João Fonseca e Rafael Primot
Elenco / Personagem:
Erom Cordeiro - MOJO
Guilherme Gonzalez - MAURÍCIO
Jefferson Schroeder - MÍLTON
Laila Zaid - MADÁ
Leandro Daniel - MESTRE
M
Rafael Primot - MAX
Cenários e Figurinos: Nello Marrese
Iluminação: Adriana Ortiz
Diretor de Palco: Leandro Carvalho
Produção: Giba Ka
Administração: Letícia Napole
Assessoria de Imprensa: JSPontes Comunicação – João Pontes e Stella Stephany
SERVIÇO:
Temporada: Até 04 de fevereiro de 2016.
Local: Teatro do Centro Cultural Justiça
Federal – Av. Rio Branco, 241 –
Centro - Rio de Janeiro (Próximo à estação do metrô Cinelândia).
Telefone: 21 3261-2550.
Dias e Horários: 4ªs e 5ªs feiras, às 19h
Duração: 70 minutos
Gênero: Drama
Ingressos: R$30,00 e R$15,00 (meia-entrada)
Classificação Indicativa: 16 Anos
Telefone: 21 3261-2550.
Dias e Horários: 4ªs e 5ªs feiras, às 19h
Duração: 70 minutos
Gênero: Drama
Ingressos: R$30,00 e R$15,00 (meia-entrada)
Classificação Indicativa: 16 Anos
(FOTOS: LEO VIANA.)
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