terça-feira, 2 de julho de 2024

 

“TIO VÂNIA”

ou

(QUANDO É O ANIVERSARIANTE QUEM NOS DÁ 

O PRESENTE. )

ou

(GRUPO TAPA SENDO 

GRUPO TAPA.)




 


       Nem sempre é o convidado quem oferece o presente, na festa do aniversariante. Quando este é o GRUPO TAPA, acontece o contrário, como se deu comigo, o “convidado”, literalmente, no último dia 13 de junho (2024), última semana em cartaz de um clássico de ANTON TCHÉKHOV, “TIO VÂNIA”, espetáculo que o GRUPO resolveu montar, em comemoração dos seus 45 anos de bons serviços prestados ao TEATRO BRASILEIRO. Infelizmente, apenas agora, tive tempo para escrever sobre o que vi naquela noite. Sou um fã ardoroso do trabalho do TAPA, acompanho o trabalho deles, desde seus primeiros passos, ainda no Rio de Janeiro, onde foi fundado, por estudantes da PUC, migrando, depois, para São Paulo. Como, muito meteoricamente, o TAPA traz suas produções para o Rio, sempre que vou à capital paulista e eles estão em cartaz, procuro conhecer o novo trabalho, na certeza de que não perderei a viagem. E nunca me engano. Para este “TIO VÂNIA, um único substantivo adjetivado resume tudo: OBRA-PRIMA.

 

 


 


SINOPSE:

Ambientada em uma decadente propriedade rural russa, no final do século XIX, o texto aborda, de maneira profunda e delicada, o amor, o desejo, a passagem do tempo, o declínio físico, a aridez da existência, o desalento, a aniquilação dos sonhos e inclui, surpreendentemente, uma mensagem atravessada de fé.

Escrita em 1896, a trama mostra o proprietário de terras, Ivan (Vânia) (BRIAN PENIDO ROSS), sua sobrinha Sônia (ANNA CECÍLIA JUNQUEIRA) e Astróv (BRUNO BARCHESI), o médico da família, e suas vidas, desestabilizadas, após a chegada do célebre Professor Serebriakóv (ZÉCARLOS MACHADO), agora aposentado, e de sua jovem e bela esposa Helena (CAMILA CZERKES).

Polarizações ideológicas, contendas familiares, emancipação feminina, a hipocrisia da fidelidade conjugal se cruzam, por fios invisíveis do texto, que transcende seu tempo, espaço, além de uma reflexão sobre o meio ambiente, situando a obra de TCHÉKHOV no aqui e agora.


 


 



 

   Costumo não me posicionar, peremptoriamente, sobre minha preferência acerca das obras para TEATRO do consagrado dramaturgo russo, também um grande contista, um dos maiores, de todos os tempos, entretanto coloco “TIO VÂNIA” no mesmo patamar de “A Gaivota” e “O Jardim Das Cerejeiras”, não desprezando, também, “As Três Irmãs”. Durante meu tempo de estudante de Letras, no alvorecer dos anos 1970, tive o prazer e a ventura de estudar, profundamente, toda a sua obra dramática e afirmo que as quatro, realmente, são as grandes peças do autor. Os estudiosos da obra tchekhoviana são unânimes em apontá-lo como uma das figuras menos severas, rígidas, se não for a menos, da literatura russa, o que equivale a dizer que o escritor não comungava com um conjunto de princípios e práticas tidos como verdadeiros, absolutos. Ele não se deixava prender por algo rígido, tradicional, imutável, que não evolui, que é conservador, que não se adapta (a) nem admite novos princípios ou novas ideias. O mais ousado transgressor da tradição literária clássica e um importante precursor das formas e da linguagem artística contemporânea”. Um escritor de múltiplas faces e possibilidades.

 

 




 

  

  Foi um irrequieto, um “subversivo” do seu tempo. TCHÉKHOV também se mostrava um grande explorador do coração e da alma dos seus semelhantes e era extremamente empático, capaz de se deixar comover e perturbar com a tragédia humana, a dor alheia. Em suas dramaturgias, o realismo sempre está presente. "O escritor colocou no papel tudo o que é inexplicável, ridículo, trágico e paradoxal.". Ou o que, pelo menos, parece ser.

 

 

 

   As peças do TEATRO de TCHÉKHOV sempre têm um final aberto. Se o TEATRO clássico falou dos dramas que acontecem na vida, ele foi o primeiro a mostrar, no palco, o drama da própria vida, “regular, plana, comum, tal como ela é na realidade”. Nas peças de TCHÉKHOV, sempre existe algo mais importante do que está explícito na trama, que, normalmente, se situa nas entrelinhas, no não dito. Essa ligação é estabelecida através do principal motivo do TEATRO tchekhoviano: o tempo. O “artífice da pena” foi médico, durante a maior parte de sua carreira literária, e em uma de suas cartas ele escreveu a respeito disso de uma forma jocosa, de forma a valorizar mais o ofício da medicina, colocando-se, modestamente, como literato: “A medicina é a minha legítima esposa; a literatura é apenas minha amante”.

 

 


 

   As quatro peças citadas representam um enorme desafio para todos os atores, até para os mais credenciados, bem como para o público, porque, no lugar da atuação convencional, TCHÉKHOV nos serve, numa bandeja de ouro, um “TEATRO de humores” e uma “vida submersa no texto”, com muitos detalhes revelados nas entrelinhas, que exigem bastante do espectador. Toda atenção aos detalhes será pouca, quando se assiste à encenação de qualquer texto seu. 

 

 


 

   Esta não é a primeira vez que o TAPA decide encenar o dramaturgo russo. A primeira foi quase ao apagar das luzes do século XX, mais propriamente em 1998, quando a companhia completava seus 20 anos de estrada. O título de então era “Ivanov”, peça à qual, infelizmente, não tive o prazer de assistir. 20 anos depois, nova incursão no universo tchekhoviano, com uma belíssima montagem de “O Jardim das Cerejeiras”. A essa assisti, também em São Paulo, e fiquei muito emocionado com o resultado, da mesma forma como havia me deixado encantar pela versão dirigida por Paulo Mamed, no Rio de Janeiro, em 1989, tendo o grande e inesquecível Sergio Britto encabeçando um estelar elenco, do qual faziam parte, entre outros, Nathália Thimberg, Othon Bastos, Edwin Luisi e Nelson Dantas. Igualmente aplaudi outra versão de "TIO VÂNIA", a do Grupo Galpão, de Belo Horizonte, em 2011, na célebre montagem dirigida por Yara de Novaes, que levava um acréscimo ao título: "Tio Vânia (Aos que Virão Depois de Nós").

 

 


 

  Como acontece com os grandes clássicos da literatura dramática universal, cada encenador imprime, à sua montagem, uma leitura pessoal, como não poderia ser de outra forma, o que resulta numa estética ímpar, personalíssima, podendo todas ser de excelente padrão, passando as montagens a serem identificadas como “a peça X do Fulano”. Temos aqui, então, “o ‘TIO VÂNIA’ do Grupo Tapa”, ou, para outros, o “o ‘TIO VÂNIA’ do Tolentino”, que, na verdade, acaba sendo de todos os envolvidos no projeto, fazendo valer a máxima que aponta o TEATRO como uma nobre ARTE coletiva. Para esta decodificação do “TIO VÂNIA”, a tradução da peça ocorreu diretamente do russo, pelo próprio diretor. 

 

 


 

         Sem mais delongas, vamos a alguns comentários, que julgo pertinentes, sobre a festiva montagem de EDUARDO TOLENTINO DE ARAUJO, à frente do “GRUPO TAPA”, a começar pela muito inventiva direção. TOLENTINO, como sempre, não abre mão de sua maneira de fazer aquele tipo de TEATRO a que, muitos chamam de “TEATRÃO”, com intenção pejorativa, querendo, sim, a meu juízo, se referir a um TEATRO clássico, preso a uma estética que ignora “modernismos” ou “mUdernidades”, e que, há 45 anos, vem repetindo a mesma fórmula, que tem seu público fiel, do qual faço parte, sem, absolutamente, eleger esse tipo de TEATRO como o único a ser valorizado. O que muitos acham uma coisa retrógada, eu prefiro chamar, simplesmente, de “TEATRO”, que não envelhece nunca e que me faz voltar no tempo, lembrando-me de grandes montagens a que venho assistindo, em mais de 60 anos de “rato der TEATRO”. Sempre é utilíssimo lembrar que não existe TEATRO melhor ou pior do que outro; existem, unicamente, o bom e o mau TEATRO. O do TAPA É ÓTIMO. Como não esperava encontrar outra coisa, a direção é cirúrgica, naquilo que o texto exige: precisão, para mostrar, de forma lenta, porém jamais maçante, seres “entediados e entediantes”, cheios de crises existenciais, uma trama que “trata dos arrependimentos em torno das opções de vida; do machismo; da opressão contra a mulher; de sustentabilidade; da devastação da natureza, em nome do progresso; e da exploração do trabalho”. Pode existir algo mais triste, ou tanto quanto, que o sentimento de arrependimento, a dúvida de que se foi feito o certo ou o errado, que se viveu sem ver o tempo passar, que apenas se contou o tempo, mas não se aproveitou o que ele nos proporcionou, ao longo de uma vida, para se viver intensamente? E como é universal e atualíssimo o teor da peça!

 

 




 

         TOLENTINO confia no potencial talento de seu elenco e, como um excelente diretor de atores, sabe como extrair o melhor de cada um(a) ator/ atriz e permite que cada um deles voe mais alto que o outro, não com a finalidade de competir, mas de somar forças, a fim de atingir um resultado que agrade ao público, e que só consegue ser obtido com o empenho e o talento de todos. No palco, o que vemos, da primeira à última cena, é “um levantando a bola, para o corte fulminante do outro colega”. O que sempre observo em seus trabalhos é que, havendo, nas premiações de TEATRO a categoria “Melhor Elenco”, os seus serão sempre merecedores de indicações e francos favoritos à conquista dos prêmios. Até uma boa parte da sessão, pensei que, ao escrever sobre a peça, eu faria destaque a três ou quatro atores do elenco de oito grandes artistas. À medida que o tempo ia passando, as ações se descortinando, fui percebendo que, a despeito de suas posições no enredo, de protagonista(s) e/ou coadjuvante(s) – Sempre os personagens; nunca os atores! -, senti que todos, quando assumiam uma participação em suas cenas, comportavam-se com um protagonismo profissional de altíssimo nível.

 



Eduardo Tolentino Araujo.
(Foto encontrada na internet.)

 

            Que ator formidável é BRIAN PENIDO ROSS! Que interpretação magnífica para o Tio Vânia! Aparentemente, um preguiçoso, o fato é que o personagem já trabalhara demasiadamente, mas, no tempo da ação da peça, mostra-se inativo e amante da bebida, amigo íntimo da vodca. BRIAN assimilou, com total maestria, a personalidade de um velho debochado e irônico, que força uma atitude de se fazer engraçado, para maquiar um estado de melancolia e frustração que o domina, para o que não faltam motivos, e, quase chegando a meio século de existência, descobre que apenas contou tempo, mas não viveu, que nada mais fez do que desempenhar um papel secundário e irrelevante na vida, constatação que se dá a partir do momento em que o Professor Serebriákov, viúvo de sua irmã, resolve deixar a cidade, para viver na mesma fazenda, com sua jovem segunda esposa, a atraente Helena. Tio Vânia vive a atribuir, ao ex-cunhado, o motivo/culpa de/por seus fracassos, e, a despeito de viver afogado no álcool, paradoxalmente, talvez, seja o personagem que mais se aproxima da lucidez, embora muitas de suas falas cheguem aos demais personagens como devaneios ou coisas ditas sem pensar, palavras na boca de um desequilibrado emocional e bêbado. Ao olhar para o seu passado, aflige-o a certeza de que tivera uma existência plena de equívocos e derrotas e de que nada pode fazer para resgatar o tempo opaco perdido. Isso tem como consequência uma frustrada tentativa de suicídio. O arco dramático do personagem exige a competência de um ator atento e dedicado ao seu ofício, o que sobra em BRIAN.

 

 


 

  Com a autodeterminada “aposentadoria” da lida rural de Tio Vânia, a propriedade passa a ser tocada por Sônia (ANNA CECILIA JUNQUEIRA), sua sobrinha, filha da irmã de Vânia com o Professor Serebriakov, em brilhante interpretação da atriz. Não é lá muito “agradável” (Eu e minha devoção aos eufemismos.) a aparência física da personagem: feia, magra além da conta, com o cabelo descuidado, andar arrastado; uma mulher que não encontra tempo para cuidar de sua beleza exterior, de tanto que o trabalho braçal e a preocupação em manter a propriedade produtiva a consomem. É apaixonada pelo Dr. Astróv, embora não seja correspondida. Comovente é o mergulho da atriz na defesa de sua personagem.


 



 

 Por falar no Dr. Astróv, como é bom ver BRUNO BARCHESI, que interpreta o personagem, em cena! Ele é o médico da região e, ao mesmo tempo, um grande idealista e defensor da Natureza. Luta, de forma contundente, pelo equilíbrio ecológico, já naquela época, fato que pode surpreender muitas pessoas. Não mede esforços pela defesa do verde e de uma vida mais voltada à sustentabilidade. É um dos personagens, na trama que se deixa encantar pelos predicados da jovem Helena. Não consegue enxergar a jovem Sônia com os olhos de um amante, atraído que é pelos encantos da esposa do Professor, vendo, apenas, na sua apaixonada pretendente, uma doce e terna amiga. 


  

            

            Para mim, cada vez que vejo ZÉCARLOS MACHADO atuando, num palco – na TV também, nos raros momentos em que tenho a oportunidade de ficar diante de uma telinha e, coincidentemente, o encontro-, é como se apenas ele estivesse na cena, ainda que os que com ele contracenem sejam, da mesma forma, ótimos profissionais. Em qualquer personagem, sua elegância cênica é algo indescritível. Seu egocêntrico Serebriakov é um professor universitário aposentado, que vive, há anos, na cidade, às expensas dos rendimentos mensais dos lucros da propriedade rural, que já não são tantos, os quais recebe, religiosamente, pela parte de sua falecida primeira esposa, pouco se importando com o trabalho pesado de gerenciamento, desenvolvido pelo cunhado, menos, e pela filha, mais. Trata-se de um homem doente, que sente fortes dores na perna, em consequência de gota, uma doença articular, que provoca uma inflamação dolorosa, geralmente acompanhada de inchaço. O cinismo é um traço forte do personagem. Indubitavelmente, seu retorno ao campo, acompanhado de sua bela e jovem mulher, de 27 anos, transformou a rotina da casa, mexeu com a vida de todos e gerou uma sucessão de conflitos, em progressão geométrica.


 


         

          CAMILA CZERKES representa, com naturalidade e leveza, Helena, a jovem de 27 anos, segunda esposa do viúvo Professor. É uma mulher elegante e bastante atraente, que desperta paixões e invejas. Balança o coração do médico e de Vânia, o qual não consegue ver o menor sentido no seu relacionamento com o marido. O apaixonado e frustrado pretendente chega a dizer a Helena que ela esta perdendo tempo, jogando-o fora, ao lado do marido (Por que ele e não eu?). Sua relação com a enteada não é das melhores, muito pela desconfiança desta de que o casamento com seu pai, muito mais velho, se dera por interesse: pecuniário e ascensão social. Assim como a preocupação do Dr. Astróv com a preservação da Natureza possa parecer, aos menos informados, que a peça tenha sido escrita recentemente, apesar de existir há mais de um século, concebida entre 1896 e 1897, a personagem da esposa de Serebriakov vive uma relação de submissão à vontade do marido, situação que, hoje em dia, ainda existe e, não raro, move mulheres e homens também pela luta por um papel de igualdade entre homens e mulheres numa sociedade sabidamente machista.


 



          Além do quinteto de magníficos atores, representantes dos principais personagens da história, a montagem ainda conta com outros trabalhos de igual responsabilidade e qualidade, como, por exemplo a especialíssima e luxuosa participação de DONA – como tenho o hábito de me referir, respeitosamente, às grandes damas do TEATRO brasileiro - WALDEREZ DE BARROS, do alto dos seus 83 anos de idade e mais de seis décadas de profissão, no papel de Babá, uma das mais prejudicadas, em questão de horários, com a “nova ordem” na propriedade rural, após a chegada do casal de visitantes, o Professor e Helena. Para mim, residente no Rio de Janeiro, ver, no palco, a atriz, por quem nutro grande respeito e admiração, é motivo de extremada alegria e, mais ainda, perceber que ainda tem condições físicas e emocionais para exercer o ofício por muito mais tempo – Que nos ouçam os DEUSES DO TEATRO! – aquece meu coração.



   Fecham o elenco um casal de atores também em papéis coadjuvantes, os quais, porém, são de igual forma muitíssimo competentes em suas atuações. Falo de LILIAN BLANC, Maria, ex-sogra do Professor e mãe do Tio Vânia, a matriarca da propriedade, que não esconde sua desaprovação às constantes reclamações do filho, e TATO FISCHER, também responsável pela direção musical e a trilha sonora do espetáculo. FISCHER é Bexiga (Adorei o nome do personagem!), um proprietário rural pobre, vizinho da propriedade (A vizinhança é pobre.), antigo amigo da família, que vive, como um agregado, na propriedade. O personagem também se apresenta tocando piano e cantando. Que elenco dos sonhos para qualquer diretor!!!

 



 

 

         Não há, na FICHA TÉCNICA, não havia menção aos criadores da cenografia e dos figurinos, todavia apurei, posteriormente, que ambos os elementos são criações do próprio diretor, a quem lanço um preito por tê-los idealizado; uma cenografia assaz interessante, reunindo vários espaços num só, sem limites geográficos, diferenciados e marcadas por alguns elementos cênicos. Os figurinos, elegantes e muito bem confeccionados, também estão acordes com os personagens. O desenho de luz, a cargo de WAGNER PINTO, compõe, acertada e plasticamente, todos os ambientes e cenas.

 

 



 

 

FICHA TÉCNICA: 

Texto: Anton Tchékhov

Tradução e Direção: Eduardo Tolentino de Araujo


Elenco: Anna Cecília Junqueira (Sônia), Brian Penido Ross (Tio Vânia), Bruno Barchesi (Astróv), Camila Czerkes (Helena), Tato Fischer (Bexiga), Lilian Blanc (Maria), Walderez de Barros (Marina/Babá), Zécarlos Machado (Serebriakov).

Contrarregras (criados): JP Franco e Vera Espuny.

 

Cenografia: Eduardo Tolentino de Araújo

Figurinos: Eduardo Tolentino de Araújo

Desenho de Luz: Wagner Pinto.

Direção Musical e Trilha Sonora: Tato Fischer

Assistente de Iluminação: Gabriel Greghi

Aderecista (mapas): Jorge Luiz Alves

“Design” Gráfico: Nando Medeiros

Fotos: Ronaldo Gutierrez

Cenotécnico: Nilson Batista

Costureiras: JudithLima e Ivete Dias

Operação de Luz: Ícaro Gerizani

Redes Sociais: Renato Fernandes

Assessoria de Imprensa: Adriana Balsanelli e Renato Fernandes

Produção Executiva: Nando Medeiros, Marcela Donato e Rafaelly Vianna

Direção de Produção: Ariell Cannal


 

 




            Esta encenação de “TIO VÂNIA”, indubitavelmente, é uma das mais belas montagens a que assisti neste ano, entre Rio de Janeiro e São Paulo, e, talvez, na última década. A peça dura mais de duas horas, sem nenhum intervalo, coisa rara nos dias de hoje, quando as plateias se acostumaram aos monólogos com 60 minutos, em média, de duração (Nada contra.) ou a espetáculos com, no máximo, 90 minutos, sem intervalo. Pode parecer que uma peça “tão longa” seja capaz de cansar e provocar sono, o que não consegui perceber, de forma alguma, no público da noite em que assisti ao espetáculo. Muito pelo contrário, quando conseguia desviar, por segundos apenas, minha atenção para as pessoas em suas poltronas, hábito que sempre alimentei, para avaliar a reação do público, o que vi foram rostos de aprovação e olhos atentos às ações. É, realmente, uma lástima muito grande que um espetáculo da superlativa qualidade de “TIO VÂNIA” não fique por mais tempo em cartaz e não viaje pelo país.

 

 




 

 

 

 

FOTOS: RONALDO GUTIERREZ

 



GALERIA PARTICULAR

(Foto: Guilherme De Rose.)

 

 


Com Eduardo Tolentino Araujo.

 

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