sábado, 27 de julho de 2024

 

“APARTAMENTO 301”

ou

(AMIZADE COM TODAS

AS CORES DO ARCO-ÍRIS;

E MAIS ALGUMAS.)

ou

 (BASTIDORES 

DE UM UNIVERSO “MARGINAL” 

IGUAL A QUALQUER OUTRO, 

DITO “NORMAL”.)

 



     Se “Todo artista tem que ir aonde o povo está.” (Milton Nascimento e Fernando Brant), penso que é obrigação de todo crítico teatral ir aonde o espetáculo está sendo apresentado, seja num Teatro convencional, seja em qualquer lugar alternativo; até mesmo num apartamento, em Santa Teresa.


 

 

   E foi assim, com esse pensamento e disposição, que não abandono nunca, que fui parar naquele bucólico bairro do Rio de Janeiro, na noite de 22 de julho de 2024, para assistir a “APARTAMENTO 301”, uma “peça gay”, como está no “release” que recebi, de FELIPE CABRAL, o qual faz parte do elenco, ao lado de BRENO SANCHES, CAMILO PELLEGRINI, EDUARDO RIOS, JUNIO DUARTE e LUCAS ABÁ. Fiz questão de destacar a “classificação” da peça (“peça gay”), feita pela própria produção da encenação, porque não vejo nenhuma necessidade da adjetivação. Entendo, perfeitamente, por que o fizeram, e não tenho nada contra, entretanto, para mim, não seria necessário o epíteto, pois, no meu entender, trata-se, simplesmente, de um “peça”; e isso é o que basta, já que qualquer peça boa é uma peça de TEATRO, independentemente de seu tema, dos assuntos tratados, das mensagens que passa; basta que seja boa, condição, indispensável, que me leva a escrever sobre ela.

 

 



 

 

     Não tinha aceitado, antes, o convite para conhecer o “APARTAMENTO 301”, por se tratar, para mim (É muito fácil, na verdade, chegar até ele.), de uma “aventura” ir até ele e demandar algum sacrifício, por conta das minhas condições restritas de deslocamento, contudo, graças a uma série de facilidades que foram colocadas à minha disposição, utilizei três veículos de locomoção (carro próprio, metrô e carro de aplicativo), além da companhia de João Bartholo, meu sobrinho-neto e também ator, e lá fui ver o que me esperava.

 

 

 

    E o que “eu” esperava? Não sabia bem, exatamente, porém já tivera a oportunidade de conhecer alguns projetos semelhantes, cerca de dez, dos quais apenas um não me agradou. Eu já havia “invadido”, ainda que a convite, a privacidade de alguns apartamentos do Rio de Janeiro, para assistir a uma proposta teatral não-convencional.

 

 

 

 

SINOPSE:

Em “APARTAMENTO 301”, o espectador é levado a acompanhar as relações, por vezes conturbadas, entre um grupo de seis amigos, os quais conviveram, por anos, no mesmo imóvel, nem todos juntos num mesmo momento, explorando suas intimidades e afetos.

Amores, conflitos e mágoas atravessam seus encontros, transformando suas vidas para sempre.

Um término afetuoso, um terapeuta que cruza os limites de sua ética, para viver uma paixão, e um ex-ator mirim, frustrado com os rumos de sua carreira, após “sair do armário”, são algumas das linhas narrativas que a plateia encontrará entre os cômodos do imóvel

O reencontro do amigos se dá quando combinaram para decidir o que fazer com as cinzas de um deles, acondicionadas numa pequena urna de vidro, que já está exposta na sala, quando o público vai chegando.

Muitas das ações são trazidas à tona em “flashbacks”.

Há um desfile de sentimentos e reações diversos e, por vezes, opostos, numa sucessão de surpresas para os “visitantes”.    

 


 

 

 

 

    A experiência e apresentada para um restrito público de, no máximo, 24 pessoas. O espectador é recebido por um dos atores (CAMILO PELLEGRINI), o qual faz as honras da casa, já dentro do apartamento, oferecendo uma cachacinha e pãezinhos de queijo aos “visitantes”. A proposta da peça é uma “experiência intimista”, tão bem recebida pelo público, com lotações esgotadas, desde a primeira apresentação, no início de abril -  as reservas se esgotam em poucos minutos -, que a produção decidiu estender sua temporada - originalmente de abril a junho - até o final de agosto, quando completarão cinco meses em cartaz. 

 

 

 

             Os personagens recebem os mesmos nomes dos atores, que vivem suas próprias experiências, envolvendo relações abertas, aplicativos de pegação, paixões e mágoas, brincando com o limite entre ficção e realidade. Em pouco tempo, por vezes, não sabemos se o que estamos vendo já aconteceu ou está acontecendo, pela primeira vez, naquele instante. Não há, em absoluto, a pretensão ou, até mesmo, o objetivo, de responder à questão de “o que é ser gay”. Apenas “o coletivo explora as subjetividades de cada encontro entre seus integrantes”. Menos ainda se trata de uma peça panfletária, na qual se alardeia “as delícias de ser gay”, com, implicitamente, uma intenção de conquistar mais adeptos à “irmandade”. Também não se trata de uma autovitimização, culpando este ou aquele, isso ou aquilo, por sua condição sexual, e explorando o que há de ruim ou perigoso, quando se assume uma “preferência” (Seria, de verdade, uma “preferência”?), uma escolha por amar um semelhante em “gênero”. (“Gênero”? Teria isso alguma importância no amor? Ouçam "Paula e Bebeto" - Milton Nascimento e Caetano Veloso: "QUALQUER MANEIRA DE AMOR VALE A PENA, QUALQUER MANEIRA DE AMOR VALE AMAR".). São reflexões que a peça sugere. O sexteto apenas, “no frigir dos ovos”, deseja mostrar como é o dia a dia de pessoas tão execradas pelos homofóbicos de plantão, na esperança de que alguma coisa aconteça, em termos de respeito e empatia pelos que são “diferentes” (De quê? De quem? Como assim?).

 

 



 

        Por comodidade, ou melhor, por opção própria, do que muito me arrependo, achei por bem permanecer na sala, onde a montagem se inicia, mas poderia ter me deslocados para outros cômodos do imóvel. Isso porque o espectador é convidado a circular pelo espaço, ao longo da apresentação, “como se pudesse espiar pelo buraco da fechadura”, legítimos “voyeurs”; ver o que acontece entre a sala, a cozinha e um dos quartos da residência. Tivesse eu a oportunidade de voltar àquele lugar, faria uma escolha diferente da que decidi viver naquela noite. 


 

 

    Sentimo-nos totalmente abraçados e imersos naquelas situações, levados por “uma dramaturgia íntima, próxima, confortável, incômoda, quente e perto demais”. A receptividade dos atores, a verdade que nos passam e o astral do “APARTAMENTO 301” são de tal forma robustos, que ficamos com a impressão de que já havíamos estado ali antes; mais ainda, no meu caso, foi como eu já estivera ali muitas vezes anteriormente, até recentemente, sensação que me ocorreu muito antes de terem decorridos os 80 minutos da peça. Isso se deu comigo, porém pareceu-me ter ocorrido a todos que lá estavam, pelo que pude observar. A título de informação sobre a minha prática como um avaliador de espetáculos teatrais: O crítico, quando assiste a uma espetáculo tem que ter, obviamente, os olhos voltados para as ações, porém, vez por outra, deve desviar sua atenção para as reações dos demais espectadores, o que se constitui num termômetro de como a peça está chegando à audiência. Posso dizer que deixei aquele agradável lugar com aquele “gostinho de quero mais”.

 

 


 

   Existe uma dramaturgia, um texto previamente escrito, entretanto os diálogos são tão naturais e ditos da mesma forma, que ficamos com a impressão de que ninguém decorou nada e as frases brotam das bocas dos atores/personagens espontaneamente, como se passassem a existir uma após um estímulo. Aplaudo bastante a conduta do sexteto em cena, assim como não tenho nada de especial a dizer sobre os elementos de apoio a uma montagem teatral (Cenogrfafia, figurinos e luz, principalmente. Tudo funciona bem.). 

 

 

 

 

FICHA TÉCNICA:

Dramaturgia Final: Camilo Pellegrini, Eduardo Rios e Felipe Cabral


Elenco: Breno Sanches, Camilo Pellegrini, Eduardo Rios, Felipe Cabral, Junio Duarte e Lucas Abá


Vídeos Projeção: Camilo Pellegrini e Astronauta Mecânico

Identidade Visual: Camilo Pellegrini

Produção: Breno Sanches e Junio Duarte

Assistência de Produção: Lindomar Melo, Carolina Panneitz e Hugo Souza

A concepção artística do espetáculo, desde sua Criação, Dramaturgia, Direção, Iluminação, Cenografia, Figurino e Trilha Sonora é assinada pelo grupo.

 


 

 


 


 

SERVIÇO:

Temporada: De 03 de abril a 28 de agosto de 2024.

Local: Largo dos Guimarães, Santa Teresa (O endereço completo será enviado, mediante reserva por e-mail.).

Dias e Horários: 2ªfeira e 4ªfeira, às 20h.

Duração: 80 minutos.

Ingresso: Contribuição voluntária, na própria sessão.

Lotação: 24 pessoas.

Classificação Indicativa: 16 anos.

Reservas através do producaoapartamento301@gmail.com (As reservas abrem às 2ªfeiras a partir das 8h da manhã, para as sessões da respectiva semana).

 

 

 

       Para ratificar a máxima de que “O teatro é a arte do coletivo.”, “APARTAMENTO 301” é um exemplo, mais que concreto, dessa verdade absoluta. É uma encenação em que, por força do trabalho de uma equipe, uma concepção “coletiva”, via de regra, já nasce predestinada ao sucesso.

 

 

 

            Pelo exposto acima, é mais que evidente que APROVEI A EXPERIÊNCIA E RECOMENDO O ESPETÁCULO, com o maior empenho. E, para concluir, relembro que, obviamente, por uma questão de segurança – não há motivos outros -, os espectadores poderão reservar seus ingressos no início de cada semana (VER SERVIÇO.) e receberão, por e-mail, o endereço completo do local exato das apresentações.

 


















FOTOS: TODOS OS ATORES.

 

 

GALERIA ARTICULAR

(Vários Fotógrafos.)

 

 

Com Felipe Cabral.


Com Camilo Pellegrini.


 

Com Breno Sanches.


Com Junio Duarte.


Com Felipe Cabral, João Bartholo e Camilo Pellegrini.

 

 

 

VAMOS AO TEATRO!

OCUPEMOS TODAS AS SALAS DE ESPETÁCULO DO BRASIL!

A ARTE EDUCA E CONSTRÓI, SEMPRE; E SALVA!

RESISTAMOS SEMPRE MAIS!

COMPARTILHEM ESTA CRÍTICA, PARA QUE, JUNTOS, POSSAMOS DIVULGAR O QUE HÁ DE MELHOR NO TEATRO BRASILEIRO!

 






















































































































quinta-feira, 25 de julho de 2024

“HAIRSPRAY”

ou

(E VIVA  A 

GERAÇÃO LAQUÊ!)

ou

(UM MUSICAL PARA

TODA A FAMÍLIA.)




          Assisti, duas vezes, à atual montagem do musical “HAIRSPRAY”, em cartaz no Teatro Riachuelo – Rio, até o dia 18 de agosto próximo (VER SERVIÇO.). A primeira foi numa sessão vespertina de um sábado, 07 de julho, na semana de estreia da peça. Fiquei encantado com o que vi e voltei para casa com um desejo enorme de escrever logo sobre o espetáculo. No dia seguinte, fui ao meu computador, para dar início à minha modesta apreciação crítica, mas, num determinado momento, senti que teria que parar e rever o musical, uma vez que não havia levado um bloquinho, para anotações, e percebi que era muita informação para o meu cérebro cansado, e que, certamente, deixaria de falar de aspectos importantes, os quais se perderiam no meio daquele “tsunâmi” de coisas maravilhosas. Sendo assim, voltei ao Riachuelo no último domingo (21/07/2024), munido de minha “cadernetinha de estimação” e não parei de fazer anotações pontuais, para servirem de base a estes escritos.

 


           Quando uma pessoa decide assistir a um musical, via de regra, vai com o objetivo primeiro de se divertir, além de alimentar seus olhos com o belo, que, normalmente, encontram neles, principalmente naqueles que vieram da Broadway, grandes superproduções, como é o caso de “HAIRSPRAY”, porém, por mais que eles pareçam existir apenas para isso, sempre há alguma coisa mais importante, alguma mensagem construtiva nas entrelinhas, mesmo que esteja abissalmente localizada. No caso deste - Estreou, na “Meca dos Musicais”, em 15 de agosto de 2002, com grande sucesso de público e de crítica; no ano seguinte, ganhou 8 prêmios "Tony", incluindo o de "Melhor Musical", das 13 indicações que recebeu; mais de 2.500 apresentações; 6 anos e meio em cartaz; turnês nacionais; uma produção em  West End, inúmeras produções estrangeiras -, a maior mensagem que traz, sem dúvida, é sobre a força do coletivo, da diversidade, do orgulho e da coragem de a pessoa ser quem ela é. A versão para as tábuas foi adaptada do um filme musical do mesmo nome, de 2007.

 

 

 

SINOPSE:

“HAIRSPRAY” é um musical que se passa na icônica década de 1960, mais propriamente em 1962, em Baltimore, no estado de Maryland, Estados Unidos, e conta a história de Tracy Turnblad (VÂNIA CANTO), uma jovem otimista e cheia de energia, que sonha em dançar num programa de TV local, “The Corny Collins Show”.

Fora dos tradicionais padrões de beleza, Tracy, uma “rechonchuda”, bem acima de seu peso, tinha o sonho de dançar naquela atração televisiva, baseada no real “Buddy Deane Show”.

Tracy enfrenta muitos preconceitos, mas, ao ganhar um lugar no referido “show” e virar uma celebridade instantânea, torna-se amiga de uma gama de personagens negros e não-brancos e junta-se a eles, para lutar contra a segregação racial e promover a inclusão de todos na cidade: brancos, pretos, gordos, magros...

Tracy queria transformar o “show”, tornando-o mais inclusivo.

As reflexões levantadas no espetáculo, estilo comédia romântica, atravessam o tempo, chegando aos dias atuais, como um convite para analisarmos o quanto ainda é preciso falar sobre equidade e diversidade de gênero, raça e padrões estéticos.

De forma leve e irreverente, este musical é uma celebração ao amor e à união, e emociona toda a família.



 

 

 “HAIRSPRAY” é um recorte social e crítico sobre as injustiças da sociedade americana na década de 1960, no que tange à segregação racial, principalmente, não tão distante, no tempo, quando nos voltamos para esse absurdo, ainda nos dias atuais. Além da importância do texto e da beleza plástica do espetáculo, ainda somos brindados com lindas e alegres canções, que incluem o estilo de música, dança e “rhyyhm and blues daquela riquíssima década, em termos culturais. Sem dúvida, quando se trata de “setlist”, em relação a musicais, estamos diante do que há de melhor.

 

 

  Devemos, primeiramente, a TIAGO ABRAVANEL a sorte de assistir, agora, a este excelente espetáculo, visto que montar “HAIRSPRAY” era, para ele, um sonho, de há muito, alimentado. Na primeira montagem brasileira do “show”, em 2009, com direção de Miguel Falabella, o talentoso ator e cantor esteve presente, no elenco, em papéis secundários (Sr. Spritzer, Sr.Pinky e o Guarda da Penitenciária Feminina), embora fosse o “sub” de Edson Celulari, que interpretava Edna Turnblad, a mãe da protagonista, personagem da qual, hoje, TIAGO é titular absoluto. E que titular!!! Vale a pena lembrar que, embora bastante ansioso para substituir Celulari, eventualmente, jamais TIAGO conseguiu isso. Em entrevista a um órgão de imprensa, assim ele se pronunciou: “Desde que eu conheci a história fiquei muito envolvido, principalmente pela referência de ver uma menina gorda como protagonista, um homem gordo fazendo uma mulher gorda, falando desse assunto de uma maneira divertida, alegre. Eu vi ali uma oportunidade para falar sobre isso.”. Retirado do “release”, que me foi enviado por GABRIEL MATTOS (MNiemeyer Comunicação): “Conheci o espetáculo quando eu fazia curso de teatro musical, no 'TeenBroadway', e vivi a Edna, de maneira amadora, quando eu era super novo.”, diz TIAGO ABRAVANEL.

 

 

 15 anos separam a primeira montagem da atual, no Brasil. Seria motivo para nos perguntarmos: “Ainda faz sentido, hoje, montar esse espetáculo, contar essa história?” E a resposta vem de imediato, num átimo de tempo: “É claro que sim, já que todas as temáticas que o espetáculo aborda ainda nos assombram e ameaçam e, também, pelo grave momento social que nosso país está vivendo!

 


   Em geral, quando faço a minha análise crítica de um espetáculo teatral, reservo para o final, as considerações sobre o elenco, entretanto vou fugir, agora, a essa minha regra, encantado que fiquei pelo total equilíbrio e harmonia que identifiquei no elenco de 30 atores / cantores / dançarinos. Sem dúvida, salta aos nossos olhos, tanto os de um experiente crítico como os de um leigo espectador, a estupenda qualidade artística de todos em cena; dos que interpretam os principais personagens e daqueles aos quais foram reservados os menos importantes na trama. Do grupo dos que “jogam na linha de frente” (Refiro-me aos personagens.), destaco TIAGO ABRAVANEL (Edna Turnblad, mãe da personagem principal), sobre quem falarei adiante, com destaque, assim como de VÂNIA CANTO (Tracy Turblad); ALINE CUNHA (Motormouth Maybelle)EMMY OLIVEIRA, (Pequena Inez)GIOVANA ZOTTI (Prudy Pingleton)IVAN PARENTE (Corny Collins)LIANE MAYA (Velma Von Tussle)LINDSAY PAULINO, (Wilbur Turnblad)PÂMELA ROSSINI (Penny Pingleton)RODRIGO GARCIA (Link Larkin)THALES CESAR (Seaweed Stubbs); e VERÔNICA GOELDI (Amber Von Tussle). Uma das qualidades que todos têm em comum, e que pode ser ratificado por quem já assistiu ou ainda assistirá à peça, é a beleza e a potência de suas vozes, o que é fundamental, num espetáculo de TEATRO MUSICAL, o que, infelizmente, ainda não foi bem “digerido” por alguns atores que se lançam nesses nicho de TEATRO, sem a menor condição de fazê-lo, o que, em absoluto, não é o caso de nenhum integrante deste elenco

 


 Em coro e, principalmente, nos seus solos, todos arrancam muitos aplausos, merecidíssimos, da plateia. ALINE CUNHA é uma presença iluminada no palco. Uma excelente atriz e dona de uma voz celestial. Cabe à atriz/personagem um dos solos mais lindos do espetáculo, ao fim do qual, a plateia se manifesta em muitos aplausos e gritos de “Brava!”, como os meus. EMMY OLIVEIRA sustenta, de sua primeira aparição até o final, uma Pequena (GRANDE) Inez. Idem para GIOVANA ZOTTI; IVAN PARENTE me pareceu estar em seu melhor momento em cena, a despeito de tantos outros trabalhos encantadores que o ator já executou. LIANE MAYA é uma das nossas melhores “cantrizes” e, mais uma vez, como sempre faz, emendando um musical no outro, é quem “manda no pedaço”, quando tem oportunidade; merece aplausos múltiplos. LINDSAY PAULINO, cujo trabalho, na TV, admiro bastante, pela primeira vez visto por mim num palco, compõe um inimitável Wilbur Trurnblad. Vale a pena dizer – Jamais me perdoaria, se não o fizesse. – que, no meu segundo encontro com “HAIRSPRAY”, o personagem foi interpretado por outro fascinante ator de musicais: BERNARDO BERRO, o qual, igualmente, mereceu meus efusivos aplausos. Que grande acerto foi confiar a PÂMELA ROSSINI a personagem Penny Pingleton! RODRIGO GARCIA é um dos meus favoritos atores de musicais. Também está sempre emendando um trabalho no outro, que nenhum produtor ou diretor gostaria de dispensar sua valiosa contribuição num musical. É uma das mais fortes presenças em cena, quando dança, canta ou interpreta. E o que dizer de THALES CESAR? Fico muito emocionado ao ver o ator em cena. O jovem artista, que conheci, no ano passado, como Simba, o protagonista de “O Rei Leão”, de onde saiu para interpretar o carismático personagem Seaweed Stubbs, além de sua bela compleição física, canta uma enormidade, dança da mesma forma e interpreta na mesma proporção. VERÔNICA GOELDI está perfeita, na medida certa, na “vilãzinha”, que provoca amor e ódio no público. Por oportuno, faço um registro importante: é excelente a química que há entre as duplas de “mães e filhas” do enredo. Não sei se todos foram convidados ou se alguns destes se submeteram a audições, todavia, com relação a estas, sei que o elenco passou por um rigoroso processo de seleção com quase 3.000 inscritos, o que só vem a provar a importância do TEATRO MUSICAL BRASILEIRO.

 


 

   Completam o harmônico elenco CAROL PITA, YASMIN CALBO e JULIA SANCHIS, as quais fazem parte do Ensemble e estão disponíveis também como “cover” de Amber e Penny, respectivamente, além de Eddy Norole. O mesmo acontece com MANU GIOIELI (“cover” de Tracy), DOUGLAS MOTTA e VITOR VEIGA (“covers” de Seaweed), TEO BRITO (“cover” de Link), ALVINHO DE PÁDUA (“cover” 2 de Link), PEDRO NAVARRO (“cover” de Corny). Como “swing”, CLAUDIA ROSA (“cover” de Velma e Prudy), NICOLE LUZ (“cover” da Pequena Inez), ANDRÉ LUIZ ODIN (“cover” de Wilbur e Corny) e TIAGO DIAS (“cover” de Seaweed). As três Diamantes são interpretadas por THAIS RIBEIRO, LARISSA NOEL e CAROL ROBERTO.


 

 

    Como prometido, mais alguns focos de luz sobre TIAGO ABRAVANEL e VÂNIA CANTO. TIAGO é um ator camaleônico, de imensas possibilidades, que consegue ser Tim Maia, em “Tim Maia – Vale Tudo – O Musical”; um cachorro (Snoopy), no musical “Meu Amigo Chalie Brown”; um caranguejo (Sebastião), em “A PEQUENA SEREIA”; e uma mulher, dona de casa (Edna Turnblad), em “HAIRSPRAY”, com o mesmo nível de perfeição interpretativa. No papel da mãe da protagonista, o ator se apresenta com muita naturalidade e leveza, uma presença tão marcante, como, da mesma forma, se apresenta VÂNIA CANTO, um talento inconteste, já comprovado, anteriormente, em tantos musicais de sucesso, principalmente no recente “Funny Girl – A Garota Genial”. A “cantriz” reúne, quando tem que cantar, afinação e potência vocal, indispensáveis a uma boa cantora, e emoção, em diferentes matizes, inerente a uma boa atriz, dependendo da cena e da situação em que sua personagem esteja envolvida, impressionando, muito positivamente, a todos. É uma atriz completa - canta, dança e interpreta com a mesma perfeição -, assim como TIAGO, carismática e atenta a todos os detalhes da personagem Tracy Turnblad. Tanto TIAGO, um homem interpretando uma personagem feminina, quanto VÂNIA, como uma adolescente, que a atriz já não é, convencem totalmente em suas atuações, sem qualquer tipo de apelação histriônica e falsa.   

 

 

  “HAIRSPRAY” é uma superprodução que só pôde ser erguida graças à tenacidade de TIAGO ABRAVANEL, do empenho de seus colaboradores e à importância e eficiência da Lei Rouanet, sobre a qual, infelizmente, depois de tantas explicações de que não se trata de ninguém “mamando nas tetas da Nação”, ainda ouvimos as maiores barbaridades, fruto da ignorância de quem não sabe como ela funciona ou da parte de pessoas inescrupulosas e mentirosas, as quais a criticam, negativa e propositalmente. Decidi agregar a esta crítica, a título de mais um esclarecimento sobre como funcionas a referida Lei, antes agradecendo aos patrocinadores desta montagem, os quais se valeram dela, para que pudéssemos ter acesso a esta superprodução, que nada fica a dever a algumas da Broadway: Brasilprev, uma empresa líder no seu segmento de mercado, que administra a previdência privada do Banco do Brasil, em parceria com a empresa americana Principal Financial GroupKarina, fabricante de cosméticos para os cabelos; PwC Brasil, uma marca que atua no setor de serviços profissionais; Instituto Yduqs e Estácio, ligadas ao ramo da educação; e Shell, empresa presente no Brasil desde 1913, operando como uma das maiores do mundo na área de exploração e produção, no ramo dos combustíveis.

 



VAMOS COLOCAR UM PONTO FINAL?

(Texto extraído da internet, com adaptações.)

Você, certamente, já ouviu falar em fomentos culturais. Já deve, espero, estar familiarizado com algumas legislações e projetos que movimentam esse setor. Inclusive, deve ter se perguntado como funciona a Lei de Incentivo à Cultura (LIC) ou o que é a Lei Rouanet.

Como parte essencial para manter a cultura em movimento e acessível no país, existem diversos programas e legislações que possibilitam a existência e execução de projetos artísticos. A Lei de Incentivo à Cultura é uma delas, que funciona há quase 33 anos, em prol dos direitos culturais do povo brasileiro.

Se você quer entender, de uma vez por todas, como essa legislação funciona, é só continuar a leitura deste esclarecimento.   

Popularmente conhecida como “Lei Rouanet”, que recebeu esse nome por conta de Sérgio Paulo Rouanet, Secretário de Cultura da Presidência da República, entre 1991 e 1992, responsável pela apresentação de sua proposta, a Lei de Incentivo à Cultura entrou em vigor em 1991, com o intuito de estimular e fomentar a produção e difusão cultural e a preservação de patrimônios históricos do Brasil. Entre outros objetivos, a LIC tem a finalidade de valorizar a cultura nacional; viabilizar a expressão cultural de todas as regiões do País e a sua difusão em escala nacional; incentivar a ampliação do acesso da população à fruição e à produção dos bens culturais; e apoiar o desenvolvimento de ações que integrem cultura e educação, entre outros itens importantes descritos na legislação.

Apesar de ser popular pela captação de recursos por meio de renúncia fiscal, a LIC possui outros dois mecanismos de fomento cultural instituídos por meio do PNAC (Programa Nacional de Apoio à Cultura): o Fundo Nacional de Cultura (FNC) e o Fundos de Investimento Cultural e Artístico (Ficart).

Vamos focar no mecanismo de renúncia fiscal, para entender como funciona a Lei de Incentivo à Cultura.

A LIC faz parte um conjunto de outras leis que atuam no incentivo de pessoas e empresas a apoiarem projetos sociais, que são as chamadas Leis de Incentivo Fiscal, lembrando que também existem a Lei de Incentivo ao Esporte, a Lei de Incentivo ao Audiovisual, Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente, o Fundo do Idoso, entre outras, cada qual com a sua especificidade.

Em todos os casos que tangem à “Lei de Incentivo Fiscal Federal”, AS PESSOAS OU EMPRESAS FAZEM DOAÇÕES OU PATROCÍNIOS E, POSTERIORMENTE, PODEM DEDUZIR, DO IMPOSTO DE RENDA DEVIDO, ATÉ 6%, PARA PESSOAS FÍSICAS, E 4%, PARA EMPRESAS.

Vê-se, portanto, que as produções teatrais NÃO SÃO FEITAS COM O DINHEIRO PÚBLICO, E SIM ESTÃO SE VALENDO DE UM MECANISMO LEGAL, JAMAIS, PORTANTO, ATUANDO AO ARREPIO DA LEI.

Somente podem participar da LIC pessoas, grupos ou entidades que atuem com as artes cênicas e congêneres, de acordo com os seguintes segmentos: artes gráficas e artes digitais; produções cinematográficas e videográficas; TEATRO; literatura; música popular, instrumental e erudita; patrimônio arquitetônico; museus e outros acervos.

Abaixo, está o passo a passo simplificado de como funciona a Lei de Incentivo à Cultura:

1) Artistas, autarquias, fundações, cooperativas e ONGs que atuam no setor cultural inscrevem projetos culturais no programa.

2) Os projetos são analisados durante quatro fases, que dão mais segurança processual, jurídica e técnica durante o processo.

3) Se aprovado, essas pessoas e organizações começam a bater de porta em porta, atrás do apoio de empresas. É o momento de captação e formação de parcerias entre pessoas físicas e empresas e pessoas e grupos que detêm os projetos.

4) Nesse meio tempo, o projeto ainda passa por adequação, homologação de execução, autorização de execução e tantas outras etapas.

5) Com tudo certo, as empresas e pessoas físicas incentivadoras fazem repasses para artistas, grupos e organizações executarem seus projetos.

6) A partir disso, cada pessoa ou organização pode executar os seus projetos.

NÃO É NADA FÁCIL CONSEGUIR UM PATROCÍNIO COM O APOIO PELA LEI ROUANET!!!

Uma condição importante é exigida pela Lei: que todo projeto aprovado deve estabelecer uma contrapartida social de acesso da população ao produto cultural gerado com apoio do programa, de acordo com cada particularidade.

Conquistar a execução de um projeto cultural, via LIC, requer tempo, um projeto consolidado e o conhecimento básico do funcionamento da Lei de Incentiva à Cultura

Essa também é uma via de mão dupla, já que pessoas e empresas podem construir uma sociedade menos desigual, com o fomento cultural do país, junto às organizações culturais.

Será que deu para entender ou é preciso desenhar?

 

 


           Perdão, pelo exposto acima, que pode ser considerado uma digressão enfadonha, porém espero ter contribuído para jogar um pouco de luz sobre aqueles que ainda precisam dela. Passemos a comentar o talento de todos os envolvidos no projeto, começando pelo texto e sua versão para o nosso idioma. Ainda que possa parecer, à primeira vista, um texto “bobinho”, “água-com-açúcar”, para puro entretenimento, sem o ser, na verdade, gosto dele, do enredo e da dramaturgia, e muito me agrada o trabalho do tarimbado versionista VICTOR MUHLETHALER, que até conseguiu inserir pitadas de brasileirismos numa história que se engaja totalmente no “american way of life”. Destaco as letras, em português, uma tarefa muito difícil de ser equacionada e muito importante, pois ajudam a contar a história. Humor fino, sem apelações.


 

 

         ROGÉRIO FALCÃO é o responsável por uma cenografia que se impõe, sendo leve, original e expressiva, com, segundo o próprio, “a liberdade de criar uma identidade de cada cenário com muitas cores ‘vintage’ e uma pegada cartunista bem dos anos sessenta.”. Realmente, reconheci nas pinturas das peças cenográficas, e espero que não tenha entrado numa “viagem”, sem me drogar, umas nostálgicas pitadas do estilo de Juarez Machado. As soluções encontradas pelo premiado cenógrafo são muito interessantes e práticas, com muitas entradas e saídas de elementos cenográficos, o que nos passa um movimento constante no palco. Em várias cenas, tive a impressão de que aqueles elementos dançam com os atores, no meio das coreografias.

 


   Um elemento plástico que chama muito a atenção dos espectadores é o variado figurino, abundantemente criativo e muito colorido, criado por BRUNO OLIVEIRA. Recentemente, dediquei muitos elogios ao seu trabalho, em outra crítica, por conta de um musical infantil, “A Fabulosa Fábrica de Música”, quando estive bem próximo aos figurinos, nos bastidores, e pude ver a delicadeza de todos os detalhes e o fino acabamento das peças. Não tive a mesma oportunidade agora, infelizmente, porém, como pude assistir bem de perto a “HAIRSPRAY, nas duas vezes, na quinta e na terceira fila, respectivamente, fiquei muito bem impressionado com o que vi. São palavras do artista: “Poder revisitar todos os personagens que nos levam para caminhos de muitas cores e formas foi prazeroso demais. Tive a liberdade de trazer uma nova leitura do figurino desse espetáculo, e isso foi muito desafiador”, completando que, ao todo, são 238 figurinos confeccionados para o espetáculo.

 

 

         Para deixar tudo num clima de festa, bem ao estilo deste tipo de musical, WAGNER ANTÔNIO foi felicíssimo em seu desenho de luz, apoiado numa extensa paleta de cores, muito brilho e intensidades frenéticas, sem falar nos movimentos dos focos, agregando, também, maior dinamismo às cenas.

  


    A música, como não poderia deixar de ser, é um dos pontos altos da encenação, graça às letras e melodias; à competente direção musical, a cargo de RAFAEL VILLAR; à condução de uma orquestra, pela maestrina CLAUDIA ELIZEU, à frente de um excelente grupo de 12 exímios músicos; e à interpretação do elenco.

 

 

  A alegria está presente em todas as ótimas coreografias, traçadas por TIAGO DIAS, o diretor coreográfico, e muito bem executadas por todo o elenco. Também é digno de menção o perfeitíssimo trabalho de PAULO ALTAFIM, responsável pelo desenho de som.

 


         O trabalho de visagismo, neste espetáculo, tem uma importância vital, já que se trata de uma peça de época. Para reproduzir a moda e o visual dos anos 1960, dois nomes ganham total destaque nesta produção. O primeiro é o de FELICIANO SANROMAN, que criou 98 perucas para o espetáculo, sem dúvida um grande diferencial em “HAIRSPRAY”. Reproduzo, aqui, palavras do renomado artista: “Foi uma felicidade imensa desenvolver esse trabalho em ‘HAIRSPRAY’. Pude trabalhar livremente, já que nosso produto é totalmente brasileiro, com criativos locais. A gente rompeu com os penteados e as cores, e foram muitas horas de trabalho em perucas ‘front lace’, implantes de ‘lace’ suíço, com uma equipe de 14 pessoas trabalhando, durante um mês e meio, para termos um material de aparência o mais natural possível. É um orgulho muito grande estar nesse projeto.”. E ainda há quem não valorize o TEATRO MUSICAL. São pessoas dignas de pena!

 

 

          O seguindo nome importante na caracterização dos atores é o de LUCIANO PARADELLA, responsável pelas maquiagens, as quais fazem com que não consigamos reconhecer, no palco, pessoas como IVAN PARENTE, LINDSAY PAULINO, LIANE MAYA e RODRIGO GARCIA, por exemplo. Até o próprio TIAGO ABRAVANEL. Já sabia qual seria o papel deste, contudo, com relação aos outros, só os reconheci, primeiramente, pela voz. São palavras de LUCIANO: “A criação da maquiagem foi toda feita em parceria com os figurinos de BRUNO OLIVEIRA e com o FELICIANO, da perucaria. Tem muito dos anos 60 nessa composição, mas com um toque de modernidade. Pensei muito na concepção da criação do espetáculo, passando por toda a transição de cores, que existe no decorrer do musical, até chegar na explosão de cores e brilhos.”. Está aí um explicito registro de que “O TEATRO É UMA ARTE COLETIVA”.

 

 

 

  ANTONIA PRADO e TINNO ZANNI dividem, com TIAGO ABRAVANEL, a idealização e direção do espetáculo, a seis mãos. Deve estar aí um dos motivos de tantos acertos e sucesso num espetáculo só.

 




FICHA TÉCNICA:

Baseada no filme “HAIRSPRAY”, de John Waters 

Música: Marc Shaiman

Letras: Scott Wittman e Marc Shaiman

Libreto: Mark O'Donnell e Thomas Meehan

Versão Brasileira: Victor Muhlethaler

Direção e Idealização: Antonia Prado, Tiago Abravanel e Tinno Zani

Direção Musical e Idealização: Rafael Villar

Direção Musical Associada: Claudia Elizeu


Elenco: Vânia Canto, Tiago Abravanel, Aline Cunha, Emmy Oliveira, Giovana Zotti, Ivan Parente, Liane Maya, Lindsay Paulino, Bernardo Berro, Pâmela Rossini, Rodrigo Garcia, Thales Cesar, Verônica Goeldi, Carol Pita, Yasmin Calbo, Julia Sanchis, Manu Gioieli, Douglas Motta, Vitor Veiga, Teo Brito, Alvinho de Pádua, Pedro Navarro, Claudia Rosa, Nicole Luz, André Luiz Odin, Tiago Dias, Thais Ribeiro, Larissa Noel e Carol Roberto

 

Cenografia: Rogério Falcão

Figurinos: Bruno Oliveira

Desenho de Som: Paulo Altafim

Desenho de Luz: Wagner Antônio

Direção Coreográfica: Tiago Dias

Direção de “Casting”: Danny Cury

Assistência de Direção: Thais Uessugui

Fotos: Ricardo Brunini

“Stage Manager”: João Sá

Direção de Produção Executiva: Bia Izar

Direção de Produção Administrativa: Ligia Abravanel

 


 



 

SERVIÇO:

Temporada: De 04 de julho a 18 de agosto de 2024.

Local: Teatro Riachuelo.

Endereço: Rua do Passeio, nº 38/40 – Centro – Rio de Janeiro.

Dias e Horários: 5ªs e 6ªs feiras, às 20h; sábados, às 16h e 20h; domingos, às 15h e 19h.

Valor dos Ingressos: Plateia VIP = R$ 175 (meia-entrada) e R$ 350 (inteira); Plateia = R$ 125 (meia-entrada) e R$ 250 (inteira); Balcão Nobre = R$ 90 (meia-entrada) e R$ 180 (inteira); Balcão Superior = R$ 19,80 (meia-entrada) e R$ 39,60 (inteira).
Vendas:
 https://bileto.sympla.com.br/event/91594 ou na bilheteria do Teatro, de 3ª feira a sábado, das 12h às 20h; domingos e feriados, das 12h às 19h.
Apresentação: Lei de Incentivo à Cultura e Brasilprev.

Patrocínio: Vivo, Karina.

Co-patrocínio: PwC Brasil, Instituto Yduqs e Estácio, Shell.

Realização: Ministério da Cultura e Governo Federal - UNIÃO E RECONSTRUÇÃO.

Apoio: UOL

Assessoria de Imprensa Teatro Riachuelo Rio: MNiemeyer Assessoria de Comunicação: www.mniemeyer.com.br

Gabriel Mattos = gabrielmattos@mniemeyer.com.br (21) 98996-3211

Rafaela Barbosa = rafaela@mniemeyer.com.br (21) 99061-5257

Alessandra Barreto = alessandra@mniemeyer.com.br (21) 99731-2021

Assessoria de Imprensa Hairspray: Perfexx Assessoria = www.perfexx.com.br @perfexx_assessoria

Ana Paula Aschenbach = anapaula@perfexx.com.br

Tânia Barbato = tania@perfexx.com.br

Gabriela Carvalhal = gabriela@perfexx.com.br

Ana Prado = aprado@perfexx.com.br

Heitor Ribeiro = heitor@perfexx.com.br

 


 

 

   Por que assistir a “HAIRSPRAY”? Porque se acende uma esperança de dias melhores, quando vemos que Tracy desafia preconceitos sociais e padrões de beleza, lutando por igualdade e integração racial, enquanto persegue seus próprios sonhos. Porque o musical é celebrado por seus números vibrantes e mensagem de aceitação e diversidade. Porque, além do entretenimento, a peça aborda temas importantes, como racismo, aceitação e inclusão. Porque o espetáculo destaca a luta pela integração racial e a quebra de estereótipos de beleza, transmitindo uma mensagem poderosa sobre a importância da diversidade e da inclusão na sociedade. Porque, segundo TIAGO ABRAVANEL, “Gordofobia, racismo, empoderamento feminino são assuntos que a gente sempre precisa reiterar, e esse espetáculo traz isso com uma potência muito especial. Por isso tem tudo a ver ele acontecer na minha vida e nesse momento que o Brasil está vivendo. Não tinha momento melhor para ‘HAIRSPRAY’ voltar para o Brasil.”.


 

 

           Nem seria necessário dizer que RECOMENDO MUITO O ESPÉTÁCULO, que já tem sua estreia, em São Paulo, marcada para o dia 05 de setembro de 2024, no Teatro Renaut, com ingressos já à venda.

 

 

 


 

FOTOS: RICARDO BRUNINI

(e algumas “garimpadas”

nas redes sociais e na internet.)

 



GALERIA PARTICULAR

(Fotos: Ana Cláudia Matos

e

João Pedro Bartholo.)

 

 



Com Tiago Abravanel.


Com Liane Maya


Com Ivan Parente.


Com Claudia Elizeu.


Com Bernardo Berro.


Com Pedro Navarro.


Com Carol Pitta.










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RESISTAMOS SEMPRE MAIS!

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