quarta-feira, 25 de maio de 2022

 “PAI 

ILEGAL”

ou

(UMA COMÉDIA

LEGAL.)


(TEMPORADA PRORROGADA ATÉ 12 DE JUNHO/22.)

 

     O título desta deliciosa COMÉDIA parece meio “estranho” e pode sugerir, creio eu, algumas interpretações diferentes, porém já adianto que, para saber, mesmo, de que se trata, é preciso assistir ao espetáculo, embora já recebam, por aqui, alguns “spoilers”. Tenho certeza de que não se arrependerão.



      O inteligente e divertido texto, de ULISSES MATTOS, reflete, com humor, sobre os desafios do homem, diante da paternidade, e o desejo de aprovação, na sociedade atual”. Com direção de HENRIQUE TAVARES, o espetáculo foi idealizado pelo protagonista, PEDRO MONTEIRO, que apresenta a segunda parte, de uma trilogia teatral, sobre a paternidade. Na peça, todo homem precisa passar por um difícil processo, até obter seu “certificado de pai”.




 

SINOPSE:

Sabe quando as pessoas falavam que ser pai é tão importante e desafiador, que deveria existir um “certificado de permissão”?

Pois agora existe!

Sem sua “licença de pai”, GABRIEL (PEDRO MONTEIRO) acaba preso e vai ter que passar por provas nada fáceis.

Afinal, GABRIEL será aprovado ou não? 

 



      Transcrevo, aqui, um interessante trecho, escrito por RACHEL ALMEIDA, inserido no “release” que me foi enviado por esta e por LYVIA RODRIGUES, que fazem a assessoria de imprensa da peça: Em um futuro próximo, todo homem precisará fazer uma série de provas, para se tornar pai. O processo não é simples. A vontade de ter um filho vai esbarrar na falta de preparo, na insegurança e, até, no machismo estrutural, ainda presente na sociedade, que insiste em delegar à mãe a maioria dos cuidados com o bebê. Quem insistir em ser pai, sem cumprir todas as tarefas, e ganhar seu ‘certificado’ poderá ser detido e até preso. Esse é o ponto de partida de ‘PAI ILEGAL’”.



Segundo PEDRO MONTEIRO, idealizador do projeto e protagonista da peça, “A ideia é usar o humor, para discutir temas pertinentes à sociedade atual, como o lugar de fala, a importância do pai na criação de um filho e a necessidade de aprovação que todos nós temos”.



“A peça acompanha a história de GABRIEL, que vê sua vida mudar, ao ser parado numa blitz policial. A documentação do carro está em dia, não houve consumo de álcool pelo motorista, mas há um grande problema: ele é um ‘pai ilegal’. O policial desconfia de uma fralda encontrada no carro, faz um teste do bafômetro e, logo, detecta a presença de talquinho, colônia de bebê, pomada pra assadura e tudo mais. Sim, no futuro, a tecnologia já consegue detectar quem é pai e deter aqueles que não possuem certificado.”

 


 Além de PEDRO MONTEIRO (GABRIEL), estão no elenco GABRIELA ESTEVÃO (AGENTE T) e JULIANA GUIMARÃES (ÍSIS).  




Diz ULISSES MATTOS, sobre o tipo de humor preferido por ele e PEDRO: “Eu e PEDRO gostamos daquele tipo de humor que diverte e emociona, e não recorre aos clichês apelativos da comédia”. E prossegue: “Além disso, discutir a presença e ausência do pai na criação de um filho é um assunto que nos interessa. Por mais presente que a gente seja, a verdade é que a mãe é sempre mais. Além do tema da paternidade, vamos discutir a nossa necessidade de aprovação. Durante toda a peça, o GABRIEL fala desse nosso desejo de ser aprovado pelos pais, pelos filhos, pela sociedade, na escola, nas redes sociais...”. Quem escreve sabendo o que deseja e como consegue chegar ao público tem amplas chances de ser elogiado, como faço, agora, com relação à dramaturgia de “PAI LEGAL”: excelente!



HENRIQUE TAVARES, que faz um ótimo trabalho de direção, acredita que o espetáculo faz o homem reavaliar sua função na sociedade e na família. “Neste momento de tantas mudanças comportamentais, a peça fala, também, de como o pai pode se desconstruir e ficar mais atento às relações com a mulher e os filhos, combatendo o machismo e o patriarcado. Mas tudo com muito humor, estamos precisando de alívio cômico na vida!”. E continua: “A peça é bastante leve, divertida e ágil. Vamos contar essa história de uma maneira bem teatral, com elementos realistas, mas com alguns exageros para potencializar a situação cômica. O pai vai passar por várias provas para conseguir sua liberdade”. Sim, isso é verdade e nos leva a enxergar a narrativa como algo surreal, completamente inverossímil, impossível de acontecer, mas aceita tudo “de boa”, pois, afinal de contas, é TEATRO.




A equipe criativa envolvida no projeto conta com nomes de grande gabarito em suas áreas de atuação, como MARCELO ALONSO NEVES (direção musical e trilha original), ALFREDO BONEFF (assistência de direção e preparação corporal), MARIETA SPADA (cenário e figurino) e JOÃO GIOIA (Iluminação), sobre cujos trabalhos darei algumas “pinceladas”.




A montagem é bem “franciscana” e serve para comprovar que é possível fazer um TEATRO de qualidade, com a utilização de poucos recursos financeiros, o que é, infelizmente, uma imposição do momento pelo qual estamos passando. Depois de quase dois anos de total afastamento dos palcos, as produções, a grande maioria delas, por falta de patrocínios ou outros tipos de incentivo, se veem obrigadas a limitar os gastos, não deixando, porém, de focar na qualidade do produto final, a ser entregue ao público, como o máximo de respeito a este, como ocorre nesta peça.



MARIETA SPADA acerta no cenário e nos figurinos. Naquele, utiliza poucos elementos cênicos, todos, porém, necessários à resolução das cenas. Nos figurinos, também é bom o resultado. ISIS e a AGENTE T usam uniformes militares; já o protagonista aparece com um traje que seria o de um prisioneiro, num tom forte de laranja, que deve ter sido pensado com a ideia de dar um grande destaque ao personagem. Momento descontração: em sua primeira aparição, pensei que o personagem seria um gari.



JOÃO GIOIA foi bastante parcimonioso, na iluminação, já que o texto que não permitia, mesmo, a meu juízo, nada além do que ele fez. Nada de muitas cores e grandes variações de tons e intensidade de luz.



Embora haja a rubrica “coreografia”, na ficha técnica, assinada por HANNA FASCA, essa parte não existe em grande escala, nesta montagem, mas funciona, quando posta em prática.



Quando MARCELO ALONSO NEVES aceita entrar, numa produção teatral, com o seu trabalho, isso já é garantia de que a direção musical e a trilha sonora original do espetáculo não permitirão comentários negativos; pelo contrário, sempre “acerta no alvo”, e não seria diferente aqui.



Sobre o elenco, não poderia dizer nada diferente do que isto: o trio executa, a contento, seu trabalho e demonstra uma grande afinidade entre si. Admiro demais PEDRO MONTEIRO, pela sua entrega ao TEATRO: além de ator, dramaturgo e diretor, também se mostra um grande empreendedor. PEDRO é aquele que doa seu sangue à nobre arte de representar. Com muita naturalidade, ele “sofre”, em cena, as agruras por que passa o personagem, sem entender ou enxergar alguma transgressão cometida. Por outro lado, GABRIELA e JULIANA, suas duas “algozes”, também sabem como “infernizar” a vida daquele “pobre pai”, porém na certeza de que estão “cumprindo a lei”. Um ótimo trabalho do trio.



  HENRIQUE TAVARES, um homem de TEATRO, bastante premiado, faz uma boa direção, descomplicada, com marcações corretas e conseguindo fazer com que o tom de surrealismo do texto se mantenha, do início ao fim do espetáculo.

 

   




FICHA TÉCNICA:

 

Idealização: Pedro Monteiro

Dramaturgia: Ulisses Mattos

Direção Artística: Henrique Tavares

Assistência de Direção: Alfredo Boneff           

Direção Musical e Trilha Sonora Original: Marcelo Alonso Neves

 

Elenco: Pedro Monteiro (Gabriel), Juliana Guimarães (Ísis) e Gabriela Estevão (agente T)

 

Cenário: Marieta Spada

Figurino: Marieta Spada

Iluminação: João Gioia

Coreografia: Hanna Fasca

Assessoria de Imprensa: Lyvia Rodrigues e Rachel Almeida

Gestão de Redes Sociais: Lyvia Rodrigues e Rachel Almeida

Programação Visual: A4_ - Davi Palmeira

Direção de Produção e Produção Executiva: Tem Dendê! Produções - Tamires Nascimento

Assistência de Produção: Jacyara de Carvalho e PV Israel

Assessoria Jurídica: Bruno Assis

Contabilidade: VOX Contábil

Prestação de Contas: Alan Isídio

Marketing Cultural: Marcela Bronstein

Fotos: Beto Roma, Álvaro Riveros e João Gioia

 



 



SERVIÇO:

 

Temporada: de 05 de maio até 12 de junho de 2022.

Local: Teatro Dulcina.

Endereço: Rua Alcindo Guanabara, 17 - Centro, Rio de Janeiro - RJ

Telefone: (21)2240-4879

Dias e horários: 5ªs e 6ªs feiras, às 19h; sábados e domingos, às 18h.

Valor dos Ingressos: R$40,00 (inteira) e R$20,00 (meia entrada).

Compra online Sympla: https://bit.ly/3MAHbze

Capacidade: 300 pessoas.

Classificação Etária: 10 anos

Instagram do espetáculo: @paiilegalteatro

 

Assessoria de imprensa:

Lyvia Rodrigues: (21)98061-5853

contato@aquelaquedivulga.com.br

 

Rachel Almeida: (21)3579-1352 | (21)99196-1489

racca.almeida@gmail.com

 

Gênero: COMÉDIA.

 



 

        Se é uma boa COMÉDIA o que você está procurando e, melhor ainda, pagando o valor de uma sessão de cinema, ou menos até, faço esta recomendação. A peça é leve, mas, como todo bom texto de COMÉDIA, faz críticas e provoca reflexões. O espectador ri, na hora da “piada” e, depois, fica se perguntando: “Era para eu rir? Aquilo é muito sério.”.

 

 


 


FOTOS: BETO ROMA,

ÁLVARO RIVEROS

e JOÃO GIOIA.

 

 

GALERIA PARTICULAR:



Com Pedro Monteiro e Gabriela Estevão.




Com Henrique Tavares.





 

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