MARIDO IDEAL
(DA ARTE DE SE FAZER
CONTEMPORÂNEO
O QUE, A RIGOR,
NÃO DEVERIA SER.
ou
“NÃO RECOMENDADO À
SOCIEDADE” - S.Q.N.)
Depois
do sucesso de uma curta temporada, no Espaço
Municipal Cultural Sérgio Porto, está em cartaz, agora, no Teatro Dulcina (VER SERVIÇO.), uma
deliciosa comédia, saída da mente brilhante, da genialidade de OSCAR WILDE. Falo de “MARIDO IDEAL”, que recebeu um
tratamento todo especial, na excelente adaptação,
de GILBERTO GAWRONSKI, que também
assina a direção do espetáculo.
Diz GAWRONSKI que sempre desejou montar um texto de WILDE, em função do fato de “ele conseguir refletir, com humor (excelente e fino, diga-se de passagem)
sobre as crenças que povoam a mente humana, mesmo escrevendo
uma história que está sujeita às especificidades de uma época”.
Ainda que a trama se desenvolva em Londres, no final do século XIX, tudo o que marca o fio central do enredo e
seus desenvolvimentos periféricos pode ser, facilmente, reconhecido, pela
plateia, como aquilo que, infelizmente, estamos acostumados a ver exposto,
diariamente, na mídia brasileira, nos dias de hoje, relacionado ao mundo
político, sem falar na atemporal hipocrisia humana, que sempre existiu e só faz
criar mais corpo, à medida que “evoluímos".
Como bem diz o diretor da peça, “a própria situação social, política e
financeira do texto permite que se estabeleçam analogias com o tempo
atual...”.
No palco uma sucessão de intrigas,
corrupção, conluios, traições, infidelidades e toda sorte de tudo o que é
execrável, sendo posto em prática, sob uma conivência que diverte, mas, no
fundo, nos incomoda e nos leva a uma reflexão: já está na hora de dar um “basta” a tudo isso.
O texto
é um dos mais encenados em toda a Europa.
Trata-se de uma “comédia de costumes, inteligente e romântica, que coloca em questão,
através de diálogos com insinuações espirituosas, o que escondem os casamentos
e a política”. Tudo gira em torno de valores materialistas. O jogo de
interesses e a intenção de lucrar, a todo custo, desprezando-se tudo o que
possa passar por perto da ética e da moral, permeiam a peça, da primeira à
última cena, revelando uma sociedade – pode-se dizer – “doente”, carente de
valores construtivos e edificantes.
Transitam, pelo espaço cênico, representantes de uma burguesia frívola, desprezível, desprovida
de caráter e probidade.
SINOPSE:
O espetáculo tem, como assunto,
uma situação que envolve o jogo de aparências da sociedade.
No final
do século XIX, em Londres, um Ministro de Gabinete, SIR ROBERT CHILTERN (MARCELO MALVAREZ), um
homem público, que, aos olhos da mulher e do resto do mundo, jamais cometeu um
deslize, está prestes a ser denunciado publicamente, devido a atos que
comprometem o seu passado.
Ele construiu sua fortuna e sua “boa”
reputação de forma ilícita, vendendo um segredo de Estado, a respeito do Canal
de Suez.
Agora, é chantageado pela fascinante LAURA CHEVELEY (TICIANA PASSOS), uma
mulher de duvidosa moral, por conta disso, sombria, que tem, em seu poder, uma
prova irrefutável contra a "honradez" do “marido
ideal” e que poderá fazer cair a máscara da probidade de ROBERT.
LAURA,
inimiga de LADY CHILTERN, de quem foi
contemporânea, nos bancos escolares, deseja que ROBERT apoie um esquema fraudulento, para a construção de um canal
na Argentina, o que não seria um bom
negócio para o Governo da Inglaterra, mas excelente, para ela.
A chantagem fica por conta de, no
passado, o Barão Arnheim, mentor e
amante, já falecido, de LAURA, ter
convencido ROBERT a vender um
segredo do Gabinete, que consistia
em comprar ações do Canal de Suez,
três dias antes de o Governo Britânico
ter anunciado sua compra.
ROBERT
ganhou uma fortuna com aquele dinheiro ilícito e LAURA o tinha nas mãos, já que era detentora de uma carta que provava
aquele crime.
Uma série de volteios improváveis da trama
se sucede.
ROBERT
acaba por se redimir, por meio de um heroico discurso ao público, e seu
amigo, ARTHUR GORING (FELLIPE MESQUITA),
salva, de vez, sua reputação, calando LAURA.
GERTRUDE
CHILTERN (KARIN ROEPKE), a esposa de ROBERT, perdoa o marido, depois de perceber o quão, facilmente,
o escândalo teria destruído a estabilidade de sua vida.
Ainda que eu
não conheça o texto original de WILDE, tanto a tradução quanto a adaptação
me parecem excelentes. A escolha das palavras e as construções frasais, nos
diálogos, correspondem, bem próximo e paralelamente, ao estilo de WILDE e, quanto à adaptação, GILBERTO
GAWRONSKI foi muito feliz, ao agregar, ao texto original, citações de outras obras de WILDE, assim como detalhes da biografia
do grande escritor irlandês, que
levou uma vida bastante conturbada e atormentada, principalmente em seus
últimos anos de vida.
Nesta versão,
estão presentes referências a “O Retrato
de Dorian Gray”, sua obra máxima, “A
Importância de Ser Perfeito”, “O
Leque de Lady Winderme” e “Salomé”,
dentre outras marcantes obras de sua bibliografia.
No que tange a informações
pessoais e históricas da trajetória do consagrado autor, fala-se da sua condenação, por ter “cometido atos imorais com
diversos rapazes”. Esse episódio, tristíssimo, que marcou o início da
decadência, física e moral de WILDE,
se refere ao processo, movido pelo Marquês
de Queensberry, pai de um rapaz, Bosie,
apelido de Lord Alfred Douglas, com
o qual WILDE manteve um romance,
apesar de ser casado e pai. Isso aconteceu em maio de 1895, quando, após três julgamentos, o escritor foi
condenado a dois anos de prisão, com trabalhos forçados.
Tive a
oportunidade de assistir à peça duas vezes, em formatos diferentes. Na primeira
temporada, foi utilizada uma “arena”; na segunda, em função do espaço, o
espetáculo ganhou a formatação de “palco italiano”, o que, a meu juízo, fez com
que ele perdesse um pouco de ritmo e naturalidade, embora isso não tenha gerado
considerável prejuízo à atual versão, que se mantém tão interessante quanto a
anterior.
O espetáculo
segue a linha de um bom “vaudeville”,
com sucessivas entradas e saídas dos personagens, numa sequência de cenas
curtas e ágeis, recheadas de quiprocós, que prendem a atenção do espectador,
divertindo-o à farta.
GILBERTO GAWRONSKI permitiu-se, em sua
adaptação, que também se divertisse bastante – é a impressão que nos passa -, a
ponto de brincar com os sobrenomes dos personagens, trocando-os por nomes de
marcas de carro e de bebidas, o que funciona muito bem, dentro da proposta de
humor debochado da peça. Depois do segundo ou terceiro sobrenome, como Chevrolet, Buchanan’s ou Mitsubish,
por exemplo, cria-se, no público, uma expectativa pela próxima surpresa, sempre
bem recebida por todos.
GILBERTO não deixa, também, de dar as
suas estocadas na política atual, indiretamente voltadas a alguns dos nomes da
atualidade, chegando até a questionar, pela boca de um personagem: “Não
entendo essa mania moderna pelos pastores”. Fala, ainda, em “destruição de provas”, o que nos traz à
mente algo dos nossos dias, e não deixa de abordar o fato de alguém abandonar a vida pública, abrindo mão de
todas as benesses a ela ligadas.
No que concerne
à direção, nenhuma grande novidade,
dentro do que se espera de um espetáculo desse tipo, entretanto merece destaque
o tom estabelecido, pelo diretor,
para a atuação do elenco. Sem qualquer
exceção, todos representam com uma proposital e exagerada artificialidade,
extremamente afetados e cada um personagem
deseja “aparecer” mais que o outro, o que exige bastante competência dos atores
e é responsável por boas e justificadas gargalhadas.
Agrada-me
bastante o conjunto das interpretações, que apresentam um nivelamento positivo.
O tom farsesco, burlesco,
de um mordomo “gay” (Ou seria
assexuado?) permite que TIAGO RIBEIRO
se sinta muito à vontade no papel e explore as características grotescas do
personagem. Muito divertido.
FELLIPE MESQUITA se destaca, em algumas
de suas cenas, por conta da exploração de uma provocativa sensualidade cômica,
em função de seu biotipo, muito alto e magro, com o reforço dos seus hilários figurinos. Aliás, o figurino da peça merecerá, adiante, um
comentário todo especial. LORD
ARTHUR GORING, seu
personagem, “oscila da total indiferença à espécie humana ao carinho incondicional
pelos amigos. Embora não negue a insensibilidade moral, a qual transcende os
limites do grotesco, o personagem acaba, paradoxalmente, situando-se como a
figura mais compassiva e coerente da história”.
TICIANA PASSOS compõe uma LAURA CHEVROLET bastante convincente,
no papel da chantagista e exploradora da fraqueza alheia. Perspicaz, sabe como
articular seu jogo, em busca de vantagens próprias, ainda que por meios escusos
e trabalha muito bem as máscaras faciais.
MÁRCIO MALVAREZ encarna o “marido ideal”, um homem de caráter
"ilibado", no lar e na vida pública. ROBERT
sabia como conservar a casca de um homem extremamente respeitável, adorado pela
mulher e admirado pelos amigos. Ao se ver na iminente situação de ser desmascarado,
fragiliza-se e o ator sabe tirar partido de seu personagem nesses momentos,
gerando situações de bom humor.
KARIN ROEPKE, como GERTRUDE CHILTERN; PAULA
JUBÉ, MABEL CHILTERN, irmã de ROBERT; e ZÉ WENDELL, LORD CAVERSHAN,
pai de ARTHUR, também executam, com
correção, as suas funções em cena.
LADY CHILTERN, incrivelmente devota às
virtudes de seu marido. MABEL extrapolava
em ironias. O personagem de ZÉ WENDELL
chama a atenção, por querer, obsessivamente, ver o filho casado, longe das
frivolidades da vida mundana, de solteiro, e sempre a exaltar as virtudes do
casamento e os perigos de uma vida desregrada, que o rapaz levava.
Uma atração à
parte, no elenco, fica por conta de GILBERTO GAWRONSKI, que encarna LADY MARKBY, batizada, por ele, de OLÍVIA LAND ROVER, o protótipo da
frivolidade, fútil e falsa, ao extremo, sempre a fazer comentários
desabonadores com relação ao marido. GILBERTO
está irreconhecível e engraçadíssimo, na caracterização da personagem. Ele substitui STELA FREITAS, que defendeu o papel na
primeira temporada e que também fazia um excelente trabalho.
Antes de falar
nos elementos técnicos do espetáculo,
devo render um preito a todos os envolvidos neste projeto, pela coragem e
resistência que o levaram a existir concretamente. O espetáculo foi feito sem
qualquer patrocínio, contando com a garra de todos e a criatividade, que, em
momentos de crise, parece aflorar com mais intensidade.
Dito isso,
falemos do cenário e dos figurinos da peça, perfeitamente
adequados à proposta e tudo –
absolutamente tudo – conseguido por meio de um trabalho de garimpagem e de
reciclagem, resultando, porém, em ótimas resoluções.
O cenário é da excelente MINA QUENTAL, utilizando pouco
material, o mínimo necessário para ajudar a compor os ambientes. Basicamente,
duas poltronas e um canapé, tudo em veludo vermelho. Na parede, algumas
molduras, que servem para a projeção de ótimos videografismos, de RENATO
KRUEGER, um nome já respeitado nessa área. Um ar de cabaré, talvez, onde,
no original, era esperado um ambiente de luxo.
Os figurinos foram “determinados” por TICIANA
PASSOS e TIAGO RIBEIRO, contando
com a colaboração de ROSA EBEE e TALYSSON RAMON. Oito mãos selecionam
melhor o que se tem à disposição, para se “inventar” figurinos. Uma vez de posse das peças, o trabalho foi “combiná-las”,
de modo a criar trajes hilários e completamente “descombinados”, gerando
conjuntos, propositalmente, ridículos e desprovidos do menor bom senso. Tudo
funciona muito bem, dentro da proposta da peça.
ANA LUZIA DE SIMONI e JOÃO GIOIA são responsáveis pela iluminação, acertada e funcional, sem
detalhes que mereçam destaque.
O espetáculo
mereceu a adição de algumas canções, formando uma pequena trilha sonora. A direção
musical é de FELLIPE MESQUITA, que,
seguindo a linha estabelecida pela direção
da peça, soube escolher as canções, com destaque para uma, “NÃO RECOMENDADO”, de Caio Prado, cuja letra se encaixa,
perfeitamente ao texto e a seu autor. Vejo isso como uma grande, justa
e merecida homenagem à genialidade de OSCAR
WILDE, de quem sou fã incondicional.
Oscar Wilde.
Aqui está a
letra da canção:
“NÃO
RECOMENDADO”
Uma foto... uma foto...
Estampada numa grande avenida.
Uma foto... uma foto...
Publicada no jornal pela manhã.
Estampada numa grande avenida.
Uma foto... uma foto...
Publicada no jornal pela manhã.
Uma foto... uma foto...
Na denúncia de perigo na televisão.
Na denúncia de perigo na televisão.
A placa de censura, no meu rosto, diz:
NÃO RECOMENDADO À SOCIEDADE.
A tarja de conforto, no meu corpo, diz:
NÃO RECOMENDADO À SOCIEDADE.
NÃO RECOMENDADO À SOCIEDADE.
A tarja de conforto, no meu corpo, diz:
NÃO RECOMENDADO À SOCIEDADE.
Pervertido, mal amado, menino malvado, muito cuidado!
Má influência, péssima aparência, menino indecente, veado!
Má influência, péssima aparência, menino indecente, veado!
A placa de censura, no meu rosto, diz:
NÃO RECOMENDADO À SOCIEDADE.
A tarja de conforto, no meu corpo, diz:
NÃO RECOMENDADO À SOCIEDADE.
NÃO RECOMENDADO À SOCIEDADE.
A tarja de conforto, no meu corpo, diz:
NÃO RECOMENDADO À SOCIEDADE.
Não olhe nos seus olhos,
Não creia no seu coração,
Não beba do seu copo,
Não tenha compaixão.
Diga “não” à aberração!
Não creia no seu coração,
Não beba do seu copo,
Não tenha compaixão.
Diga “não” à aberração!
A placa de censura, no meu rosto, diz:
NÃO RECOMENDADO À SOCIEDADE.
A tarja de conforto, no meu corpo, diz:
NÃO RECOMENDADO À SOCIEDADE.
NÃO RECOMENDADO À SOCIEDADE.
A tarja de conforto, no meu corpo, diz:
NÃO RECOMENDADO À SOCIEDADE.
FICHA TÉCNICA:
Texto: Oscar Wilde
Adaptação e Encenação: Gilberto Gawronski
Elenco: Fellipe Mesquita, Gilberto
Gawronski, Karin Roepke, Márcio Malvarez, Paula Jubé, Tiago Ribeiro, Ticiana
Passos e Zé Wendell.
(OBSERVAÇÃO: Na primeira temporada, o
elenco contava com a presença de Stela Freitas, substituída, na segunda, por
Gilberto Gawronski.)
Iluminação: Ana Luzia de Simoni e João Gioia
Cenografia: Mina Quental
Assistente de Cenografia: Ellen Rambo
Figurino: Ticiana Passos e Tiago Ribeiro
Figurino: Ticiana Passos e Tiago Ribeiro
Colaboração Figurino: Rosa Ebee e Tallyson
Ramon
Programação Visual e Videografismo: Renato Krueger
Direção Musical: Fellipe Mesquita
Programação Visual e Videografismo: Renato Krueger
Direção Musical: Fellipe Mesquita
Fotos: Alex Santana, Luky Veloso e Christina Amaral
Montadores de Luz: Allan Leite Moizinho e
Rafael Lima
Direção de Produção: Rafael Faustini
Direção de Produção: Rafael Faustini
Produção Executiva: Breno Motta
Realização: GPS Produções Artísticas & Faustini Produções
Assessoria de Imprensa: Barata Comunicação
Realização: GPS Produções Artísticas & Faustini Produções
Assessoria de Imprensa: Barata Comunicação
SERVIÇO:
Temporada: De 06 a 28 de julho de 2017.
Local: Teatro Dulcina - Rua Alcindo
Guanabara, 17 – Cinelândia - Centro - Rio de Janeiro.
Telefone: (21) 2240-4879.
Dias e Horários: De 4ª feira a 6ª feira,
sempre às 19h.
Ingressos: R$40,00(inteira) e R$20,00(meia
entrada).
Classificação Etária: 14 anos.
Duração: 80 minutos.
Gênero: Comédia.
Algumas das interessantes,
inteligentes e irreverentes frases cunhadas por WILDE são ditas, na peça, e exibidas nas paredes do palco:
“O
MUNDO É UM PALCO, MAS O ELENCO FOI MAL ESCOLHIDO".
“NOSSOS
MARIDOS NUNCA NOS DÃO VALOR. TEMOS DE RECORRER A OUTROS, PARA ISSO”.
“AMAR
A SI MESMO É UM ROMANCE PARA TODA A VIDA”.
“COMO
O CASAMENTO ARRUÍNA UM HOMEM! É TÃO DESMORALIZANTE COMO O CIGARRO, E MUITO MAIS
CARO”.
“A
ÚNICA FORMA DE NOS LIVRARMOS DE UMA TENTAÇÃO É CAIR NELA”.
“SOMENTE
HÁ UMA TRAGÉDIA NA VIDA DE UMA MULHER: O FATO DE QUE SEU PASSADO É SEMPRE SEU
AMANTE E SEU FUTURO É SEMPRE SEU MARIDO”.
“A
MODA É AQUILO QUE NÓS MESMOS USAMOS; O QUE ESTÁ FORA DE MODA É O QUE AS OUTRAS
PESSOAS USAM”.
“QUANDO
OS DEUSES QUEREM NOS PUNIR, ELES ATENDEM ÀS NOSSAS PRECES’.
“HOJE
EM DIA, AS PESSOAS SE CASAM QUANTAS VEZES ELAS PODEM. ESTÁ NA MODA”.
“A
VIDA IMITA MELHOR A ARTE QUE A ARTE, A VIDA”.
“NÃO
É O PERFEITO, MAS O IMPERFEITO, QUE PRECISA DO AMOR”.
Quem
estiver à procura de uma boa comédia, nos moldes do que era feito antigamente,
porém com boas pinceladas de modernidade e bastante irreverência, assistia a
este espetáculo. É para quem deseja se divertir, sem medo de economizar
gargalhadas.
(FOTOS: ALEZ SANTANA,
LUKY VELOSO
e CHRISTINA AMARAL.)
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