quinta-feira, 11 de dezembro de 2025

“CHORUS LINE!”

ou

(TOCA NA ALMA;

E EU CHORO.)

 

 


 



      

          Em abril de 1975, um espetáculo estreou (na) e parou a Broadway, tendo ficado cerca de 15 anos, ininterruptamente, em cartaz por lá, quebrando, em sua época, todos os recordes de bilheteria e quantidade de apresentações. Era “A Chorus Line”, que utilizava a metalinguagem, para mostrar a Broadway dentro da própria Broadway. A história era sobre dançarinos que participam da seleção por um lugar na linha de coro de um novo musical. Toda a história se passava num palco nu de um teatro nova-iorquino. “A trama oferece um vislumbre das personalidades dos bailarinos e do diretor e coreógrafo do “show”, à medida que eles descrevem os eventos que moldaram suas vidas e as decisões que os fizeram se tornar dançarinos.” Foram inúmeras as premiações que recebeu, além de uma quantidade enorme de indicações a todos os prêmios de TEATRO. Até hoje, é o musical de maior duração, produzido, originalmente, nos Estados Unidos, e o quarto na lista dos maiores de todos os tempos. Além disso, contou com centenas de montagens bem-sucedidas ao redor do mundo, por mais de 30 anos, e teve um relançamento, na Broadway, em 2006.

 


 

SINOPSE:

Durante uma seleção de dançarinos para um futuro musical na Broadway, o imponente diretor e coreógrafo Zack (RAUL GAZOLLA) e seu assistente Larry (DANIEL CALDINI), colocam os candidatos - todos desesperados por um trabalho - em seu próprio ritmo.

Após o primeiro corte, sobram alguns candidatos.

Zack lhes diz que está procurando por uma forte linha de coro para o espetáculo, formada por quatro homens e quatro mulheres.

Ele quer saber mais sobre eles e pede aos bailarinos que se apresentem e falem de si.

Com relutância, os candidatos começam a falar de suas vidas.

As histórias começam, geralmente, em ordem cronológica, da infância até a vida adulta, com revelações íntimas e emocionantes, e ao iminente fim de suas carreiras.


 

 



         Em 1983, por iniciativa do produtor Walter Clark, o espetáculo estreou no Brasil, primeiro em São Paulo e, depois, no Rio de Janeiro (1984), no icônico Teatro Tereza Rachel, de saudosa memória, hoje transformado no moderno Teatro Claro Mais RJ, com um elenco quase todo de desconhecidos, do qual vários alcançaram o estrelato posteriormente, como Cláudia Raia (então, com 16 anos), Ricardo Bandeira, Totia Meirelles, Raul Gazzola, Regina Restelli, Thales Pan Chacon, Eduardo Martini, Teca Pereira, Alonso Barros, Augusto Pompeo, Guilherme Leme, Rubens Gabira, Maria Lúcia Priolli, Rita Malot, Nadia Nardini e Heloísa Millet, entre outros. Foi a primeira réplica oficial da Broadway no Brasil e é considerada um divisor de águas




Agora, para a alegria dos que nem eram nascidos quando da sua estreia no Brasil, e para aqueles que, como eu, desejavam aplaudir novamente este grande sucesso do TEATRO musical, o espetáculo voltou, em nova montagem, com a mesma força, vigor, beleza e emoção de 42 anos atrás, no palco do Teatro Villa-Lobos, em São Paulo, sem, ao que parece, nenhuma chance, infelizmente, de aportar no Rio de Janeiro ou em outra praça. O final da temporada está marcado para o próximo domingo, 14 de dezembro de 2025, montagem dirigida por BÁRBARA GUERRA e com RAUL GAZOLLA, encabeçando o elenco, o único remanescente da montagem brasileira original, focando na história emocionante de bailarinos em audição para um musical da Broadway, com texto versionado por Miguel Falabella e coreografias da própria diretora.  




         Esta montagem celebra os 50 anos do clássico da Broadway, com 24 atores postulantes às vagas no coro e RAUL GAZOLLA, no papel de Zach. Sem desmerecer num um pouco a primeira versão brasileira, icônica e inesquecível, esta vem renovada e muito mais vigorosa pela versão de MIGUEL FALABELLA e a direção de BÁRBARA GUERRA.




         À exceção de GAZOLLA, o afinadíssimo elenco, selecionado em julho deste ano, em concorridas audições, os outros 24 atores se revezam em papéis centrais, ao longo da temporada, como pode ser visto na FICHA TÉCNICA.



         Justificando a iconicidade que também marcará a atual montagem, a produção traz uma FICHA TÉCNICA “de peso”, na qual se destacam nomes como o de NATÁLIA LANA (cenografia), THEO COCHRANE (figurino), TÚLIO PEZZONI (iluminação), TOCKO MICHELAZZO (desenho de som) e DICKO LORENZO (visagismo), magníficos artistas de criação. Mas também merecem um destaque especial os nomes do maestro JORGE DE GODOY, que assina uma preciosa direção musicalMESS SANTOS, responsável pela cinematografia do espetáculo, que, ao contrário da primeira versão nacional, conta com recursos audiovisuais, os quais enriquecem a montagem, a qual “preserva a essência do original, mas dialoga com o público contemporâneo, em um espetáculo que combina emoção, excelência artística e novas soluções visuais”.




         De todos os artistas de criação, reservo um comentário especial para THEO COCRHANE, tanto pela praticidade dos trajes de ensaio, durante a maior parte da peça, quanto para o traje de gala, para a cena final. Outro destaque maior reservo para a beleza de iluminação, a cargo de TÚLIO PEZZONI, que pensou, certamente, que “CHORUS LINE” também deve ser um espetáculo para os olhos.




         Para BÁRBARA GUERRA, dedico todos os meus mais empolgantes aplausos e felicitações, por sua brilhante direção e pelos harmoniosos e clássicos desenhos de sua coreografia.



BÁRBARA GUERRA.


         Ao contrário do elenco da montagem original brasileira, o desta versão, sem nenhuma exceção, é formado por experientes e talentosíssimos atores e atrizes de musicais, com carreiras sólidas no Brasil e no exterior (alguns), premiados e já bastante conhecidos do público amante do TEATRO musical. Pela estrutura do texto, todos têm o seu momento de brilho individual e sabem muito bem como fazer proveito de tal momento, sem falar que, quando reunidos, concorrem para magníficas cenas. Gostaria muito de fazer citações individuais, entretanto, com receio de cometer injustiças, por conta de alguma omissão, restrinjo-me a dizer que eu premiaria cada um dos 25 artistas.




         “CHORUS LINE” (A atual versão omite o artigo indefinido inglês “A”, não sei por quê.) é um espetáculo muito especial para atores, mormente os de musicais. Assistindo, várias vezes, ao filme, de 1985 (Tenho o DVD, que já está gasto de tanto ser reproduzido.), ouvindo o vinil com a trilha sonora original da Broadway, da mesma forma como aconteceu quando assisti a esta montagem, passa um filme na minha cabeça, quando me lembro dos meus medos e esperanças, a cada vez que me submetia a uma audição (Na minha época, “testes”.), principalmente aquela que me levou a fazer parte do elenco da primeira montagem de “HAIR!”, no Brasil. É sempre muito significativo e emocionante para mim. 

 


 

 

FICHA TÉCNICA:

Versão Brasileira: Miguel Falabella
Direção: Bárbara Guerra

Coreografia: Bárbara Guerra
Direção Musical: Jorge de Godoy

 

Elenco: Raul Gazolla: Zach, André Luiz Odin: Greg, Al e Bob; Andreza Medeiros: Judy, Val e Connie, Bia Vasconcellos: Vick, Judy, Maggie e Bebe, Bruno Kimura: Roy, Paul, Larry e Don, Carol Botelho: Diana e Judy, Carol Costa: Val e Connie, Caru Truzzi: Maggie e Diana, Daniel Caldini: Larry e Zach, Fabrício Negri: Al, Zach e Mike, Fernanda Godoy: Connie e Maggie, Gabriel Malo: Paul e Mark, Luciana Bollina: Sheila e Cassie, Mari Saraiva: Bebe, Kristine e Sheila, Maysa Mundim: Lois, Sheila e Kristine, Mirella Guida: Kristine e Bebe, Murilo Ohl: Mike e Don, Patrick Amstalden: Bobby e Greg, Paula Miessa: Cassie e Diana, Sandro Conte: Mark, Mike e Al, Tiago Dias: Frank, Richie, Bobby e Larry, Tiss Garcia: Tricia, Cassie e Val, Vitor Veiga: Richie, Mark e Paul,Ygor Zago: Don e Greg

 

Cenografia: Natália Lana

Figurinos: Theo Cochane

Iluminação: Túlio Pezzoni

Desenho de Som: Tocko Michelazzo

Visagismo: Dicko Lorenzo


Cinematografia: Mess Santos
Copista: Daniel Rocha
Assistência de Direção e Preparação de Elenco: Erica Montanheiro
Produção de Elenco, Assistência de Direção e Preparação de Elenco: Giselle Lima
Coreógrafo Associado: Gabriel Malo
Coreógrafo Associado: Tiago Dias

Assessoria de Imprensa: Midiorama

Fotos: Caio Galucci

Produção: Atual Produções e DanCaldini


 

 


 

 



 

SERVIÇO:

Temporada: De 18 de setembro a 14 de dezembro de 2025.
Local: Teatro Villa-Lobos.

Endereço: Avenida Drª. Ruth Cardoso, 4777 – Jardim Universidade Pinheiros, São Paulo.
Horários: Quintas e sextas-feiras, às 20h; sábados, às 16h e 20h; domingos, às 15h30min.

Valor dos Ingressos: Plateia Premium = R$ 320 (inteira) / R$ 160 (meia-entrada), Plateia VIP = R$ 300 (inteira) / R$ 150 (meia-entrada), Plateia Baixa = R$ 280 (inteira) / R$ 140 (meia-entrada), Plateia Alta R$ 250 (inteira) / R$ 125 (meia-entrada), Plateia Alta Popular R$ 45 (inteira) / R$ 22,50 (meia-entrada), Balcão R$ 45 (inteira) / R$ 22,50 (meia-entrada).

Clientes MAPFRE têm 30% de desconto nos ingressos inteiros (limitado a 4 por CPF).

Vendas: SYMPLA (com taxa de serviço) ou na Bilheteria do Teatro (sem taxa de serviço).
Venda para grupos: grupos@atualp.com.br
Redes sociais: @choruslinebr

Duração: 120 minutos (com 15 minutos de intervalo).
Classificação Etária: 12 anos.

Gênero: Musical.


 


 



         “CHORUS LINE” é, sem dúvida, um dos melhores musicais que fizeram parte da temporada 2025, motivo pelo qual RECOMENDO ESTA PRODUÇÃO, na certeza de que os que aceitarem a minha sugestão haverão de se sentir plenamente recompensados. É impossível resistir a praticar a empatia diante deste espetáculo!

  



 

 

FOTOS: CAIO GALLUCCI

 

 

 

GALERIA PARTICULAR:
















     É preciso ir ao TEATRO, ocupar todas as salas de espetáculo, visto que a arte educa e constrói, sempre; e salva. 

    Faz-se necessário resistir sempre mais. 

    Compartilhem esta crítica, para que, juntos, possamos divulgar o que há de melhor no TEATRO BRASILEIRO!

























































































































































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