“CHORUS LINE!”
ou
(TOCA NA ALMA;
E EU CHORO.)
Em
abril de 1975, um espetáculo estreou (na) e parou a
Broadway, tendo ficado cerca de 15 anos,
ininterruptamente, em cartaz por lá, quebrando, em sua época, todos os recordes
de bilheteria e quantidade de apresentações. Era “A Chorus Line”,
que utilizava a metalinguagem, para mostrar a Broadway
dentro da própria Broadway. A história era sobre dançarinos que
participam da seleção por um lugar na linha de coro de um novo musical. Toda a
história se passava num palco nu de um teatro nova-iorquino. “A
trama oferece um vislumbre das personalidades dos bailarinos e do diretor e
coreógrafo do “show”, à medida que eles descrevem os eventos que moldaram suas
vidas e as decisões que os fizeram se tornar dançarinos.” Foram
inúmeras as premiações que recebeu, além de uma quantidade enorme de indicações
a todos os prêmios de TEATRO. Até hoje, é o musical de maior
duração, produzido, originalmente, nos Estados Unidos, e o quarto
na lista dos maiores de todos os tempos. Além disso, contou com centenas de
montagens bem-sucedidas ao redor do mundo, por mais de 30 anos, e
teve um relançamento, na Broadway, em 2006.
SINOPSE:
Durante uma seleção de dançarinos para um futuro musical na Broadway,
o imponente diretor e coreógrafo Zack (RAUL GAZOLLA) e seu
assistente Larry (DANIEL CALDINI), colocam os candidatos -
todos desesperados por um trabalho - em seu próprio ritmo.
Após o primeiro corte, sobram alguns candidatos.
Zack lhes diz que está procurando por uma forte linha de coro para o
espetáculo, formada por quatro homens e quatro mulheres.
Ele quer saber mais sobre eles e pede aos bailarinos que se apresentem e
falem de si.
Com relutância, os candidatos começam a falar de suas vidas.
As histórias começam, geralmente, em ordem cronológica, da infância até
a vida adulta, com revelações íntimas e emocionantes, e ao iminente fim de suas
carreiras.
Em 1983, por iniciativa do produtor Walter
Clark, o espetáculo estreou no Brasil, primeiro em São
Paulo e, depois, no Rio de Janeiro (1984),
no icônico Teatro Tereza Rachel, de saudosa memória, hoje transformado
no moderno Teatro Claro Mais RJ, com um elenco quase todo de desconhecidos, do qual vários
alcançaram o estrelato posteriormente, como Cláudia Raia (então,
com 16 anos), Ricardo Bandeira, Totia Meirelles,
Raul Gazzola, Regina Restelli, Thales Pan Chacon, Eduardo
Martini, Teca Pereira,
Alonso Barros, Augusto Pompeo, Guilherme Leme, Rubens Gabira, Maria Lúcia
Priolli, Rita Malot, Nadia Nardini e Heloísa
Millet, entre outros. Foi a primeira réplica oficial da Broadway no
Brasil e é considerada um divisor de águas.
Agora, para a alegria dos que nem eram nascidos quando da sua estreia
no Brasil, e para aqueles que, como eu, desejavam aplaudir
novamente este grande sucesso do TEATRO musical, o espetáculo
voltou, em nova montagem, com a mesma força, vigor, beleza e emoção de 42
anos atrás, no palco do Teatro Villa-Lobos, em São
Paulo, sem, ao que parece, nenhuma chance, infelizmente, de aportar no Rio
de Janeiro ou em outra praça. O final da temporada está marcado para o
próximo domingo, 14 de dezembro de 2025, montagem dirigida por BÁRBARA
GUERRA e com RAUL GAZOLLA, encabeçando o elenco, o único remanescente
da montagem brasileira original, focando na história emocionante de bailarinos
em audição para um musical da Broadway, com texto versionado
por Miguel Falabella e coreografias da própria diretora.
Esta montagem celebra os 50 anos do clássico da Broadway, com 24
atores postulantes às vagas no coro e RAUL GAZOLLA, no papel de Zach.
Sem desmerecer num um pouco a primeira versão brasileira, icônica e
inesquecível, esta vem renovada e muito mais vigorosa pela versão de MIGUEL FALABELLA e a direção de BÁRBARA
GUERRA.
À
exceção de GAZOLLA, o afinadíssimo elenco, selecionado em
julho deste ano, em concorridas audições, os outros 24 atores se
revezam em papéis centrais, ao longo da temporada, como pode ser visto na FICHA
TÉCNICA.
Justificando
a iconicidade que também marcará a atual montagem, a produção
traz uma FICHA TÉCNICA “de peso”, na qual se destacam nomes como
o de NATÁLIA LANA (cenografia), THEO COCHRANE (figurino),
TÚLIO PEZZONI (iluminação), TOCKO MICHELAZZO (desenho
de som) e DICKO LORENZO (visagismo), magníficos artistas
de criação. Mas também merecem um destaque especial os nomes do maestro
JORGE DE GODOY, que assina uma preciosa direção musical e MESS
SANTOS, responsável pela cinematografia do espetáculo, que,
ao contrário da primeira versão nacional, conta com recursos audiovisuais, os quais enriquecem a montagem, a qual “preserva a essência do original, mas
dialoga com o público contemporâneo, em um espetáculo que combina emoção,
excelência artística e novas soluções visuais”.
De
todos os artistas de criação, reservo um comentário especial para
THEO COCRHANE, tanto pela praticidade dos trajes de ensaio, durante a
maior parte da peça, quanto para o traje de gala, para a cena final. Outro
destaque maior reservo para a beleza de iluminação, a cargo de TÚLIO
PEZZONI, que pensou, certamente, que “CHORUS LINE” também deve ser
um espetáculo para os olhos.
Para
BÁRBARA GUERRA, dedico todos os meus mais empolgantes aplausos e felicitações,
por sua brilhante direção e pelos harmoniosos e clássicos desenhos
de sua coreografia.
Ao
contrário do elenco da montagem original brasileira, o desta versão, sem nenhuma
exceção, é formado por experientes e talentosíssimos atores e atrizes de
musicais, com carreiras sólidas no Brasil e no exterior (alguns),
premiados e já bastante conhecidos do público amante do TEATRO musical.
Pela estrutura do texto, todos têm o seu momento de brilho individual e sabem
muito bem como fazer proveito de tal momento, sem falar que, quando reunidos, concorrem
para magníficas cenas. Gostaria muito de fazer citações individuais,
entretanto, com receio de cometer injustiças, por conta de alguma omissão, restrinjo-me
a dizer que eu premiaria cada um dos 25 artistas.
“CHORUS
LINE” (A atual versão omite o artigo indefinido inglês “A”, não sei por
quê.) é um espetáculo muito especial para atores, mormente os de
musicais. Assistindo, várias vezes, ao filme, de 1985 (Tenho
o DVD, que já está gasto de tanto ser reproduzido.), ouvindo o vinil
com a trilha sonora original da Broadway, da mesma forma como
aconteceu quando assisti a esta montagem, passa um filme na minha cabeça,
quando me lembro dos meus medos e esperanças, a cada vez que me submetia a uma
audição (Na minha época, “testes”.), principalmente aquela que me
levou a fazer parte do elenco da primeira montagem de “HAIR!”, no Brasil.
É sempre muito significativo e emocionante para mim.
FICHA TÉCNICA:
Versão Brasileira: Miguel Falabella
Direção: Bárbara Guerra
Coreografia: Bárbara Guerra
Direção Musical: Jorge de Godoy
Elenco: Raul Gazolla: Zach, André Luiz Odin: Greg, Al e Bob; Andreza
Medeiros: Judy, Val e Connie, Bia Vasconcellos: Vick, Judy, Maggie e Bebe, Bruno Kimura: Roy, Paul, Larry e
Don, Carol Botelho: Diana e Judy, Carol Costa: Val e Connie, Caru Truzzi:
Maggie e Diana, Daniel Caldini: Larry e Zach, Fabrício Negri: Al, Zach e Mike, Fernanda Godoy: Connie e Maggie, Gabriel Malo:
Paul e Mark, Luciana Bollina: Sheila e Cassie, Mari Saraiva: Bebe, Kristine e
Sheila, Maysa Mundim: Lois, Sheila e Kristine, Mirella Guida: Kristine e Bebe, Murilo Ohl: Mike e Don, Patrick Amstalden:
Bobby e Greg, Paula Miessa: Cassie e Diana, Sandro Conte: Mark, Mike e Al, Tiago
Dias: Frank, Richie, Bobby e Larry, Tiss Garcia: Tricia, Cassie e Val, Vitor
Veiga: Richie, Mark e Paul,Ygor Zago: Don e Greg
Cenografia: Natália Lana
Figurinos: Theo Cochane
Iluminação: Túlio Pezzoni
Desenho de Som: Tocko Michelazzo
Visagismo: Dicko Lorenzo
Cinematografia: Mess Santos
Copista: Daniel Rocha
Assistência de Direção e Preparação de Elenco: Erica Montanheiro
Produção de Elenco, Assistência de Direção e Preparação de Elenco: Giselle Lima
Coreógrafo Associado: Gabriel Malo
Coreógrafo Associado: Tiago Dias
Assessoria de Imprensa: Midiorama
Fotos: Caio Galucci
Produção: Atual Produções e DanCaldini
SERVIÇO:
Temporada: De 18 de setembro a 14 de dezembro de 2025.
Local: Teatro Villa-Lobos.
Endereço: Avenida Drª. Ruth Cardoso, 4777 – Jardim Universidade
Pinheiros, São Paulo.
Horários: Quintas e sextas-feiras, às 20h; sábados, às 16h e 20h; domingos, às
15h30min.
Valor dos Ingressos: Plateia Premium = R$ 320 (inteira) / R$ 160 (meia-entrada),
Plateia VIP = R$ 300 (inteira) / R$ 150 (meia-entrada), Plateia Baixa = R$ 280
(inteira) / R$ 140 (meia-entrada), Plateia Alta R$ 250 (inteira) / R$ 125 (meia-entrada),
Plateia Alta Popular R$ 45 (inteira) / R$ 22,50 (meia-entrada), Balcão R$ 45
(inteira) / R$ 22,50 (meia-entrada).
Clientes MAPFRE têm 30% de desconto nos ingressos inteiros (limitado a 4
por CPF).
Vendas: SYMPLA (com taxa de serviço) ou na Bilheteria do Teatro (sem taxa de
serviço).
Venda para grupos: grupos@atualp.com.br
Redes sociais: @choruslinebr
Duração: 120 minutos (com 15 minutos de intervalo).
Classificação Etária: 12 anos.
Gênero: Musical.
“CHORUS
LINE” é, sem dúvida, um dos melhores musicais que fizeram parte da temporada
2025, motivo pelo qual RECOMENDO ESTA PRODUÇÃO, na certeza de que os que aceitarem a minha sugestão haverão de se
sentir plenamente recompensados. É impossível resistir a praticar a empatia diante deste espetáculo!
FOTOS: CAIO GALLUCCI
GALERIA PARTICULAR:
Compartilhem esta crítica, para que, juntos, possamos divulgar o que há de melhor no TEATRO BRASILEIRO!
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