“O MÁGICO DE OZ”
ou
(UMA ‘ODE’
À AMIZADE
E À CORAGEM.)
ou
(UMA MUITO
BEM-VINDA
SURPRESA.)
Quem dispensa surpresas agradáveis? Eu sempre as recebo de
bom grado, como ocorreu no último domingo, dia 30 de julho (2023),
quando, a convite de JÚLIA ARCOS (Ava Comunicação), fui ao Teatro
Procópio Ferreira, em São Paulo, para assistir a “O
MÁGICO DE OZ”. Motivado pela FICHA TÉCNICA e por gostar bastante do
musical, não fui esperando assistir a “mais uma montagem daquela
história”, entretanto confesso que fiquei boquiaberto, diante do que me
foi oferecido, surpresas após surpresas, o mesmo tendo acontecido com os três
amigos que me acompanhavam.
SINOPSE:
Baseado na obra de LYMAN FRANK BAUM, publicada, pela
primeira vez, em 1900, “O MÁGICO DE OZ” (“The
Wonderful Wizard of Oz”, no original) conta a história de Dorothy
(DUDA PIMENTA), uma garota de 11 anos, que morava com seus tios Henry
(MAURÍCIO ALVES) e Emy (BIA BARROS), e seu cãozinho
de estimação, Totó, numa fazenda do Kansas,
que tem sua casa, dentro da qual ela e o cão se abrigaram,
levada por um ciclone, perde-se em um mundo fantástico e, para saber o caminho
de volta, precisa encontrar o Grande Mágico de Oz (FREDERICO REUTER).
Com a ajuda da Bruxa Boa do Norte, Glinda (SIENNA BELLE),
e de seus amigos, que foi encontrando pelo caminho, Espantalho (IVAN
PARENTE), que não tinha cérebro; Homem de Lata (VINÍCIUS LOYOLA), que não tinha coração; e Leão (MAURÍCIO
XAVIER), a quem faltava coragem, Dorothy segue pela estrada de tijolos
amarelos, em direção à Cidade das Esmeraldas.
O quarteto não conta, porém, com as maldades da terrível Bruxa Má do
Oeste (Dani Winits), que resolve atrapalhar os planos da garota e seus amigos, com feitiços, magias e
gargalhadas.
Será que o Mágico conseguirá ajudar os quatro?
Esperava encontrar um bom espetáculo, porém uma montagem
modesta, a despeito de ter os nomes de SANDRO CHAIM e FERNANDA CHAMMA
envolvidos no projeto, dois profissionais merecedores de todo o respeito no
campo do TEATRO MUSICAL e que já nos legaram tantas ótimas produções, contudo
jamais imaginaria ver uma superprodução, com mais de 30 atores/cantores/bailarinos
no palco, cenários e figurinos encantadores e muitos efeitos especiais, que
tanto agradam ao público, principalmente o infantil, embora a peça seja para
toda a família. Os adultos, como eu, também se divertem e se deleitam com o
desfile de tantas novidades numa só encenação.
Além do filme, de 1939, que alçou a adolescente
Judy Garland, então com 16 anos, ao estrelato, já
havia assistido a algumas versões da obra, no TEATRO, em forma de
musical ou não, a mais célebre delas a icônica montagem de Charles
Möeller e Claudio Botelho, em 2012, grande sucesso
de público e de crítica. Estaria, então, eu diante de “mais uma”?
Poderia até ser, todavia, graças ao empenho e ao talento de um grande
contingente de ótimos profissionais, chego à conclusão de que o espetáculo que
está em cartaz no Teatro Procópio Ferreira – até o dia 24 de
setembro (2023) – é “uma” e, de antemão, antes de
fazer os meus comentários críticos, já o RECOMENDO.
Para justificar minha empolgação com esta montagem, digo que
não encontrei nenhuma falha consistente, que merecesse um óbice, um senão. Se
alguma aconteceu, não foi por mim percebida, passou sem que eu a notasse, não
foi captada pelos meus “olhos de lince”; não os daquele tipo de crítico que
parte para o Teatro com o objetivo de encontrar erros e criticar
negativamente um espetáculo, mas, sim, com o olhar de alguém com um bom
conhecimento técnico que sempre espera gostar daquilo que vê e, facilmente, identifica
incorreções.
Todas as versões para as tábuas a que assisti são adaptações
do que está no filme, cada encenador fazendo a sua leitura, entretanto esta é a
que mais se aproxima da película, com, salvo engano, o acréscimo de duas
canções, sendo uma delas um “rap”, da Glinda, um
divertido e alegre toque de contemporaneidade.
SANDRO CHAIM assina uma direção inteligente,
criativa e dinâmica, tornando todas as cenas ágeis e bastante divertidas. Os 105
minutos de duração do espetáculo, com um intervalo de 20,
existem do ponto de vista cronológico, apenas, porque não sentimos o giro dos
ponteiros do relógio. O tempo psicológico “voa”. DANI CURY
se encarregou da correta direção de atores.
Além de aparecer, na FICHA TÉCNICA, com codiretora
(geral), FERNANDA CHAMMA é responsável pelas muitas coreografias,
todas muito bem executadas pelo elenco, as quais transformam a montagem numa grande
festa, uma celebração. Crianças exigem muita ação e movimento no palco. FERNANDA,
atenta a isso, cumpre sua parte, por conta de seus desenhos coreográficos.
DANIEL ROCHA e ADALBERTO NETO também são nomes
importantes nesta produção. Aquele, assinando a direção musical (Não há
músicos tocando ao vivo, porém todos os “playbacks” foram
gravados com excelente qualidade, para que os atores colocassem suas vozes, no
palco.); este escreveu o roteiro da peça, atendo-se, ao máximo, e com muito
brilho, ao original do filme, que deu origem a todas as montagens teatrais de “O
MÁGICO DE OZ”.
As versões das letras foram feitas por SILVANO VIEIRA e SOFIA BRAGANÇA e estão muito próximas à nossa realidade
contemporânea, sendo por isso muito bem recebidas pelo público de todas as idades.
Muitos são os destaques desta cuidadosa produção, sendo um
deles a bela cenografia, criada por algum(a) artista, cujo nome eu
gostaria de citar, se ele aparecesse na FICHA TÉCNICA que me chegou às
mãos. Ao todo, são mais de 15 cenários, com mais de 40 trocas, contando com
os virtuais, projetados numa grande tela de “led”, de alta
resolução, ao fundo, além dos físicos, que são agregados ao espaço cênico,
representando distintas locações, como a fazenda em que Dorothy
morava, a estrada de tijolos amarelos e o a Cidade das Esmeraldas. Destaques para o Castelo de Oz,
por dentro e por fora, o milharal, o Jardim das Papoulas
e a floresta, tudo muito bem projetado.
ANTARA GOLD, uma estilista de alta costura, também
está presente na FICHA TÉCNICA, assinando um conjunto de mais de 150
figurinos, todos de muito bom gosto e convergindo para um acerto total. São
lindos, criativos e totalmente de acordo com os personagens. A figurinista
utilizou uma variada paleta de cores, alegres e vivas, o que concede ao
espetáculo alegria e um astral bem positivo. Lamento que, na FICHA TÉCNICA,
também não exista o registro do nome de um profissional responsável pela maquiagem
e o visagismo, que, junto com o figurino, “vestem” os
personagens. Apreciei todo o visagismo da peça, mas me detive no do personagem Espantalho,
que torna o ator Ivan Parente irreconhecível. Aqui, também cabe
uma menção aos ótimos adereços, criados por CLAU CARMO.
Outra falha observada na FICHA TÉCNICA é a ausência
do nome do(a) responsável pelo desenho de luz, que nos apresenta um
trabalho digno dos maiores elogios, pela diversidade de cores e intensidade de
luminosidade que emprega, sempre a serviço de cada cena: mais intensa aqui, mais
comedida ali, quando se faz necessário mais sombra que luz. De acordo com o “release”
que recebi de JÚLIA ARCOS (Ava Comunicação – Assessoria de
Imprensa), “Todo
o palco é iluminado com fibra ótica, somando mais de 100 mil pontos que se
espalham pelos cenários e pela plateia, criando uma atmosfera mágica e
envolvente”. Isso não
está escrito apenas num papel; é de verdade mesmo.
A
iluminação está muito relacionada aos efeitos visuais
e sensoriais, “que inserem o público, diretamente, no universo do espetáculo”.
São mais de 50 efeitos especiais, incluindo pirotecnia,
voos sobre a plateia e ilusionismo, “garantindo momentos inesquecíveis,
de pura emoção, para todos os espectadores”. Isso também é verdade.
Sabia, previamente, que, num determinado momento do espetáculo, a Bruxa
Má do Oeste voaria, mas não espera ver o que vi. A certa altura da representação,
DANI WINITS surge, inesperadamente (elemento surpresa)
numa das laterais do meio da plateia, pendurada por cabos de aço, com todo o
ambiente às escuras, e dá o seu texto, após o qual, desaparece e eu fiquei me
perguntando se aquilo era o que foi anunciado como um “voo”. Não!
Não era! A surpresa maior estava reservada para o final do primeiro ato, quando
a personagem surge, do fundo do palco, e é projetada, pelo ar, ao que parece
por uma espécie de guindaste ou grua, que fica oculta pela escuridão, até o
meio do público. Ali, sim, estava o tal “voo”, incrementado por
fachos de raio laser, que partiam de cada um dos dedos da personagem. Uma visão
fantástica e arrebatadora!
Como são muitos os efeitos especiais, não posso deixar de mencionar a cena do
ciclone, quando a casa em que Dorothy e Totó haviam
buscado abrigo também voa pelo espaço, aqui já deixando à mostra o mecanismo
responsável por tal efeito, sem que isso o torne menos interessante.
Um
elemento de criação que, se não for bem executado, pode, num musical, destruir
o trabalho de muitos profissionais, é o som, que, aqui, não apresenta problemas.
É perfeito o desenho de som, de EDUARDO PINHEIRO.
Reservei,
para o final, os comentários referentes ao elenco da peça, que se apresenta, de
forma geral, com um bom rendimento. Agradaram-me muito, em especial, algumas atuações, como a
da jovem DUDA PIMENTA, cujo trabalho, salvo engano, eu desconhecia, até
então, como Dorothy, uma menina de forte personalidade e coragem,
além de se mostrar uma grande líder na busca de seus objetivos.
O
trio dos “necessitados e carentes” está muito bem representado
por três excelentes atores de musicais. O carisma dos seus personagens, somado
a suas capacidades pessoais de “sedução” e habilidade em se
relacionar com a plateia, rende ao trio muitos aplausos, pelas gargalhadas que
provocam.
VINÍCIUS
LOYOLA, é o Homem de
Lata, que carecia de um coração; IVAN PARENTE, o Espantalho,
que precisava de um cérebro; e MAURÍCIO XAVIER, o Leão,
que, apesar de ser temido, como o “Rei da Selva”, estava à
procura da coragem, que o faria jus à sua “fama de mau”. Três
ótimos trabalhos. Não destacaria nenhum, visto que os considero no mesmo
patamar de atuação, mas não posso me furtar a um comentário, acerca do rendimento de MAURÍCIO, um veterano em musicais, assim como IVAN, este um “PhD”
em “O MÁGICO DE OZ” (Nem todos entenderão a “piada”.). Ache
genial a postura “diferente” do Leão (Cada um entenda o adjetivo como o
eufemismo que quiser. Assistam ao espetáculo, por favor!). Ri
muito com suas “esquisitices”.
Uma
das coisas mais interessantes que percebo nesta obra é que a Bruxa Má,
nesta história, não é tão mal recebida e odiada pelas crianças. Seu texto é
farto em bom humor, muito valorizado, no caso desta montagem, pelo excelente
trabalho de DANI WINITS, a quem louvo a coragem de ter topado voltar a “voar”,
depois do que lhe ocorreu, anos atrás, em outro musical, que não vale a pena
ser lembrado.
FREDERICO REUTER, cuja brilhante carreira, principalmente em musicais, venho acompanhando há muitos anos, como o Mágico de Oz, ratifica seu talento num palco.
Todos
os demais atores e bailarinos que interpretam papéis de menor relevância na
trama (Os personagens; não os artistas.) também executam, de forma
apreciável, suas participações na montagem. Um destaque para o ator, cujo nome, infelizmente, desconheço, que manipula uma espécie de "robô", representando Totó.
FICHA TÉCNICA:
Baseado no livro Homônimo de Lymam Frank Baum
Versão Brasileira: Silvano Vieira e Sofia
Bragança
EQUIPE
CRIATIVA:
Direção
Geral: Sandro Chaim
Codireção:
Fernanda Chamma
Coreografia:
Fernanda Chamma
Direção
de Atores: Dani Cury
Direção
Musical: Daniel Rocha
Roteiro:
Adalberto Neto
Direção
Residente: Bia Lucci
Dance
Captain e Coreografia de Sapateado: Manu Casado
“Design” de Som: Eduardo Pinheiro
Produção Geral: Miçairi Guimarães
Produção Executiva: Rita Ferradaes
“Stage Manager”: Eduardo Munhoz
Pianista Ensaiador: Renan Achar
Figurinos: Antara Gold
Adereços: Clau Carmo
Fotos: Caio Galucci
Assessoria de imprensa: Ava Comunicalção (Júlia Arcos e Sandra
Calvi)
Elenco / Personagem: Dani Winits (Bruxa Má do Oeste), Duda Pimenta
(Dorothy), Ivan Parente (Espantalho), Maurício Xavier (Leão), Vinícius Loyola
(Homem de Lata), Sienna Belle (Glinda), Frederico Reuter (Mágico de Oz), Bia
Barros (Tia Emy / Ensemble), Maurício Alves (Tio Henry / Ensemble)
ENSEMBLE: Alana Campos, Alice Pietra, Andreas, Ana Luiza de Abreu Leal,
Anna Beatriz Xuxinha, Cassio Collares, Christian Julius, Davi Tostes, Gustavo
Ferreira, Gustavo Spinosa, Helô Carril, Isabelle Daneluz, Jujú Gaspar, Julia
Berlim, Letícia Anry, Lucas Cordeiro, Lucy Dalle, Malu Lozano, Milena Blank,
Nathia, Paula Serra, Pedro Meirelles, Rodrigo Spinosa, Sidinho e tetéu Cabrera
SERVIÇO:
Temporada: De 22 de julho a 24 de setembro de 2023.
Local: Teatro Procópio Ferreira.
Endereço: Rua Augusta, nº 2823 – Cerqueira César – São Paulo.
Dias e Horários; 5ª e 6ª feira, às 20h, sábado e domingo, às
15h30min.
Valor dos Ingressos: 5ª e 6ª
feira: Esmeralda (Premium) = R$250,00; Diamante (VIP) = R$200,00; Setor OZ = R$120,00.
Sábado e domingo: Esmeralda (Premium) = R$280,00; Diamante (VIP) = R$ 220,00;
Setor OZ = R$150,00. Há a prática de meia-entrada para aqueles que, legalmente, fazem jus ao benefício.
Horário
de funcionamento da Bilheteria: Aberta às 3ªs e 4ªs feiras, das 14h às 19h; de
5ª feira a domingo, das 14h até o início do espetáculo.
Abertura
da casa: 1 hora antes de cada espetáculo.
Capacidade:
624 lugares, incluindo 07 poltronas adaptadas para obesos e mais 12 lugares
reservados para cadeirantes.
Duração:
1h45min, com 20 minutos de intervalo.
Contato:
(11)3083.4475 grupos@omagicodeoz.com.br
Formas
de Pagamento: Dinheiro, cartão de débito e crédito (todas as bandeiras) e PIX.
Preços
especiais para vendas de grupo: grupos@chaimproducoes.com
O Teatro
possui ar-condicionado e acesso universal.
Vendas
“on line”: https://www.omagicodeozmusical.com.br;
Redes
Sociais: @magicodeozmusical
Assessoria de
imprensa “O MÁGICO DE OZ”: AVA Comunicação
Jornalismo: Sandra Calvi: (11)99142-4433 - sandra@avacom.com.br e Julia
Arcos: (11)96301-4925 - julia@avacom.com.br
O espetáculo nos
passa mensagens atemporais, por meio dos diálogos e de um subtexto, como amizade, coragem, determinação e
superação, às quais se somam outras, de grande importância,
principalmente para o momento que atravessamos: diversidade, respeito e preconceito. Mas esses
ensinamentos não nos chegam de forma didática e “careta”, mas,
sim, por meio do lúdico, com toques de humor, de uma forma bem leve. Aprendemos
que é preciso acreditar em nós mesmos, já que nossas qualidades estão dentro de
cada um de nós, embora, muitas vezes, não nos demos conta delas.
Adorei ter visto
o Teatro lotado e a forma, muito positiva, como o público recebu o espetáculo.
E eu me incluo nesse público, razão pela qual RECOMENDO O MUSICAL.
FOTOS: CAIO GALUCCI
GALERIA
PARTICULAR:
(FOTO:
CARLOS EDUARDO
SABBAG
PEREIRA.)
VAMOS AO TEATRO!
OCUPEMOS TODAS AS SALAS
DE ESPETÁCULO
DO BRASIL!
A ARTE EDUCA E
CONSTRÓI,
SEMPRE!
RESISTAMOS, SEMPRE
MAIS!
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TEXTO,
PARA QUE, JUNTOS,
POSSAMOS DIVULGAR
O QUE HÁ DE MELHOR
NO TEATRO BRASILEIRO!
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