“HERIVELTO
COMO
CONHECI”
ou
(VOCÊ SABE
O QUE É
“DOR DE
COTOVELO”?)
Você sabe o que significa ter ou estar com
“dor de cotovelo”? Essa expressão surgiu com um sentido, que não
vale a pena ser explicado, porém seu significado evoluiu para como hoje é
aplicada. É comum utilizar a expressão para designar
o despeito provocado pelo ciúme ou a tristeza causada por uma decepção
amorosa. Muitos atribuem o atual sentido a um dos grandes compositores
brasileiros, Lupiscínio Rodrigues, por conta das letras de seus
muitos sucessos. Mas não é dele que o espetáculo aqui analisado trata, e
sim de HERIVELTO MARTINS. Mas também podemos encontrar muita relação
entre a tal expressão e a obra desse outro grande compositor.
(Capa do livro que deu origem à peça.)
HERIVELTO foi um um grande artista, um dos maiores compositores brasileiros, além, também, de cantor, músico e ator. Ficou conhecido como criador do célebre conjunto vocal "Trio de Ouro", que, durante as primeiras décadas do século passado, foi um dos mais importantes grupos vocais brasileiros. Suas canções já foram regravadas por diversos artistas, dos mais variados estilos musicais, sendo sua obra considerada uma das mais importantes da época de ouro da MPB.
Em 1935,
conheceu a grande cantora Dalva de Oliveira e passaram a cantar em
dueto. Iniciaram um namoro e, no ano seguinte, uma convivência conjugal,
oficializada em 1937, que durou até 1947, quando as
constantes brigas e traições da parte dele deram fim ao casamento (É o que
dizem.). Em 1949,
depois da separação oficial do casal e o fim da primeira formação do "Trio de Ouro", HERIVELTO e Dalva iniciaram uma discussão, inclusive
através das composições que gravaram, bastante explorada pelos jornais e
revistas da época. Depois de uma pequena turnê, na Venezuela, HERIVELTO
saiu de casa, e tirou, de Dalva, a guarda dos filhos, Pery
e Ubiratan, mandando-os para um internato. A separação do casal
não foi uma brisa de um fim de tarde de outuno; foi um furacão, destruidor e
que deixou muita mágoa, dor e sofrimento. Um bom legado, porém, ficou desse
triste fato: uma “briga musical”, que rendeu verdadeiras “pérolas”
da MPB, as quais foram apelidadas de “canções de guerra”,
de um para o outro. HERIVELTO compunha, e lançava, uma canção, em
cuja letra provocava Dalva, e esta, por sua vez, pedia a
compositores famosos que compusessem outra, “dando o troco” ao “ex-marido”.
E assim por diante, sem que se saiba – eu, pelo menos, não fui pesquisar – quem
deu a “primeira estocada”, o que pouco importa.
Mas não é para falar de HERIVELTO
e Dalva que estou aqui, e sim para analisar uma excelente peça
musical, que trata de um grande amor, que durou 38 anos,
entre ele e Lurdes Nura Torelly. Eles se conheceram, num voo de avião,
ela trabalhando como aeromoça. Em 1946, começaram a
namorar. Ela era uma mulher desquitada, que tinha um filho do primeiro casamento. Trabalhava fora, e como
aeromoça! Um vedadeiro “absurdo”, um “escândalo”,
para os padrões de moral, estabelecidos pela sociedade da época. Em 1952, o casal
passou a viver juntos, tendo oficializado a união em 1978. HERIVELTO
e Lurdes geraram três filhos: Fernando José, já
falecido, YAÇANÃ MARTINS e Herivelto
Filho, além de ele criar o filho de Lurdes como seu. O
casamento durou 38 anos, até a morte de Lurdes, em 1990.
Esses e outros dados biográficos são ditos, em “off”, na
voz da grande atriz Irene Ravache, assim que começa o espetáculo,
e não vale a pena a sua revelação aqui, mas é bom, também dizer que, antes de Dalva
de Oliveira, a quem seu nome é sempre atrelado, HERIVELTO fora
casado com Maria Aparecida Pereira de Mello, que
conheceu no início da década de 30 e com quem teve os filhos Hélcio
Pereira Martins e Hélio Pereira Martins, numa convivência
que durou, aproximadamente, cinco anos. Que rapaz “casadouro”,
ou “casadoiro”, para os irmãos portugueses, esse “rapaz”,
ou “gajo”, idem!
Com a direção, há dez anos, de CLAUDIO BOTELHO, numa versão anterior, essa linda história de amor, é contada, e cantada, em prosa e verso, agora dirigida por RUBEN GABIRA e CLAUDIA NETTO, na direção geral.
Assim é o espetáculo “HERIVELTO
COMO CONHECI”, que revela detalhes do romance entre o músico e
compositor HERIVELTO MARTINS e sua segunda esposa, Lurdes
Torelly, através de cartas e telegramas, trocados entre os dois, no
período entre 1947 e 1949.
Em cena, TOTIA MEIRELES
dá voz às inesquecíveis composições de HERIVELTO, além de
interpretar situações e ler trechos dessas belas cartas de amor e telegramas, trocados entre eles.
Um espetáculo
delicado e comovente.
Este espetáculo já foi encenado,
em 2012, no, então, Theatro NET Rio, hoje CLARO (Para mim,
será sempre NET.), no Rio de Janeiro, e dois anos depois,
em São Paulo, pela estrelíssima Marília Pêra, sob direção
de CLAUDIO BOTELHO. A temporada carioca foi curta, porém de grande
sucesso. Assisti a ele, creio eu, três ou quatro vezes. Uma maravilha, que
também arrancou muitos aplausos dos portugueses, no Teatro Nacional D.
Maria II, em Lisboa.
(Foto: Gilberto Bartholo.)
Neste ano de 2022, quando seriam
comemorados, se vivo fosse, os 110 anos de HERIVELTO e 30
de seu falecimento, em 1992, coube a uma das maiores estrelas dos
musicais brasileiros, a grande “cantriz” TOTIA MEIRELES, subir ao
palco, a convite, para prestar, novamente, esta justíssima homenagem a HERIVELTO
MARTINS. A peça foi escrita por CACAU HYGINO, baseado na obra com o mesmo título do espetáculo,
lançada em 2010, de autoria de CACAU e YAÇANÃ MARTINS, numa excelente adaptação para as tábuas. Muitas das informações aqui
contidas, acerca da proposta e execução do espetáculo, chegaram-me às
mãos por meio de um “release”, que recebi da assessoria de
imprensa (JULYANA CALDAS) e do diretor de produção, JOAQUIM
VIDAL.
(Foto: Gilberto Bartholo.)
Extraído
do mencionado “release”: “Lurdes, aeromoça, de família
gaúcha tradicional, desquitada, conheceu HERIVELTO a bordo de um avião. Foi
amor à primeira vista. Ela, no entanto, fez de tudo para não ceder aos seus
encantos. Mas não conseguiu. Em meio a tantas cartas de amor, a relação entre
eles durou 40 anos (38 de casamento) e só terminou com a morte de Lurdes.
Aliás, seu desejo era que as correspondências fossem queimadas, mas sua filha, YAÇANÃ
MARTINS, não teve coragem de destruir aquelas declarações de amor, que
culminaram num livro e neste belo espetáculo. Passados dez anos da primeira
montagem, e com a morte de Marília Pêra, CACAU HYGINO e YAÇANÃ MARTINS
resolveram voltar com o espetáculo, só que, dessa vez, convidaram a atriz TOTIA
MEIRELES, para levá-lo aos palcos.”.
(Foto: Gilberto Bartholo.)
A
história é contada pela atriz e pela personagem Lurdes,
ora por uma, ora por outra, e, embora seja, oficialmente, um monólogo,
há vários "diálogos" com HERIVELTO, com voz em “off”,
evidentemente, gravada por CLAUDIO BOTELHO, sendo que, todas as vezes
que “HERIVELTO entra em cena”, um foco de luz deixa em evidência
um belíssimo porta-retratos, antigo, colocado sobre o piano, com uma foto do
homenageado, “em pose de galã de cinema americano”.
Tenho,
sempre, “um pé atrás”, quando se trata de musicais biográficos,
porque, via de regra, são muito mal desenvolvidos, o que, absolutamente, não
é o caso deste, que é ótimo, quer pelo formato da adaptação,
quer pela direção, quer pelo brilho de TOTIA.
Além da “presença
virtual” do homenageado, TOTIA está muito bem acompanhada por dois
exímios musicistas: THIAGO TRAJANO (violão e bandolim),
que também faz a ótima direção musical, e GUILHERME JESUS (piano
e acordeão). Quando vi o musical, na última 4ª feira, 8 de
junho de 2022, THIAGO foi muito bem substituído por ANDRÉ DANTAS.
Quem
assistiu à versão de 2012, como eu, pode verificar algumas (boas) alterações
nesta montagem. Ainda que tenha sido mantida a “espinha dorsal”
da direção original, a atual coube a RUBEN GABIRA, com direção
geral de CLAUDIA NETTO, os quais fazem um excelente trabalho,
deixando, a meu juízo, a atriz mais “livre e solta”, em
cena. Longe de mim a intenção de querer estabelecer qualquer comparação, até
porque ambas, Marília e TOTIA são duas estrelas de
primeira grandeza, porém água e azeite não se misturam. Acho as duas “pimentas”,
cada uma com sua “picância”; enquanto Marília é
mais “malagueta”, TOTIA é “dedo de moça”.
Espero que tenham compreendido as metáforas.
Interpretando
ou cantando, TOTIA é um ímã, a atrair uma plateia inteira, feita de
ferro. E lá estou eu a abusar das metáforas! Mas o que posso fazer, se
elas me agradam muito, da mesma forma como me deixo, sempre, hipnotizar, me
encantar, pelos trabalhos de TOTIA, muito aplaudida ao final de
cada número musical, no espetáculo aqui analisado?
E, já que
entramos nesse assunto, devo dizer que a escolha do “set list”
não poderia ter sido melhor e com a maior afinidade com a história contada. Cada canção
entra na hora certa, a letra ligada a um determinado momento ou
situação, ajudando, mais que ilustrando, a contar aquela linda história de
amor.
(Foto: Instagram / Yaçanã Martins)
Ele, o “set
list” é este: “Dois Corações” (Quando
dois corações se amam de verdade, / Não pode haver, no mundo, maior felicidade.),
“PENSANDO EM TI” (Eu amanheço
pensando em ti, / Eu anoiteço pensando em ti, / Eu não te esqueço, / É, dia e
noite, pensando em ti. / Eu vejo a vida pela luz dos olhos teus. / Me deixa, ao
menos, por favor, pensar em, Deus! / Nos cigarros que eu fumo, / Te vejo nas
espirais. / Nos livros que eu tento ler, / Em cada frase, tu estás. / Nas
orações que eu faço, / Eu encontro os olhos teus. / Me deixa, ao menos, por
favor, pensar em Deus.), “A VIDA É BOA” (A vida é boa, meu bem, é boa, / Depende de a gente querer.
/ Se você chora, meu bem, à toa, / É porque não sabe viver.), “CULPE-ME” (Culpe-me!
/ E razão você tem, / Pois eu sei que errei. / Culpe-me! / Logo a você que eu
fui enganar... / Cometi uma traição e lhe peço perdão. / Me condene, se quiser!), “CAMISOLA DO DIA” (A camisola que, um dia, / Guardou a minha alegria /
Desbotou, perdeu a cor, / Abandonada no leito, / Que nunca mais foi desfeito /
Pelas vigílias de amor.), “BOM DIA” (Num recurso derradeiro, / Corri até o banheiro / Pra te
encontrar, / Que ironia! / E que erro tu cometeste! / Na toalha que esqueceste,
/ Estava escrito: "Bom dia!"), “CAROÁ”, “AMÉLIA NA
PRAÇA ONZE”, “DESCULPA DE OCASIÃO”, “CABARÉ NO MORRO”, “ATIRASTE
UMA PEDRA” (Atiraste uma pedra / No peito de
quem / Só te fez tanto bem. / E quebraste um telhado, / Perdeste um abrigo, / Feriste
um amigo. / Conseguiste magoar / Quem, das mágoas, te livrou. / Atiraste uma
pedra / Com as mãos que essa boca, / Tantas vezes, beijou.), “CAMINHEMOS”
(Não, eu não posso
lembrar que te amei. / Não, eu preciso esquecer que sofri. / Faça de conta que
o tempo passou / E que tudo, entre nós, terminou / E que a vida não continuou
pra nós dois. / Caminhemos! Talvez nos vejamos depois.), “RECUSA”
(A minha vida é uma vida / De mágoa, de dor e
descrença / E eu sofro, ao sentir, na recusa, / Tamanha indiferença.),
“SEGREDO” (Seu
mal é comentar o passado. / Ninguém precisa saber / O que houve entre nós dois.
/ O peixe é pro fundo das redes. / Segredo é pra quatro paredes. / Não deixe
que males pequeninos / Venham transtornar os nossos destinos! / O peixe é pro fundo
das redes. / Segredo é pra quatro paredes. / Primeiro, é preciso julgar, / Pra,
depois, condenar.), “IZAURA” (Ai, ai, ai Izaura! / Hoje, eu não
posso ficar. / Se eu cair em teus braços, / Não há despertador / que me faça
acordar.), “NEGA MANHOSA” (Deixei,
embaixo do rádio, / Uma nota de cinquenta. / Vai à feira, joga no bicho, / Vê
se te aguenta! / Economiza, olha o dia de amanhã! / Eu preciso do troco. / Domingo,
tem jogo no Maracanã.), “A LAPA” (A Lapa está voltando a ser a
Lapa. / A Lapa, confirmando a tradição. / A Lapa é o ponto maior do mapa / Do
Distrito Federal. / Salve a Lapa!) e “AVE MARIA DO MORRO” (Barracão de zinco / Sem telhado, sem pintura, / Lá no morro.
/ Barracão é bangalô. / Lá, não existe / Felicidade de arranha-céu, / Pois quem mora lá no morro / Já vive pertinho do céu. / Tem alvorada, tem passarada,
alvorecer, / Sinfonia de pardais, / Anunciando o anoitecer. / E o morro
inteiro, no fim do dia, / Reza uma prece / Ave Maria.).
Creio não
ser necessário fazer nenhum comentário elogioso ao texto, visto que já
me referi a ele acima, assim como à ótima direção. Abordemos, então, os
demais elementos da ficha técnica, a começar pela cenografia, de EDWARD
MONTEIRO, simples e de muito bom gosto, limitando-se àquilo que seria uma espécie
de escritório, ao centro/fundo do palco, com móveis de época, com destaque para
um aparelho de rádio; nas laterais, um piano, à esquerda do palco, visto da plateia,
sobre o qual há um já citado porta-retrato com uma foto de HERIVELTO; no
lado oposto, bancos e instrumentos musicais, para o violonista. Ao fundo, uma
cortina, de ponta a ponta do palco, em tecido brilhoso, que assimila todas as
belas cores, oriundas da linda iluminação, de PAULO CESAR MEDEIROS.
O belo figurino, único, usado por TOTIA é de MARIA ELVIRA
MEIRELLES, que outra não é, que não a própria TOTIA. ERICK
FIRMAMENTO assina um correto desenho de som, que nos permite ouvir,
com perfeição, todos os sons que vêm do palco.
Falar de TOTIA,
como atriz e cantora, faz-me cair na redundância de dizer que se
trata de uma das melhores “cantrizes” do TEATRO MUSICAL BRASILEIRO,
que parece se superar, a cada novo trabalho. Já sabia que adoraria o espetáculo,
porém confesso que ele superou todas as minhas ótimas expectativas, quase que
por causa, totalmente, do trabalho de TOTIA MEIRELES, que demonstra
muita segurança no que faz, do abrir ao fechar da cortina. Acho que vale a pena
acrescentar, aqui, um detalhe que me faz admirar TOTIA mais ainda, a
partir de agora. Refiro-me à sua coragem em aceitar o desafio de interpretar
uma personagem que surgiu, no palco, especialmente adaptado, há dez
anos, para uma diva, como Marília Pêra, que fez uma
escola. Cada uma sendo ela própria, ambos os trabalhos são perfeitíssimos e nos
encantam. Não há quem não saia do Teatro dos 4 que não elogie o
trabalho de TOTIA. Testemunhei isso, durante bastante tempo, enquanto
aguardava a querida amiga, para um abraço, guardado há mais de dois anos.
FICHA TÉCNICA:
Baseado no
livro “Herivelto Como Conheci”, de Cacau Hygino e Yaçanã Martins
Texto: Cacau
Hygino
Direção: Ruben
Gabira
Direção Geral:
Claudia Netto
Direção
Musical: Thiago Trajano
Cenário:
Edward Monteiro
Figurino:
Maria Elvira Meirelles
Desenho de
Luz: Paulo César Medeiros
Desenho de Som:
Erick Firmamento
Fotos: Cristina Granato
Assessoria de Imprensa: Julyana Caldas
Diretor de
Produção: Joaquim Vidal
Realização: Calma Sumara Produção Artística
(Foto: Instagram / Yaçanã Martins:
Yaçanã Martins, Totia Meireles e Cacau Hygino.)
SERVIÇO:
Temporada: de
18 de maio a 16 de junho de 2022.
Local:
Teatro dos 4.
Endereço: Rua
Marquês de São Vicente, 52 (Shopping da Gávea), 2º piso – Gávea – Rio de
Janeiro.
Tel: 2239-1095.
Dias e
Horários: 4ªs e 5ªs feiras, às 17h.
Valor dos
Ingressos: R$90,00 (inteira); R$45,00 (meia entrada).
Duração: 60
minutos.
Classificação:
Livre.
Gênero:
Musical.
É claro que RECOMENDO, COM A
MAIOR ÊNFASE, este espetáculo e gostaria muito de que a temporada
fosse prorrogada e que, também, pudessem surgir outras, por sua
excepcionalidade e desejo do público, o qual vem lotando o Teatro dos 4 e
que merece assistir a bons espetáculos.
(Lurdes e Herivelto.)
(Foto: Instagram / Yaçanã Martins.)
Nada melhor, para encerrar esta crítica, do que com uma frase de TOTIA MEIRELES, sobre “HERIVELTO COMO CONHECI”:
“Uma história de amor, envolvida em belas
músicas, mantém viva nossa sensibididade.”
(Foto: Regina Cavalcanti.)
(Foto: Regina Cavalcanti.)
FOTOS: CRISTINA GRANATO
GALERIA
PARTICULAR:
E VAMOS AO TEATRO,
COM TODOS OS
CUIDADOS!!!
OCUPEMOS TODAS AS SALAS
DE ESPETÁCULO
DO BRASIL,
COM TODOS OS
CUIDADOS!!!
A ARTE EDUCA E
CONSTRÓI, SEMPRE!!!
RESISTAMOS, SEMPRE
MAIS!!!
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TEXTO,
PARA QUE, JUNTOS,
POSSAMOS DIVULGAR
O QUE HÁ DE MELHOR NO
TEATRO BRASILEIRO!
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