SUNSET
BOULEVARD
(UMA MONTAGEM IRRETOCÁVEL!!!
ou
Um
dos principais motivos que me fizeram ir a São
Paulo, recentemente, na última Semana
Santa, foi a oportunidade de poder ver e aplaudir a versão brasileira para um
dos melhores musicais já encenados: “SUNSET
BOULEVARD”, uma arrojadíssima empreitada, que reuniu a força e o interesse
de vários parceiros. Só o conhecia por vídeos, uma vez que não consegui
assistir a ele na Broadway nem em West
End , onde estreou, em 1993, antes de ir para a “meca”
dos musicais, no ano seguinte.
Sou - não nego - um apaixonado pelo musical, principalmente pelas canções, de Sir ANDREW LLOYD WEBER, uma das minhas maiores referências no
universo do TEATRO MUSICAL. Há quem
considere “SUNSET...” sua OBRA-PRIMA; também eu, porém prefiro
colocá-la quase no mesmo patamar de outras, frutos do incomensurável talento de
WEBER, como “Joseph and the Amazing Technicolor Dreamcoat” (1968); “Jesus Christ Superstar” (1970), que
marcou a minha vida e me emociona muito, até hoje; “Evita” (1976); “Cats”
(1981); e a emblemática “The Phanton
of the Opera” (1986).
O
espetáculo é uma versão, para o palco,
de um grande êxito cinematográfico, um clássico do cinema norte-americano, do mesmo nome, sucesso de público,
bilheteria e crítica, que, no Brasil,
recebeu o título de “O Crepúsculo dos
Deuses”, lançado em 1950, do gênero
“film
noir”, dirigido por Billy Wilder,
contando, no papel dos protagonistas,
com Gloria Swanson e William Holden.
Tanto
no cinema quanto no TEATRO, “SUNSET BOULEVARD” colecionou muitos prêmios e indicações a outros. Nomeado em onze categorias, no Oscar, em 1951, ganhou em três: Melhor Roteiro Original, Melhor Direção de Arte em Preto e Branco
e Melhor Trilha Sonora Original. No
mesmo ano, no Globo de Ouro, foram sete indicações e quatro prêmios. Já o musical
foi detentor de várias premiações, nenhuma em Londres (Apenas quatro
indicações.), todos na Broadway,
em 1995, pela montagem original. Foram doze
indicações e oito estatuetas do Tony
Award: Melhor Musical, Melhor Música Original, Melhor Libreto de Musical, Melhor Performance de uma Atriz Principal
em Musical (Glenn Close), Melhor
Performance de um Ator Coadjuvante em Musical, Melhor Design Cênico, Melhor
Design de Iluminação e Melhor Atriz
em Musical (Glenn Close). Tudo indica, pelo que vi no palco do Teatro Santander, e que muito me
agradou e emocionou, a montagem
brasileira também será reconhecida nas premiações locais. É uma grande pena
que, pelo seu porte, torna-se, com quase certeza, impraticável qualquer tentativa
de turnês, ainda mais depois do “crime”
perpetrado, covarde e intencionalmente, pelo atual (des)governo federal, com relação ao desmantelamento da CULTURA, pelo desprezo à ARTE, principalmente no que diz
respeito ao TEATRO, com,
praticamente, a extinção da Lei Rouanet.
VIVA A LEI ROUANET!!! Destarte,
desta arte (Perdão pelo trocadilho!),
só os privilegiados que moram em
São Paulo ou os
que, como eu, viajam para lá, com o propósito de assistir ao musical, poderão usufruir, de uma OBRA-PRIMA, como é esta produção.
Deixei o Teatro Santander (VER SERVIÇO), com um
misto de euforia, extrema alegria, e, ao mesmo tempo, experimentando uma
sensação de perda, de um vazio interior, quando me dei conta de que montagens da amplitude de “SUNSET BOULEVARD” serão, cada vez
mais, raras, no Brasil, uma vez que,
apenas via leis de incentivos fiscais,
é possível levantar um musical dessa
dimensão, que emprega, direta e indiretamente, muito mais de uma centena de
pessoas (É só consultar a ficha técnica.),
o que significa o sustento de suas famílias. Os (ir)responsáveis por tal barbárie, pessoas totalmente ignorantes e mal-intencionadas, desconhecem que a indústria, sem chaminés, do
TEATRO MUSICAL BRASILEIRO é a terceira no mundo, perdendo, apenas, para os Estados Unidos (Broadway, principalmente)
e Inglaterra (West End.)? Será?! Há quem
questione esse “ranking”, mas eu, que o conheço de perto, acredito, piamente,
naqueles que o afirmam e que sabem mais do que eu.
Além do altíssimo
custo, para o deslocamento deste espetáculo,
há outro grande obstáculo, que, de certa forma, contribui para inviabilizar
turnês de “SUNSET BOULEVARD”, que é
encontrar teatros, tecnicamente,
preparados, para receber uma montagem
tão sofisticada, em termos de aparato técnico, para acomodar uma cenografia de grandes dimensões,
efeitos especiais e a necessidade de espaço para o desenvolvimento das cenas.
Certamente, há outros Teatros,
pouquíssimos, principalmente no Rio de
Janeiro, um ou outro habilitado, nesse sentido, a abrigar este musical, todavia creio que não existe,
no Brasil, nenhum endereço melhor,
para tanto, com as características, físicas e técnicas, do que Teatro Santander, o qual foi construído,
visando às grandes produções da Broadway e de West End. Extraído do “release”, enviado por VITOR DEYRMANDJIAN ROSALINO (MOTISUKI PR –
ASSESSORIA DE IMPRENSA), “O Teatro Santander é considerado um dos
mais modernos do mundo e o primeiro teatro multiuso de São Paulo, com quatro
possibilidades diferentes de configuração, o que permite realizar, no local,
desde ‘shows’ musicais, desfiles de moda e eventos corporativos, até grandes
produções da Broadway, sem a necessidade de qualquer adaptação. A
versatilidade se deve ao exclusivo sistema de poltronas retráteis, que (sic
- o qual) pode acomodar 1.100 pessoas sentadas ou até 1.800 espectadores, em
outros formatos. O Teatro Santander tem 13.000m2 de área construída e é o
único teatro do país com 56 varas cênicas motorizadas.”.
Quando,
num dos subtítulos desta crítica, utilizo uma pergunta (“A BROADWAY É AQUI?”), arrisco-me a
passar como ufanista, exagerado ou sei lá o quê, coisa bem pior, para os que torcem
contra, por nela estar, supostamente, implícito que estou comparando a nossa montagem com a outra, a original. Não seria eu tão leviano
assim. Não se trata de uma comparação, muito menos no caso em tela, até porque,
como já disse, não tive, infelizmente, a oportunidade de ver o musical, nas suas “matrizes”, principalmente
estrelado pelas grandes atrizes Patti LuPone e Glenn Close, mas o que quero dizer é que, contando, evidentemente,
com o suporte que nos chega dos artistas
e criadores estrangeiros, quando nos propomos a montar um musical de lá, uma franquia, não me sinto nem um pouco inferior a eles, em nada. Temos um
material humano, artístico, de altíssimo nível, capaz de fazer bonito em
qualquer lugar em que esses espetáculos possam
ser apresentados. E estamos exportando talentos, como Tiago Barbosa, protagonista de “O Rei
Leão”, em Madri; Myrtes Moteiro,
pouco conhecida no Brasil, mas
sucesso absoluto, há onze anos, na
Europa, já tendo participado, inclusive como protagonista, de inúmeros musicais, em vários países, com residência
fixa na Alemanha; e, mais
recentemente, Leo Wagner, no México, onde já atuou em “Les Misérables” e, agora, protagoniza “Jesus Cristo Superstar”. São apenas
três, de vários outros exemplos. Os “gringos” veem seus trabalhos aqui,
encantam-se e convidam-nos para uma carreira internacional. Que os DEUSES DO TEATRO continuem
abençoando-os e a outros também!!!
O enredo
do musical gira em torno de NORMA DESMOND (MARISA ORTH), uma
estrela da era do cinema mudo, que vive presa a um passado glorioso, em sua
decadente mansão, em Sunset Street , a
fabulosa rua de Los Angeles, morando
na companhia de seu fiel e misterioso mordomo,
MAX VON MAYERLING (DANIEL BOAVENTURA)
.
Quando o jovem e individado roteirista JOE GILLIS (JÚLIO ASSAD), acidentalmente, cruza o caminho de NORMA, fugido de representantes de uma
financeira, a qual tentava recuperar o carro de JOE, por falta de pagamento, ela vê nele uma oportunidade de retornar
às telas, de onde estava afastada fazia tempo, desde o surgimento do cinema
falado. Seria a chance de sair do ostracismo e tentar uma volta à fama.
Ele é seduzido pela atriz e seu estilo de vida e, por estar sem dinheiro, aceita ser
contratado, por ela, para revisar, o roteiro
de “Salomé”, filme que marcaria o
retorno da ex-estrela a um esperado e sonhado estrelato.
O roteiro
era muito ruim, de péssima qualidade, mas o pagamento era muito compensador e
ele não viu outra saída, a não ser aceitar a encomenda e tentar “fazer um
milagre”, salvando o referido texto.
Seguem-se, então, romance e tragédia,
mistério e mais mistério...
Envolvidos num jogo de interesses, eles
não sabem o que o destino lhes reserva e vão descobrir que a fama pode custar
muito mais caro do que eles imaginam.
A peça e esta montagem, em especial, reúnem tudo o que não pode faltar num inesquecível musical: um bom texto (libreto); lindas e marcantes canções; uma excelente direção; um afinado elenco, com atores e atrizes de
altíssimo gabarito, também ótimos dançarinos, cumprindo uma magnífica
coreografia; e artistas criadores e
técnicos de competência inquestionável.
A história nem é tão
excepcional assim , mas não deixa de ter seu valor. Torna-se interessante, por
se propor a pintar um retrato cruel, e totalmente comprometido com a verdade,
do que é a hipocrisia que há no universo
hollywoodiano, o cinismo de quem detém o poder, tão cobiçado por muitos e
só palpável para poucos. Mostra os bastidores
de Hollywood, todo o glamour que a reveste, a luta pelo poder e a cobiça
pelos dólares que o cinema pode render aos que têm a sorte de vir a fazer
parte daquele universo, os "eleitos" por ele. Para se afirmar que uma versão brasileira, de um musical estrangeiro, é de boa qualidade, a rigor,
seria necessário conhecer o original do texto
e, muito bem, a língua em que ele foi escrito, porém, mesmo sem conhecer o original, em inglês, quando se trata de um trabalho de versão feita, a quatro mãos, por MARIANA ELISABETSKY e VICTOR
MÜHLETHALER, os quais, juntos ou separados, já verteram, para o nosso idioma, muitos e grandes
sucessos, alguns dos quais conheço na sua origem, de olhos fechados, posso
dizer que não há a menor restrição quanto ao produto final da versão brasileira. Trata-se de um
trabalho muito complexo, uma vez que, como deve ser em todo bom musical, as canções ajudam a narrar a história.
A direção artística da montagem brasileira, perfeita, é do norte-americano FRED HANSON, o mesmo que esteve à frente da direção de outro grande recente musical de sucesso, aqui encenado, no mesmo Teatro, “Cantando na Chuva”.
Não preciso
acrescentar nenhuma adjetivação às melodias
de ANDREW LLOYD WEBER. Basta
ouvi-las e sentir como são de extrema beleza e combinam com as letras de CHRISTOPHER HAMPTON e DON BLACK. As canções são fundamentais, neste
musical, uma vez que ocupam a maior parte do tempo; pouco há de texto “declamado”. Nesse tipo de musical, é preciso que as canções sejam de excelente qualidade,
pois têm a função de contar a história
e, se não forem bem compostas, contribuem bastante para que qualquer espetáculo, nesse formato, desande.
O elenco, composto por 28 excelentes atores/dançarinos, faz
parte da nata dos que atuam em musicais
brasileiros. Como é comum, nesse tipo de espetáculo, alguns atores/atrizes,
principalmente os protagonistas,
contam com alternantes e/ou “covers”. Isso faz com que só possamos
avaliar a atuação de quem esteve em cena na sessão a que assistimos. No
meu caso, infelizmente, nada poderei dizer sobre o trabalho de MARISA ORTH, titular do papel de NORMA DESMOND, a protagonista, personagem
que é um grande desafio para qualquer atriz,
principalmente pela exigência da voz, para cantar, além da nada fácil
construção da personalidade de NORMA,
que se deixa enlouquecer, por conta do mal que lhe faz o cair no ostracismo, o
que, na vida real já ocorreu com algumas celebridades, as quais, no mínimo,
conheceram, de perto, uma doença terrível, chamada “depressão”. Se conseguir
assistir à peça pela segunda vez,
torço para que MARISA esteja
assumindo o papel. Acredito que venha se saindo bem nele, como já o fez, por
exemplo, em “A Família Addams”, com
sua ótima caracterização, como Morticia,
porém não posso deixar de dizer que fiquei extremamente feliz e orgulhoso de
ver sua alternante, ANDRESSA MASSEI, cujo trabalho já venho
admirando de outras atuações, que lhe renderam alguns merecidos prêmios (“Les Misérables”,“A Pequena Sereia”, “We Will
Rock You”, “Wicked”, “Mamma Mia!” e “Priscilla, a Rainha do Deserto”). Confesso-me um ardoroso fã de
tudo o que ANDRESSA faz em cena. É
um encanto e um deleite, para os ouvidos, ouvi-la cantando a parte de NORMA, além de ser uma ótima atriz.
DANIEL BOAVENTURA vive o mordomo MAX VON MAYERLING, ele que já fez par
com MARISA, no já citado “A Família Addams”, como o patriarca Gomez Addams. Acompanho sua carreira,
nos musicais, desde “Company”, passando por “Vítor ou Vitória”, “A Bela e a Fera”, “Chicago”, “My Fair Lady”,
“Evita”, “A Família Addams” e “Peter
Pan”, sempre em papéis de destaque e com excelentes interpretações, como ator e ótimo cantor, que é. Agradou-me muito, aqui, o seu desempenho num
personagem enigmático, soturno, introspectivo, que esconde um “segredo”. Ao
longo da história, o público vai conhecendo e, até mesmo, adivinhando, por
sinais que o personagem deixa escapar, quem foi, e é, na verdade MAX VON
MAYERLING. E vai se surpreender muito com tais descobertas e revelações,
sobre as quais, absolutamente, nada revelarei, para não dar “spoillers”.
Outro grande
desempenho, que me marcou, na peça,
foi o de JÚLIO ASSAD (JOE GILLIS),
como ator e, mais ainda como cantor. “SUNSET BOULEVARD”, na verdade, exige muito mais o canto do que a interpretação. Lembrei-me de suas boas atuações em “Chaplin – O Musical”, “Cantando na Chuva”, “O Homem de La Mancha ”, “Miss Saigon”, “Hairspray”, “Cabaret” e
“Cats”. Que currículo!!! O
personagem de ASSAD, ainda que um bom roteirista, acaba caindo em desgraça,
profissionalmente falando, por conta de suas inumeráveis dívidas. Ao dar, por
acaso, na mansão de NORMA, mal sabia o que o destino lhe reservava, ao ser
confundido, por obra do acaso, com outro roteirista, convocado por ela, para uma
difícil empreitada. Vai pagar um preço muito alto, perdendo o domínio de
seus próprios atos e vontade.
Nos papéis
principais, ou de relativa “coadjuvância”
(O vocábulo não existe, oficialmente, mas prefiro-o a “coadjuvação”. Criei um
neologismo.), destacam-se LIA
CANINEU (BETTY SCHAEFER), BRUNO
SIGRIST (ARTIE GREEN), SÉRGIO RUFINO
(CECIL B. DEMILLE), CARLOS LEÇA
(SHELDRAKE), ARÍZIO MAGALHÃES
(MANFRED). Em papéis de menor relevância, mas, nem por isso, menos importantes
e bem desempenhados, completam o elenco ABNER
DEPRET, BRENDA NADLER, DANTE PACCOLA, ESTER ELIAS, FÁBIO VENTURA, GIOVANA ZOTTI, HELLEN DE CASTRO, JANA
AMORIM, JULIANA OLGUIN (JOVEM NORMA), LETÍCIA SOARES, LUANA ZENUN, MAU ALVES, NICK VILA MAIOR, RAFAEL DE CASTRO, RENATO
BELLINI, RODRIGO NEGRINI (VALENTINO), THIAGO LEMMOS e VÂNIA CANTO. Realmente, é muito bom o “conjunto da obra”, em se tratando de elenco. Além de MARISA ORTH,
também não pude ver e avaliar o trabalho de EDUARDO AMIR, como alternante
de DANIEL BOAVENTURA.
À
frente da direção musical,
responsável por uma orquestra de 16
músicos, a qual, a meu juízo, contrariando algumas opiniões, está muito bem
à mostra, no palco, e não oculta num fosso ou em outro qualquer lugar, formada
por exímios musicistas, em seus
instrumentos, está o premiadíssimo
maestro CARLOS BAUZYS, sempre impecável em tudo o que faz, como em “Peter Pan”, “Os Produtores”, “Cantando
na Chuva”, “O Homem de La Mancha ”, “Cinderella”, “A Madrinha Embriagada” e
tantos outros espetáculos de grande
sucesso. Também é o regente da
orquestra.
Destaca-se,
neste musical, a ótima coreografia, de KÁTIA BARROS, uma das nossas melhores profissionais, na área, também
responsável pela direção de movimento.
Seu nome está presente nas fichas técnicas dos melhores musicais dos últimos
tempos, montados, principalmente, em São Paulo ,
alguns dos quais já lhe renderam prêmios e indicações a outros. A minha
avaliação não é técnica, pois não tenho competência para tal, mas é, puramente,
de quem sabe reconhecer a beleza e a complexidade nos passos e nas marcações.
São lindos e
muito bem práticos os cenários, de MATT
KINLEYN, o qual optou por deixar
à mostra, durante todo a encenação, os vários espaços em que se dão as
cenas. Utilizando dois planos, ao centro, fica instalada a orquestra, na parte superior. De um dos
lados, um enorme escadaria; no outro, um escritório. Na parte de baixo, o
“living” da mansão, que se apoia numa plataforma giratória. Por vezes, esse
espaço dá lugar a outros, como um bar/restaurante. Nas laterais e ao fundo, são projetadas imagens que ajudam na construção
dos espaços cênicos. Para criar um clima de cinema, notam-se, à volta do palco,
bobinas de películas em tamanho avantajado.
“Artista
interdisciplinar”, como consta no “release”
da peça, por se apresentar como ator, “performer”, dramaturgo,
diretor e figurinista, FAUSE HATEN
é quem assina os figurinos,
deslumbrantes, os de NORMA, e
sóbrios e refinadíssimos, os demais, todos muito bem acabados e com excelentes
caimentos, ajustadíssimos aos personagens
e à época em que se passa a trama.
A
beleza plástica do espetáculo deve
muito ao excelente desenho de luz,
projetado pelo norte-americano CORY PATTAK,
alternando cores vivas e intensas com uma iluminação mais discreta, de menor
intensidade e poucos matizes, obedecendo às exigências de cada cena.
Além de uma
mesa de som de última geração, instalada no Teatro Santander, garante a pureza de tudo o que se ouve o trabalho
de desenho de som, cuja
responsabilidade cabe a um dos melhores profissionais brasileiro, apesar do
nome, nesse “métier”, TOCKO
MICHELAZZO, tantas vezes premiado e indicado a prêmios.
Responsável
por imagens e vídeos que já enriqueceram os cenários
de espetáculos consagrados, em
palcos do mundo inteiros, peças teatrais
e “shows” dos grandes nomes da
música internacional, o inglês TERRY
SCRUBY, especializado em “moving image” revela seu talento,
em “SUNSET BOULEVARD” por meio de projeções de imagens, videografismos, que fazem parte do cenário, criando uma identidade
especial para o espetáculo. É
preciso estar bem atento, para se perceber detalhes da cenografia que trazem
informações nas “entrelinhas”. O aspecto lúgubre da mansão de uma
ex-celebridade não existe por acaso; simboliza o crepúsculo, o ocaso, o
desmoronamento de uma era do cinema, o cinema mudo, que teve seu valor e prestígio,
mas que cedeu espaço a outro tipo de linguagem cinematográfica, o cinema
falado, para o qual nem todos os astros da versão anterior estavam preparados
e/ou aptos.
A parte do visagismo conta com a ótima colaboração
de FELICIANO SAN ROMAN, responsável
pela parte de perucaria, e BETO FRANÇA, que responde pela maquiagem. O conjunto da obra dos dois
nos revela detalhes curiosos e muito interessantes, como, por exemplo, a calvície do personagem MAX. Salvo engano, todos os atores que já representaram o personagem
rasparam a cabeça, enquanto DANIEL
BOAVENTURA usa um recurso do visagismo, uma prótese, que o deixa totalmente calvo, sem que a plateia perceba o processo empregado na caracterização.
FICHA TÉCNICA:
Baseado
no filme de Billy Wilder, “SUNSET BOULEVARD” é apresentado por meio de um
acordo especial com a The Really Useful Group
Música:
Andrew Lloyd Webber
Texto
e Letras: Christopher Hampton e Don Black
Orquestração:
David Cullen e Andrew Lloyd Webber
Direção
Artística: Fred Hanson
Direção
Musical: Carlos Bauzys
Versão Brasileira: Mariana Elisabetsky e Victor Mühlethaler
Versão Brasileira: Mariana Elisabetsky e Victor Mühlethaler
Elenco:
Marisa Orth (Norma Desmond), Daniel Boaventura (Max Von Mayerling), Júlio Assad
(Joe Gillis), Andrezza Massei (Norma Desmond - alternante), Eduardo Amir (Max
Von Mayerling - alternante), Lia Canineu (Betty Schaefer), Bruno Sigrist (Artie
Green), Sérgio Rufino (Cecil B. DeMille), Carlos Leça (Sheldrake e Max Von
Mayerling - cover), Arízio Magalhães (Manfred e Sheldrake - cover), Abner
Depret, Brenda Nadler, Dante Paccola, Ester Elias, Fábio Ventura, Giovana
Zotti, Hellen de Castro, Jana Amorim, Juliana Olguin, Letícia Soares, Luana
Zenun, Mau Alves, Nick Vila Maior, Rafael de Castro, Renato Bellini, Rodrigo
Negrini, Thiago Lemmos e Vânia Canto.
Coreografia
e Direção de Movimento: Kátia Barros
Cenário:
Matt Kinley
Figurino:
Fause Haten
Design
de Luz: Cory Pattak
Design
de Som: Tocko Michelazzo
Design
de Vídeo: Terry Scruby
Design
de Peruca: Feliciano San Roman
Design
de Maquiagem: Beto França
Produção
Geral: Stephanie Mayorkis
Realização
– IMM e Stephanie Mayorkis (EGG Entretenimento)
SERVIÇO:
Temporada:
de 22 de março a 07 de julho de 2019.
Local:
Teatro Santander
Endereço:
Complexo do Shopping JK Iguatemi - Avenida Juscelino Kubitschek, 2041 - Itaim Bibi –
São Paulo.
Dias
e Horários: 5ªs e 6ªs, às 21h; sábados, às 17h e às 21h; domingos, às 15h e 19h.
Classificação
Etária: Livre. Os menores de 12 anos deverão estar acompanhados (A
determinação da classificação etária poderá, a qualquer momento, ser
alterada pelo Juiz de Direito da Vara da Infância e Juventude da Comarca de São
Paulo - SP).
Capacidade:
959 lugares.
Duração:
2h30min (com intervalo de 15 minutos).
Valor
dos Ingressos PREÇOS VÁLIDOS PARA TODAS AS SESSÕES:
Plateia
VIP: R$290,00 (inteira) e R$145,00 (meia entrada).
Frisas
e Plateia Superior: R$240,00 (inteira) e R$120,00 (meia entrada).
Balcão
A: R$160,00 (inteira) e R$80,00 (meia entrada).
Balcão
B: R$75,00 (inteira) e R$37,50 (meia entrada).
BILHETERIA
OFICIAL – SEM COBRANÇA DE TAXA DE CONVENIÊNCIA: Teatro Santander (Complexo do
Shopping JK Iguatemi - Av. Juscelino Kubitschek, 2041 – Itaim Bibi - SP): De
domingo a 5ª feira, das 12h às 20h ou até o início do espetáculo; 6ª feira e
sábado, das 12h às 22h.
VENDAS
PELA INTERNET – SUJEITO A COBRANÇA DE TAXA DE CONVENIÊNCIA: www.ingressorapido.com.br
VENDAS
A GRUPOS: grupos-entretenimento@immbr.com
INFORMAÇÕES À IMPRENSA - MOTISUKI PR
REGIS
MOTISUKI – (55) (11) 98266-4843/ rm@mtskpr.com
VITOR
DEYRMANDJIAN ROSALINO – (55) (11) 99989-5936/ press@mtskpr.com
TEATRO
SANTANDER
INFORMAÇÕES À IMPRENSA - Marra Comunicação
Tels.:
(55) (11) 3258-4780 / (55) (11) 99255-3149
Paulo
Marra: paulo@paulomarra.com.br
Vinícius
Oliveira: vinicius@paulomarra.com.br
Luiz
Lamboglia: luiz@paulomarra.com.br
É
com muita alegria que expresso o meu orgulho, mais uma vez, pela montagem de um musical, no Brasil, da extrema categoria de “SUNSET BOULEVARD”, o que me faz
recomendá-lo aos que me leem, garantindo, a quem não reside na cidade de São Paulo, que vale a pena uma viagem
até lá, pois terão a oportunidade de assistir a um espetáculo musical com o cheiro e o sabor da Broadway.
E VAMOS AO
TEATRO!!!
OCUPEMOS TODAS AS
SALAS DE ESPETÁCULO DO BRASIL!!!
A ARTE EDUCA E
CONSTRÓI!!!
RESISTAMOS!!!
COMPARTILHEM ESTE
TEXTO, PARA QUE, JUNTOS,
POSSAMOS DIVULGAR
O QUE HÁ DE MELHOR NO
(FOTOS: PEDRO DIMITROW –
ESTÚDIO –
e
MARCOS MESQUITA – CENA.)
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