segunda-feira, 20 de julho de 2015


DOMANDO A MEGERA

e

HAMLET

OU MORTE

 

 

(BRINCAR DE SHAKESPEARE

NÃO É PECADO

E É COISA PARA GENTE GRANDE.)

 

 

            Numa mesma semana, assisti a dois espetáculos baseados em duas das mais representativas peças do bardo inglês.  Inglês, não!  Universal!  Duas criativas, saudáveis e hilárias brincadeiras, em torno de “A Megera Domada” e “Hamlet”, de William Shakespeare.

 

            Respectivamente, estou me referindo a “DOMANDO A MEGERA” e “HAMLET OU MORTE”.  A primeira, encenada pelo grupo NÓS DO MORRO, está em cartaz no Espaço Cultural Municipal Sérgio Porto (preferia quando era apenas Teatro Sérgio Porto); a segunda, pelo grupo OS TRÁGICOS, em cartaz no Teatro Eva Herz (dentro da Livraria Cultura – Cinelândia).

 

            É possível que alguém possa estar dando cambalhotas no túmulo, de indignação (Ou não!), mas, certamente, não seria Shakespeare, que deve estar rolando de rir, por conta das duas encenações.

 

            Não considero nenhum sacrilégio apropriar-se de um clássico da dramaturgia universal e brincar com ele, desde que a brincadeira seja divertida e, acima de tudo, respeitosa.  É o que verificamos nessas duas “apropriações”.

 

 

 

DOMANDO A MEGERA

 

 


 

 

           

            Não é a primeira vez que o GRUPO NÓS DO MORRO visita o universo shakespeariano e escolhe uma de suas várias obras para encenar.  Só que, desta vez, a montagem se reverte de uma característica que a difere das outras.  Trata-se da grande “sacada” do diretor, FERNANDO MELLO DA COSTA, e do tradutor e adaptador, LUIZ PAULO CORRÊA E CASTRO, fazendo com que o texto seja representado por um grupo de atores “convencionais”, ou “clássicos”, e uma trupe de “clowns”, alternando-se, com interferências destes, durante a representação daqueles, numa “disputa” pela melhor interpretação, ou pela mais “adequada”.

 

            Acho dispensável uma sinopse do texto, de tão conhecido que é, quer pelas inúmeras encenações teatrais, quer por versões cinematográficas, como a estrelada por Elizabeth Taylor e Richard Burton, que se tornou eterna.

 

 

 


Catarina e Petrucchio.

 

 


Domando a Megera.

 

 

            De acordo com a proposta da direção, como consta no programa da peça, “Nossa proposta: uma Cia que recebe o texto da Megera para encenar e tenta fazer de duas maneiras diferentes: uma vertente mais clássica e outra, por meio da palhaçaria.  Essa disputa leva a discussão a respeito da comédia e da relevância de se montar esse texto hoje.  O palco estará, praticamente, nu, com apenas alguns objetos e adereços.  Não existe cenário para compor a cena, e a música, fundamental nessa nossa busca do popular, toma a função também de palavra, deixando-nos à beira de uma opereta”.  No final, as duas se misturam, deixando a avaliação da proposta a cargo dos espectadores. 

 

A minha é esta: APROVADÍSSIMAS!!!  AS DUAS!!!

 

            Segundo o diretor do espetáculo, a quase total ausência de cenário é proposital, para que o espaço “cru” possibilite, aos atores, uma “interpretação livre e não atrapalhar a leitura das camadas do espetáculo”, já que o foco de Shakespeare estava no texto.  Considero isso um grande acerto da direção.

 

 

 


Tramando.

 

 

            Como sempre acontece, após assistir a um espetáculo do NÓS DO MORRO, saí do teatro feliz, por ter visto um trabalho de alta qualidade, fruto de muita pesquisa e dedicação, que envolve dezenas de pessoas.

 

            De uma forma bem compacta, chamo a atenção para a boa direção do espetáculo, a cargo de FERNANDO MELLO DA COSTA, que também assina o discreto cenário, assim como a tradução e adaptação, de LUIZ PAULO CORRÊA E CASTRO e a direção musical e música original, de GABRIEL MOURA.

 

            Também são bastante corretos os figurinos, de KIKA DE MEDINA, e a iluminação, de RENATO MACHADO.

 

            JOÃO PAULO PEREIRA é o responsável pelo desenho de som, um pouquinho prejudicado, em função do espaço do Sérgio Porto.  Assim, pelo menos, ocorreu na estreia; talvez, até, por isso.

 

            A participação de MÁRCIA RUBIN, na preparação corporal, direção de movimento e coreografias, foi fundamental.  É excelente o trabalho dos atores, nesse sentido.

 

            Com relação ao rendimento do elenco, considero bom, com algumas atuações de maior destaque, como é o caso de MELISSA ARIEVO, MARCELLO MELO e RENAN MONTEIRO.  Todos, porém, à exceção de MELISSA, cometem graves pecados, quando têm de cantar.  A instrutora de canto, GABRIELA GELUDA, e a responsável pela técnica vocal, LEILA MENDES, têm de exigir um pouco mais do grupo, já que se trata de um musical, e as letras das canções, ótimas, por sinal, também fazem parte do texto e ajudam a contar a história.  Por isso mesmo têm de ser interpretadas com clareza e afinação.     

 

 

 


“Clowns”.

 

 

 

 
UM POUCO SOBRE O GRUPO
NÓS DO MORRO:
 
O Grupo NÓS DO MORRO é uma associação cultural, sem fins lucrativos, fundada em 1986, com o objetivo de proporcionar o acesso à arte e à cultura para crianças, jovens e adultos do Morro do Vidigal.
  
O projeto oferece atividades e cursos nas áreas de teatro (atores e técnicos) e cinema (roteiristas, diretores e técnicos).
 
Desde 2010, é qualificada como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP).
 
O NÓS DO MORRO é fruto da ideia do jornalista e ator Guti Fraga, que, junto com um grupo de jovens moradores locais, criou o chamado "Projeto Teatro-Comunidade", uma ideia inovadora, já que, até então, a maioria dos projetos culturais voltados para as comunidades carentes no Rio de Janeiro vinha de fora e nem sempre eles se adaptavam à realidade do público a que se destinavam.
 
            Já são 29 anos de bons serviços prestados no campo da assistência social, por meio das artes, sem o nefasto assistencialismo barato.
 
            De 1986 a 1991: O Grupo começou a se reunir e a produzir seus primeiros espetáculos, que falavam do cotidiano do Vidigal e eram entremeados por montagens de textos clássicos da dramaturgia nacional.
De 1992 a 2001: O Grupo perambulou por vários espaços, até conseguir se instalar nos fundos da Escola Municipal Almirante Tamandaré, em 1995.  Estava iniciada uma nova fase para o NÓS DO MORRO.  O Grupo alcançou o reconhecimento da sociedade, recebeu prêmios e homenagens pela relevância do trabalho realizado.
De 2002 a 2008: O NÓS DO MORRO iniciou sua estruturação pedagógica e administrativa.  Começou a realizar suas atividades no Casarão, criou turmas divididas por faixa etária e grade curricular, produziu filmesclipe (O Rappa) e sua primeira geração de atores começou a receber o reconhecimento pela participação em espetáculos profissionais de teatro, novelas, séries e grandes produções do cinema brasileiro como os filmes "Cidade de Deus", "Tropa de Elite", “Estômago”, "Tropa de Elite 2", "Última Parada 174", dentre outros.
 
Thiago Martins, Roberta Rodrigues, Jonathann Haagensen, Marcello Melo, Mary Sheila, e Kizi Vaz são alguns dos nomes de atores e atrizes surgidos no NÓS DO MORRO, hoje conhecidos do grande público.
 
Em 2006, apresentou-se no Festival Internacional de Stratford-Upon-Avon, vilarejo natal de Shakespeare, com “Os Dois Cavalheiros de Verona”, uma das melhores montagens do grupo, na minha opinião, com direção de Guti Fraga, comemorando 20 anos de existência do grupo.
 
De 2009 a 2012: O NÓS DO MORRO lançou o livro e a exposição "Nós do Morro 20 Anos", com a história de suas primeiras duas décadas, realizou filmes, participou de produções, como "5x Favela - Agora por nós mesmos", "5 x Pacificação" e "Gonzaga - De Pai para Filho"intercâmbios internacionais, produziu a primeira temporada da série "Mais x Favela" no Canal Multishow, e a atriz e cineasta Luciana Bezerra lançou o livro "Meu Destino era o Nós do Morro", contando sua trajetória no grupo.
 
De 2013 a 2015: Hoje, o NÓS DO MORRO é patrimônio do Rio de Janeiro.  Faz parte do Mapa da Cultura do Estado do Rio de Janeiro.  Possui parceiros no Brasil e no exterior e, desde 2001, conta com um patrocínio.  Já recebeu mais de 50 premiações, para a instituição, espetáculos de teatro e filmes e artistas do grupo.  Destacam-se a Menção Honrosa da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura), o Prêmio Shell de Teatro, o Prêmio Orgulho Carioca, concedido pela Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro e a Ordem do Mérito Cultural, concedida pelo Ministério da Cultura.  
 
O Grupo prepara-se para a chegada de seus 30 anos, em 2016.
 

 

 

 


O elenco.

 

 

            Precisa de mais algum incentivo, de mais motivação, para convencê-los a assistir ao espetáculo “DOMANDO A MEGERA”, o mais recente, e excelente, trabalho do Grupo NÓS DO MORRO?

 

 

 

 
FICHA TÉCNICA:
 
Texto Original: William Shakespeare
 
Tradução e Adaptação: Luís Paulo Corrêa e Castro
 
Direção: Fernando Mello da Costa
 
Elenco (por ordem alfabética): Camilo Oliveira, Cida Costa, Eduardo Bastos, Gizela Mascarenhas, Hélio Rodrigues, Hugo Alves, Juliana Melo, Léo Bitencourt, Lorena Baesso, Luís Delfino, Marcello Melo, Melissa Arievo, Nino Batista, Paula Almeida, Renan Monteiro, Renata Grieco, Samuel Melo, Sandro Mattos, Tatiana Delfina e Vanessa de Aragão.
 
Direção Musical e Música Original: Gabriel Moura
 
Figurinos: Kika de Medina
 
Cenografia: Fernando Mello da Costa
 
Designer de Luz: Renato Machado
 
Preparação Corporal, Direção de Movimento e Coreografias: Márcia Rubin
 
Técnica Vocal: Leila Mendes
 
Instrutora de Canto: Gabriela Geluda
 
Instrutor de Técnica Circense: Rafael Senna
 
Direção de Produção: Dani Carvalho
 
Assessoria de Comunicação: Bianca Senna e Paula Catunda
 

 

 

 

 
SERVIÇO:

Local: Espaço Cultural Municipal Sérgio Porto – Rua Humaitá, 163 – Rio de Janeiro
 
Telefone: 2535-3846)

Temporada: Até 2 de agosto (2015)
 
Dias e Horários: De quinta-feira a domingo, às 20h

Preço: R$20,00

Duração: 90 minutos
 
Classificação: 14 anos.
 

 

 

 

(FOTOS: RANY CARNEIRO.)

 

 

 

 

 

HAMLET OU MORTE

 

 

 


 

 

 

Por total incompatibilidade de agenda, eu não havia conseguido, ainda, ver a peça “HAMLET OU MORTE”, nas duas temporadas anteriores, no Rio de Janeiro, na Sede das Cias e no Teatro Poeirinha.  Tive, porém, na última 4ª feira (15/7/2015), o enorme prazer de assistir a esse espetáculo, que está em cartaz no Teatro Eva Herz, dentro da Livraria Cultura, na rua Senador Dantas, de 5a feira a sábado, às 19h30min, até o dia 29 de agosto.

 

Primeiras impressões: O espetáculo é ótimo!!!  Lamento não ter assistido a ele antes e pretendo revê-lo.

 

 


Cena inicial: a notícia da pena de morte.

 

O primeiro detalhe a merecer a minha atenção é a brilhante ideia do texto, cuja sinopse, fornecida pela produção, aqui está:

 

 

 
SINOPSE:
 
Em plena Inglaterra elisabetana, quatro condenados à morte recebem, como um indulto de clemência, o direito de apresentar um espetáculo para a rainha.
 
Sem muita noção do que seja TEATRO, são auxiliados pelo bondoso reverendo TOPAZ, que possuí uma certa “veia artística”.
 
Decidem encenar as poucas páginas de uma história fascinante, roubadas de um “tal” William Shakespeare.
 
Se a rainha gostar, estarão livres; caso contrário, morrerão.
 
A rainha é o público.
 

 

 

                Esta é a primeira produção da Cia. OS TRÁGICOS.  E já começaram muito bem, com o pé direito.  Diria, ou melhor, digo que se trata da feliz estreia de um grupo de amigos, oriundos do Casa das Artes de Laranjeiras (CAL), que, segundo o “release” que me foi enviado, “Em 2014, (um grupo de cinco rapazes) apresentou o esquete "Hamlet em 10 minutos", um trecho da obra “Dogg’s Hamlet”, de Tom Stoppard, adaptado, pelo grupo, para o 4º FESTIVAL DE TEATRO UNIVERSITÁRIO (FESTU) RIO”.

 

            YURI RIBEIRO, MATHIAS WUNDER, DIOGO FUGIMURA, PEDRO SARMENTO e GABRIEL CANELLA, que formam OS TRÁGICOS, foram alunos da primeira turma a se formar no curso de  Bacharelado em Artes Cênicas do Instituto Cal de Arte e Cultura.

 

 

          

Yuri Ribeiro, Mathias Wunder e Diogo Fugimura.

 

 

 


Pedro Sarmento e Gabriel Canella.

 

 

O grupo realizou duas apresentações, em agosto de 2014, consagrando-se vencedor do festival.  O esquete foi agraciado com os prêmios de Melhor Esquete Júri, Melhor Figurino, Melhor Cenário, Melhor Ator (Yuri Ribeiro) e Júri Popular de Melhor Esquete, sendo aclamado pelo público.  (Adaptado do referido “release”).

 

E mais, de acordo com o material que me foi enviado: “Eis que nasceu ‘HAMLET OU MORTE - UMA TRÁGICA COMÉDIA’.

 

Com o desejo de aprofundar a pesquisa do gênero cômico, a diretora e profunda conhecedora de Shakespeare, ADRIANA MAIA, foi convidada para dirigir o espetáculo, produzido a partir do esquete já elaborado, investindo nos estudos das tipologias muito presentes na Comedia dell'Art  e na busca da verdade cênica que existe na comédia.

 

 


Shakespeare vira personagem nesta história.

 

 

‘HAMLET OU MORTE’ foi elaborado pela diretora e pelos próprios atores, valorizando a dramaturgia shakespeariana, através da comicidade.”

 

            O delicioso e inteligente texto toma, como referências, as seguintes obras de Shakespeare: “Conto de Inverno”, “Medida por Medida”“Noite de Reis”, “Como Gostares”, “Os Dois Cavaleiros de Verona”, “As Alegres Mulheres de Windsor” e, como não poderia deixar de ser, o grande clássico “Hamlet”.

            O espectador entra em contato com o universo shakespeariano, ao se deparar, em cena, com recursos da época, como homens fazendo todos os papéis, inclusive os femininos, já que representar era vedado às mulheres (É só assistir ao filme “Skakespeare Apaixonado”.); um palco elisabetano, representado, evidentemente, em menor escala; o The Globe Theatre, teatro onde Shakespeare apresentava as suas peças; e toda a beleza e poesia dos seus textos, além da presença de seus personagens típicos, como o bobo, o homem engraçado, o jovem que representa as figuras femininas, o homem nobre, o marido ciumento, o criado trapalhão...

A inspiradora dramaturgia da peça conta a história de quatro larápios, que se encontram presos em Clink, prisão da Londres elisabetana, e que são condenados à morte por “pequenos delitos” que praticaram: furto e adultério. 

            Os quatro recebem a visita de um padre, para que se confessem, antes da execução, e, nesse momento, cada um deles conta as infrações que motivaram sua prisão.  À medida que a história é contada, ficamos sabendo que um bobo pilantra e seu comparsa, um charlatão cheio de truques, teriam roubado o manuscrito de um “tal” William Shakespeare, contendo os originais de uma tragédia: “Hamlet”.

Com pena dos quatro condenados, o padre propõe ao grupo de trapaceiros que ensaiassem aquela peça e representassem o espetáculo para a Rainha Elisabeth I, sabidamente uma amante e mecenas do TEATRO.  Na visão do padre, caso a rainha apreciasse o resultado, poderia perdoar-lhes os crimes.

 


Apelando para a “rainha”.

 

            No espetáculo "HAMLET OU MORTE", o público representa a rainha e o elenco de atores se coloca à prova do seu julgamento.  A audiência os absolve ou desaprova o resultado da encenação, escolhendo jogar flores ou pedras (que são colocadas embaixo das cadeiras), dentro do melhor estilo elisabetano.

            Achei muito interessante essa proposta.  É evidente que a plateia, na hora do julgamento, de dar a sua sentença “real”, só encontra flores, para ser atirado, já que não há nada de mais recomendado a ser lançado ao palco, após uma encenação tão brilhante quanto muito divertida.

 

Hamlet ou Morte!

Yuri e Mathias.

 

            Fico muito feliz, quando sou apresentado a um trabalho de TEATRO diferenciado, feito por gente nova e tão talentosa, como o quinteto que forma o elenco desta peça, e com tanta competência.  Pode ser que, num exame mais detalhado, do ponto de vista técnico, eu pudesse, até, destacar um nome ou mais, dentre os atores, entretanto a recordação que me ficou foi a de cinco excelentes profissionais, incipientes, é verdade, porém demonstrando enorme maturidade e domínio da arte da comédia, o que, sabemos todos, não é fácil representar.  Utilizam recursos corporais, de máscaras faciais e de vozes, que se ajustam aos vários personagens, atribuindo, a cada um deles, o tom caricato, ideal, sem exageros ou apelações baratas.

            A direção, de ADRIANA MAIA, que, oficialmente, também assina a adaptação, é brilhante, resultando num espetáculo vibrante, com bastante agilidade nos diálogos e nas ações, em que se pode encontrar o farsesco, pitadas de características do cinema mudo, do “vaudeville”, da tragédia, e, até mesmo, do delicioso besteirol (Adoro!), com deliciosas críticas sociais e políticas, tudo valorizado pelos improvisos dos cinco talentosos jovens rapazes.

 


Cuidado para não perder a cabeça!!!

 

            “HAMLET OU MORTE”, uma produção de baixo custo, orçada, basicamente, em apenas R$30.000,00, valor do prêmio recebido no 4º FESTU, é a prova concreta de que é possível que seja montado um espetáculo de alto nível com parcos recursos, que são compensados pelo talento dos envolvidos no projeto e sua determinação.

Shakespeare, ao contrário do que muitos possam pensar, era um autor que escrevia para o povo e enchia o seu teatro, da mesma forma como esta adaptação é bastante popular, no melhor sentido do termo, e é para ser apresentada para muita gente.

Recomendo MUITO a peça e espero, em breve, poder assistir à próxima montagem desse excelente grupo, a CIA OS TRÁGICOS, a partir de agora, esperado com grande expectativa.

 


“Aaaaaiiiii”!!!

 

 
FICHA TÉCNICA:
 Elenco (em ordem alfabética): Diogo Fujimura, Gabriel Canella, Mathias Wunder, Pedro Sarmento e Yuri Ribeiro
 Direção e Adaptação: Adriana Maia
 Cenário e Figurino: Adriano de Ferreira
 Iluminação: Walace Furtado
 Administração: Magdalena Vianna
 Programação Visual: Rodrigo Drade
 Produção de Vídeo: Diogo Fujimura
 Direção de Produção: Yuri Ribeiro
 Realização: Lótus Produções Artísticas
 

 

 


 

 

 

 


SERVIÇO:
 
Teatro Eva Herz - Livraria da Cultura – Rua Senador Dantas, 45 – Cinelândia – Rio de Janeiro
 
Temporada - Até 29 de agosto

Dias e Horários- De quinta-feira a sábado, sempre às 19h30min

Ingressos: R$40,00 (inteira) e R$20,00 (meia entrada)

Gênero: Comédia

Classificação indicativa: 12 anos


 

 

 

(FOTOS: DIAS CASTRO e PRODUÇÃO E DIVULGAÇÃO DO ESPETÁCULO.)

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