quinta-feira, 10 de abril de 2025

 “UMA COISA ENGRAÇADA ACONTECEU

A CAMINHO

DO FÓRUM

(NO CAMINHO, 

TE CONTO.).”

ou

(CACO ANTIBES

– QUEM DIRIA? –

NÃO ACABOU

NO IRAJÁ,

MAS NA ROMA

ANTIGA.)

ou

(FALABELLA SENDO FALABELLA.)




Proponho-me, em poucas palavras (se possível) a tecer comentários sobre uma COMÉDIA hilária, em cartaz no Teatro Claro Mais – SP, à qual assisti quando da minha mais recente maratona teatral na capital paulista: “UMA COISA ENGRAÇADA ACONTECEU A CAMINHO DO FÓRUM (NO CAMINHO, TE CONTO)”. Antes que algum desavisado ou apressadinho possa achar, pelos meus dois subtítulos, que esta será uma crítica negativa – o que nunca escrevo -, já adianto que me esbaldei de tanto rir com esta montagem e que, se oportunidade eu tiver, voltarei a assistir a ela.


 

         Trata-se de uma COMÉDIA musical, grande sucesso na Broadway, inédita no Brasil, que aportou em São Paulo, para uma grande temporada, levando as plateias a dar boas gargalhadas, com o trabalho de MIGUEL FALABELLA e seus colegas de elenco.


 

 

SINOPSE:

“UMA COISA ENGRAÇADA ACONTECEU A CAMINHO DO FÓRUM (NO CAMINHO, EU TE CONTO.)” é um musical ambientado na Roma Antiga, inspirado nas comédias farsescas de Plauto.

Combinando humor clássico e elementos de “vaudeville”, a história acompanha Pseudolus, o protagonista (MIGUEL FALABELLA) um escravo astuto, determinado a conquistar sua liberdade.

Para isso, ele promete ajudar seu jovem amo, Hero (LUCAS COLOMBO) a conquistar Philia (LUCI SALUTES) uma virgem prometida ao arrogante soldado Miles Gloriosus (FREDERICO REUTER).

Philia vive sob a tutela do comerciante de escravos Marcus Lycus (MAURÍCIO XAVIER), que vendeu seus serviços a Miles Gloriosus, complicando o plano de Pseudolus.

A trama também envolve os patrões de Pseudolus: Senex (IVAN PARENTE) um homem mais velho, com tendências amorosas, e sua esposa dominadora, Domina (GIOVANNA ZOTTI).

Além disso, o escravo-chefe da casa, Hysterium (EDGAR BUSTAMANTE) é, frequentemente, arrastado para as confusões, geralmente contra sua vontade.

 

 


 

       Pela SINOPSE supra, já dá para perceber que estamos diante de um espetáculo que reúne o bom da farsa, o genuíno do “vaudeville”, com seus quiprocós, e o melhor do besteirol, gênero tão criticado por muitos e que eu adoro. Tudo junto e misturado, estamos diante de uma deliciosa COMÉDIA rasgada, que ganha contornos especiais por conta das gargalhadas dos atores em cena e dos “cacos” muito pertinentes, colocados por FALABELLA, principalmente, e um ou outro colega de cena.


 

         Não é para se esperar nada mais do que um espetáculo que só tem como objetivo divertir - e muito - a plateia. Não é para se esperar uma COMÉDIA refinada, clássica, que gera risos e uma ou outra gargalhada. É, sim, uma peça que, por não ter compromisso com muita coisa séria – ou nenhum – serve para fazer com que desopilemos nossos fígados e possamos, por um tempo, esquecer, um pouco, aquilo que nos preocupa, as agruras da vida.


 

         Mas não pensem que é um espetáculo feito de qualquer maneira. Pelo contrário, percebe-se o empenho da produção em apresentar uma “bagaça de classe”, presente no bom gosto da cenografia, a cargo de ZEZINHO e TURÍBIO SANTOS, nos detalhes e apuro dos figurinos, criados por um trio, LÍGIA ROCHA, MARCO AURÉLIO e JEMINA TUANY, e na sofisticada iluminação, de TULIO PEZZONI, sem falar na pureza de som, por conta do trabalho de GABRIEL D’ANGELO e na escalação de um elenco de peso, com nomes de destaque no TEATRO musical e na COMÉDIA, como o próprio FALABELLA, IVAN PARENTE, EDGAR BUSTAMANTE, GIOVANNA ZOTTI, MAURÍCIO XAVIER e FREDERICO REUTER, sendo que os que não carregam “muitos anos de janela” respondem à altura às exigências da peça, com seus personagens.



 

         Existe uma explicação para o longo título desta COMÉDIA, “UMA COISA ACONTECEU A CAMINHO DO FÓRUM (NO CAMINHO, TE CONTO)”, A Funny Thing Happened on the Way to the Forum”, no original, em tradução literal de uma de suas partes (A segunda me parece ter sido agregada aqui.), um dos maiores sucessos da Broadway, “listado pela revista especializada “Whats on Stage” como um dos 100 melhores musicais da história, em mais de 100 anos de temporadas, além de várias citações nos mais importantes órgãos da imprensa norte-americana. É que o título deriva de uma frase, frequentemente, usada por comediantes de “vaudeville”, para começar uma história: “Uma coisa engraçada aconteceu no caminho para o teatro”.



 

      Um detalhe bem curioso, que cerca este musical, é que STEPHEN SONDHHEIM, colecionador de sucesso e prêmios, como letrista, aqui aparece, pela primeira vez, compondo também as melodias das canções que embalam a peça, incluindo a memorável “Comedy Tonight”. Além das montagens nos palcos, o musical, que foi encenado na Broadway, pela primeira vez, em 1962, vencedor de vários prêmios “Tony”, ganhou uma adaptação cinematográfica, em 1966, pela qual estou interessado e vou procurar encontrar. Outra coisa que me chama a atenção, na peça, são os nomes dos personagens, o que me faz rir só em pensar neles.


 

   A encenação, que marca o primeiro trabalho de direção, muito competente, diga-se de passagem, de BÁRBARA GUERRA, é coalhada por eventos cômicos, que provocam as mais longas gargalhadas, como trocadilhos, disfarces, identidades trocadas e mal-entendidos, uns se seguindo a outros, o que me causou um leve e desagradável sentimento de dor nas bochechas e maxilares, ao final da peça.



 

FICHA TÉCNICA:

Texto – Burt Shevelove e Larry Gelbart
Músicas e Letras – Stephen Sondheim

Tradução e Versão – Bianca Tadini e Luciano Andrey
Direção – Bárbara Guerra
Direção Musical – Laura Visconti
Coreografia – Johnny Camolese
Co-Coreógrafa e Direção de Movimento – Zuba Janaína

Elenco: Miguel Falabella – Pseudolus, Edgar Bustamante – Hysterium, Ivan Parente – Senex, Giovanna Zotti – Domina, Carlos Capeletti – Erronius, Mauricio Xavier – Lycus, Lucas Colombo – Hero, Luci Salutes – Philia, Frederico Reuter – Miles Glorius, Brenda Nadler – Tintinabula, Andreza Medeiros – Panacea, Rafa L – Vibrata, Maysa Mundim – Gymnasia, Matheus Paiva – Curingas, Renato Bellini – Curingas, Estevão Souz – Curingas, Paula Miessa – Swing, Bruno Kimura – Swing

 

Cenografia – Zezinho e Turíbio Santos

Figurino – Lígia Rocha, Marco Aurélio e Jemina Tuany
Iluminação– Tulio Pezzoni
“Design” de Som – Gabriel D’Angelo
“Design” de Som Associado – Fernando Wada e Paulo Altafim
Visagismo – Anderson Bueno
Preparação de Elenco – Erica Montanheiro

Fotos de Cena – Emi Takahashi

Assessoria de Imprensa - Midiorama
Produção Geral – Júlio Figueiredo, Bárbara Guerra e Theo Falabella
Realização – Atual Produções e Aveia Cômica


 


 


 

 

SERVIÇO:

Temporada:  De 13 de março a 08 de junho de 2025.
Local: Teatro Claro Mais SP.
Endereço: Shopping Vila Olímpia – R. Olimpíadas, 360 – Vila Olímpia, São Paulo – SP.

Dias e Horários: 5ª e 6ª feira, às 20h; sábado, às 16h e 20h; domingo, às 15h e 19h.

Capacidade: 801 lugares.

Valor dos Ingressos: Plateia PREMIUM = R$ 150 (meia-entrada) e R$ 300 (inteira); Plateia VIP = R$ 140 (meia-entrada) e R$ 280 (inteira); Balcão Nobre = R$ 75 (meia-entrada) e R$ 150 (inteira); Balcão R$ 19,50 (meia-entrada) e R$ 39,00 (inteira).

Vendas em UHUU!
RESERVAS PARA GRUPOS: Luciana: 
grupos@atualp.com.br / 11 94563-4881.

Clientes BB SEGURIDADE têm 30% de desconto, limitados a 4 ingressos por CPF, por sessão (desconto não cumulativo a meia-entrada e outros benefícios por lei ou promoções).

OBS: Todas as sessões possuem audiodescrição e tradução em libras.

ATENÇÃO!!! O ELENCO DESTE ESPETACULO PODERÁ SOFRER ALTERAÇÕES SEM PRÉVIO AVISO.

Duração 2h30min mais 15 minutos de intervalo.
Recomendação Etária - 14 anos.

Gênero: COMÉDIA.





         Para aqueles que, como eu, são “viúvas do ‘Sai de Baixo’”, cujos episódios vivo revendo, e gargalhando muito com eles, basta, para terem uma ideia do que verão no palco, imaginar um episódio do “sitcom” que se passe na Roma dos Césares, tendo, como protagonista, um Caco Antibes local. RECOMENDO MUITO O ESPETÁCULO.

 

 

 

 


FOTOS: EMI TAKAHASHI

 

É preciso ir ao TEATRO, ocupar todas as salas de espetáculo, visto que a arte educa e constrói, sempre; e salva. Faz-se necessário resistir sempre mais. Compartilhem esta crítica, para que, juntos, possamos divulgar o que há de melhor no TEATRO brasileiro! 















































































































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