quinta-feira, 7 de julho de 2016


DOIDAS E SANTAS

 

 

(NEM DOIDAS, NEM SANTAS;

SOMOS TODOS “MULHERES”.

ou

NEM TODA “DR” É ENFADONHA.)

 

 


 

 

            Ponha-se no lugar de uma pessoa que já assistiu, várias vezes, a uma peça de TEATRO – obviamente, porque gosta muito dela -, é crítico, jurado de prêmios de TEATRO, que escreveu uma crítica sobre o espetáculo, no Word, para, depois, passá-la para o seu blogue, e, sabe-se lá por que motivo, constata, que o arquivo desapareceu do seu computador, tendo, como consequência, o fato de a referida crítica nunca ter sido publicada! Esse cara sou eu!!! Não é de desesperar? Foi o que me ocorreu, com relação à peça “DOIDAS E SANTAS”.

 

            “Saudosismo” é tido como atraso, anacronismo. O “saudosista” é evitado, porque “é um chato”. Se pensam assim, é melhor nem continuar a leitura desta crítica a uma peça, que eu, brincando, chamo de a nossa “A Ratoeira”, fenômeno teatral, baseado num conto de Agatha Christie, há mais de 60 anos em cartaz. Mas o meu saudosismo está ligado ao tempo em que se fazia TEATRO de 3ª feira a domingo, com nove sessões por semana, nas quais se incluíam três “dobradinhs”: uma na 5ª feira e outras duas, no sábado e no domingo. E só havia preço para estudantes nas primeiras sessões de 5ª feira e domingo. Eu sou desse tempo e fiz, muito, nove sessões por semana. Além disso, as peças ficavam em cartaz durante meses ou, até mesmo, anos (poucas e poucos, mas ficavam). É aí que se encaixa a peça aqui analisada.

 

            Hoje, vivemos um tempo em que a maioria dos espetáculos só apresenta sessões de 6ª feira a domingo. Há alguns que incluem as 5ªs feriras. Há, também, os “alternativos”, de 3ª e 4ª ou de 4ª e 5ª. E raríssimos espetáculos conseguem se manter em cartaz por mais de um mês, com louváveis exceções.

 

 

 


Giuseppe Oristanio, Cissa Guimarães e Josie Antello.

 

 

            Esse preâmbulo é para justificar a minha brincadeira, com relação ao espetáculo “DOIDAS E SANTAS”, que está fazendo a sua quinta temporada, no Rio de Janeiro (e não será a última), a se encerrar no próximo sábado, dia 9 (VER SERVIÇO), mantendo-se em cartaz, sempre, com casas lotadas, ingressos esgotados, sucesso de crítica e mais de uma temporada, a pedidos, em várias cidades brasileiras, desde que estreou, no Rio de Janeiro, em 1º de abril de 2010, no Teatro do Leblon, Sala Tônia Carrero.

 

Vejam como são as coisas, as incoerências da vida: a peça estreou no Dia da Mentira e continua aí, com uma grande verdade. A Sala Tônia Carrero, infelizmente, fechou, há pouco tempo, mas a peça continua abrindo espaços pelo Brasil afora.

 

            Em pouco mais de seis anos em cartaz, com paradas em ritmo de relâmpagos, o espetáculo já foi assistido por mais de 300.000 pessoas e, não raro, conheço algumas que já o viram várias vezes. Eu mesmo faço parte dessa estatística, como já disse, tendo perdido a conta de quantas vezes já me diverti muito, dei boas gargalhadas com a peça, que também leva a muitas reflexões.

 

            Depois da temporada de estreia, “DOIDAS E SANTAS” já passou por mais quatro teatros, no Rio de Janeiro: Teatro Vannucci, Centro Cultural João Nogueira (Imperator), Teatro dos Grandes Atores e, agora, Teatro SESI. Entre uma e outra pauta carioca, a peça já viajou por todo o Brasil, por mais de vinte cidades, principalmente em São Paulo, sempre conquistando plateias gigantescas, e agradando a todos.  

 

 

 


Beatriz e Berenice.

 

 

 


SINOPSE:
 
A psicanalista BEATRIZ (CISSA GUIMARÃES) vive uma crise.
 
Embora no auge da carreira profissional, a vida pessoal anda um caos. Sua mãe, a extravagante dona ELDA (JOSIE ANTELLO), voltou a morar com ela e vive às turras com sua filha adolescente (também JOSIE ANTELLO).
 
E o marido ORLANDO (GIUSEPPE ORISTANIO), após vinte anos de casamento, está cada vez mais distante, mais surdo, mais mudo, mais morno, mais jogado no sofá. Um casamento acomodado e duas gerações em crise. Assim, não há “santa” que aguente; qualquer uma fica “doida”.
 
Durante uma visita da irmã caçula, a solteirona-não-tão-convicta-assim, BERENICE (ainda JOSIE ANTELLO), as duas têm uma conversa reveladora, que faz com que BEATRIZ decida dar um basta. Um basta a uma vida de mentiras e hipocrisias. De acomodação.
 
Separa-se de um inconformado ORLANDO e resolve abraçar os prazeres da vida e da juventude, mais uma vez.
 
Sai para as noites, canta, dança, conhece um rapaz, surfista, “baladeiro”...
 
BEATRIZ acha que preencheu o vazio, que botou a vida nos trilhos, até que uma longa conversa com a mãe, sobre o passado e as esperanças para o futuro, faz reacender uma fagulha. Aponta a dorzinha da saudade. E a campainha toca...
 

 

 

 


 

 

            O espetáculo, que é uma comédia romântica, já está consagrado como uma das peças de maior sucesso da cena teatral carioca.

 

            Pode ser que não haja uma “fórmula” para o sucesso, entretanto, certamente, este depende de vários fatores, e, quando se trata de um sucesso teatral, alguns elementos são indispensáveis, a começar pelo texto, que sustenta todos os outros.

 

            Uma peça sem um bom texto não faz sucesso, nem que os demais “ingredientes do bolo” sejam de ótima qualidade. Ele vai “solar”. O texto precisa ser bom. No caso de uma comédia, tem de ser, antes de tudo, engraçado; e graça significa humor sem apelação, humor inteligente, humor que trata de situações com as quais o público se identifique, em que se enxergue nos personagens e nas complicações. E tem de ser bem escrito, com diálogos ágeis e piadas criativas, vocabulário acessível a todos os níveis de formação acadêmica. Assim é o texto de “DOIDAS E SANTAS”, talvez o melhor da carreira de REGIANA ANTONINI, baseado num livro homônimo, da excepcional escritora MARTHA MEDEIROS, ao qual, livremente, REGIANA inseriu alguns detalhes, que só fizeram enriquecer mais o que, por si, já era rico.

 

 

 


Só rindo mesmo dos absurdos de Orlando.

 

 

            A peça é um projeto idealizado por CISSA e sua primeira produção, em mais de 30 anos de carreira no TEATRO, realizando, dessa forma, o seu desejo de levar à cena um trabalho que expressasse as inquietações da mulher moderna, com relação à vida contemporânea, que exige conjugar marido, filhos, realização profissional e, ainda, beleza e bom humor. Num primeiro momento, a atriz/produtora contou com a luxuosa parceria de MARIA SIMAN (Primeira Página Produções), na cuidadosa produção.

 

            Nas mãos de uma direção pouco competente, boa parte da qualidade do texto poderia esvair-se pelo ralo, entretanto o convite a ERNESTO PICOLLO, para dirigir o espetáculo, foi uma grande lembrança. Da mesma forma como atribuí a REGIANA ANTONINI, talvez, o seu melhor texto, penso que a mesma observação pode ser atribuída ao NECO (PICOLLO). Ele absorveu muito bem as mensagens, explícitas e implícitas, que MARTHA e REGIANA gostariam de passar ao público, sem nenhum tom de didatismo, mesmo nos momentos em que CISSA se dirige ao público e “conversa” com ele, “saindo” da personagem.

 

 



 

 

            PICCOLO, sem nenhum medo ou pudor, ousou, com maestria, quebrar a quarta parede, para que o público invadisse o palco, a sala de estar da casa de BEATRIZ e funcionasse, ele, público, paradoxalmente, como o psicanalista dela, a verdadeira profissional do ramo. É muito interessante e curioso esse detalhe. Ela se expõe e é como se estivesse dividindo seus “ais”, com estranhos, e pedindo ajuda, como seus clientes se comportam diante dela, no seu “sofá”. E o público embarca na viagem da personagem, torce por ela, vivencia seus anseios, sofre com as suas desilusões, vibra com as suas alegrias, preocupa-se com suas neuroses, com relação aos “perigos da vida urbana” e admira a sua pseudocoragem e sua superficial mudança de hábitos. Em poucos espetáculos, tive a oportunidade de assistir a uma ligação tão grande entre palco e plateia.

 

            Após seis anos de convívio, não se poderia esperar uma cumplicidade, um azeitamento melhor entre o trio de atores, entretanto é meu dever deixar bem claro que, desde a primeira temporada, já se podia perceber um total entrosamento entre os três, um valorizando o trabalho do outro. Todos se comportam de forma irrepreensível no palco.

 

 



Esdrúxulas exéquias.

 

 


            CISSA GUIMARÃES é sinônimo de carisma. Dona de uma “luz”, exterior e interior, de ofuscar quaisquer olhos e corações, também é de um talento enorme, como atriz, e incorporou a personagem de uma forma tão verdadeira, capaz de convencer, logo nas primeiras cenas.

 

BEATRIZ é uma mulher que se diz, ou que se acha, moderna, como muitas que existem fora da ficção. Essa “modernidade”, esse espírito libertador, entretanto, só vai até a página 5. Ou 4? Sim, porque, cansada de sua vida conjugal morna, com o botão voltado para a temperatura “verão”, no chuveiro elétrico, ela, que, paradoxalmente, atua como terapeuta de casais, dá o seu grito de liberdade e resolve romper os laços matrimoniais, embora, no fundo, não esteja muito convicta de estar no caminho certo. Ela sabe o que não quer, mas não tem certeza do que quer ou de que vai “aguentar o tranco”.

 

            Um dos maiores méritos da atriz, nesta peça, é o fato de permanecer em cena quase que o tempo todo de duração do espetáculo, o que lhe confere a grande responsabilidade de dar o tom, manter o ritmo da peça, o que, para ela, parece ser tarefa das mais fáceis. CISSA, que também é capaz de interpretar papéis dramáticos, revela-se uma grande atriz cômica e agrada à plateia unanimemente.

 


 


Cissa Guimarães. Beatriz na fase “nova”.

 

 


            GIUSEPPE ORISTANIO encarna ORLANDO, o marido que não aceita a separação, muito mais por comodidade que por outro motivo, e que não sabe expressar seus sentimentos pela esposa. E é, pelo que parece, esta a geratriz de todo o conflito: a falta de comunicação, de conversa, de diálogo, de pôr em prática aquilo que os homens tanto temem, detestam e dizem ser um manjar dos deuses para a mulheres: discutir a relação, mais conhecida como “DR”..

 

            ORLANDO é um homem que representa um protótipo masculino que habita o imaginário popular; das mulheres, pelo menos: machista, intolerante, implicante, turrão, conservador, o marido que valoriza, acima de qualquer outro lazer, um bom jogo de futebol, na TV – na verdade, nem precisa ser bom -, ao lado de um balde – este, sim, precisa ser grande -, com muitas latinhas de cerveja estupidamente gelada. Ainda mais se for um jogo da seleção brasileira, como é o que ocorre na peça, em plena Copa do Mundo.

 

ORLANDO é aquele que não admite ouvir (ato intelectual); ele só escuta (ato mecânico). Ele se recusa a refletir sobre o que a mulher fala e a se curvar sob as evidências das reclamações. Só vale o que ele diz, não se cansando de apontar os defeitos da mulher, da sogra e da cunhada – por pouco, a filha escapa. Vive acusando BEATRIZ de “exagerada”, “dramática”, de “fazer tempestade em copo d’água”, para justificar a sua omissão no relacionamento capenga do casal. Para ele, a esposa, a cunhada BERENICE e a sogra, DONA ELDA, são doidas. Ele é o único são na história.

 

 



Giuseppe Oristanio e Cissa Guimarães.

 

 

            As reações, na plateia, são curiosíssimas, a cada fala ou ação do personagem. Vemos mulheres, voltando-se para seus acompanhantes masculinos, cutucando-os, beliscando-os ou, simplesmente, lançando-lhes um sorriso inquisidor, cuja legenda poderia ser: “Tá vendo você ali?”. Justiça seja feita, o ponto alto do personagem reside na sua transformação, ao final da peça, que alguns consideram “água-com-acúcar”, mas que eu, romântico inveterado, adoro. Deve-se, contudo, lembrar que o espetáculo é uma falsa “obra fechada”. Acho que caberia um “DOIDAS E SANTAS 2 – RUMO ÀS BODAS DE OURO”. Topam?

 

            Para fechar o elenco, falemos do brilhante trabalho de JOSIE ANTELLO, que nos brinda com uma impagável composição tríplice. Ela interpreta, pela ordem de entrada em cena, BERENICE, a irmã, jornalista, de BETRIZ, que mora e trabalha em Porto Alegre (Seria por ter encontrado uma boa oferta de trabalho ou para fugir daquele “hospício”?); MARINA, a filha adolescente, de treze anos, do casal; e DONA ELDA, a matriarca, mãe desvairada da família.

 

            São elas o que se pode chamar de “as mulheres da vida” de BEATRIZ, as que competem, num outro sentido, com ORLANDO, na tarefa de infernizar a vida da protagonista, as que a fazem se tornar mais doida.

 

 

 


Quebrando a quarta parede.

 

 

            Certamente, JOSIE é, dos três, quem mais arranca gargalhadas da plateia, por suas três composições, totalmente diferentes, duas delas incrivelmente hilárias: a filha e a mãe de BEATRIZ.

 

BERENICE, a irmã, optou por se desgarrar da família, pouco participa dos problemas familiares e, por tal comportamento, é criticada pela irmã, que se considera uma grade heroína por levar, sozinha, nas costas, o fardo daquela família meio disfuncional. BERENICE carrega a pecha de ser homossexual, detalhe que não fica claro na trama e não teria nenhuma necessidade de que ficasse. Nessa personagem, o humor de JOSIE se dá mais pelo tom sarcástico. Ironiza e dá as suas alfinetadas, bem dadas, nos demais personagens.

 

Como MARINA, que vive brigando com a avó, o humor se revela mais pela caracterização física da personagem e pelo vocabulário e a maneira de se expressar da adolescente sem-noção (quase um pleonasmo).

 


 


Josie Antello / Marina.

 

 

            Mas é como DONA ELDA, a doida-mor, que a atriz atinge o maior sucesso. A personagem é hilária, por suas ideias e pela postura física. Seu andar é uma das coisas mais engraçadas que já vi numa comédia. JOSIE, que criou, evidentemente, vozes diferentes para as três personagens, tem uma maneira de falar especial, como DONA ELDA, que enfatiza determinadas palavras e, na tentativa de falar difícil ou reproduzir um vocabulário que não domina, provoca ataques de riso. Particularmente, rio, escandalosamente, quando ela diz “imel”, na tentativa sofisticada de pronunciar “e-mail”. Pode parecer uma tolice, mas é muito engraçado. Da mesma forma, ninguém economiza gargalhadas na cena em que ela transmite, à filha BEATRIZ, seu último desejo, após a morte, qual seja o de ser cremada, fato mais que comum e desprovido de qualquer elemento de humor. A complementação do desejo é que é de desopilar qualquer fígado enfermo, quando ela revela onde e de que maneira gostaria de ter suas cinzas espalhadas. Sem dúvida, é um dos melhores momentos da peça. Josie faz rir quando fala ou apenas quando usa máscaras faciais e pequenos gestos.

 

 

 


Vou passar um “imel”!

 

 

            SÉRGIO MARIMBA assina um belo cenário, bem “light”, moderno e funcional: apenas uma enorme estante, onde estão expostos alguns objetos, de bom gosto, alguns dos quais utilizados no decorrer da peça, um enorme e confortável sofá vermelho, coberto por uma manta, que é substituída por almofadas, após a “transformação” de BEATRIZ, sobre um imenso tapete. E basta.

 

            O cenário é bastante valorizado pela ótima iluminação, de JORGINHO DE CARVALHO, que, em determinados momentos, lança focos sobre objetos da estante, que têm relação direta com um momento da cena. É uma pena que sejam tão rápidos, que muitas pessoas não percebem tais destaques, para que possam entendê-los.                

 

            É muito boa a trilha sonora, de RODRIGO PENNA, que também é responsável pela direção musical. Não sei se faz parte do texto ou se foi escolha dele a canção “Give Me Love”, de George Harrison, como a “música do casal”, cuja tradução do trecho inicial diz, como alguém se dirigindo a Deus: “Dê-me amor / Dê-me amor / Dê-me paz na Terra / Dê-me luz / Dê-me vida / Me mantenha livre, como eu nasci / Dê-me esperança / Me ajude a lidar com essa carga pesada / Tentando tocar e alcançar você / Com o coração e a alma”. Jogada de mestre!!!

 

            Merecem um comentário elogioso os figurinos, de HELENA ARAÚJO e DJALMA BRILHANTE, ajustados aos personagens, acompanhando as suas evoluções na trama.

 

 


 


Momento perdão, momento ternura.

 

 

 

 

 
FICHA TÉCNICA:
 
Texto: Regiana Antonini (baseado na obra de Martha Medeiros)
Direção: Ernesto Piccolo
Assistente de Direção: João Velho
 
Elenco: Cissa Guimarães, Giuseppe Oristanio e Josie Antello.
 
Trilhoa Sonora e Direção Musical: Rodrigo Penna 
Cenário: Sérgio Marimba
Iluminação: Jorginho de Carvalho 
Figurino: Helena Araújo e Djalma Brilhante
Design Gráfico: Thomaz Velho
Assistente de Produção: Mayara Maia
Produção executiva: Daniela Paita
Direção de Produção: Cássia Vilasbôas
Idealização do Projeto: Cissa Guimarães
Realização:  NOVE Produções e BG Produções
 

 

 

 

 


 

 

 

            É impossível não gostar deste espetáculo. Mais fácil é se apaixonar por ele, revê-lo e recomendá-lo, como uma comédia leve, divertida, muito bem produzida, onde não há falhas a serem comentadas.

 

 

 

 
SERVIÇO:
 
Temporada: De 02 de junho a 09 de julho 2016.
Local: Teatro SESI.
Endereço: Avenida Graça Aranha, nº 1 – Centro – Rio de Janeiro.
Dias e Horários: às 5ªs e 6ªs feira, às 19h30min; aos sábados, às 19h.
Duração: 75 min.
Classificação Etária: 12 anos.
Valor do Ingresso: R$40,00 (direito a meia-entrada).
Telefone: (21) 2563-4164.
Lotação: 338 lugares.
  

 

 


Happy End!!! 

 

 

 

(FOTOS: DIVULGAÇÃO.)

 

 

 

 

 

GALERIA PARTICULAR

(FOTOS: MARISA SÁ.)

 

 

 


 


 

 

Um comentário:

  1. Adorei sua crítica tão sensível e rica em detalhes! Vc observou e entendeu tudo! Um privilégio para nós artistas, termos um crítico como vc! Obrigada!

    ResponderExcluir