DOIDAS
E SANTAS
(NEM
DOIDAS, NEM SANTAS;
SOMOS
TODOS “MULHERES”.
ou
NEM
TODA “DR” É ENFADONHA.)
Ponha-se
no lugar de uma pessoa que já assistiu, várias vezes, a uma peça de TEATRO – obviamente, porque gosta muito
dela -, é crítico, jurado de prêmios de TEATRO,
que escreveu uma crítica sobre o espetáculo, no Word, para, depois, passá-la
para o seu blogue, e, sabe-se lá por que motivo, constata, que o arquivo
desapareceu do seu computador, tendo, como consequência, o fato de a referida
crítica nunca ter sido publicada! Esse cara sou eu!!! Não é de desesperar? Foi
o que me ocorreu, com relação à peça “DOIDAS
E SANTAS”.
“Saudosismo” é tido como atraso, anacronismo.
O “saudosista” é evitado, porque “é
um chato”. Se pensam assim, é melhor nem continuar a leitura desta crítica a uma
peça, que eu, brincando, chamo de a nossa “A
Ratoeira”, fenômeno teatral, baseado num conto de Agatha Christie, há mais de
60 anos em cartaz. Mas o meu saudosismo está ligado ao tempo em que se fazia
TEATRO de 3ª feira a domingo, com
nove sessões por semana, nas quais se incluíam três “dobradinhs”: uma na 5ª
feira e outras duas, no sábado e no domingo. E só havia preço para estudantes
nas primeiras sessões de 5ª feira e domingo. Eu sou desse tempo e fiz, muito,
nove sessões por semana. Além disso, as
peças ficavam em cartaz durante meses ou, até mesmo, anos (poucas e poucos,
mas ficavam). É aí que se encaixa a peça aqui analisada.
Hoje,
vivemos um tempo em que a maioria dos espetáculos só apresenta sessões de 6ª
feira a domingo. Há alguns que incluem as 5ªs feriras. Há, também, os “alternativos”,
de 3ª e 4ª ou de 4ª e 5ª. E raríssimos
espetáculos conseguem se manter em cartaz por mais de um mês, com louváveis
exceções.
Giuseppe Oristanio, Cissa Guimarães e Josie Antello.
Esse
preâmbulo é para justificar a minha brincadeira, com relação ao espetáculo “DOIDAS E SANTAS”, que está fazendo a
sua quinta temporada, no Rio de Janeiro
(e não será a última), a se encerrar no próximo sábado, dia 9 (VER
SERVIÇO), mantendo-se em cartaz, sempre, com casas lotadas, ingressos
esgotados, sucesso de crítica e mais de uma temporada, a pedidos, em várias
cidades brasileiras, desde que estreou,
no Rio de Janeiro, em 1º de abril de 2010, no Teatro do Leblon, Sala Tônia
Carrero.
Vejam como são
as coisas, as incoerências da vida: a peça estreou no Dia da Mentira e continua aí, com uma grande verdade. A Sala
Tônia Carrero, infelizmente, fechou, há pouco tempo, mas a peça continua abrindo espaços pelo Brasil
afora.
Em
pouco mais de seis anos em cartaz,
com paradas em ritmo de relâmpagos, o espetáculo já foi assistido por mais de 300.000 pessoas e, não raro, conheço
algumas que já o viram várias vezes. Eu mesmo faço parte dessa estatística, como
já disse, tendo perdido a conta de quantas vezes já me diverti muito, dei boas
gargalhadas com a peça, que também leva a muitas reflexões.
Depois
da temporada de estreia, “DOIDAS E
SANTAS” já passou por mais quatro teatros, no Rio de Janeiro: Teatro Vannucci, Centro Cultural João Nogueira (Imperator), Teatro dos Grandes Atores e, agora, Teatro SESI. Entre uma e outra pauta carioca, a peça já viajou por
todo o Brasil, por mais de vinte cidades, principalmente em São Paulo, sempre
conquistando plateias gigantescas, e agradando a todos.
Beatriz e Berenice.
SINOPSE:
A
psicanalista BEATRIZ (CISSA GUIMARÃES)
vive uma crise.
Embora
no auge da carreira profissional, a vida pessoal anda um caos. Sua mãe, a
extravagante dona ELDA (JOSIE ANTELLO),
voltou a morar com ela e vive às turras com sua filha adolescente (também JOSIE ANTELLO).
E
o marido ORLANDO (GIUSEPPE ORISTANIO),
após vinte anos de casamento, está cada vez mais distante, mais surdo, mais
mudo, mais morno, mais jogado no sofá. Um casamento acomodado e duas gerações
em crise. Assim, não há “santa” que aguente; qualquer uma fica “doida”.
Durante
uma visita da irmã caçula, a solteirona-não-tão-convicta-assim, BERENICE (ainda JOSIE ANTELLO), as duas têm uma conversa reveladora, que faz com
que BEATRIZ decida dar um basta. Um
basta a uma vida de mentiras e hipocrisias. De acomodação.
Separa-se
de um inconformado ORLANDO e resolve
abraçar os prazeres da vida e da juventude, mais uma vez.
Sai
para as noites, canta, dança, conhece um rapaz, surfista, “baladeiro”...
BEATRIZ
acha que preencheu o vazio, que botou a vida nos trilhos, até que uma longa
conversa com a mãe, sobre o passado e as esperanças para o futuro, faz
reacender uma fagulha. Aponta a dorzinha da saudade. E a campainha toca...
O espetáculo, que é uma comédia romântica, já está consagrado
como uma das peças de maior sucesso da cena teatral carioca.
Pode ser que não haja uma “fórmula”
para o sucesso, entretanto, certamente, este depende de vários fatores, e,
quando se trata de um sucesso teatral,
alguns elementos são indispensáveis, a começar pelo texto, que sustenta todos os outros.
Uma peça sem um bom texto não faz sucesso, nem que os
demais “ingredientes do bolo” sejam de ótima qualidade. Ele vai “solar”. O texto precisa ser bom. No caso de uma
comédia, tem de ser, antes de tudo, engraçado; e graça significa humor sem
apelação, humor inteligente, humor que trata de situações com as quais o público
se identifique, em que se enxergue nos personagens e nas complicações. E tem de
ser bem escrito, com diálogos ágeis e piadas criativas, vocabulário acessível a
todos os níveis de formação acadêmica. Assim é o texto de “DOIDAS E SANTAS”,
talvez o melhor da carreira de REGIANA
ANTONINI, baseado num livro homônimo, da excepcional escritora MARTHA MEDEIROS, ao qual, livremente, REGIANA inseriu alguns detalhes, que só
fizeram enriquecer mais o que, por si, já era rico.
Só rindo mesmo dos absurdos de Orlando.
A peça é um projeto idealizado por CISSA e sua primeira produção, em mais
de 30 anos de carreira no TEATRO,
realizando, dessa forma, o seu desejo de levar à cena um trabalho que
expressasse as inquietações da mulher moderna, com relação à vida
contemporânea, que exige conjugar marido, filhos, realização profissional e,
ainda, beleza e bom humor. Num primeiro momento, a atriz/produtora contou com a
luxuosa parceria de MARIA SIMAN (Primeira Página Produções), na
cuidadosa produção.
Nas mãos de uma direção pouco competente, boa parte da qualidade do texto poderia esvair-se pelo ralo,
entretanto o convite a ERNESTO PICOLLO,
para dirigir o espetáculo, foi uma
grande lembrança. Da mesma forma como atribuí a REGIANA ANTONINI, talvez, o seu melhor texto, penso que a mesma observação pode ser atribuída ao NECO (PICOLLO). Ele absorveu muito bem as mensagens, explícitas e
implícitas, que MARTHA e REGIANA gostariam de passar ao público,
sem nenhum tom de didatismo, mesmo nos momentos em que CISSA se dirige ao público e “conversa” com ele, “saindo” da personagem.
PICCOLO,
sem nenhum medo ou pudor, ousou, com maestria, quebrar a quarta parede, para
que o público invadisse o palco, a sala de estar da casa de BEATRIZ e funcionasse, ele, público,
paradoxalmente, como o psicanalista dela, a verdadeira profissional do ramo. É
muito interessante e curioso esse detalhe. Ela se expõe e é como se estivesse
dividindo seus “ais”, com estranhos, e pedindo ajuda, como seus clientes se
comportam diante dela, no seu “sofá”. E o público embarca na viagem da
personagem, torce por ela, vivencia seus anseios, sofre com as suas desilusões,
vibra com as suas alegrias, preocupa-se com suas neuroses, com relação aos
“perigos da vida urbana” e admira a sua pseudocoragem e sua superficial mudança
de hábitos. Em poucos espetáculos, tive a oportunidade de assistir a uma
ligação tão grande entre palco e plateia.
Após seis anos de convívio, não se
poderia esperar uma cumplicidade, um azeitamento melhor entre o trio de atores,
entretanto é meu dever deixar bem claro que, desde a primeira temporada, já se
podia perceber um total entrosamento entre os três, um valorizando o trabalho
do outro. Todos se comportam de forma
irrepreensível no palco.
Esdrúxulas exéquias.
CISSA
GUIMARÃES é sinônimo de carisma. Dona de uma “luz”, exterior e interior, de
ofuscar quaisquer olhos e corações, também é de um talento enorme, como atriz,
e incorporou a personagem de uma forma tão verdadeira, capaz de convencer, logo
nas primeiras cenas.
BEATRIZ é uma mulher que se diz, ou que
se acha, moderna, como muitas que existem fora da ficção. Essa “modernidade”,
esse espírito libertador, entretanto, só vai até a página 5. Ou 4? Sim, porque,
cansada de sua vida conjugal morna, com o botão voltado para a temperatura
“verão”, no chuveiro elétrico, ela, que, paradoxalmente, atua como terapeuta de
casais, dá o seu grito de liberdade e resolve romper os laços matrimoniais,
embora, no fundo, não esteja muito convicta de estar no caminho certo. Ela sabe
o que não quer, mas não tem certeza do que quer ou de que vai “aguentar o
tranco”.
Um dos maiores méritos da atriz,
nesta peça, é o fato de permanecer em cena quase que o tempo todo de duração do
espetáculo, o que lhe confere a grande responsabilidade de dar o tom, manter o
ritmo da peça, o que, para ela, parece ser tarefa das mais fáceis. CISSA, que também é capaz de
interpretar papéis dramáticos, revela-se uma grande atriz cômica e agrada à
plateia unanimemente.
Cissa Guimarães. Beatriz na fase “nova”.
GIUSEPPE
ORISTANIO encarna ORLANDO, o
marido que não aceita a separação, muito mais por comodidade que por outro
motivo, e que não sabe expressar seus sentimentos pela esposa. E é, pelo que
parece, esta a geratriz de todo o conflito: a falta de comunicação, de conversa,
de diálogo, de pôr em prática aquilo que os homens tanto temem, detestam e
dizem ser um manjar dos deuses para a mulheres: discutir a relação, mais conhecida como “DR”..
ORLANDO
é um homem que representa um protótipo masculino que habita o imaginário
popular; das mulheres, pelo menos: machista, intolerante, implicante, turrão,
conservador, o marido que valoriza, acima de qualquer outro lazer, um bom jogo
de futebol, na TV – na verdade, nem precisa ser bom -, ao lado de um balde –
este, sim, precisa ser grande -, com muitas latinhas de cerveja estupidamente
gelada. Ainda mais se for um jogo da seleção brasileira, como é o que ocorre na
peça, em plena Copa do Mundo.
ORLANDO é aquele que não admite ouvir
(ato intelectual); ele só escuta (ato mecânico). Ele se recusa a refletir sobre
o que a mulher fala e a se curvar sob as evidências das reclamações. Só vale o
que ele diz, não se cansando de apontar os defeitos da mulher, da sogra e da
cunhada – por pouco, a filha escapa. Vive acusando BEATRIZ de “exagerada”, “dramática”, de “fazer tempestade em copo
d’água”, para justificar a sua omissão no relacionamento capenga do casal. Para
ele, a esposa, a cunhada BERENICE e
a sogra, DONA ELDA, são doidas. Ele
é o único são na história.
Giuseppe Oristanio e Cissa Guimarães.
As reações, na plateia, são
curiosíssimas, a cada fala ou ação do personagem. Vemos mulheres, voltando-se
para seus acompanhantes masculinos, cutucando-os, beliscando-os ou,
simplesmente, lançando-lhes um sorriso inquisidor, cuja legenda poderia ser: “Tá vendo você ali?”. Justiça seja
feita, o ponto alto do personagem reside na sua transformação, ao final da
peça, que alguns consideram “água-com-acúcar”, mas que eu, romântico inveterado,
adoro. Deve-se, contudo, lembrar que o espetáculo é uma falsa “obra fechada”.
Acho que caberia um “DOIDAS E SANTAS 2 –
RUMO ÀS BODAS DE OURO”. Topam?
Para fechar o elenco, falemos do brilhante
trabalho de JOSIE ANTELLO, que nos
brinda com uma impagável composição tríplice. Ela interpreta, pela ordem de
entrada em cena, BERENICE, a irmã,
jornalista, de BETRIZ, que mora e
trabalha em Porto Alegre (Seria por ter encontrado uma boa oferta de trabalho
ou para fugir daquele “hospício”?); MARINA,
a filha adolescente, de treze anos, do casal; e DONA ELDA, a matriarca, mãe desvairada da família.
São elas o que se pode chamar de “as
mulheres da vida” de BEATRIZ, as que
competem, num outro sentido, com ORLANDO,
na tarefa de infernizar a vida da protagonista, as que a fazem se tornar mais
doida.
Quebrando a quarta parede.
Certamente, JOSIE é, dos três, quem mais arranca gargalhadas da plateia, por
suas três composições, totalmente diferentes, duas delas incrivelmente
hilárias: a filha e a mãe de BEATRIZ.
BERENICE, a irmã, optou por se
desgarrar da família, pouco participa dos problemas familiares e, por tal
comportamento, é criticada pela irmã, que se considera uma grade heroína por
levar, sozinha, nas costas, o fardo daquela família meio disfuncional. BERENICE carrega a pecha de ser
homossexual, detalhe que não fica claro na trama e não teria nenhuma
necessidade de que ficasse. Nessa personagem, o humor de JOSIE se dá mais pelo tom sarcástico. Ironiza e dá as suas
alfinetadas, bem dadas, nos demais personagens.
Como
MARINA, que vive brigando com a avó,
o humor se revela mais pela caracterização física da personagem e pelo vocabulário
e a maneira de se expressar da adolescente sem-noção (quase um pleonasmo).
Josie Antello / Marina.
Mas é como DONA ELDA, a doida-mor, que a atriz atinge o maior sucesso. A
personagem é hilária, por suas ideias e pela postura física. Seu andar é uma
das coisas mais engraçadas que já vi numa comédia. JOSIE, que criou, evidentemente, vozes diferentes para as três
personagens, tem uma maneira de falar especial, como DONA ELDA, que enfatiza determinadas palavras e, na tentativa de
falar difícil ou reproduzir um vocabulário que não domina, provoca ataques de
riso. Particularmente, rio, escandalosamente, quando ela diz “imel”, na tentativa sofisticada de
pronunciar “e-mail”. Pode parecer
uma tolice, mas é muito engraçado. Da mesma forma, ninguém economiza gargalhadas
na cena em que ela transmite, à filha BEATRIZ,
seu último desejo, após a morte, qual seja o de ser cremada, fato mais que
comum e desprovido de qualquer elemento de humor. A complementação do desejo é
que é de desopilar qualquer fígado enfermo, quando ela revela onde e de que
maneira gostaria de ter suas cinzas espalhadas. Sem dúvida, é um dos melhores
momentos da peça. Josie faz rir quando fala ou apenas quando usa máscaras
faciais e pequenos gestos.
Vou passar um “imel”!
SÉRGIO
MARIMBA assina um belo cenário,
bem “light”, moderno e funcional: apenas uma enorme estante, onde estão
expostos alguns objetos, de bom gosto, alguns dos quais utilizados no decorrer
da peça, um enorme e confortável sofá vermelho, coberto por uma manta, que é
substituída por almofadas, após a “transformação” de BEATRIZ, sobre um imenso tapete. E basta.
O cenário é bastante valorizado pela ótima iluminação, de JORGINHO DE
CARVALHO, que, em determinados momentos, lança focos sobre objetos da
estante, que têm relação direta com um momento da cena. É uma pena que sejam tão
rápidos, que muitas pessoas não percebem tais destaques, para que possam
entendê-los.
É muito boa a trilha sonora, de RODRIGO
PENNA, que também é responsável pela direção
musical. Não sei se faz parte do texto
ou se foi escolha dele a canção “Give Me
Love”, de George Harrison, como
a “música do casal”, cuja tradução do trecho inicial diz, como alguém se
dirigindo a Deus: “Dê-me amor / Dê-me
amor / Dê-me paz na Terra / Dê-me luz / Dê-me vida / Me mantenha livre, como eu
nasci / Dê-me esperança / Me ajude a lidar com essa carga pesada / Tentando
tocar e alcançar você / Com o coração e a alma”. Jogada de mestre!!!
Merecem um comentário elogioso os figurinos, de HELENA ARAÚJO e DJALMA
BRILHANTE, ajustados aos personagens, acompanhando as suas evoluções na
trama.
Momento perdão, momento ternura.
FICHA TÉCNICA:
Texto: Regiana Antonini (baseado na obra de Martha Medeiros)
Direção: Ernesto Piccolo
Assistente de
Direção: João Velho
Elenco: Cissa Guimarães, Giuseppe Oristanio e Josie Antello.
Trilhoa
Sonora e Direção Musical: Rodrigo
Penna
Cenário: Sérgio Marimba
Iluminação: Jorginho de Carvalho
Figurino: Helena Araújo e Djalma Brilhante
Design
Gráfico: Thomaz Velho
Assistente
de Produção: Mayara Maia
Produção
executiva: Daniela Paita
Direção
de Produção: Cássia Vilasbôas
Idealização
do Projeto: Cissa Guimarães
Realização: NOVE Produções e BG Produções
É impossível não gostar deste
espetáculo. Mais fácil é se apaixonar por ele, revê-lo e recomendá-lo, como uma
comédia leve, divertida, muito bem produzida, onde não há falhas a serem
comentadas.
SERVIÇO:
Temporada: De 02 de junho a 09 de
julho 2016.
Local: Teatro SESI.
Endereço: Avenida Graça Aranha, nº 1
– Centro – Rio de Janeiro.
Dias e Horários: às 5ªs e 6ªs
feira, às 19h30min; aos sábados, às 19h.
Duração:
75 min.
Classificação
Etária: 12 anos.
Valor
do Ingresso: R$40,00 (direito a meia-entrada).
Telefone: (21) 2563-4164.
Lotação:
338 lugares.
Happy End!!!
(FOTOS:
DIVULGAÇÃO.)
GALERIA PARTICULAR
(FOTOS: MARISA SÁ.)
Adorei sua crítica tão sensível e rica em detalhes! Vc observou e entendeu tudo! Um privilégio para nós artistas, termos um crítico como vc! Obrigada!
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