2ª
MARATONA TEATRAL
EM
SÃO PAULO - 2016
(PARTE II)
GATA EM TELHADO DE ZINCO QUENTE
(“GATAS PULAM DO TELHADO, SEM
SE MACHUCAR”.
- TENNESSEE WILIAMS, PELA
BOCA DE BRICK.
SEMPRE?!... SERÁ?!...)
Arte para o CCBB de São Paulo.
Arte para o CCBB do Rio de Janeiro.
Um clássico sempre
será um clássico. Um texto clássico de
TEATRO sempre será motivo para atrair público, desde que bem montado, sob
todos os aspectos.
Em
visita recente a São Paulo, tive a felicidade plena de poder assistir a uma
montagem de “GATA EM TELHADO DE ZINCO
QUENTE”, em cartaz, até o dia 26 de
junho, no Centro Cultural Banco do
Brasil (CCBB) paulista. O espetáculo, que já foi transformado num excelente
filme, com Elizabeth Taylor e Paul Newman, é encenado, até hoje, em
diversos países, sendo um clássico do teatro americano, fruto da genialidade de
um dos maiores dramaturgos universais de todos os tempos: TENNESSEE WILIAMS. É um dos meus autores de TEATRO de cabeceira. Sua obra que mais me fascina é “The Glass Managerie”, aqui traduzido
por “O Zoológico de Vidro” ou “À Margem da Vida”, como o conheci, ou,
ainda, “Algemas de Cristal” (1944), a primeira peça a que assisti,
na minha adolescência e aquela que foi decisiva na minha escolha pelo TEATRO, como profissão.
Não
nego, porém, que tenho dificuldade em definir qual a peça de TENNESSEE que ocupa a segunda colocação
na minha escala de preferência: “Um
Bonde Chamado Desejo” (“A Streetcar Named Desire” (1947), “Doce Pássaro Da Juventude” (“Sweet Bird Of
Youth”) (1959), ou “GATA EM TELHADO
DE ZINCO QUENTE” (“Cat On A Hot Tin Roof”) (1955). Acho que fico com a “GATA”,
que, depois de algumas boas montagens no Brasil, sempre traduzida de forma
errada (Não é “teto” – “ceiling”, e sim “telhado”
– “roof”, no original), está, mais uma vez, em cena, com montagem do
fabuloso GRUPO TAPA, com direção estupenda de EDUARDO TOLENTINO DE ARAÚJO.
BÁRBARA PAZ lidera o elenco, em
interpretação antológica, na pele de MAGGIE
POLLITTI, um dos papéis femininos, no TEATRO,
mais cobiçados pelas grandes atrizes. Em palcos brasileiros, tive a
oportunidade de assistir a duas montagens: uma, há bastante tempo, com Tereza Rachel, e outra, um pouco mais
recente, com Vera Fischer, no papel
da protagonista. Infelizmente, tinha apenas sete anos, em 1956, quando MAGGIE foi representada por Cacilda Becker, no TBC. Mas, com todo respeito às atrizes citadas, Tereza “in memoriam”, e aos demais
integrantes dos dois elencos que vi atuando, considero a encenação que está em cartaz, no momento, a melhor de todas
que tive a oportunidade de ver.
Para os amantes da telona,
Paul Newman e Elizabeth Taylor.
Duas
frases muito parecidas, que resumem o espetáculo e que provam a minha afirmação,
em estaque, acima: Os personagens parecem
ter sido escritos para aqueles atores. Os
atores parecem que nasceram para interpretar aqueles personagens. Essa é a
impressão que nos causa a peça. É assim que saímos do teatro, com a alma
lavada, depois de ter assistido a um espetáculo, que, sem a menor conotação
pejorativa, pode ser classificado como um “TEATRÃO”,
daqueles que guardamos na memória, e no coração, de décadas passadas.
Assistir,
no domingo, 5 de junho (2016), ao
espetáculo, para mim, representa um troféu, a materialização de uma grande
conquista, pois era um dos motivos de minha ida a São Paulo e, sendo a
temporada um grande sucesso, de público e de crítica, tentei, por mais de uma
vez, comprar ingressos, por um “site” de vendas, e fui infeliz nas duas
tentativas. Parti para conseguir convites, com amigos locais, da classe, mas
foram tentativas infrutíferas. Não havia lugar. Simplesmente, não havia lugar
disponível. Lotação esgotada, com duas semanas de antecedência, para todas as
sessões. Devo esse privilégio e imenso prazer, o de conseguir ter visto ao
espetáculo, a FLÁVIA FUSCO, assessora de imprensa da peça, a quem
não conhecia, mas solicitei, por aquele “inbox” salvador, que me facilitasse o
acesso ao espetáculo, no que fui, pronta e gentilmente, atendido. Minha
gratidão à FLÁVIA, que, ainda por
cima, me enviou o “release” completo
da peça, gesto, depois, repetido por STELLA
PONTES, que fará a assessoria no
Rio de Janeiro, quando a peça estrear aqui, no final de junho (VER SERVIÇO), e que está me ajudando
nestes escritos, além de belas fotos de cena.
Vários
fatores me serviam de motivação e faziam com que eu desejasse tanto assistir ao
espetáculo: o texto, mais um trabalho do TAPA, a direção de TOLENTINO, o elenco e, acima de tudo, a curiosidade
de ver a MAGGIE de BÁRBARA PAZ, que reconheço como uma
das melhores atrizes de sua geração.
Bárbara
Paz e Augusto Zacchi.
SINOPSE:
A peça narra a
celebração do aniversário de 65 anos de PAIZÃO
(ZÉCARLOS MACHADO),
um rico fazendeiro, patriarca de uma família sulista
americana.
Ao lado de MÃEZONA (NOEMI MARINHO), ele recebe a visita dos filhos BRICK (AUGUSTO ZACCHI) e GOOPER (ANDRÉ GAROLLI), acompanhados
das respectivas esposas, MAGGIE (BÁRBARA
PAZ) e MAE (FERNANDA VIACAVA).
PAIZÃO ignora que tem um
câncer terminal. GOOPER e MAE têm cinco filhos, esperam o sexto
e cobiçam os milhões do velho.
BRICK, alcoólatra e ex-astro
de futebol americano, vive um casamento infeliz, e sem filhos, com a frustrada MAGGIE, que o ama, mas não é
correspondida.
Num dia de calor intenso, a ambição pela
herança de PAIZÃO deflagra conflitos
de forma inesperada e implacável. Intimidades são dissecadas e expostas, de
forma devastadora, numa explosão de revelações pessoais e familiares. Segredos são desenterrados e verdades cruéis são ditas, sem a menor
parcimônia. Farpas cruzam os céus. Mágoas do passado, recente e distante, são
ameaças a uma estabilidade totalmente impossível de ser alcançada. A sempre e
eterna luta pelo poder.
E ninguém se suporta.
BRICK é um ex-famoso
jogador de futebol americano, agora alcóolatra, que se recusa a intimidades
físicas com sua bela esposa, MAGGIE,
a quem culpa, por causa de um incidente com seu amigo de campo, SKIPPER, de ter abandonado sua carreira
profissional. BRICK também não quer
saber de seu pai, HARVEY, que todos
chamam de PAIZÃO, pois ambos nunca
tiveram um diálogo aberto e são demasiadamente orgulhosos, para se tornarem
amigos nessa altura da vida.
Segundo o “release” da peça, “O projeto da montagem de “GATA EM TELHADO DE ZINCO QUENTE” nasceu durante a série de estudos promovidos pelo Grupo Tapa sobre os textos curtos de TENNESSEE WILLIAMS. As adaptações geraram novas traduções, comandadas, então, pela pesquisadora teatral, professora universitária e tradutora MARIA SÍLVIA BETTI. O material foi editado pela ‘É Realizações’, chegando, agora, ao 4º volume da série, com a tradução assinada por AUGUSTO CÉSAR para o clássico, versão utilizada nesta montagem”.
Antes de mais nada, com apoio no já referido “release”, comecemos por falar um pouco de TENNESSEE WILLIAMS, que nos brinda com esta obra-prima de texto. “Dono de um invejável currículo na literatura, no teatro e no cinema, TENNESSEE WILLIAMS (1911-1983), autor de mais de uma centena de peças, pode ser considerado, hoje, um dos dramaturgos mais aclamados e bem sucedidos do século XX. É um dos poucos a terem realizado a façanha de levar para casa dois prêmios Pulitzer, um Tony e seis indicações ao Oscar. Também foi eternizado, pela crítica, como um dos autores mais influentes de sua geração e o de maior relevância, numa época marcada por censuras e barreiras. Seus textos afiados, marcados por diálogos inteligentes e por duplos sentidos, elevaram a dramaturgia americana a um nível de refinamento e força acima do esperado à época”.
Ele nunca teve uma relação fácil com seus familiares. Nasceu e cresceu numa família disfuncional. Já adulto, tímido e reprimido, acabou por se descobrir homossexual, quando foi obrigado a servir ao Exército, na mesma medida que foi descobrindo uma vontade incontrolável de escrever histórias, que, geralmente, se focavam em dramas familiares, similares aos seus. A partir de então, foi seguindo seu próprio caminho, até ganhar reconhecimento com suas peças e se tornar quem nós conhecemos hoje.
Acho desnecessário iniciar a análise do espetáculo pelo texto, uma vez que não encontraria palavras para qualificá-lo, não só pela esplêndida estrutura dramatúrgica, traduzida, de forma brilhante, por AUGUSTO CÉSAR, assim como pelo “plot”, a genial ideia do enredo.
Quanto à direção da peça, nunca vou assistir a um trabalho dirigido por EDUARDO TOLENTINO DE ARAÚJO, esperando encontrar nada menos do que ótimo. TOLENTINO acumula, em seu currículo, de mais de três décadas, quase quatro, uma coleção de grandes sucessos. “GATA EM TELHADO DE ZINCO QUENTE” é mais um. O texto é um desafio para qualquer diretor e EDUARDO conseguiu uma montagem dinâmica, ainda que com algumas cenas longas, mas nem por isso monótonas, totalmente moderna, ainda que o texto original tenha sido escrito em 1955 e a ação se passe na década de 50, do século XX. A direção tratou o texto com a atemporalidade que ele traz em si, já que os dramas, familiares e existenciais, vividos pelos personagens, só mudam de uma casa para outra, ou pulam de uma época a outra adiante, adquirindo matizes particulares e regionais, aqui ou ali. Os sentimentos nele presentes, os bons e, principalmente os ruins, existem desde que o ser humano surgiu no mundo.
A trama se passa numa região do sul dos Estados Unidos, conhecida por seu passado escravagista. Sobre isso, que acaba exercendo uma grande influência nos personagens e no enredo, diz o diretor: “Esta família de latifundiários, mimados e sem valores culturais, permanece presa aos preconceitos e à juventude”. Essa fala de TOLENTINO ratifica o que já falei em termos da atemporalidade do texto, do quanto ele é, ainda, atual.
A escolha do elenco foi de uma felicidade total, em
termos de talento e de cumplicidade entre todos. É formado por atores
familiares ao GRUPO TAPA e traz de
volta a atriz NOEMI MARINHO, a MÃEZONA, que não atuava com o GRUPO desde os anos 90. Sua personagem
é acomodada, procura, à sua maneira comedida, evitar os choques entre os
demais, mas tem plena consciência de que é um ser quase amorfo naquela família,
sem vez e voz, submetendo-se aos caprichos e maus tratos do marido, porque
viver ali, gozando de todas as benesses que o dinheiro proporciona, talvez,
seja seu maior interesse. Voltou a pisar o palco em grande estilo a atriz, cujo
trabalho aplaudo.
O patriarca do clã, o PAIZÃO, um homem bastante rude,
arraigado ao campo, é vivido por um dos maiores atores brasileiros, na minha
modesta opinião, por tudo o que já vi ZÉCARLOS
MACHADO fazer, no TEATRO, na TV
e no cinema; principalmente no TEATRO,
onde o ator mostra, realmente, se é “do ramo”. Trata-se de um profissional que
tem um profundo domínio dos personagens que interpreta, mergulha fundo, nas
características deles e, daí, surge, sempre, uma excelente composição. PAIZÃO demora um pouco a entrar em
cena, ainda que seja mencionado, pelos outros personagens, inúmeras vezes, o
que já vai provocando uma grande curiosidade na plateia, para aqueles que não
conhecem ainda o texto. Quando surge, o ator traz consigo um brilho tal, que,
por vezes, absorve totalmente a atenção do público. Se isso se dá pela força do
personagem, mais ainda acontece em função da plena e irretocável interpretação
de ZÉCARLOS.
É o dia do seu aniversário,
mas ele não tem muito, ou nada, a comemorar. Não pelo fato de ter pouco tempo
de vida, em função de um câncer de um tipo fulminante, do qual ele ainda não
tem conhecimento, mas por ter levado uma vida infeliz, pela qual ele mesmo é
responsável – e isso, talvez, seja o que mais lhe dói -, vivendo um casamento,
de 40 anos, quase de fachada, não sabendo educar os filhos e vendo o tempo
passar, sem conseguir segurar o que de bom lhe passava à frente dos olhos. É
assim que o vejo. Todos, à sua volta, não o tratam pelo verdadeiro nome, mas
por um apelido, em que está contido um sufixo, na tradução para o português (-ÃO), que pode assumir várias
conotações, como a de aumento de tamanho, até mesmo com sentido afetivo e
positivo, o que, absolutamente, não se aplica a este caso. Vejo o emprego de
tal afixo como uma referência ao poder exacerbado do personagem.
Zécararlos Machado.
BRICK é vivido por AUGUSTO
ZACCHI, certamente, em sua melhor atuação, dentre seus ótimos trabalhos que
vi; o último foi num excelente desempenho em “O Anti-Nelson Rodrigues”, também no GRUPO TAPA. Desde a morte do melhor amigo, ele não larga o uísque,
é um alcoólatra assumido, e rejeita qualquer aproximação conjugal, carnal, com MAGGIE, a despeito da estonteante
presença feminina da esposa. “Vivemos na falsidade. A morte é uma saída;
a bebida é outra” (BRICK). Pesa sobre ele a desconfiança de um
relacionamento homoafetivo com o falecido amigo, e também atleta, SKIPPER, detalhe omitido no filme,
talvez em função dos parâmetros de censura da época em que foi filmado e
lançado (1958), porém bastante sugerido na peça, levando o espectador a
oscilar, entre crer ou não, a cada nova situação que surge, deixando pistas no
ar. O ator não comete um deslize em cena e merece, ainda, um voto de louvor
pelo esforço físico a que está submetido, em função de ter de se apoiar,
durante duas horas de encenação, numa muleta, já que se acidentara, “estranhamente”
(há muito de “estranho” no personagem), quando, torceu o pé, à noite, segundo
ele, enquanto “treinava sozinho”, para não perder a forma. Que belo trabalho do
ator!
Para
contrastar com a distância, em todos os sentidos, entre MAGGIE e BRICK, creio
ser oportuno falar, no mesmo parágrafo, do casal GOOPER, o filho mais velho, papel vivido por ANDRÉ GAROLLI, casado com a ardilosa MAE (FERNANDA VIACAVA). Isso porque os dois foram um casal
“perfeito”, que combina em tudo, até nas intenções de se apoderar da fortuna do
patriarca, logo após a sua morte, se bem que já a discutam ainda em vida deste.
GOOPER é advogado, profundamente ambicioso e esperto, que não para
de tentar humilhar o irmão mais novo, tocando-lhe as feridas, testando seus
pontos fracos. Não parece dar a menor importância à iminente morte do pai,
menos ainda se comove com o sofrimento alheio. MAE, sua esposa, “parideira profissional”,
é de um sarcasmo só comparável ao de MAGGIE,
com quem trava alguns embates, pela língua, que são admiráveis, mais ainda pela
atuação das duas atrizes. Sente-se como a dona da casa, quase ignorando a
sogra, é bastante intrometida, nos casos da família, da qual ela seria uma
“agregada”. Não perde uma oportunidade de jogar, na cara da cunhada, o fato de
ser mãe de cinco herdeiros, em véspera do sexto, que levarão adiante a fortuna
e o nome dos POLLITT, fato que deixa
MAGGIE profundamente irritada,
descontando seu ódio contra as crianças.
André Garolli,
Fernanda Viacava e Noemi Marinho.
André Garolli e
Zécarlos Machado.
Encerrando os comentáros sobre a galeria
dos grandes personagens desta peça, de propósito, deixei, para o final, o nome
de BÁRBARA PAZ, que dá vida à
protagonista MAGGIE, quase
monopolizando todo o espetáculo. Custa-me encontrar adjetivos para qualificar a
atuação de BÁRBARA nesse papel, a
melhor “GATA” que conheci. Nota-se
uma entrega total à personagem, uma interpretação visceral da atriz,
responsável por momentos de total êxtase, para quem sabe admirar a arte da
representação. No fundo, no fundo, a personagem não teria “tanta” oportunidade
de marcar terreno e de se destacar na trama (atentem para o “tanta”), em função da grandeza e
importância de todos os outros personagens, porém é a qualidade de quem a
representa que valoriza, mais e mais, a participação de MAGGIE na trama. E isso BÁRBARA
faz espendidamente.
O título da peça é muito interessante e
sugestivo, pela metáfora nele contido. MAGGIE
vive como uma “GATA EM TELHADO DE ZINCO
QUENTE”, sofrendo as “queimaduras” e vendo, como única solução para se
livrar delas, o saltar ao chão. Mas o telhado deve ser muito “alto”, mesmo para
um felino, que, por natureza, dizem ter “sete vidas” e está acostumado a
“grandes saltos”. Mas ela suporta o calor da chapa quente, sob todas as humilhações
a que é submetida, por tudo e por todos. Por ser totalmente apaixonada e não
ser corerespondida. Por estar à beira
dos 40 anos e não ter conseguido ser mãe. Por se sentir uma sombra a ofuscar o
brilho do marido, perdido por ele mesmo. Por uma culpa, que carrega, sem
motivo. Por uma cobrança pela maternidade, que não depende só dela, mas também
do marido, que a rejeita na cama, e que a faz se sentir inferiorizada. Por
querer assumir um comportamento moderno, lutando contra seus próprios princípios
conservadores. Pela humilhação de ouvir, da boca do próprio marido, que procure
um amante, para ser feliz. Por ver que todos percebem o desamor entre ela e BRICK.
MAGGIE é uma mulher
que apresenta profundos transtornos psicológicos, em função do já exposto. E
não seria sem motivo. Fica a critério de cada espectador tentar entender por
que ela não “salta do telhado”, “não tita o seu time de campo”. Insegurança?
Medo? Covardia? Parece que ela consegue sobreviver àquela hecatombe, graças a
uma extrema dose de sarcasmo e uma capacidade de fazer parte do jogo de
hipocrisia em que se vê envolvida. Uma atriz bastante madura, depois de tantos
trabalhos importantes na sua carreira, BÁRBARA
PAZ arrebata a plateia, numa interpretação que ficará nos anais dos
grandes trabalhos de atrizes brasileiras e que a eleva à categoria das “divas”.
Bárbara Paz.
Maggie.
Fiquei
fascinado pelo belíssimo cenário,
“clean”, de ANA MARIA ABREU e ALEXANDRE TORO. Simples, perfeito,
bonito e criativo. Em cena, apenas uma enorme cama e um sofá, também grande e
confortável, cujo detalhe criativo está no material utilizado e na maneira como
foram fabricados. Ambos são feitos de camadas, prensadas, de tecido de algodão,
branco, presas por umas amarras, numa alusão ao local onde se passa a trama,
uma fazenda que cultiva algodão. Ao fundo, quatro painéis/portas, espelhados,
que giram sobre os seus eixos, permitindo a entrada e a saída dos personagens.
Uma delas, quando virada ao contrário, torna-se um pequeno tocador, a fim de
que MAGGIE se arrume para a festa de
aniversário do sogro. Outra, também, ao inverso, tem uns cabides, com alguns
vestidos pendurados, como se fosse o interior de um guarda-roupas. As demais
servem apenas de portas.
Detalhes do cenário.
Discutindo a
relação.
“Dois bicudos não
se beijam”.
Pela primeira vez, a
conceituada consultora de moda, GLÓRIA
KALIL investe, a convite de EDUARDO
TOLENTINO, na carreira de figurinista
e faz uma bela estreia, acertando no requinte e na adequação de todos os
trajes, principalmente com relação aos modelos vestidos pela personagem de BÁRBARA PAZ, a qual, os valoriza, com
sua beleza, sua plástica e sua proposital sensualidade.
A iluminação, de NÉLSON FERREIRA, acompanha os demais elementos técnicos, em
qualidade, não havendo muitas mudanças de luz, a não ser quando há necessidade
de valorizar, por excesso ou por economia, algum detalhe de cena. A iluminação valoriza o cenário da peça.
Diferenças.
FICHA TÉCNICA:
Realização: Centro Cultural Banco do Brasil
Texto: Tennessee Williams
Tradução: Augusto César
Direção: Eduardo Tolentino de Araújo
Elenco / Personagem:
Bárbara Paz / Maggie
Augusto Zacchi / Brick
Fernanda Viacava / Mae
Noemi Marinho / Mãezona
André Garolli / Gooper
Zécarlos Machado / Paizão
Figurino: Glória Kalil
Cenário: Ana Mara Abreu e Alexandre Toro
Iluminação: Nélson Ferreira
Cenotécnicos: Jorge Ferreira e Denis Nascimento
Supervisão Musical e Sound Design: Marcelo Pellegrini
Produção Musical: Surdina
Hair Stylist: Ricardo Rodrigues
Fotos: Ronaldo Gutierrez
Arte: Rafael Branco
Assistente de Produção (São Paulo): Ariel Cannal
Produção Executiva: Paloma Galasso
Produção Geral: César Baccan / Baccan Produções
Idealização e Produção Geral: Grupo TAPA
Assessoria de Imprensa: Flávia Fusco
Comunicação (São Paulo) e JSPontes Comunicação – João Pontes e Stella Stephany
(Rio de Janeiro)
Augusto Zacchi.
SERVIÇO (São
Paulo):
Local: Centro Cultural Banco do Brasil
(CCBB) São Paulo.
Endereço: Rua Álvares Penteado, nº 112
– Centro – São Paulo.
Próximo às estações Sé e São Bento, do
metrô.
Temporada: De 5 de maio a 26 de junho
(2016).
Dias e Horários: De 4ª feira a sábado, às 20h; domingo, às 19h.
Duração: 120min.
Dias e Horários: De 4ª feira a sábado, às 20h; domingo, às 19h.
Duração: 120min.
Recomendação Etária: 14 anos.
Gênero: Drama
Valor dos Ingressos: R$20,00 / R$10,00 (meia-entrada).
Informações: (11) 3113-3651/3652.
Capacidade do Teatro: 130 lugares.
Valor dos Ingressos: R$20,00 / R$10,00 (meia-entrada).
Informações: (11) 3113-3651/3652.
Capacidade do Teatro: 130 lugares.
Funcionamento da Bilheteria: Das 9h às 21h, de 4ª a 2ª feira.
Acessibilidade para pessoas com deficiência física.
Ingresso pela
Internet: www.ingressorapido.com.br.
Estacionamento Conveniado: Estapar - Rua Santo
Amaro, 272.
Informações
pelo telefone (11) 3113-3651.
R$
15,00, pelo período de 5 horas. (Necessário validar o tíquete na bilheteria do
CCBB.).
Traslado gratuito.
Transporte
gratuito, até as proximidades do CCBB – embarque e desembarque na Rua Santo
Amaro, 272, e na Rua da Quitanda, próximo ao CCBB.
No trajeto de volta, há parada no Metrô República.
Não há necessidade de legenda.
Idem.
Felizmente, o
espetáculo “GATA EM TELHADO DE ZINCO QUENTE” estreia, para o público carioca,
no dia 30 de junho, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) do Rio de Janeiro,
com o elenco original.
SERVIÇO (Rio de Janeiro):
Local: Centro Cultural Banco do Brasil
(CCBB) Rio de Janeiro. – Teatro I.
Endereço: Rua 1º de Março, 66 – Centro
– Rio de Janeiro.
Temporada: De 30 de junho a 21 de
agosto (2016).
Dias e Horários: De 4ª feira a domingo, sempre às 19h.
Duração: 120min.
Dias e Horários: De 4ª feira a domingo, sempre às 19h.
Duração: 120min.
Recomendação Etária: 14 anos.
Gênero: Drama.
Valor dos Ingressos: R$20,00 / R$10,00 (meia-entrada).
Informações: Tel: (21) 3808-2020
Capacidade do Teatro: 172 lugares.
Valor dos Ingressos: R$20,00 / R$10,00 (meia-entrada).
Informações: Tel: (21) 3808-2020
Capacidade do Teatro: 172 lugares.
Funcionamento da Bilheteria: Das 9h às 21h, de 4ª a 2ª feira.
Acessibilidade para pessoas com deficiência física.
Ingresso pela
Internet: www.ingressorapido.com.br.
(FOTOS:
RONALDO GUTIERREZ.)
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